Tópicos | Fenaj

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgará na próxima quinta-feira (25) um relatório completo sobre os casos de violência contra jornalistas e de ataques à liberdade de imprensa no Brasil, em 2023.

De acordo com dados preliminares divulgados pela entidade, os registros de violência contra os profissionais de imprensa no ano passado tiveram queda significativa. Em 2023, foram 181 casos, contra 376 registrados em 2022. A diminuição foi de 51,86%.

##RECOMENDA##

No entanto, o número registrado no ano passado foi 34,07% maior em relação aos 135 casos contabilizados em 2018, antes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na avaliação da presidente da Fenaj, Samira de Castro, a queda dos episódios de violência contra os profissionais de imprensa em 2023 tem relação com a diminuição das ações de descredibilização da imprensa pelo ex-presidente.

"Podemos comemorar a queda nos números da violência em 2023. Mas temos de continuar em alerta e mobilizados, porque as cifras continuam muito elevadas", comentou Samira.

O relatório completo dos casos de violência contra jornalistas conterá dados sobre as categorias profissionais, gênero, estado e tipo de mídia.

Entidades representativas ligadas à classe jornalística repudiaram o comentário feito pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL), em tom de deboche, a respeito da tortura sofrida por Miriam Leitão durante a ditadura militar. O filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, no último domingo (3), em tom jocoso, sentir "pena" da cobra com a qual a jornalista passou horas trancafiada em uma sala.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou nota nessa segunda-feira (4), condenando a atitude do deputado e destacando que esse tipo de ataque é recorrente por parte dele. "Causa indignação que um parlamentar, detentor de cargo e salário públicos, use sua voz para ofender mais uma vez a jornalista, citando de forma desqualificada e jocosa o período em que ela foi presa e torturada sob o regime militar no Brasil", diz a entidade.

##RECOMENDA##

A Abraji continua: "O ataque de Eduardo Bolsonaro, notadamente defensor desse período sombrio da história do País, causa indignação não só no meio jornalístico como no político e econômico". O comentário do deputado foi repudiado por pré-candidatos à Presidência e políticos da Câmara e do Senado. Também gerou repercussão negativa entre influenciadores, artistas e jornalistas, e foi um dos assuntos mais comentados do Twitter entre o último domingo e a segunda-feira.

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), representação máxima da categoria no País, foi além e pediu a cassação do mandato do deputado. A entidade defendeu a abertura "imediata" de um processo contra Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética da Câmara, "para que não haja relativização em favor dos criminosos".

Segundo a nota, tanto Eduardo Bolsonaro quanto seu pai, o chefe do Executivo, "demonstram absoluta falta de empatia e compaixão, sentimentos normalmente partilhados entre os seres humanos".

"Passa da hora de os demais poderes constituídos da República brasileira, excluída a Presidência, por motivos óbvios, agirem para garantir o Estado de Direito, com a punição cabível para autoridades que insistem em agir fora dos preceitos legais e democráticos", diz a Fenaj. A nota foi endossada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo.

Leia a íntegra da nota da Abraji:

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) repudia os ataques do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) à jornalista Míriam Leitão. Causa indignação que um parlamentar, detentor de cargo e salário públicos, use sua voz para ofender mais uma vez a jornalista, citando de forma desqualificada e jocosa o período em que ela foi presa e torturada sob o regime militar no Brasil (1964-1985). É um tipo de ataque recorrente, praticado não só pelo deputado, mas por seu pai, o presidente da República, a uma profissional da imprensa, na busca para desvalorizar seu trabalho e tentar silenciá-la no debate político.

Miriam Leitão tem contribuído para o jornalismo político e econômico há mais de 40 anos, sendo uma das profissionais mais respeitadas do país. O ataque de Eduardo Bolsonaro, notadamente defensor desse período sombrio da história do país, causa indignação não só no meio jornalístico como no político e econômico. É de se lamentar que um parlamentar eleito com os mecanismos democráticos use seu discurso para atacar profissionais que se colocaram sempre na defesa da democracia e apoie um período em que direitos civis foram suprimidos no Brasil. A Abraji se solidariza com Míriam Leitão e com todos os profissionais, sobretudo as mulheres, que têm sido constantemente atacadas e ofendidas nas redes sociais por agentes públicos.

Leia a íntegra da nota da Fenaj:

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), entidade máxima de representação da categoria no país, vem a público repudiar a apologia à tortura, um crime que é também uma manifestação inequívoca de desumanidade.

