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 Para 24% dos recifenses, a Covid-19 ocorreu devido a um "castigo de Deus”. O dado integra um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU, a respeito de como a população recifense enxerga a pandemia do novo coronavírus na capital pernambucana.

A porcentagem de 36% dos entrevistados disseram  acreditar que o novo coronavírus se deu “propositadamente pelo homem”. Outros 26% defenderam que o vírus tem origem na natureza e 15% não souberam ou não responderam à questão sobre o que teria causado o surgimento do vírus.

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De acordo com novo relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta terça, é possível que a pandemia da Covid-19 tenha tido como fonte um animal hospedeiro. O relatório leva em consideração outras duas possibilidades menos prováveis: que a disseminação do vírus tenha se dado em alimentos contaminados ou em laboratórios científicos. Para os cientistas, a última hipótese é pouco factível.

Amostragem

As entrevistas foram realizadas no período de 23 a 27 de março, por telefone, com 600 participantes. Os entrevistados tinham acima dos 18 anos e resultado final oferece 95% de confiabilidade, com margem de erro estimada em quatro pontos percentuais.

Quando se trata de falar sobre políticos, o cenário é de muito pessimismo e desgosto de forma geral entre os recifenses. O LeiaJá foi às ruas do Centro da capital pernambucana perguntar a opinião do povo em relação à classe política e quase com unanimidade as pessoas responderam com ceticismo e com falta de perspectiva de um Brasil no qual haja políticos éticos e preocupados com o povo. 

Em sua maioria, a resposta foi a mesma ao falar sobre os políticos: “Pedem votos, mas não cumprem as promessas”, “Só pensam em benefício próprio”, “Não ajudam as pessoas” foram algumas das declarações dos entrevistados marcadas por desabafos. Apesar disso, alguns eleitores acreditam que, caso as mulheres consigam ocupar o poder, é possível melhorar um pouco a situação. “Mulheres são menos corruptas”, disse um cidadão.

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Assim como já confirmado por um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU, o povo continua a preferir o político que “rouba, mas faz”. Nesse contexto, ao LeiaJá muitos dos entrevistados citaram o nome do ex-presidente Lula como uma pessoa que fez algo, independente de ter sido corrupto ou não. “Não sei se vou votar este ano em algum político. Eu não sei se Lula roubou, eu não sei se ele deixou de roubar, mas meu voto foi para ele porque ele fez alguma coisa e até hoje se ele voltar para a política eu voto nele de novo”, disse o vendedor Robson Américo, 38 anos. 

Muitos pediram por uma oportunidade de melhorar de vida. “Queria um trabalho melhor porque a gente precisa. A gente trabalha na rua para não ficar em casa, mas a gente quer coisa melhor para a gente. Em tempo de voto eles não sabem bater na porta da gente, a gente dá o voto de bom coração e arruma até mais, mas está precisando é eles terem vergonha na cara e dar valor ao pobre porque pobre também é gente”, desabafou a recifense Elaine da Silva, 47 anos. 

 

O panorama corrobora um ranking elaborado, no ano passado, pelo Fórum Econômico Mundial que revela a descrença: o brasileiro é quem menos confia em seus políticos no mundo. No ano 2008, o Brasil estava na posição 122º entre 134 economias observadas. Em 2013, o país ficou na 136º de um total de 148 países avaliados. Em 2017, o Brasil ficou em último colocado. 

 

Transformar o país por meio da política elegendo bons representantes do povo. Esse parece ser o desejo e até mesmo o discurso de muitos brasileiros diante de um tempo de descrédito. No entanto, a depender desse panorama, a nova pesquisa do Instituto de Pesquisas UNINASSAU revela que o cenário está longe de mudar. De acordo com o novo levantamento, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, 83% afirmam que não se interessam pela política e 93% que não admiram a classe política. 

Apesar da falta de interesse pela política, ainda assim, 61% dos entrevistados afirmaram que irão votar no dia da eleição contra 30% que disseram que não. Os que estão na dúvida são 6% e os que não souberam ou não quiseram responder são 3%. O levantamento também mostrou que 59% irão votar em algum candidato. O número dos que disseram que irão anular o voto ainda é alto: 37%. 

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O coordenador do Instituto UNINASSAU, o cientista político Adriano Oliveira, ressalta que além do desinteresse, há um descrédito. “O descrédito na política é de um modo geral. Você não tem interessa na política e também tem descrédito. Talvez se você tivesse menor descrédito na política, tivesse maior interesse, talvez“, explicou. 

A pesquisa UNINASSAU vai além e mostra um dado que, no mínimo, merece cautela: 36% dos entrevistados confessaram que nunca ouviram falar no cargo de senador da República e 58% disseram que sim. Sobre o que faz um senador, 18,1% responderam que criam as leis do país, 4,7% aprovam as leis da Câmara e/ou roubam, 3,3% representam Pernambuco em Brasília, 2,5% acham que são os “chefes” dos deputados e que fiscalizam o Executivo e, por último, 1,4% que elaboram projetos. 

Assim como a maioria dos recifenses mostraram que não se interessam pela política, uma porcentagem alta de 70% afirma que não confia no Poder Legislativo. Apenas 9% disseram que confiam e 14% se mostraram indiferentes. “A pesquisa mostra claramente que a classe política é desacreditada, que os eleitores não têm interesse pela política, não confiam no Poder Legislativo. Esses dados mostram decepção dos eleitores com a vida política do país, além disso, não podemos desprezar o fato de que 30% dos eleitores pretendem não comparecer às urnas, ou seja a gente já tem uma taxa de rejeição considerada", salientou Adriano. 

A pesquisa do Instituto UNINASSAU também perguntou a opinião dos entrevistados sobre o que achariam caso os militares decidissem “fechar” o Poder Legislativo. 44% disseram não concordar conta 20% que sim. Os duvidosos somam 10% e 26% não souberam ou não quiseram responder.  

Dos que votaram contra, 31,4% acham que a militarização do Poder Legislativo seria um “retrocesso” e 31% que a democracia é sempre a solução. Desse grupo, 10,5%  acreditam que o voto deve prevalecer. Dos 20% que apoia, 39,6% confia na esperança da melhora, 28,1% acha que há muita corrupção no legislativo, 10,4% afirma que um governo autoritário põe ordem, 4,7% confia no Exército e 3,1% avalia que uma ditadura seria uma solução. 

