Tópicos | envolvimento dos políticos

Criada para investigar um esquema de lavagem e desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras, empreiteiras e políticos, a Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), tem o apoio da maioria dos recifenses, segundo um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN). De acordo com o levantamento, divulgado nesta terça-feira (23), 97,3% dos que residem na capital pernambucana conhecem o teor das investigações envolvendo a estatal e 71,8% apoiam a iniciativa. 

A análise, encomendada pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, revela ainda que 1,9% dos recifenses entrevistados nunca ouviram falar na Lava Jato e 25,9% não aprovam as investigações da PF. Já na sua 23ª fase, desde que foi iniciada, em 2014, a operação tem causado desconforto entre os políticos, inclusive pernambucanos, e diversas empresas como a Odebrecht. 

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A estimativa é de que o prejuízo causado pelas irregularidades na chegue à casa dos R$ 42,8 bilhões. Nomes como os dos senadores Renan Calheiros (PMDB), Humberto Costa (PT), Fernando Bezerra Coelho (PSB) e Fernando Collor (PTB); dos deputados federais Eduardo Cunha (PMDB) e Eduardo da Fonte (PP); e dos ex-deputados Pedro Corrêa (PP) e Cândido Vacarezza (PT) estão envolvidos nas fraudes, de acordo com as delações premiadas concedidas a Polícia Federal. 

O pernambucano Pedro Corrêa, inclusive, já foi condenado pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato, para cumprir 20 anos, três meses e dez dias de prisão por receber pelo menos R$ 11,7 milhões do esquema de corrupção na estatal. Ele já cumpria pena por ter sido condenado no esquema do Mensalão, escândalo que revelou a compra de votos de parlamentares no Congresso Nacional, durante o mandato do ex-presidente Lula (PT). 

Diante das reincidências de políticos nas irregularidades e apesar do reforço nas investigações, o IPMN também questionou aos entrevistados se acreditam na melhoria do comportamento dos políticos com a Lava Jato. A maior parcela dos que participaram do levantamento, 56,7% não crê na lisura das ações entre os políticos, enquanto 40,7% têm esperança de um comportamento melhor. 

Dados da pesquisa

A pesquisa do IPMN ouviu 624 pessoas no Recife, nos dias 15 e 16 de fevereiro. O nível de confiabilidade é de 95% e a margem de erro é de 4,0 pontos percentuais para mais ou para menos.

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