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Tanto a JBS quanto o BNDES negam a concentração de recursos no setor de frigoríficos utilizando uma conta diferente: somando os investimentos do banco no setor de carnes nos mercados interno e externo. Em nota, o banco informou que "apoiou o desenvolvimento das mais diversas empresas em diferentes setores" e que os investimentos nos frigoríficos fizeram parte de uma política de governo mais ampla: "O apoio recente do BNDES ao fortalecimento e internacionalização de grupos empresariais brasileiros".

Segundo o banco, a orientação governamental "estabeleceu setores com capacidade de projeção internacional a serem apoiados por vários instrumentos de fomento. Coube (ao banco) o papel de financiador dos setores prioritários". O BNDES lembrou ainda que, apesar de seguir a política do governo, suas decisões "são respaldadas por critérios técnicos e pelas melhores práticas bancárias".

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O BNDES reforçou que o apoio ao setor de carnes não se restringiu à JBS ou a grandes empresas. "Entre 2005 e 2016, foram contratadas no BNDES R$ 18 bilhões em operações de crédito para mais de 1.700 empresas e cooperativas de abate e fabricação de produtos de carne. O volume representou pouco mais de 1% do valor de todas as operações de crédito aprovadas pelo BNDES."

Na conta do banco entram as operações no Brasil e no exterior. Ele informou que, entre 2005 e 2016, desembolsou em todas as suas operações cerca de R$ 83 bilhões por meio da aquisição da debêntures, ações ou por meio da participação em fundos de investimento, os chamados instrumentos de renda variável. "Desse montante, R$ 12,4 bilhões foram para empresas de abate e fabricação de produtos de carne, cerca de 15% do total.

Atualmente, o setor representa menos de 10% da carteira da subsidiária de participações do BNDESPar", diz a nota. Sobre a delação da JBS, o banco informou que "todos os fatos provenientes de investigações oficiais são objeto de avaliação integral por Comissão de Apuração Interna (CAI)".

A JBS informou que o BNDESPar detém hoje 21,3% de suas ações, com direito a dois assentos no conselho de administração, e negou que essa participação seja fruto de favorecimentos. "De acordo com o Livro Verde, recém-lançado pelo BNDES, entre 2001 e 2016, na lista de maiores clientes do banco, a J&F aparece em 19.º lugar." E concluiu afirmando que "tais investimentos auxiliaram na profissionalização e na melhoria da imagem do setor".

Imagine que você esteja precisando de um técnico em computadores. O normal seria contatar uma empresa, acionar o profissional e, por fim, pagar pelo seu serviço. Mas a rede social Timerepublik quer mudar este tipo de prática, propondo que as pessoas se ajudem mutuamente quando precisarem de favores.

No portal, o dinheiro que seria gasto para contratar um trabalho é trocado por tempo. Ou seja, se um usuário gastou parte do seu dia passeando com o cachorro do vizinho, ele ganhará créditos. Quando ele precisar de um serviço, poderá utilizar esta “moeda” para contratar um trabalho futuro.  

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O portal é gratuito e possui fácil cadastro. Basta que o interessado crie um “ficha”, onde ele incluirá nela suas habilidades. Por exemplo, se o usuário é um encanador, da próxima vez que um internauta precisar deste tipo de serviço, ele poderá ser acionado para consertar uma tubulação, por exemplo.

Depois de realizar o cadastro, o usuário pode escolher o perímetro de “ajuda”, se ele quiser limitar o raio da pesquisa por serviços. Para isso, é necessário cadastrar o endereço no site. Em uma pesquisa rápida, é possível encontrar serviços de diretor de fotografia, tradutor e arqueólogo no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

Vale ressaltar que a medida de tempo é igual para todos. Ou seja, uma hora gasta por um médico para ajudar alguém, vale o mesmo que uma hora para passeadores de cachorros, encanadores e jornalistas, por exemplo.  

Veja o vídeo que explica a iniciativa (em inglês):

Interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal em duas operações mostram que a ex-chefe de gabinete da Presidência Rosemary Nóvoa de Noronha fez gestões para ajudar pessoas próximas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Rose, como a ex-assessora é conhecida, citou os nomes do ex-presidente do PT José Genoino e do médico de Lula e da presidente Dilma Rousseff, Roberto Kalil.

Na Operação Overbox, em 2004, a PF tentava desarticular um grupo que facilitava a entrada de produtos contrabandeados no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP). Rose foi flagrada em duas conversas com o delegado Wagner Castilho, um dos responsáveis pela segurança do aeroporto. Ele chegou a ser investigado, mas não foi indiciado.

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Em 5 de outubro, os investigadores anotaram no relatório uma conversa em que ela tentava resolver o trâmite de um porte de arma para o então segurança de Genoino, que à época presidia o partido. "Rose fala que está precisando de duas coisas. Uma é o porte de arma para o motorista do deputado, presidente do Partido dos Trabalhadores." Segundo a PF, Castilho explicou o procedimento e disse que "leva em mãos e se tiver algum óbice resolve". Ela disse que ficaria "no aguardo dessa coisa do Genoino".

No outro diálogo, em 14 de setembro, Rose repreende Castilho. Ela tentara falar com ele mais cedo sobre uma multa da Receita Federal aplicada à mãe de Kalil no desembarque de uma viagem a Paris, pela manhã.

Nos autos da Operação Porto Seguro, deflagrada na sexta-feira, constam dois e-mails em que Rose cobra do diretor afastado da Agência Nacional de Águas, Paulo Vieira, um favor para Cláudia Cozer, mulher de Kalil e médica pessoal de Rose. Ele deveria acessar Esmeraldo Malheiro dos Santos, consultor jurídico do Ministério da Educação que, segundo a PF, atuava com a quadrilha. O assunto do e-mail era "Faculdade-ES: Dra. Cláudia". O favor a ser feito não fica claro.

Tanto Genoino quanto Kalil disseram que Rose falou em seus nomes sem que eles tivessem feito qualquer pedido. A assessoria de Cláudia Cozer afirmou que não se manifestaria porque não teve acesso aos autos. Rose e Castilho não foram encontrados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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