Assim como os entrevistados não querem militarizar o Poder Legislativo, 62% não são favoráveis no geral que os militares retomem ao poder contra 22% que disseram sim. “Majoritariamente os eleitores querem viver em uma democracia, então mesmo ele estando direcionado com os políticos, ele julga os políticos, mas eles querem viver uma democracia, eles valorizam majoritariamente a democracia”, pontuou o cientista.

 

A pesquisa foi registrada junto à Justiça eleitoral sob o número PE-00515/2018, no dia 20 de julho de 2018. O nível estimado é de 95% de confiança e uma margem de erro de 4,5 pontos percentuais.

 

 

Um sentimento de desânimo toma conta dos recifenses. De acordo com o novo levantamento do Instituto de Pesquisa UNINASSAU, encomendando pelo LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commercio, a expectativa para o futuro, após a eleição presidencial, é de incerteza.

Questionados pelo Instituto UNINASSAU, os entrevistados das classes A e B acreditam que ainda vai demorar para que o cenário no país melhore, embora afirmem que "a esperança é a única que morre”. Por sua vez, o grupo das classes C e D se mostra ainda mais negativo. “Percebo esperança entre os eleitores das classes A e B e baixa esperança entre os eleitores das classes C e D. Estes últimos, volto a afirmar, desejam continuar sobrevivendo”, ressalta Adriano Oliveira, cientista político e coordenador do Instituto de Pesquisa UNINASSAU. 

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Para a técnica de enfermagem Jéssica Bonfim, 30 anos, apesar de toda a incerteza na política brasileira, tudo tem jeito. “O que falta mesmo é entrar uma pessoa para fazer a diferença no comando do Brasil. Se a gente entrar pelo certo, tudo pode mudar e as coisas melhorarem”, acredita. 

 Para a autônoma de artesanato Cecília Vasconcelos, 35 anos, a falta de interesse da população com a política agrava a situação. “Para os políticos a falta de interesse é muito bem-vinda. Quanto menos as pessoas souberem do que eles fazem é mais fácil  delas serem manipuladas. O que falta é um entendimento das pessoas de que a política faz parte do nosso dia a dia. Elas afastam a política de si como se fosse algo de outro mundo e afirmam que quem se envolve na política é porque tem alguma vantagem”, opinou. 

A descrença dos recifenses na política continua. É o que mostra o novo levantamento do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, que perguntou aos entrevistados se concordam com a frase “todos os políticos são iguais”. A maioria, 57% responderam que sim, 18% que não e 24% disseram que concordam parcialmente. 1% não soube ou não quis responder. 

Os recifenses também se mostraram entusiasmados com o ingresso de pessoas que não são políticos para disputarem os cargos de deputado, governador e presidente da República. Ao todo, 41% acreditam que essas pessoas têm a capacidade de mudarem a política, 31% ficaram na dúvida e responderam que talvez e 25% acham que não. 3% não soube ou não quis responder. 

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Em uma situação hipotética entre escolher um político tradicional que já possui vários mandatos como deputado federal, um outro que possui apenas um mandato, ou seja, sem tradição, e um  terceiro que nunca foi político, a maioria (41%) prefere o que nunca foi político, em seguida do político tradicional (16%) e, por último, votariam no parlamentar com um mandato (13%). Os demais (30%) não souberam ou não responderam. 

Apesar de se mostrarem mais atraídos pelo qual nunca exerceu um mandato, os recifenses continuam desacreditados e com dúvidas. 56% responderam que “talvez”, se eleito, o que nunca teve cargo público ficará igual aos demais ao longo do tempo. Apenas 10% afirmaram que isso não aconteceria. Na mesma linha de raciocínio, 37% concordam com a frase “mesmo que não seja político, entrou na política, se contamina”. Outros 43% concordaram parcialmente e 18% discordam. 

De acordo com o coordenador do Instituto UNINASSAU, o cientista político Adriano Oliveira, esse cenário de desilusão já era esperado. "Em virtude de que, historicamente, os políticos não têm credibilidade da opinião pública e, particularmente, sobre o momento que a política brasileira está passando”, declarou.

Sem confiança nos políticos

Os entrevistados pelo Instituto UNINASSAU também estão desconfiados. 40% afirmaram que desconfia muito de políticos, 37% que desconfiam, 13% confiam pouco, 5% que confiam, 4% desconfia pouco e 1% que confia muito. 

Em outro contexto hipotético, 62% da população recifense afirmou que “não colocaria  a mão o fogo por um filho”, caso ele decidisse ser político e fosse, posteriormente, denunciado por corrupção. 21% colocariam a mão no fogo e 17% não souberam ou não quiseram responder. “Esse resultado mostra que não basta ser o novo, que não basta não ter experiência política significando que você, ao entrar na política, passa a ser automaticamente contaminado. Isso é algo importante que foi observado na pesquisa por parte dos eleitores”, ressaltou. 

Foram realizadas 624 entrevistas no período de 4 a 5 de outubro deste ano. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 4%. 

 

 

 

Despreparo emocional, corrupção e ineficiência são as principais críticas direcionadas à Polícia Militar de Pernambuco.  Em números, mais de 80% dos recifenses não confiam plenamente nos serviços prestado pela corporação no estado. É o que revela dados de um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio.

O levantamento foi elaborado através de uma escala que questionava o nível de confiança dos entrevistados na instituição, elencando as respostas de 1 a 5, sendo 1 pouca ou nenhuma e 5 muita confiança. Um total de 88% dos recifenses apresentaram respostas de que não confiavam na corporação. Já 14,3% afirmaram que se sentem confiantes no serviços prestado pela PM em Pernambuco.

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Há pouco mais de quatro meses, o jovem Edvaldo da Silva, de 19 anos, faleceu após ter sido baleado por um policial militar durante um protesto realizado município de Itambé, na Zona da Mata de Pernambuco. Na ocasião, Edvaldo protestava contra a falta de segurança em sua cidade. Ele foi assassinado com um disparo na virilha.

O caso é relembrado pelo comerciante José Ricardo, de 36 anos. Para ele, a atuação da PM é mais efetiva com “pessoas de bem” do que com os criminosos. “Vemos muito nessa cidade a prática de roubo e morte. A polícia parece nem existir. E quando aparece só prende o pobre e pai de família, enquanto os ricos continuam soltos”, lamenta.

