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Na última terça-feira, o Ministério da Educação (MEC) divulgou o corte de mais de 3.968 vagas em 148 cursos de odontologia, farmácia e enfermagem que não conseguiram um resultado satisfatório na avaliação do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). Duas faculdades pernambucanas receberão o corte: a Universidade Salgado de Oliveira (Universo), e a Faculdades Integradas de Vitória de Santo Antão.        

 

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A punição é para as graduações que tiveram nota 1 ou 2 no Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicador que analisa a qualidade da oferta do ensino, medido em uma escala que vai até 5.   

Na Faintvisa, das 100 vagas disponíveis para o curso de farmácia, 20 serão perdidas. Já na Universo, 130 é a quantidade de vagas cortadas, de um total de 434.

Segundo o diretor administrativo da Faintvisa, Manoel Aldo, a universidade já acionou o seu departamento jurídico para entrar na Justiça contra a decisão do MEC, que ele classifica como equivocada. “A punição não é correta, porque no dia 17 de agosto, a Portaria 358 do MEC reconheceu o nosso curso de farmácia com o conceito 3. Nós não concordamos com a metodologia de avaliação do MEC em relação ao Enade, e por isso, vamos entrar na Justiça”, relatou o diretor.

Aldo também atribui aos alunos o fraco desempenho no Enade: “Tem aluno que nem assina a prova e não é punido. Alguns não entendem a responsabilidade de contribuir para uma boa imagem da faculdade”, reclamou ele.

O diretor também disse que “apenas 40% da nota é resultado da análise referente a infraestrutura, o corpo docente e a estrutura pedagógica da universidade, e que, a nota do aluno corresponde a 60% do conceito final, o que prejudica o resultado como um todo”. Ele também falou que “a política do MEC pune unicamente a academia e não cria uma ação contra os alunos que fazem um mau exame”, criticour.

A reportagem do LeiaJá também entrou em contato com a Universo, mas, a assessoria de comunicação informou que a universidade ainda não vai se pronunciar sobre o fato.

Setenta instituições de ensino superior que tiveram desempenho insatisfatório na última avaliação do Ministério da Educação (MEC) irão passar por um processo de supervisão que inclui congelamento de vagas e perda da autonomia para criar novos cursos. Elas tiraram notas 1 e 2 no Índice Geral de Cursos (IGC) de 2010. O indicador, divulgado na semana passada, mede a qualidade do ensino oferecido por uma instituição em uma escala que vai de 1 a 5.

As medidas foram publicadas hoje (22) no Diário Oficial da União. No grupo estão sete centros universitários e três universidades que perderam sua autonomia. Com isso, ficam impedidas de abrir novas vagas ou cursos.

A supervisão também atinge 60 faculdades que apresentaram resultado insatisfatório no IGC de 2010 e já tinham apresentado desempenho ruim nos últimos três anos. Elas terão restrições para receber novos alunos a partir de 2012 – o número de estudantes ingressantes não poderá ser superior ao total de vagas ocupadas em 2011. A lista das instituições incluídas no processo de supervisão pode ser consultada no Diário Oficial.

As medidas têm validade até a divulgação do próximo IGC, em 2012. Se no período elas conseguirem melhorar o desempenho e apresentar um resultado satisfatório na avaliação – o que significa um IGC acima de 3 – as restrições são suspensas. Caso as determinações não sejam cumpridas, a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC pode abrir processo para descredenciar a instituição.

Três centros universitários que tinham perdido a autonomia pelo mau desempenho no IGC de 2009 melhoraram a nota e tiveram as medidas cautelares revogadas. O despacho que libera essas instituições para abrir novos cursos e ampliar vagas também foi publicado hoje no Diário Oficial.

Instituições sob supervisão que estejam com pedidos de recredenciamento ou criação de novos cursos em tramitação na secretaria terão os processos suspensos enquanto durar a medida cautelar.

Os jornais de todo país trazem hoje (18.11.11) em suas “primeiras páginas” o resultado da avaliação das Instituições de Educação Superiores do país, com base no ENADE de 2010.

Particularmente acho que a divulgação desses resultados é um ato de irresponsabilidade do MEC – e configura-se como mais uma ação de campanha política antecipada do Senhor Ministro da Educação.

Trago à baila uma interessante explicação do Ipae, um instituto carioca de pesquisas que atua especificamente na área educacional, sobre o tema ora proposto. Em seguida farei algumas reflexões sobre o assunto “avaliação da educação superior”.

O objetivo desse artigo é demonstrar de forma breve as falhas existentes na divulgação extemporânea das avaliações do MEC, baseadas no ENADE, que por consequência resulta no CPC e no IGC das instituições de ensino superior (IES).  

A nossa primeira observação é sobre a legalidade do IGC (Índice Geral de Cursos), já que ele se baseia no CPC (Conceito Preliminar de Cursos), que sendo “preliminar”, ou seja, provisório, jamais poderia ser servir de fundamento para o cálculo do IGC.

Pela Lei n. 10.861/2004, Lei do Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior), as instituições com avaliação insatisfatória no ENADE têm o direito a uma nova avaliação, desta feita presencial, a ser realizada na instituição por avaliadores “ad hoc” do Inep/MEC.

Sendo insatisfatória essa avaliação presencial do Inep/MEC (se fosse o caso) as IES ainda poderiam celebrar, depois de exaurido seu direito de ampla defesa, um “Protocolo de Compromisso” no qual teriam 12 meses para sanar deficiências existentes naquela avaliação.

Caso estas “deficiências” persistissem ao final do prazo protocolar seria então iniciando um “Processo Administrativo” específico contra a IES, com novos prazos para a defesa e o contraditório da parte prejudicada.

Ao final desse processo administrativo poderíamos ter a culminação de sanções administrativas pelo MEC contra a IES. Porém, somente expirado todos os prazos e fases administrativas, sempre com a promoção do princípio constitucional da ampla defesa e do contraditório.

As IES por motivos “quase” óbvios têm dificuldades em promoverem embates jurídicos contra o MEC. Digo “quase óbvios”, posto que não é razoável aceitarmos passivamente esses abusos educacionais cometidos constantemente em desfavor da educação superior brasileira.

Façamos agora algumas reflexões sobre o sistema de avaliação existente:

O Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC) é um indicador de qualidade de instituições de educação superior, que considera, em sua composição, a qualidade dos cursos de graduação e de pós-graduação (mestrado e doutorado). No que se refere à graduação, é utilizado o CPC (conceito preliminar de curso) e, no que se refere à pós-graduação, é utilizada a Nota Capes. O resultado final está em valores contínuos (que vão de 0 a 500) e em faixas (de 1 a 5).

O CPC é uma média de diferentes medidas da qualidade de um curso. As medidas utilizadas são: o Conceito ENADE (que mede o desempenho dos concluintes), o desempenho dos ingressantes no ENADE, o Conceito IDD e as variáveis de insumo. O dado variáveis de insumo – que considera corpo docente, infra estrutura e programa pedagógico – é formado com informações do Censo da Educação Superior e de respostas ao questionário socioeconômico do ENADE.

A forma do cálculo do CPC tem implicações sobre a representatividade do IGC. Para um curso ter CPC é necessário que ele tenha participado do ENADE com alunos ingressantes e alunos concluintes. Portanto, o IGC é representativo dos cursos que participaram das avaliações do ENADE, com alunos ingressantes e concluintes.

Como cada área do conhecimento é avaliada de três em três anos no ENADE, o IGC levará em conta sempre um triênio. Assim, o IGC 2010 considerou os CPC's dos cursos de graduação que fizeram o ENADE em 2009, 2008 e 2007; o IGC 2008.

Foram avaliados, em 2010,  os cursos de graduação em Agronomia, Biomedicina, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia,Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Serviço Social, Terapia Ocupacional e Zootecniae de graduação tecnológica em Agroindústria, Agronegócios, Gestão Hospitalar, Gestão Ambiental e Radiologia.

Em tese, somente esses cursos poderiam ter seus resultados divulgados. Já que o CPC como dito antes é provisório e baseou-se no resultado do ENADE 2010.

O que pretende o MEC ao divulgar o IGC de IES que não possuem os cursos avaliados acima? Como ficam as IES diante de sua comunidade acadêmica com a divulgação dos dados distorcidos, em uma realidade pretérita e que não teve concluído seu amplo direito de defesa?  

A luz da Lei do Sinaes e da Constituição Federal de 1988 o MEC não poderia jamais alardear que as IES com IGC 1 e 2 terão consequencias diversas e poderão receber punições pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior, inclusive suspensão de Vestibular e perda de vagas em seus cursos. Este fato configura-se até como crime de ameaça. 

Há inclusive rumores de que o MEC descredenciará mais de 30 instituições, significando o término de suas atividades. Isto é um claro ato de constrangimento com graves prejuízos institucionais e financeiros para as instituições.

Um fato específico de Pernambuco é a presença de IES do sistema estadual de ensino na lista do IGC. Estas entidades participam do Sinaes em caráter colaborativo, pois estão fora do sistema de regulação federal do MEC. Mesmo assim, seus nomes são divulgados sem quaisquer critérios e esclarecimentos à sociedade, jogando-se na “lata do lixo” toda uma história, um trabalho sério em favor da inclusão social. O MEC faz o pior, julga, divulga e distorce a legislação sem dar o direito de defesa. Puro ato de covardia...

Quem se responsabilizará pelos prejuízos causados a imagem das instituições e dos alunos desses cursos? Com a palavra o Senhor candidato à Prefeito de São Paulo.

Brasília – O Ministério da Educação (MEC) deu início ao processo de supervisão dos cursos com baixo desempenho nas avaliações da pasta, anunciado ontem (17). No Diário Oficial da União de hoje (18) foram publicadas as medidas cautelares que suspendem 514 vagas de 16 cursos de medicina que tiveram nota 1 ou 2 no Conceito Preliminar de Curso (CPC). O indicador varia em uma escala de 1 a 5 e é calculado com base no desempenho dos alunos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e em outros critérios como a infraestrutura e o corpo docente da instituição.

Os cursos que sofreram o corte determinado hoje são todos de instituições privadas de Minas Gerais, de São Paulo, do Rio de Janeiro, do Maranhão, de Rondônia, do Tocantins e de Mato Grosso. O ministério pretende suspender até o fim do ano 50 mil vagas em graduações na área da saúde, ciências contábeis e administração que tiveram resultado insatisfatório nas avaliações de 2009 ou 2010. Os dados do Enade 2010 divulgados ontem (17) mostram que 594 dos 4.143 cursos avaliados tiveram CPC 1 ou 2. A nota 3 é considera satisfatória e os CPCs 4 e 5 indicam que o curso é de boa qualidade.

O percentual de vagas reduzidas em cada curso variou entre 20% e 65% do total, de acordo com o desempenho no CPC. A redução no número de vagas de ingresso passa a valer para o próximo processo seletivo de cada instituição. Elas passarão por um processo de supervisão e terão o prazo de um ano para cumprir um termo de saneamento de deficiências para melhorar a qualidade da oferta. Se as exigências não forem atendidas, o MEC poderá abrir um processo administrativo para encerrar a oferta do curso. A partir da notificação, as instituições têm 30 dias para informar o ministério sobre as providências que serão tomadas.

Falta maior envolvimento dos estudantes no processo avaliativo do Enade (Exame Nacional do Desenvolvimento do Estudante). Essa foi à principal conclusão e ponto defendido pela diretora acadêmica do Grupo Ser Educacional, Simone Bérgamo, ao analisar, superficialmente, o rendimento das instituições de ensino superior no resultado do Enade que saiu nesta quinta-feira (17).

De acordo com os dados do Ministério da Educação (MEC), apenas 8% das instituições de ensino de todo o País tiveram bons resultados. Dos 4.143 mil cursos de saúde avaliados em 2010 pelo Enade, 594 deles tiveram um resultado insatisfatório no Conceito Preliminar de Curso (CPC). Ao todo, 683 instituições de ensino superior tiveram um desempenho aquém da média. Em Pernambuco, são 39 instituições A essas entidades, os dados mostraram que o indicador variou com u.ma nota de 1 ou 2. Apesar disso, os dados do MEC mostraram que a maioria das instituições teve um conceito entre 3 e 5, nota considerada boa.

Segundo a diretora, apesar do bom rendimento das instituições que tiveram um conceito de 3 a 5, o pouco comprometimento dos estudantes com o exame ainda vem contribuindo, significativamente, para o baixo aproveitamento de algumas instituições no exame. Para que os estudantes fiquem mais empenhados com o processo e as notas do Enade venham melhorar, uma solução é apontada: “Se as notas deles fossem para o histórico escolar aí seria diferente. Se eles soubessem que a nota ruim que eles tirassem no Enade poderia entrar no histórico, eles teriam mais responsabilidade sobre à nota. Eles fariam uma prova mais consciente”, falou a diretora. 

Para as instituições que tiveram um conceito insatisfatório, variando entre 1 e 2, o MEC realizará uma vistoria para melhorar a qualidade do ensino. Caso o problema já venha se repetindo nessas instituições, penalidades serão aplicadas.

ESTADO - Em Pernambuco, nenhuma instituição atingiu o conceito 5. Os melhores resultados no IGC foram da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), que obtiveram o conceito 4. O pior desempenho foi da Faculdade de Formação de Professores de Serra Talhada, que está entre as nove entidades que obtiveram a nota 1.

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O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) é um dos procedimentos de avaliação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). O Enade é realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao Ministério da Educação, segundo diretrizes estabelecidas pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes), órgão colegiado de coordenação e supervisão do Sinaes.

É objetivo do Enade acompanhar o processo de aprendizagem e o desempenho acadêmico dos estudantes em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares do respectivo curso de graduação, suas habilidades para ajustamento às exigências decorrentes da evolução do conhecimento e suas competências para compreender temas exteriores ao âmbito específico de sua profissão, ligados à realidade brasileira e mundial e a outras áreas do conhecimento. Seus resultados poderão produzir dados por instituição de educação superior, categoria administrativa, organização acadêmica, município, estado e região. Assim, serão constituídos referenciais que permitam a definição de ações voltadas para a melhoria da qualidade dos cursos.

Os Cursos são avaliados a cada três anos e os alunos que estiverem com o perfil definido pelo Inep no ano e que seu curso for avaliado terão que fazer a prova, pois o Enade é componente curricular obrigatório.

É importante ressaltar que o horário definido para a avaliação é o horário de verão. Muitos alunos dos estados que não aderiram a mudança de horário perdem a prova por não ficarem atentos.

Caso algum aluno tenha algum problema que o impossibilite de estar presente no dia da prova, é importante ter em mãos documentos ou atestados que provem essa impossibilidade, para que, quando o MEC disponibilizar no site as orientações de pedido de dispensa, o aluno cumpra as exigências para ser submetido a uma análise, pois esse pedido não valida a dispensa. É preciso aguardar uma Portaria do Ministério da Educação que isentará o aluno.

O resultado do Enade compõe o CPC que é o Conceito Preliminar de Curso, nota que, como a do Enade, varia de um a cinco. É essa nota que deixará o curso conhecido no mercado sem falar que o curso que obtiver um resultado maior do que três terá seu reconhecimento renovado automaticamente, sem precisar de nova visita de comissão do MEC.

Um bom resultado no Enade é importante tanto para as Instituições de Ensino como para o aluno que fica com seu currículo ainda mais valorizado.

Dos 4.143 mil cursos avaliados em 2010 pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), 594 atingiram resultado insatisfatório, com nota 1 ou 2 no Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicador que varia em uma escala de 1 a 5. Entre os cursos avaliados, 1.115 ficaram sem conceito porque não tinham um número mínimo de estudantes concluindo o curso.

Considerando apenas as graduações que obtiveram CPC, as com nota baixa representam 20% do total. Os cursos com CPC 4 ou 5 são considerado bons e os com nota 3, satisfatórios. Cerca de 80% tiveram resultado entre 3 e 5 e só 58 cursos podem ser considerados de excelência, com CPC máximo (5). O conceito leva em consideração, além dos resultados do Enade, a infraestrutura da escola, o corpo de professores e o projeto pedagógico.

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar vagas de todos os cursos que obtiveram CPC 1 ou 2 em 2010 e que tenham registrado resultado insatisfatório em outros ciclos do Enade (2008 ou 2009). A previsão é que 50 mil vagas sejam cortadas em diferentes áreas até o fim de 2011. Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes) baliza a expansão das vagas da educação superior no país porque prevê medidas de correção dos problemas para as instituições e cursos com baixos resultados.

“Para quem está fora dos parâmetros de qualidade, o Sinaes estabeleceu os termos que os trazem para a qualidade. Queremos que o sistema continue em expansão, mas com um freio naqueles cursos que estão com problema”, disse o ministro. Ele informou que cerca de 95% dos cursos de medicina que passaram pelo processo de supervisão do MEC por apresentar CPC insatisfatório em anos anteriores melhoraram o desempenho em 2010.

Entre os 19 cursos com CPC 1, quatro são ofertados por universidades estaduais e o restante, por instituições de ensino privadas.

Brasília – Estudantes que fizeram a prova do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) neste domingo (6) mostraram que, mesmo depois de sete anos de tradição, a aplicação da prova ainda divide opiniões. Nesta edição, 376 mil universitários que estão em fase de conclusão de curso foram convocados para o exame, que é condição obrigatória para a retirada dos diplomas.

A maior crítica é a suposta ineficiência de um único exame, com 40 questões, para avaliar o conteúdo de um curso que leva anos para ser concluído. “Eu acho que não é uma forma eficaz de avaliar, porque muita coisa lá de trás do curso eu não lembro mais, mas por outro lado os temas foram pertinentes com a área e eu acho que é o mínimo que o estudante deve saber. Em geral, eu acho que o Enade está mais para o bom que para o ruim”, disse Yuri Vieira, do curso de ciências biológicas.