E, para que não haja relativização em favor dos criminosos, a Fenaj defende a imediata abertura de processo ético contra o deputado Eduardo Bolsonaro, que neste domingo, 3 de abril, quis debochar da jornalista Míriam Leitão, colunista do jornal O Globo e comentarista da Globo News, citando um episódio de tortura a que ela fora submetida, quando presa durante a ditadura militar.

Não foi a primeira vez que Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, tratou a tortura como uma prática banal e defensável. Também não foi a primeira vez que a jornalista Míriam Leitão foi desrespeitada pela família Bolsonaro, em sua história de militante e presa política. Portanto, passa da hora de os demais poderes constituídos da República brasileira, excluída a Presidência, por motivos óbvios, agirem para garantir o Estado de Direito, com a punição cabível para autoridades que insistem em agir fora dos preceitos legais e democráticos. Algumas dessas autoridades, como Bolsonaro pai e filho, também demonstram absoluta falta de empatia e compaixão, sentimentos normalmente partilhados entre os seres humanos.

Na oportunidade, a Fenaj defende ainda a punição para os torturadores, militares e civis, que cometeram seus crimes durante a ditadura militar e que continuam impunes, com base numa interpretação equivocada da Lei da Anistia. Lembramos que a tortura é crime equiparado aos crimes hediondos e é imprescritível.

Punição para os torturadores e para os que fazem apologia à tortura!

Nossa solidariedade à jornalista Miriam Leitão, às vítimas da ditadura militar e aos familiares das vítimas que não resistiram às torturas e sucumbiram nos porões dos cárceres.

O presidente Jair Bolsonaro ironizou um levantamento da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) sobre ataques à imprensa. O relatório da entidade, divulgado na quinta-feira passada, mostra que 208 ataques a veículos de comunicação e jornalistas foram registrados no ano passado. Bolsonaro foi responsável por 121 desses casos, segundo a Fenaj, ou 58% do total.

Pelas redes sociais, o presidente reagiu com ironia. "HAHAHAHAHAHAHA. KKKKKKKKKKKKKKK." O comentário foi publicado na conta oficial do Facebook e do Twitter do chefe do Planalto.

##RECOMENDA##

Bolsonaro respondeu ainda a um seguidor que perguntou como o levantamento chegou ao índice. "Pegaram o QI médio da galera da imprensa. Deu 58", escreveu o presidente. Nos últimos dias, ele passou a responder internautas diretamente em comentários feitos nas publicações em sua página oficial.

Conforme o relatório da Fenaj, a maior parte dos ataques de Bolsonaro foi contabilizada na categoria "descredibilização da imprensa". "Em 2019, a modalidade tornou-se a principal forma de ameaça à liberdade de imprensa no Brasil e foi incluída no relatório diante da institucionalização da prática", disse a Fenaj.

Cultura

Bolsonaro evitou, nesse domingo (19), comentar uma possível recriação do Ministério da Cultura para abrigar a atriz Regina Duarte no governo federal. Questionado por jornalistas sobre essa possibilidade no momento em que tirava fotos com simpatizantes na Praça dos Três Poderes, ele disse: "Vou ficar te devendo". Bolsonaro e Regina devem se encontrar nesta segunda-feira (20) no Rio. A atriz foi convidada a assumir a Secretaria Especial de Cultura no lugar de Roberto Alvim, demitido do cargo após protagonizar um vídeo com referências ao nazismo. 

Em 2019, foram registrados 208 ataques a veículos de comunicação e a jornalistas, um aumento de 54,07% em relação ao ano anterior, quando foram registradas 135 ocorrências, de acordo com o relatório Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, divulgado nesta quinta-feira (16) pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

Dados do relatório mostram que, em 2019, houve dois assassinatos, 28 casos de ameaças ou intimidações, 20 agressões verbais, 15 agressões físicas, dez casos de censura e outros de impedimentos ao exercício profissional.

##RECOMENDA##

O relatório destacou o assassinato dos jornalistas Robson Giorno e Romário da Silva Barros, ambos com atuação em Maricá (RJ). Ainda foi assassinado outro membro da área de comunicação, o radialista Claudemir Nunes, que atuava numa rádio comunitária em Santa Cruz de Capiberibe (PE). Em 2018, foram quatro radialistas mortos em razão de suas atividades.

A federação informa ainda que diminuiu o número de casos de agressões físicas, tipo de violência mais comum até 2018. Em 2019, foram 15 casos que vitimaram 20 profissionais, segundo o relatório.