Para um estudante de Direito, que preferiu não se identificar, a presença da PM traz uma sensação de medo. “Quando a polícia se aproxima eu não me seguro, sinto que muitos entre eles são bandido de farda”, relata. Para ele, a sensação é de que muitos policiais não recebem o devido tratamento para lidar com as situações de estresse diárias. “Isso me causa o sentimento de que a presença de uma viatura não é algo reconfortante”, diz.

Por outro lado, o empresário Augusto Matos, de 61 anos, disse que não pode confiar no que não vê.  “A cidade está entregue às baratas. Não temos policiamento e por isso a gente não pode confiar no órgão, já que nem vemos eles trabalhando”, afirma. O vendedor também fez críticas à falta de investigação dos crimes. Ainda de acordo com a pesquisa, 79% dos recifenses também não confiam plenamente no trabalho da Polícia Civil.

Já para a aposentada Severina Maria, de 65 anos, sem as polícias a situação seria muito pior e por isso ela acredita no serviço prestado pelos órgãos. "Eu confio porque é no que tenho para me agarrar. Trabalho no centro do Recife e sei que a situação seria mais drástica sem a ronda dos policiais. Acho que faltam mais viaturas e mais profissionais, mas ainda acredito no trabalho deles", respondeu. 

Procurada pela reportagem do LeiaJá, a Polícia Militar de Pernambuco preferiu não se pronunciar sobre os dados revelados pela pesquisa. 

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A educação é, sem dúvidas, um dos principais caminhos de ascensão social, mas a carência de oportunidades ofusca esse privilégio na vida de muitas pessoas. Essa é uma das conclusões do mais recente estudo do Instituto de Pesquisas UNINASSAU. De maneira qualitativa, cidadãos pertencentes às classes C e D, moradores de vários bairros do Recife, foram ouvidos e expuseram suas visões de mundo, entre elas a que aborda o universo educativo. A pesquisa foi realizada em parceria com o LeiaJá e o Jornal do Commercio.

Os entrevistados, com idades que variam de 16 a 64 anos, enxergam a educação, de forma praticamente unânime, como um instrumento que pode mudar suas vidas, principalmente em aspectos financeiros. Porém, a pesquisa concluiu que existem alguns fatores que impedem a dedicação de recifenses. Muitos não estudaram porque começaram a trabalhar cedo em “casas de família” ou precisaram ajudar os pais. Sobretudo, a análise qualitativa também revela que os entrevistados maduros apresentam arrependimento por não terem estudado.

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Em um contexto oposto ao dos recifenses que não gozaram de oportunidades educacionais, há também entrevistados que afirmam ter tido chances de estudar. Entretanto, de acordo com a análise da pesquisa, eles não aproveitaram as oportunidades. Entre os questionados considerados maduros, existe o consenso de que a educação é valiosa; Os que são pais verbalizam, enfaticamente, o desejo de que “os filhos estudem”.

Auxiliar de reposição em uma rede de eletrodomésticos, Rodrigo Barbosa, de 27 anos, expressa o sentimento de que a educação poderia ter proporcionado a ele uma vida melhor, economicamente falando. Quando criança, o recifense precisou trabalhar comercializando refrigerantes ao lado do pai em jogos de futebol, pois era necessário ajudar a família. De acordo com Barbosa, sua juventude sem recursos financeiros suficientes, a necessidade de trabalhar e alguns problemas familiares prejudicaram seu percurso nos caminhos da educação. Ele não chegou a concluir o ensino fundamental, mas almeja, quando tiver oportunidade, participar de um curso preparatório para supletivo.

Para Rodrigo, a educação é o meio que pode proporcionar melhorias econômicas e sociais em sua vida. “A educação oferece situações melhores em nossas vidas. Ela é a base de tudo, por meio dela você aprende e pratica coisas boas. Pelo lado do comportamento, você sabe chegar e sair dos lugares, além de ajudar ao próximo. Quando a gente fala em educação escolar, ela nos ajuda a ter bom desempenho em entrevistas de emprego e nos faz mostrar aos filhos que a escola é importante”, opina o jovem recifense, em entrevista ao LeiaJá.

Em sintonia com a conclusão da pesquisa que remete ao desejo de educação para os filhos, Rodrigo está entre os que acreditaram nos benefícios educativos para suas crianças. Pai de duas garotas de cinco e sete anos de idade, o jovem defende que as meninas devem estudar. “Elas precisam do estudo para ter um futuro melhor. Hoje, eu entendo a importância da educação”, comenta o recifense. 

Graduação

Ainda de acordo com o estudo do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, independente da renda, os eleitores maduros não têm ensino superior. Em meio aos entrevistados, as justificativas para a falta de graduação são “Não tivemos oportunidade” e “Não temos dinheiro”.

Os obstáculos apresentados pelos entrevistados para o não ingresso na universidade também trazem uma reflexão sobre base de ensino. De acordo com a pesquisa, eles afirmam que não podem estudar em uma faculdade gratuita, porque não têm “estudo”, ou seja, não reúnem preparo para a aprovação.

Já em relação aos aspectos financeiros, estudar em instituições de ensino privadas, que exigem mensalidades, não é possível para os entrevistados. A falta de dinheiro para arcar com as despesas da faculdade é o argumento apresentado. “Parte deles revela a esperança de um dia obter diploma de nível superior”, diz a pesquisa.

A conclusão de um curso superior representa ainda a ideia de que uma graduação pode render bons frutos, principalmente financeiros. “O diploma serve muito”, “Só com eles podemos ganhar dinheiro” e “Se com diploma emprego é difícil, imagine sem” foram algumas das visões identificadas nos entrevistados durante a pesquisa.

Análise

Segundo o coordenador da pesquisa e cientista político, Adriano Oliveira, o estudo aponta, de maneira muito clara, como a educação representa uma forma de mudar a realidade de muitos recifenses. Oliveira analisa ainda que a conclusão de uma universidade ainda é um feito admirado pelo povo da capital pernambucana.

“A educação é instrumento de mobilidade social. Estudar significa ampliar as oportunidades. O diploma de nível superior é valorizado, pois através dele é possível conquistar e manter o emprego. Os eleitores maduros mostram tristeza por não ter conquistado o diploma. Os jovens revelam esperança para conquistar o diploma”, comenta Adriano Oliveira.

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Possibilidade de aquisição de um imóvel e auxílio financeiro são alguns dos resultados das ações proporcionadas pelas políticas públicas como é o caso do programa Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida. O Instituto de Pesquisas UNINASSAU ouviu recifenses em idade eleitoral, das classes C e D, quanto ao conhecimento desses projetos e o crédito dado por eles a essas iniciativas do Estado. 

De acordo com o estudo, divulgado pelo LeiaJá em parceria com o Sistema Jornal do Commercio, a população diz não saber o que são políticas públicas, mas informam ter conhecimento delas quando alguns exemplos de ações são citados. Como explica o cientista político e coordenador do Instituto, Adriano Oliveira. “A impressão negativa dos governos e a existência de demandas que não são solucionadas por eles, fazem com que os eleitores não reconheçam/citem políticas públicas espontaneamente. Após serem estimulados, eles conseguem enumerar políticas públicas que para eles são importantes”, destacou. Além disso, conforme a pesquisa, “todos os entrevistados mostram conhecimento, admiração e aprovação a esses programas”.

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Rogério da Costa diz conhecer família de nove filhos e que vive com auxílio de Bolsa (Foto: Brenda Alcântara/LeiaJáImagens)

O LeiaJa.com foi às ruas para ouvir as impressões da população e o sentimento não foi diferente. “Não entendo nada de política, mas conheço o Bolsa Família, inclusive eu já tive quando minha filha não trabalhava. Não me recadastrei porque ela conseguiu um emprego, então eu não estava mais dentro dos requisitos”, detalhou Marluce Oliveira, de 52 anos. A proprietária de um box de bolsas no mercado de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, elogia, mas também faz ressalvas. “Eu concordo que existam essas ações, mas para as pessoas que realmente precisam. Tem muita gente que compra uma casa em outro CPF para ter mais uma casa. Tem gente que vende”, se referindo ao Minha Casa, Minha Vida. 

Sobre o Bolsa Família, especificamente, o cientista político relata que para os entrevistados da pesquisa, o programa “é uma política pública elogiada e criticada. Ela não é unanimidade. Parte dos entrevistados entendem que muitos pessoas se aproveitam do Bolsa Família, isto é, obtém vantagens ou têm acesso a ele, sem precisar”. Essa afirmação foi corroborada pelo vendedor, Rogério da Costa, de 18 anos. “Na minha cidade de João Alfredo eu conheço gente que tem nove filhos e vive do programa. Ganha todo mês dois mil reais e não quer mais trabalhar porque todo mês já tem esse dinheiro”. 

Marcelo Marinho resume pensamento de moradores da periferia do Recife quanto às políticas públicas (Foto: Brenda Alcântara/LeiaJáImagens)

Apesar disso, os entrevistados afirmam se tratar de medidas necessárias. Marcelo Marinho, de 56 anos, morador da Zona Norte do Recife, expressa a opinião dos entrevistados na pesquisa. “Eu concordo com essas medidas desde que elas sejam bem sucedidas, no sentido de não ter desvios, que as famílias atendidas sejam realmente as mais necessitadas porque é uma ajuda muito grande para quem não tem nada”. 

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A decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que deliberou, com relação a um caso específico, a não criminalização do aborto nos três primeiros meses de gravidez vem gerando muita polêmica. O veredito foi anunciado na terça-feira desta semana (29), é inédita no país e teve como base o voto dos cinco dos onze ministros que compõe a Turma, incluindo entre eles, o ministro Luís Roberto Barroso.

Segundo Barroso, a criminalização do aborto nos três primeiros meses de gravidez fere os direitos sexuais e reprodutivos da mulher. No entanto, a decisão dos ministros é válida apenas para esse caso específico, que envolve a revogação da prisão preventiva de cinco pessoas que trabalhavam numa clínica clandestina de aborto que atuava em Duque de Caxias (RJ).

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Adentrando nesta discussão atual e pertinente, a equipe do LeiaJá foi às ruas para ouvir o que as pessoas têm a dizer sobre essa decisão tão polêmica. Com opiniões divididas, os internautas provam que paralelamente ao conservadorismo brasileiro, a ascensão de grupos que lutam pela liberdade de escolha das mulheres também marcam o país.

Confira:

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À frente do Palácio do Campo das Princesas há quase dois anos, a administração do governador Paulo Câmara (PSB) é considerada regular por 42% dos recifenses. O dado é de um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, e revela uma estabilidade da avaliação do pessebista. No primeiro levantamento para o período eleitoral, feito em agosto, os que atribuíam ao governador o mesmo julgamento eram 39,6%.

Para outros 15,7%, o governo de Câmara é ruim e 19% o consideram péssimo. Em contraste, 16,1% dos entrevistados apontaram a administração dele como boa, enquanto 1,7% classificaram como ótima. Da amostragem, 5,5% não souberam responder ao IPMN. Em agosto, a gestão era péssima para 23,7% e ótima para 2,4%.

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Os percentuais, segundo o coordenador do IPMN e cientista político Adriano Oliveira, sugerem a neutralidade do governador diante do eleitorado. “O governador ainda não tem uma marca da gestão diante do eleitor e, por isso, exerce uma função neutra”, observou.

O Instituto foi às ruas da capital pernambucana nos dias 14 e 15 de setembro para ouvir 816 pessoas. A pesquisa foi registrada no dia 10 de setembro no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) com o número PE-09790/2016. O nível de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é estimada em 3,5 pontos percentuais.

Desde que começou a operar nos Estados Unidos, em 2009, o Uber vem causando polêmica. Em março deste ano, o aplicativo passou a funcionar também no Recife, prometendo economia de até 40% aos seus usuários. A novidade agrada, já que 98,9% dos que já utilizaram o Uber aprovam o novo modo de transporte. Os dados são de um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commercio.

A disparidade de valores entre o serviço prestado pelo Uber e pelos taxistas provoca uma eterna guerra entre os profissionais e, até mesmo, clientes. Na última quarta-feira (4), a Câmara dos Vereadores do Recife colou o assunto em pauta, numa audiência pública que causou discussão entre as duas partes

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Ao ser descrita em números, a rivalidade mostra uma diferença quando se trata da avaliação dos clientes. Segundo a pesquisa do IPMN, 39,8% dos recifenses utilizam o táxi para deslocamento, mas apenas 2,9% destes passageiros acreditam que o serviço prestado pode ser avaliado como ótimo - no Uber, o índice de aprovação chega a impressionantes 98,9%.

Apesar do alto índice de aprovação, cerca de 36,3% dos recifenses nunca ouviram falar do aplicativo que conecta passageiros e motoristas. Entre os que conhecem o Uber, 67% dos entrevistados acreditam que o serviço deve continuar operando no Recife. Este debate originou uma pesquisa pública iniciada pelo vereador Jayme Asfora (PMDB), na última quinta-feira (5). O formulário questiona se aplicativos como o Uber devem ser regulamentados na capital pernambucana. 

Até esta segunda-feira (9), 5,6 mil pessoas responderam ao questionário. Para o peemedebista, a sociedade precisa ser escutada de forma ampla sobre esse processo. "É preciso encontrar soluções para esse impasse que, infelizmente, está desaguando em casos de violência que não podem se repetir. Nada se resolve no grito", pontua Asfora. O formulário está disponível neste link e ficará acessível até o próximo dia 20.

Levantamento

A pesquisa do IPMN ouviu 623 pessoas no Recife, nos dias 3 e 4 de maio. O nível de confiabilidade é de 95% e a margem de erro é de 4,0 pontos percentuais para mais ou para menos.

Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) mostra detalhes da utilização do Parque Dona Lindu, situado na Zona Sul do Recife, por parte dos recifenses. De acordo com a análise, 95% dos entrevistados afirmaram que já ouviram falar no equipamento público e desse percentual, 60% disseram que já frequentaram o local.

A pesquisa também apontou que boa parte da população não sabe que o nome do Parque faz uma homenagem à mãe do ex-presidente Lula. Segundo o estudo, 53% dos recifenses não sabem quem é Dona Lindu. Por outro lado, entre os que já ouviram falar no espaço, 98% responderam que Dona Lindu é a genitora do petista.

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Ainda sobre as pessoas que sabem quem é Dona Lindu, quase 10% acreditam que o parque recifense deveria mudar de nome. Entre as principais justificativas apontadas pelos entrevistados para a mudança de nomenclatura estão “deveria ser em homenagem a alguém importante para Recife/Pernambuco”, “por conta dos escândalos e corrupção de Lula”, “porque é estratégia política”, “deve homenagear o nome da cidade”, “a mãe de Lula não fez nada por Pernambuco”, “é em homenagem a mãe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva” e “sem história”. Além disso, 74,7% dos ouvidos na pesquisa acham que não deve acontecer mudança no nome do Parque, equanto quase 16% não responderam.

Como alguns entrevistados apontaram mudanças para o nome do Parque, a pesquisa também registrou sugestões de como o Dona Lindu poderia ser chamado. Os nomes mais sugeridos foram “Boa Viagem”, “Eduardo Campos”, “Ariano Suassuna”, “Oscar Niemeyer”, “Mestre Vitalino”, “Miguel Arraes”, “Nossa Senhora da Conceição”, “Pelópidas Silveira” e “Beira Mar”.

O IPMN entrevistou 623 recifenses, com idade superior a 16 anos. A pesquisa foi realizada nos dias 3 e 4 de maio, através de um trabalho feito com equilíbrio em relação aos escolhidos de acordo com sexo, faixa etária, grau de instrução, renda individual/familiar, estado civil, casse socioeconômica e religião e situação empregatícia. De acordo com o Instituto, o nível de confiabilidade é de 95%, com margem de erro de quatro pontos percentuais. 

Criada para investigar um esquema de lavagem e desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras, empreiteiras e políticos, a Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), tem o apoio da maioria dos recifenses, segundo um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN). De acordo com o levantamento, divulgado nesta terça-feira (23), 97,3% dos que residem na capital pernambucana conhecem o teor das investigações envolvendo a estatal e 71,8% apoiam a iniciativa. 

A análise, encomendada pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, revela ainda que 1,9% dos recifenses entrevistados nunca ouviram falar na Lava Jato e 25,9% não aprovam as investigações da PF. Já na sua 23ª fase, desde que foi iniciada, em 2014, a operação tem causado desconforto entre os políticos, inclusive pernambucanos, e diversas empresas como a Odebrecht. 

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A estimativa é de que o prejuízo causado pelas irregularidades na chegue à casa dos R$ 42,8 bilhões. Nomes como os dos senadores Renan Calheiros (PMDB), Humberto Costa (PT), Fernando Bezerra Coelho (PSB) e Fernando Collor (PTB); dos deputados federais Eduardo Cunha (PMDB) e Eduardo da Fonte (PP); e dos ex-deputados Pedro Corrêa (PP) e Cândido Vacarezza (PT) estão envolvidos nas fraudes, de acordo com as delações premiadas concedidas a Polícia Federal. 

O pernambucano Pedro Corrêa, inclusive, já foi condenado pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato, para cumprir 20 anos, três meses e dez dias de prisão por receber pelo menos R$ 11,7 milhões do esquema de corrupção na estatal. Ele já cumpria pena por ter sido condenado no esquema do Mensalão, escândalo que revelou a compra de votos de parlamentares no Congresso Nacional, durante o mandato do ex-presidente Lula (PT). 

Diante das reincidências de políticos nas irregularidades e apesar do reforço nas investigações, o IPMN também questionou aos entrevistados se acreditam na melhoria do comportamento dos políticos com a Lava Jato. A maior parcela dos que participaram do levantamento, 56,7% não crê na lisura das ações entre os políticos, enquanto 40,7% têm esperança de um comportamento melhor. 

Dados da pesquisa

A pesquisa do IPMN ouviu 624 pessoas no Recife, nos dias 15 e 16 de fevereiro. O nível de confiabilidade é de 95% e a margem de erro é de 4,0 pontos percentuais para mais ou para menos.

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Em meio à realização de algumas manifestações pelo Brasil afora em favor da volta da ditadura militar, o Instituto de Pesquisa Mauricio de Nassau (IPMN), em pequisa encomendada pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, revelou que a maioria dos recifenses é favorável ao regime democrático e à liberdade de imprensa. A amostra colheu opiniões de mais de 620 pessoas entre os dias 21 e 22 de julho e comprovou a escolha dos moradores da capital pernambucana. 

Indagados se seriam favoráveis à liberdade de imprensa, 82,4% das pessoas responderam sim, 16,2% não e 1,4% não se posicionaram. Quando o IPMN fez a mesma pergunta se referindo ao passado, os dados foram menores, mas ainda prevaleceu a maioria da aprovação. Neste aspecto, 75,6% garantiram optar pela liberdade de imprensa, 23% não concordaram e 1,4% não responderam. 

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Outro aspecto da pesquisa traz o seguinte questionamento: “Você prefere democracia ou ditadura no Brasil?”. Nessa pergunta, 85,8% preferiram a democracia, 11,5%, ditadura, 1,1% disseram nenhum e 1,6% não responderam. Numa comparação sobre como pensavam antes, os participantes quase não mudaram de opinião e 85,9% permaneceram favoráveis ao regime democrático, 11,3% optaram pela ditadura, 1,5% por nenhum e 1,3% não souberam responder. 

De acordo com o doutor em ciência política e professor da Universidade Federal de Pernambuco, Adriano Oliveira, os dados confirmam que apesar dos atos públicos, o favoritismo da ditadura é menor. “Isso significa que apesar de algumas manifestações pregando a ditadura, isso é uma minoria. Nós podemos até afirmar que a democracia está se consolidando no nosso país, principalmente agora com a Operação Lava Jato”, avaliou.

Para o doutor em sociologia, mestre em direitos humanos e professor do Grupo Ser Educacional, Wagner Arandas, as manifestações foram fatos isolados de alguns indivíduos. “Uma expectativa de uma moralidade, porém lembro-me de uma frase, que não recordo o autor, mas que é muito utilizada por sociólogos: na democracia você pode pedir o retorno da ditadura, mas na ditadura as pessoas não podem pedir o retorno da democracia”, destacou. 

Sobre a credibilidade dos recifenses em relação à democracia, Arandas analisa que “querendo ou não, as pessoas acabam votando no político porque aquele político é a opção dela, mas a democracia traz a possibilidade de após quatro anos, a pessoa tomar uma decisão diferente”, contextualizou. Além disso, o professor relembra as consequências da ditadura. “A ditadura militar acabou trazendo muitas cicatrizes para a sociedade. Todo mundo vai conhecer alguém que sofreu na ditadura”, reforçou. 

Sobre a aceitação da liberdade de imprensa, Wagner Arandas ressaltou a importância dos veículos de comunicação para a população. “E a questão da imprensa é porque são os olhos da sociedade, ela pode mostrar para as pessoas a realidade”, completou o doutor. 

Uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau (IPMN), nos últimos dias 7 e 8, revela que 10,6% dos recifenses sofrem com falta de luz costumeiramente em sua residência; um reflexo dos constantes apagões, segundo um dos coordenadores do projeto, Djalma Guimarães. O estudo também traçou alguns hábitos do consumo de energia dos moradores da capital pernambucana. 

Das pessoas que responderam adotar medidas de economia, os hábitos mais positivos são o de desligar a luz quando não está sendo usada (22,3%) e desligar aparelhos eletrônicos da tomada (19,1%). Mas apenas 12,2% diz deixar os aparelhos ligados só quando necessário. Para o economista e coordenador do IPMN, Djalma Guimarães, a pesquisa mostra que as pessoas, de uma maneira geral, estão dispostas a reduzir os custos, mas as ações que são tomadas ainda são insuficientes. 

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Segundo Guimarães, algumas medidas eficazes seria comprar equipamentos de baixo consumo, que possuam o selo Procel; trocar a lâmpada incandescente pela fluorescente, e nunca esquecer de desligar os eletrodomésticos da tomada. “É importante lembrar que o stand by consome energia”. 

Dos hábitos menos econômicos entre os entrevistados, está o de passar o dia e a noite com ar condicionado e/ou ventilador ligados. Além disso, 53,1% das pessoas dizem não usar medidas de economia de energia diariamente.

Outra constatação negativa que o estudo relevou, é que 5,9% dos entrevistados dizem possuir “macaco” em sua residência para furtar energia, e 30,5% dizem conhecer alguém que pratica a ilegalidade. 

A pesquisa foi feita com uma amostra de 624 pessoas, definida com base nas fontes oficiais de dados: Censo IBGE e TER. O nível de confiança é de 95%, com margem de erro de 4,0 pontos percentuais, para mais ou para menos.

As questões políticas e o problema de corrupção vivido atualmente no Brasil, principalmente com a investigação dos desvios de dinheiro envolvendo a Petrobras, passam a ser vistas e acompanhadas de forma mais intensa pela população. Num levantamento realizado entre os dias 7 e 8 de abril no Recife, o Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), revelou que quase 70% dos entrevistados acreditam que o Brasil está vivendo uma crise econômica, e dentre esses, a maioria apontou a corrupção, a Petrobras e a inflamação como os principais motivadores da situação. 

Saindo às ruas da capital pernambucana, o IPMN direcionou a seguinte indagação aos participantes da amostra: “Você acredita que o Brasil vive uma crise na economia”? Em resposta ao questionamento, 69,5% das pessoas sinalizaram com “sim”, 19,7% disseram “não” e 10,8% não souberam ou não responderam. 

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Em relação a esta mesma problemática, a pesquisa perguntou posteriormente o que às pessoas sabiam sobre a crise. De forma espontânea, os entrevistados elencaram em primeiro lugar com 37,9%, informações ligadas à corrupção, seguido de crise da Petrobras com 25,8%, crise econômica/inflação com 13,5% e 6,7% disseram que o problema “era de responsabilidade de Dilma”. Ainda sobre esta questão, foram citados o desemprego com 3,3%, diminuição de benefícios sociais com 1,1% e 0,9% das pessoas acreditam que a situação é culpa do PT. 

Para o cientista político Adriano Oliveira, os resultados trazidos na pesquisa têm duas vertentes. “Esse dado é preocupante e ao mesmo tempo otimista. É preocupante porque as pessoas estão associando a crise ao governo Dilma e isso explica a baixa avaliação dela. É otimista pelo fato de que se a avaliação econômica melhorar, ela tem um aumento de popularidade”, analisou, lembrando os noticiários negativos e a inflação como questões fundamentais para associação feita ao governo Dilma. 

Detalhando ainda mais a avaliação, o IPMN, novamente de forma espontânea, quis saber dos 69,5% dos entrevistados que disseram que o Brasil vive uma crise econômica, de quem seria o responsável pelo problema. Dos participantes da amostra, 72,1% assinalaram o Governo Federal/Dilma como o principal responsável. Além da chefe do poder Executivo, outras justificativas também foram lembradas: 16% responderam de “políticos em geral”, 7% do “povo brasileiro” e 0,7% colocaram a culpa em “Lula” ou na corrupção. 

Para superar a crise, o Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau indagou quais ações o governo deveria adotar. Neste quesito, 36,7% dos entrevistados sugeriram acabar com a corrupção. Outros 19% pediram o impeachment de Dilma, 7,0% solicitaram a troca dos atuais políticos e 4,2% optaram pela melhora da administração. Outras medidas pontuadas, porém com percentuais menores, foram a diminuição dos impostos e a reforma política, entre outros. 

De acordo com Oliveira, a situação da Petrobras acaba influenciando a avaliação dos entrevistados, por isso, Dilma deveria criar estratégias para reverter à situação. “Ela precisa ter uma ação mais forte. Se ela conseguir domar mais a Petrobras e trazer notícias positivas, o clima negativo tende a ser diminuído”, sugeriu o cientista político. Outra questão avaliada pelo especialista foi o pedido de impeachment. “Esse é um sentimento imediato. Não significa que isso não possa ser revertido. E esta situação momentânea é em virtude às manifestações e pelo pessimismo econômico da corrupção, mas não quer dizer que isso não possa ser mudado”, destacou.

Na visão do economista Djalma Guimarães, as questões políticas têm norteado os aspectos econômicos da sociedade. “O fato é que as pessoas não estão percebendo a crise como um fenômeno apenas econômico, mas a questão política que leva à crise. Esses fatores externos da economia como à corrupção e a crise da Petrobras criam um cenário e as pessoas percebem, a partir daí, um cenário econômico ruim o que é muito preocupante porque quando o consumidor está pessimista, existe uma tendência que ele reduzia a intenção de consumo, e quando faz isso, o empregador venderá menos, e consequentemente, a gente tem um aprofundamento do ciclo negativo na economia”, avaliou.

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Guimarães frisou ainda a falta de credibilidade que a população tem vivenciando em relação ao governo. “Os dados nos mostraram que as pessoas associam à crise econômica à corrupção, a crise da Petrobras, à responsabilidade do governo. Se nós não tivéssemos vivendo uma crise de credibilidade tão grande, talvez a rejeição não tivesse ocorrendo de forma tão intensa”, reforçou.

Pesquisa - O IPMN conversou com 624 pessoas com 16 anos ou mais nos dois dias de entrevista. A amostra possui um nível estimado de 95% de confiança e uma margem de erro estimada de 4,0 pontos percentuais para mais ou para menos. 

Passada as eleições, o Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) decidiu ouvir a opinião dos eleitores pernambucanos para descobrir quais as instituições mais confiáveis. O governo e o Congresso Nacional lideraram o ranking negativamente, ocupando as últimas colocações na amostra divulgada este sábado (15).

As melhores pontuações ficaram com a Família e Igreja, que conquistaram as médias 9,0 e 8,1, respectivamente. 64% dos entrevistados declararam nota 10 a instituição familiar,  37% pontuaram o mesmo para a Igreja, enquanto o Congresso Nacional e o Governo, alçaram a lanterna, ambos com 4%.

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Quando o quesito foi a nota zero, houve uma inversão no quadro.  A pior nota foi creditada ao Congresso (9%), logo depois surgem empatados o Governo e Poder Judiciário (7%). Apenas 21% das pessoas que responderam aos questionamentos  indicaram nota a partir de 8,0 para o Congresso. Seguindo  a mesma linha, o Governo alcançou 17 pontos percentuais. 

                         

O motivo das instituições relacionadas ao ambiente político obterem as piores médias podem estar relacionadas aos constantes escândalos de corrupção. De acordo com o analista de política, Maurício Romão, a corrupção não é o único motivo da descrença nas entidades políticas. O analista ressalta que mesmo em países que possuem a democracia consolidada, o governo acaba sendo mal avaliado pela população. 

“A mal avaliação do parlamento não é uma exclusividade do Brasil. Países que possuem a economia, política e democracia consolidada também recebem notas baixas. A corrupção pode até influenciar as notas aplicadas as instituições políticas, mas não isoladamente.  O principal motivo que leva as baixas médias é o fato dos parlamentares terem praticas que não são consonantes com os interesses da população”, analisou Romão, exemplificando que o descaso com o dinheiro público, altos salários dos parlamentares e uso da máquina pública em beneficio próprio aguçam a ideia que o legislativo é desprezível e desnecessário ao país.    

Foram ouvidas 625 pessoas, nos dias 03 e 04 de novembro.  O nível de confiança é de 95% e a margem de erro pode chegar aos 4 pontos percentuais, para mais ou para menos. 

As legendas partidárias e os políticos são apontados pelos recifenses como necessários para resolver os problemas do país. De acordo com um levantamento do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), divulgado neste sábado (15), 47% dos que residem na capital pernambucana consideram os partidos relevantes e 63% dos políticos. Dos entrevistados, 39% apontaram que o país não necessita das siglas para solucionar os entraves e 24% negaram a necessidade dos políticos.   

Apesar de a maioria apontar as siglas e os políticos como necessários para o bom desenvolvimento do Brasil, a confiança e o interesse dos recifenses pela área não é visível. Segundo os números, 45% dos entrevistados não confiam nos políticos, 26% confiam pouco, 16% se consideram indiferentes a tal confiabilidade, 5% confiam e 3% confiam muito. 

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Questionados se acreditavam nos políticos, a negativa se sobressaiu. Dos que responderam ao IPMN, 41% disse não, 26% acredita pouco, 17% se colocou como indiferente, 6% acreditam e 4% acreditam muito. O IPMN também aferiu o interesse pela área. A maioria dos recifenses é pouco interessada pelo setor, 30%. 25% não nutre nenhum interesse, 17% apresentou ser interessado, 15% disse ser indiferente e 7% pontuou ter muito interesse pela política. 

De acordo com o cientista político, Adriano Oliveira, os resultados mostram que o eleitor entende que a política é o único meio de resolver os problemas. "A pesquisa ressalta que mesmo os eleitores declarando não acreditar nos políticos, o percentual de pessoas que respondeu que os consideram relevantes somam 63%. Tal resultado reflete que, apesar da ampliação da descrença política, o eleitor ainda acredita que os políticos  e as instituições partidárias são necessários ao país”, pontuou o cientista.

Admiração partidária

Um mês após as eleições, quando parte da população esteve nas ruas para defender o seu candidato, o IPMN indagou os recifenses quanto à admiração partidária deles. Maior parte dos entrevistados, 39%, afirmou não ter empatia e admiração por nenhuma legenda.

Dos que citaram algum partido, o PT foi o que se sobressaiu. Apesar de todos os escândalos estourados nos últimos anos sobre sigla, ela ainda é a mais admirada pelos recifenses. De acordo com o levantamento do IPMN, a sigla tem a preferência de 25% dos que residem na capital pernambucana. Em segundo lugar está o PSDB, a sigla tucana tem 10% da admiração dos que moram no Recife. 

Mesmo com a máquina pública na mão, com o prefeito Geraldo Julio, o PSB é apenas o terceiro mais admirado, com 7%. Logo depois vem o PMDB, com 2%, e o PTB, com 1%.  

A Mundial passou, a Alemanha, eliminou o Brasil, venceu e abalou a relação entre a Seleção e o povo brasileiro. O trabalho feito pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, “A opinião do recifense sobre a Copa do Mundo 2014” entrevistou torcedores e a grande maioria destacou o sentimento de “vergonha” sobre o torneio sediado em solo nacional.

Os torcedores recifenses, acompanharam cada passo da atuação da seleção brasileira. Seja de casa, do trabalho, da Fan Fest ou de bares, 91% afirmou ter seguido a atuação do Brasil no torneio. Mais precisamente, 63% dos entrevistados afirmaram assistir a todos os jogos do time comandado pelo técnico Felipão, outros 27,7% indicaram que viram algumas partidas e apenas 7,7% declararam não ter acompanhado o escrete em campo.

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Em nenhum momento o Brasil conseguiu embalar a torcida nacional no torneio. Na estreia, venceu a Croácia por 3 a 1 com um gol de pênalti mal assinalado. Empatou com o México no insosso 0 a 0 e fechou a primeira fase com a vitória por 3 a 1 sobre Camarões. Nas oitavas de final, diante do Chile, levou o jogo para os pênaltis e se classificou com a brilhante atuação do goleiro Júlio César, defendendo duas cobranças. Nas quartas, derrotou a Colômbia por 2 a 1.

O duelo diante dos colombianos marcou a despedida de Neymar da Copa do Mundo. O camisa 10 deixou o torneio por conta de uma contusão na vértebra. Depois, só humilhações. Primeiro a derrota e eliminação por 7 a 1 para a Alemanha, em Belo Horizonte. Em seguida, ainda perdeu a disputa de terceiro lugar por 3 a 0 para a Holanda, em Brasília.

“Vergonha”. Este foi o sentimento que marcou o torcedor recifense durante a Copa do Mundo (gráfico abaixo). Dentre os entrevistados, 46,8% ressaltou o sentimento de desonra após o Mundial. Outros 24% se mostraram “orgulhosos” e 26,8% se declararam “indiferentes”.

Dentre os jogos do Brasil, os recifenses apontaram a vitória nos pênaltis contra o Chile como o melhor da Copa, apontado por 21,9% dos entrevistados. A eliminação brasileira ainda foi lembrada 9,9% dos recifenses. Inclusive, a pesquisa aponta que a maioria da torcida atribui a eliminação no Mundial ao trabalho do técnico Felipão, com 49,9%. Outros 7,9% indicara, a culpa do governo, 17,7% afirmou ter sido por falha dos jogadores e apenas 1% relacionou à seleção vitoriosa, a Alemanha.

Os recifenses ainda ressaltaram declararam o sentimento brasileiro logo após a derrota humilhante contra a Alemanha, a pior já sofrida pela seleção brasileira na história das Copas. Apenas 14,4% se mostraram indiferentes. Os outros 85,6% se dividiram entre dores de "tristeza" (32,5%), "revolta" (31,2%) e imensa tristeza (21,9%).

O trabalho foi realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau nos dias 14 e 15 deste mês de julho, no Recife, com pessoas de mais de 16 anos. A confiabilidade é de 95% e tem margem de erro de 4%. O estudo contou com 624 entrevistados.

Faltando menos de três meses para a Copa do Mundo no Brasil, 71,5% dos recifenses apoia a realização do evento no país, revela pesquisa do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau. O levantamento foi realizado entre os dias 6 e 7 de março. Inicialmente considerada uma oportunidade para melhorar a infraestrutura do país, o Mundial tornou-se sinônimo de obras atrasadas e projetos abandonados.

 

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Um dos principais temas que são vinculadas ao Mundial, além das obras e dos investimentos, são as manifestações, que começaram a tomar conta das cidades de todo o país desde junho do ano passado. Os protestos abordaram os altos custos com a organização do torneio e tiveram a Fifa como um dos alvos. Houve manifestações nos arredores dos estádios em dias de jogos da Copa das Confederações, causando temor em milhares de torcedores.

De acordo com a pesquisa, o número de recifenses que são contra qualquer tipo de manifestação está bem próximo dos que são a favor.  Cerca de 50% dos entrevistados não concordam com os protestos e 43,3% aderem. Entretanto, quando se trata de movimentos no Recife durante a Copa do Mundo, a diferença é mais visível. Segundo o levantamento, 66,2% dos recifenses são desfavoráveis, enquanto, 29,6% aprovam a realização de manifestações durante o Mundial.

 

Além disso, o propósito dos protestos da Copa também é ligado ao aumento das tarifas de transporte público. O combate à corrupção é apontado como motivo para as manifestações, assim como as reivindicações por maiores investimentos em saúde e educação.

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