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Apesar de criticar a metodologia da prova - perguntas grandes, foco em algumas áreas do conhecimento em detrimento de outras - sua colega de curso também é favorável ao Enade. “Ao contrário do que muitos dizem, não acho que o Enade é só para a universidade. Eu acho que é importante para saber se você está conseguindo guardar alguma coisa depois do curso”, comentou Thâmise de Carvalho.

Outro ponto polêmico é a obrigatoriedade do exame, já que muitos alunos vão fazer a prova apenas para garantir o diploma e não levam a avaliação a sério. “Na minha sala, várias pessoas entregaram a prova 15 minutos depois de ter começado. Seria melhor que só fosse quem realmente quer ser avaliado”, disse Isabela Gardés, do curso de arquitetura. Graziella Queiroz, também do curso de arquitetura, destacou que não iria fazer a prova se não fosse obrigada. “Dizem que o Enade serve para avaliar os cursos, mas antes não existia, e, de alguma forma, se analisava a faculdade."

Aluna do curso de pedagogia, Silvana de Araújo acredita que a maior parte dos estudantes criticam a obrigatoriedade porque não querem perder um domingo de folga. “A prova não é difícil, e mesmo que não fosse obrigatório eu viria para me avaliar e para saber como o meu curso está em relação aos outros. Mas sei que a maioria das pessoas não pensa assim”. Sua única sugestão é que o exame fosse aplicado ao longo do curso, ou que, pelo menos, a mesma turma realizasse a prova quando entra e quando sai da faculdade. 

 

O exame é aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e a participação dos alunos selecionados é obrigatória. Quem faltar à prova fica impedido de colar grau e, consequentemente, obter o diploma de conclusão do curso. A partir deste ano, apenas os alunos concluintes farão a prova. Antes, os calouros também tinham que participar, mas a avaliação de ingressantes foi substituída pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que é aplicado aos alunos no fim do ensino médio.

Este ano participam do Enade alunos dos cursos de arquitetura e urbanismo, engenharia, biologia, ciências sociais, computação, filosofia, física, geografia, história, letras, matemática, química, pedagogia, educação física, artes visuais e música. Também serão avaliados estudantes de cursos superiores de tecnologia em alimentos, construção de edifícios, automação industrial, gestão da produção industrial, manutenção industrial, processos químicos, fabricação mecânica, análise e desenvolvimento de sistemas, redes de computadores e saneamento ambiental.

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As provas começam às 13h (horário de Brasília) e serão aplicadas em 1.365 municípios. O aluno pode consultar o local de prova na página do Inep na internet. Também é obrigatório o preenchimento do questionário do estudante utilizado para colher informações sobre o perfil socioeconômico do aluno e das condições da oferta de ensino pelas instituições. Para preencher esse questionário, o inscrito deve acessar a página do Enade na internet.

Um mergulho no sistema de avaliação (Enem e Enade). Esse é o principal assunto do programa Opinião Brasil, veiculado semanalmente no Portal LeiaJá. Para avaliar os dois processos, o jornalista e apresentador do programa, Cristiano Ramos, recebe os especialistas na área de educação, Simone Bérgamo, diretora acadêmica do Grupo Ser Educacional, e Eduardo Barbosa, psicanalista e gerente pedagógico do BJ Colégio e Curso.  Na pauta de discussão, com três blocos, está uma explanação geral sobre os exames, a resistência dos alunos em realizarem o Enade, exame trimestral obrigatório, e as novidades desta edição do Enem.

No primeiro bloco, o programa faz um balanço dos processos de avaliação do ensino superior, mostrando os avanços e os desafios do modelo atual, e fala também sobre o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, e os desafios do formato.  No segundo bloco, o debate fala sobre a escolha da profissão, os diferentes processos seletivos para entrar no ensino superior e sobre as consequências dos modelos de avaliação, tanto para o ensino médio quanto para o superior.  Já no último bloco, o programa apresenta propostas para as provas do Enem e do Enade, observações sobre o conteúdo programado para as avaliações e orientações para o dia da avaliação.

O Programa Opinião Brasil é uma produção dos alunos de comunicação social da Faculdade Maurício de Nassau e é apresentado pelos jornalistas Aldo Vilela e Cristiano Ramos. Assista aqui ao debate.

O Programa Opinião Brasil 45 fala dos processos de avaliação do ensino brasileiro e foca principalmente o Enem e o Enade. No estúdio, Simone Bérgamo, diretora acadêmica do Grupo Ser Educacional e Eduardo Barbosa, psicanalista e gerente pedagógico do BJ Colégio e Curso. No primeiro bloco, o programa faz um balanço dos processos de avaliação do ensino superior, mostrando os avanços e os desafios do modelo atual, e fala também sobre o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, e os desafios do formato.  

 

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