De acordo com a Fenaj, os políticos foram os principais autores de ataques a veículos de comunicação e jornalistas. O relatório registra 144 ocorrências (69,23% do total), a maioria delas tentativas de descredibilização da imprensa (114). Segundo o levantamento, o presidente Jair Bolsonaro foi o autor de 121 ataques em 2019, o equivalente a 58,17% do total de casos registrados no ano (208).

Regiões

O Sudeste é a região brasileira em que mais ocorreram casos de violência direta contra jornalistas, seguindo tendência registrada nos últimos seis anos. Em 2019, foram 44 ocorrências na região, representando 46,81% do total de 94 agressões, de acordo com o relatório. O estado de São Paulo foi o mais violento com 19 casos (20,21% do total), seguido do Rio de Janeiro (12), Espírito Santo (sete) e de Minas Gerais (seis).

A Região Centro-Oeste passou à condição de segunda mais violenta, com 18 casos, a maioria no Distrito Federal (13), seguido de Mato Grosso (quatro) e Mato Grosso do Sul (um).

No Sul do país, foram 15 casos de agressões. O Paraná foi o estado com maior número (oito), seguido do Rio Grande do Sul (cinco) e Santa Catarina (dois).

No Nordeste, foram 11 casos de agressões, sendo o Ceará o mais violento para a categoria, com sete ocorrências, seguido de Alagoas (dois), Bahia e Pernambuco, com um caso cada.

A Região Norte teve o menor número de casos de violência. Em 2019, foram seis ocorrências. No Amazonas e em Rondônia, foram dois casos em cada, e, no Pará e no Tocantins, um caso em cada.

 

O presidente Jair Bolsonaro já realizou, desde a posse, 99 ataques diretos a jornalistas ou à forma como os trabalhos da imprensa são conduzidos pelos profissionais no país. Os dados foram apresentados pela presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Maria José Braga, nesta segunda-feira (4), durante reunião do Conselho de Comunicação Social (CCS).

Braga ressaltou que o levantamento da Fenaj foi "criterioso", buscando separar críticas conceituais de "ataques puros e simples" a jornalistas específicos ou à maneira como alguns veículos fazem a cobertura de seu governo.

##RECOMENDA##

“Só em outubro, o presidente realizou 13 ataques pessoais contra jornalistas ou à forma como o jornalismo é feito no país. Fizemos questão de separar o que são críticas conceituais e o que se configura simplesmente como agressões. Desde a posse, já foram 99 ataques pessoais e agressões a veículos específicos. São manifestações do tipo "a imprensa é nossa inimiga" ou "se valesse, jornalista já estaria tudo preso". O presidente parece buscar de forma sistemática desacreditar a imprensa, intentando que a população creia ser ele um perseguido por ela, e que portanto as informações veiculadas não seriam confiáveis. Já foram 11 ataques pessoais contra jornalistas e 88 contra veículos e à imprensa como um todo. Os principais alvos são o grupo Globo e os jornais Folha de S. Paulo e Valor Econômico”, informou Braga.

Tortura e censura

Todos os meses, a presidente da Fenaj reporta ao CCS casos de violência a profissionais da comunicação no país.

No relatório de outubro, citou a censura feita pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) a uma reportagem sobre o Festival de Artes Jackson do Pandeiro, em João Pessoa (PB). A matéria foi reeditada para publicação no YouTube e o diretor do programa "Antenize", Vancarlos Alves, foi demitido, porque a reportagem original veiculava um cordel em que aparecia a imagem da ex-vereadora Marielle Franco, assassinada no ano passado no Rio de Janeiro. Na versão para a internet, a imagem de Marielle foi eliminada.

Braga também citou a censura praticada pelo YouTube a dois vídeos do site Ponte Jornalismo. As reportagens da Ponte Jornalismo denunciavam dois professores da rede de ensino AlfaCon, que faziam apologias à tortura e a execuções sumárias durante as aulas, para os alunos.

“O estranho é que as imagens usadas nas reportagens da Ponte Jornalismo, com as apologias aos crimes, vinham de vídeos da própria AlfaCon. O YouTube alegou que a Ponte Jornalismo estaria infringindo o direito autoral”, reclamou a presidente da Fenaj.

*Da Agência Senado

 

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), representante máxima da categoria no Brasil lançou nesta quinta (11) um manifesto contra Jair Bolsonaro. Para a entidade, o candidato do PSL representa "uma regressão política e até mesmo civilizatória".

Ainda segundo a FENAJ, o programa econômico proposto pelo candidato aprofundaria ainda mais os retrocessos da "contrarreforma trabalhista imposta à classe trabalhadora pelo governo Temer".

##RECOMENDA##

Confira a nota na íntegra:

Manifesto FENAJ sobre a eleição presidencial

É hora de escolher a democracia

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), representante máxima da categoria no Brasil, novamente se dirige aos/às jornalistas e à sociedade para defender a democracia e opor-se ao fascismo emergente. Em breve, o povo brasileiro vai voltar às urnas para eleger o novo presidente do país e não restam dúvidas de que a disputa não se dá entre dois projetos democráticos, mas entre uma candidatura que respeita a institucionalidade e o jogo democrático e outra que representa uma regressão política e até mesmo civilizatória.

O Código de Ética do Jornalista Brasileiro estabelece, em seu artigo 6º, como dever do profissional: “I - opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como defender os princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos;(...) X - defender os princípios constitucionais e legais, base do estado democrático de direito; XI - defender os direitos do cidadão, contribuindo para a promoção das garantias individuais e coletivas, em especial as das crianças, adolescentes, mulheres, idosos, negros e minorias;(...) XIV - combater a prática de perseguição ou discriminação por motivos sociais, econômicos, políticos, religiosos, de gênero, raciais, de orientação sexual, condição física ou mental, ou de qualquer outra natureza.”

Portanto, além de um dever cívico, é também uma obrigação ética dos jornalistas posicionarem-se contra um candidato a presidente da República que faz apologia da violência, não reconhece a história do país, elogia torturadores, derrama ódio sobre negros, mulheres, LGBTIs, índios e pobres e ainda promete combater o ativismo da sociedade civil organizada. Esse candidato é Jair Bolsonaro, do PSL.

Propositadamente, ele faz uma campanha despolitizada, assentada em valores morais, família e religião; na disseminação de ideias como anticomunismo, racismo e intolerância à diversidade. Na verdade, representa os que, ainda hoje, não se conformaram com a redemocratização e com os avanços sociais ocorridos na última década. Bolsonaro representa os que temem a democracia e a organização do povo; fala em nome daqueles que não se incomodam com privilégios nem com a corrupção e que não se constrangem com o uso da força onde e quando julgarem necessário.

Como entidade representativa dos trabalhadores e trabalhadoras jornalistas, a FENAJ também chama atenção para o perigo da agenda de retrocessos nos direitos trabalhistas anunciada pelo candidato do PSL, que certamente aprofundaria ainda mais os retrocessos da contrarreforma trabalhista imposta à classe trabalhadora pelo governo Temer.

Do outro lado, temos a candidatura de Fernando Haddad. Sem cair na tentação de avaliar os governos do PT, podemos afirmar seguramente que o partido respeitou - e respeita - as instituições democráticas; apresenta-se para o debate público e submete-se à vontade soberana do povo, expressa nas urnas. Haddad não é, portanto, um extremista autoritário que apenas está no polo oposto, como querem fazer crer seus adversários políticos.

Assim, a Federação Nacional dos Jornalistas sente-se na obrigação de alertar a categoria e a sociedade em geral para a verdadeira disputa atual: ou democracia, com todas as suas imperfeições, ou o autoritarismo de base militar, com todos os seus males. A decisão, portanto, tem de ser no campo da política, com o debate público sobre o país e seu povo.

Em defesa da democracia! Em defesa do Estado Democrático de Direito! Em defesa dos direitos humanos! Em defesa da soberania nacional e popular!

Brasília, 11 de outubro de 2018.

Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ.

O número de jornalistas no Brasil vítimas de agressões aumentou 17,52% no ano passado em comparação a 2015. Foram 161 casos de violência registrados contra 222 profissionais ao longo do ano passado. Houve dois casos de assassinatos de jornalistas no exercício da profissão e cinco de outros comunicadores.

Os números fazem parte do relatório anual da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), lançado nessa quinta-feira (12) no Rio. De acordo com o levantamento, casos de agressões físicas foram os mais comuns - houve 58 registros, nove a mais do que em 2015. O levantamento apontou ainda que São Paulo foi o Estado com mais agressões a jornalistas (44), seguido pelo Rio de Janeiro, com 12 ocorrências. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

##RECOMENDA##

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo (SJPSP) divulgaram um comunicado sobre a escalação de Eduardo Camargo, de 18 anos, como apresentador do telejornal “Primeiro Impacto”, do SBT. Segundo o comunicado, as duas instituições não questionam o fato de Eduardo não ser graduado, mas a maneira como o jornalismo está sendo tratado pela emissora.

O SBT afastou as jornalistas Karyn Bravo e Joyce Ribeiro no dia 12 de outubro, última quarta-feira, data em que também se comemora o Dia da Criança, e as substituiu pelo "jovem âncora”. O SJPSP também destacou os outros trabalhos do jovem apresentador, entre eles, participações em novelas, no programa Domingo Legal, e em um programa de fofocas, interpretando um personagem que não mostrava o rosto. O sindicato informa que foi procurado por vários jornalistas manifestando indignação.

##RECOMENDA##

“Tratar o jornalismo como entretenimento e não informação criteriosa é um desserviço ao cidadão, um ataque à qualidade da informação e, mesmo, uma afronta à Constituição que estabelece como princípios que os meios de comunicação devem zelar pela sua função social e dar preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas”, diz o comunicado.

Compra de material jornalístico

No dia 29 de junho, o SBT disponibilizou um espaço em seu site e divulgou através das redes sociais e de seu canal de TV a possibilidade de qualquer pessoa enviar conteúdo jornalístico e receber pelo trabalho. A emissora destaca que não é um concurso e que os ganhos com pautas que têm potencial para ir ao ar podem chegar a R$10 mil. Um formulário tem de ser preenchido e há um campo para enviar sugestões de assuntos que “chamem a atenção do público”, segundo o próprio site.

Os casos de violência contra jornalistas no Brasil cresceram em 2015, em comparação com 2014. Foram registrados 137 casos no ano passado, enquanto em 2014 haviam sido 129. O número de assassinatos, no entanto, caiu de 3 casos em 2014 para 2 casos no ano passado. Os dados constam de relatório divulgado nesta quinta-feira (21) pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

O jornalista Evany José Metkzer, de 67 anos, foi decapitado em Padre Paraíso, no interior mineiro, onde morava e mantinha um blog. Seu corpo foi encontrado em 18 de maio.

##RECOMENDA##

O outro jornalista assassinado em 2015 foi o paraguaio Gerardo Ceferino Servián Coronel, de 44 anos, morto a tiros numa rua de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, onde morava, em 5 de março. Ele trabalhava na rádio Ciudad Nueva, de Santa Pytã, distrito de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã.

Além dos dois assassinatos foram registrados 49 casos de agressão física (35,7%), 28 casos de ameaças (20,4%), 16 agressões verbais (11,6%), 13 impedimentos do exercício profissional (9,4%), 9 atentados (6,5%), 9 casos de cerceamento à liberdade de expressão por meio de ações judiciais (6,5%), 8 prisões (5,8%), 2 casos de violência contra a organização sindical (1,4%) e 1 caso de censura (0,7%).

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Revista IMPRENSA e apoio institucional da Fenaj e Intercom, realiza a quinta edição do Prêmio Sebrae de Jornalismo. 

O concurso premiará matérias veiculadas na imprensa nacional, entre 1º de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2012, relativas ao ambiente das micro e pequenas empresas no Brasil. Podem participar todos os veículos, independente da mídia que se encaixe. Trabalhos individuais também podem ser inscritos, num limite de até cinco por autor.

##RECOMENDA##

As inscrições podem ser feitas até 21 de janeiro de 2013, apenas pelo site. Serão quatro prêmios de R$12,5 mil, para as categorias Jornalismo Impresso, Radiojornalismo, Telejornalismo e Webjornalismo. Além das premiações especiais, que chegam a R$ 25 mil.

A seleção regional acontece entre março e abril de 2013, enquanto a fase nacional será realizada em maio. O regulamento está disponível abaixo.

O Senado volta a discutir a PEC 33/09, que restabelece a exigência do diploma para o exercício profissional do Jornalismo. Estão previstas na agenda oficial do Senado três sessões de discussão. Além disso, haverá também a inclusão da materia na sessão ordinária do dia três de maio e a terceira e última sessão de discussão, em 2º turno, no dia 8 de maio.

Nos dias 25 e 26 de abril, dirigentes da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), dos Sindicatos de Pernambuco, do Município e do Estado do Rio de Janeiro mantiveram contatos com lideranças no Senado, visando assegurar a votação em 2º turno.

##RECOMENDA##

A Fenaj convoca os Sindicatos de Jornalistas, a categoria e os apoiadores da campanha em defesa do diploma a intensificarem o movimento pela aprovação da materia em 2º turno.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando