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O ex-ministro de Minas e Energia Fernando Coelho Filho (DEM-PE) fez um apelo para que o secretário de Mineração da pasta, Vicente Lôbo, permanecesse no cargo. "Pedi para ele ficar para terminar a regulamentação do Código de Mineração e da Agência Nacional de Mineração (ANM)", disse Coelho Filho, que voltou para a Câmara.

Lôbo foi escolhido por Coelho Filho e estava no MME desde maio de 2016. Ele já tinha apresentado pedido de demissão ao novo ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, e indicado para sua sucessão na pasta a diretora do Departamento de Desenvolvimento Sustentável na Mineração (DDSM), Maria José Gazzi Salum.

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Moreira Franco também havia pedido para Lôbo permanecer, uma vez que sua escolha foi mal vista pelo mercado, que esperava a nomeação do ex-secretário executivo Paulo Pedrosa para o MME, um dos maiores entusiastas da privatização da Eletrobrás. A manutenção da maior parte da equipe seria uma forma de passar a mensagem de continuidade. Mas o pedido de Coelho Filho foi fundamental para a decisão de Lôbo. "Pela credibilidade e aceitação que temos no mercado, pelo trabalho realizado, vamos tentar vencer as dificuldades", afirmou Lôbo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, garante que o Governo do presidente Michel Temer não avalia a privatização da Petrobras e que, neste momento, ela está fora de cogitação. "Não estamos tratando disso [privatização da Petrobras]. Estamos tratando de [privatização da] Eletrobrás", disse o ministro, após participar de audiência pública no Senado Federal.

Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, segunda-feira passada, o ministro afirmou que acreditava que a privatização da Petrobras iria ocorrer, mas que não era possível tocar todas as agendas ao mesmo tempo. "Eu acho que isso [privatização da Petrobras] vai acontecer. É um caminho, mas o Governo não pode tocar todas as agendas ao mesmo tempo", afirmou ele durante o programa.

O ministro foi questionado no Roda Viva da razão de o Governo não fazer a privatização da Petrobras como pretende fazer com a Eletrobrás. Em agosto, o governo anunciou que iria reduzir sua participação acionária na Eletrobrás a um percentual inferior a 50%. Essa redução deve ocorrer com a emissão de ações pela empresa, o que não será acompanhada pelo Governo.

Sobre a privatização da Eletrobrás, o ministro admitiu que o Governo está discutindo a possibilidade de antecipar o fim da concessão de outras usinas da Eletrobrás. "Isso está sendo estudado com a equipe econômica", disse. Com a antecipação do fim dos contratos, a Eletrobrás teria que pagar para continuar com usinas, assim como deve pagar para ficar com as usinas que hoje estão no sistema de cotas e que serão ofertadas para a Eletrobrás dentro do processo de privatização.

O sistema de cotas, criado pela MP 579, em 2012, prevê a venda da energia apenas pelo custo de operação das usinas. Na época, o sistema permitiu a redução do custo da energia. Segundo o ministro, a modelagem de privatização da Eletrobrás deve ser entregue ao presidente Michel Temer até o final da próxima semana ou início da outra. Coelho Filho afirmou que a ideia é enviar a proposta ao Congresso ainda em outubro.

ESTRATÉGIA PALACIANA– O presidente Michel Temer avalia com auxiliares uma estratégia para usar a estrutura de uma agência contratada pela Secretaria de Comunicação Social com o objetivo de reagir ao pedido de Raquel Dodge para que ele seja ouvido em um inquérito. Na segunda-feira passada, a procuradora-geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que Temer seja ouvido no inquérito que investiga se houve corrupção na edição de decreto do setor de portos. Se o STF autorizar, Temer terá que prestar esclarecimentos. O presidente teme que o pedido de Dodge desgaste ainda mais sua imagem diante da romaria para pedir votos contra a segunda denúncia na Câmara.

O preço da língua – Pré-candidato à presidência da República em 2018, o deputado Jair Bolsonaro (PSC) foi condenado pela Justiça Federal do Rio de Janeiro a pagar R$ 50 mil a comunidades quilombolas e à população negra por danos morais. Os recursos devem ser revertidos para o Fundo Federal de Defesa dos Direitos Difusos. A sentença é resultado de uma ação ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF), que processou o deputado por discriminação com base em declarações feitas durante discurso no Clube Hebraica, no Rio, em 3 de abril deste ano. Na ocasião, afirmou que visitou uma comunidade quilombola e “o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas” e que “nem para procriador ele serve mais”.

Adutora do Pajeú– Prefeitos do Pajeú, da Paraíba e representação do Ministério Público que participaram, ontem, de micro marcha de prefeitos a Brasília, aproveitaram o encontro com o presidente Temer para tentar destravar recursos para a segunda etapa da Adutora do Pajeú. Em valores atualizados, faltam R$ 25 milhões para terminar a primeira fase da segunda etapa e mais R$ 160 milhões para conclusão da obra, cujo traçado chega até a Paraíba, totalizando R$ 185 milhões, segundo levantamento do promotor Lúcio Luiz de Almeida Neto, da comarca de Afogados da Ingazeira.

Fim da farra– O Tribunal de Justiça de Pernambuco cancelou o processo de aquisição de 60 celulares do tipo smartphone que seriam usados por magistrados. O pregão eletrônico, que seria realizado, amanhã, previa um gasto de R$ 258.749,00. Em nota publicada no site da instituição, o TJPE alegou que a medida foi tomada "diante do retorno obtido através das redes sociais e das críticas construtivas diretamente enviadas ao Judiciário estadual pela população". Em nota, o presidente Leopoldo Raposo reconhece a não razoabilidade da aquisição do material previsto no pregão eletrônico. “A gestão do TJ pernambucano reafirma o compromisso com a sociedade de ser um poder transparente e atento às demandas sociais, voltado à prestação de justiça rápida, um direito do cidadão. O TJPE agradece as críticas construtivas enviadas à instituição”, ressalta.

Refeição de R$ 780 – Deu na Veja online: “O senador Zezé Perrella (PSDB-MG) não resiste a uma costela no bafo ou a uma picanha no ponto, sobretudo quando a iguaria pode ser paga com dinheiro público. Ele é cliente assíduo do restaurante Monjardim, em Belo Horizonte. Só entre março e agosto, a excelência já deixou 3 500 reais no estabelecimento. Como o Senado brasileiro é uma mãe rica, os gastos não são ilegais, muito pelo contrário. Os parlamentares podem usar os recursos do contribuinte para investir pesado nas delícias da boa mesa. Perrella sabe disso. Só numa das pajelanças, o amigão de Aécio Neves gastou 780 reais no Monjardim, em 26 de agosto. Noutra, 640 reais. No mesmo restaurante, de março para cá, há ainda faturas de 598 reais; 520 reais; 532 reais; e 474 reais, como mostra a prestação de contas do gabinete do tucano. Perrella pode ficar tranquilo, afinal, o único que corre o risco de passar mal é o eleitor mineiro.

CURTAS

MAIS CULTURA– A praia de Boa Viagem, um dos principais cartões postais do Recife, vai ganhar a partir de hoje, uma atividade que promete movimentar a Pracinha que leva o mesmo nome do bairro. Como forma de difundir a cultura e fortalecer o turismo local, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, está inaugurando um novo atrativo: o Recife Mais Cultura. O evento vai acontecer todas às quartas-feiras, sempre às 19h. A primeira atração da atividade é o Grupo Fazendo Arte, que fará uma aula espetáculo sobre a Ciranda. A Orquestra Som de Pernambuco fecha o evento com muita animação e ritmos da terra.

SEMINÁRIO– A Escola da Advocacia-Geral da União em Pernambuco (AGU-PE) realiza, hoje e amanhã, das 18h às 22h, no auditório G4 do PPGD da Unicap, o seminário Franco-Brasileiro de Direito Constitucional. Participam do evento, entre outros, os juristas franceses Dominique Rousseau, Jean-Philippe Rivaud e Marie-Anne Cohendet e os brasileiros Marcelo Labanca, Carlos Neves e o procurador federal Luiz Henrique Diniz Araújo, diretor da Escola da AGU-PE. Evento é gratuito, porém com limites de 100 vagas. Mais informações escolaagu.pe@agu.gov.br.

Perguntar não ofende: Quanto vai custar a barganha dos deputados com Temer para arquivar a segunda denúncia do Supremo?

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, admitiu que a privatização da Petrobras deve acontecer, mas salientou que o movimento está "fora de cogitação" neste momento. "Acho que vai acontecer, é um caminho, mas não dá para tocar todas as agendas", disse, ao ser perguntado sobre o assunto durante o programa Roda Viva, da TV Cultura, na segunda-feira, 2.

Nesta terça-feira, 3, ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Márcio Felix, descartou veementemente qualquer iniciativa deste governo para privatizar a estatal petroleira. Ele disse que "esse assunto não está em discussão, não existe hipótese disso acontecer neste governo".

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No programa de televisão, Coelho Filho afirmou que é necessário aproveitar o momento "para fazer algumas coisas, mas na velocidade possível".

Durante a entrevista no Roda Viva, a economista Elena Landau, ex-conselheira da Eletrobras, avaliou que, atualmente a sociedade brasileira, com exceção de alguns grupos sindicais e políticos, apoia a privatização de estatais e defendeu que o governo deveria aproveitar o momento para avançar mais no programa de desestatização. "Por que não se aproveita o momento positivo e não se fala de Petrobras?", perguntou.

"Concordo com tudo o que você falou", disse o ministro, sugerindo que o tamanho do Estado fará parte da discussão da próxima campanha eleitoral. No entanto, ele considerou que a privatização da Eletrobras já é um "desafio enorme" para o ministério e que "precisa ser vencido diariamente".

Ele salientou que, embora o volume de dívidas da petroleira seja superior ao da companhia elétrica, a relação dívida líquida/caixa da Eletrobras é quase o dobro da observada na Petrobras, o que justificaria a preferência pelo processo da elétrica.

Elena ainda questionou sobre o motivo pelo qual não se optou pela venda de uma fatia maior da BR Distribuidora. "A Petrobras tem o poder, depois de muito tempo, de ser dona de seu destino e de suas decisões", respondeu o ministro. "Foi a falta de autonomia que levou a empresa à situação que ela tinha", disse.

Modelo de privatização

A respeito da venda da Eletrobras, Coelho Filho reforçou que a modelagem está sendo elaborada pelo Ministério de Minas e Energia juntamente com os ministérios da Fazenda e do Planejamento e deve passar pela oferta de novas ações no mercado. Dessa maneira, a participação da União seja diluída e reduzida a menos de 50%.

Ele salientou que ainda existem muitas etapas para concluir o processo, mas reforçou que a intenção é concluir a operação no ano que vem. "Estamos trabalhando diuturnamente para entregar até o final de 2018", disse.

Coelho Filho indicou, porém, que a decisão sobre qual deve ser a fatia mais definitiva da União na elétrica deve ser tomada por outro governo. "No futuro, fica para os próximos governos decidir qual tamanho que vão querer ter (na Eletrobras)", disse. Ele reforçou diversas vezes ao longo do programa que a intenção é transformar a Eletrobras em uma corporação na qual o governo, ainda que minoritário, terá um papel relevante, a exemplo do que é visto em algumas empresas europeias.

O ministro lembrou que o processo de privatização - ou "democratização da Eletrobras" - incluirá a "descotização" das 14 usinas hidrelétricas que tiveram o contrato de concessão renovado pelo regime de cotas, estabelecido pela Medida Provisória 579, de 2012. Segundo ele, a companhia decidirá se exercerá o direito de uma nova concessão, de 30 anos, pela qual deverá fazer o pagamento de uma outorga.

Coelho Filho afirmou ainda que se cogita a possibilidade de a União não votar na assembleia de acionistas que deliberará sobre a operação.

O ministro salientou, porém, que o processo de descotização não será feito "do dia para a noite", para não pressionar demais as tarifas, e salientou que parte dos recursos obtidos com a descotização será destinado à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo setorial formado a partir de um encargo na conta de luz, também colaborando para reduzir o possível impacto da medida.

A Eletrobrás teve perda próxima a "duas dezenas de bilhões de reais" com sua participação nas usinas hidrelétricas de Jirau, Santo Antônio e Belo Monte. É o que escreveu o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, em carta enviada aos deputados para explicar a proposta de privatização da estatal.

No longo documento, o ministro descreve a difícil situação em que encontrou a empresa, as providências tomadas para contorná-la e informa que, mesmo assim, persistem problemas graves que acabam pesando sobre os contribuintes.

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O ministro diz que, em maio de 2016, a Eletrobrás estava em vias de ser deslistada da Bolsa de Nova York por não haver apresentado balanços de 2014 e 2015. Em três anos, a empresa havia acumulado prejuízo de R$ 34 bilhões e perdera 40% de seu patrimônio líquido.

A nova gestão da estatal, contou o ministro, elaborou um relatório que aponta algumas causas principais para a situação. A holding e suas controladas administram participações em 170 Sociedades de Propósito Específico (SPEs) "com taxas de retorno inferiores ao custo de capital próprio da Eletrobrás."

Além disso, a companhia acumulava dívidas equivalente a nove vezes seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro de Minas e Energia (MME), Fernando Coelho Filho, disse que o governo prepara a licitação de uma nova hidrelétrica na Amazônia. O projeto, que está em fase de licenciamento ambiental, já teve seus estudos de viabilidade concluídos e, segundo o ministro, será licitado em 2018.

A hidrelétrica, batizada com o nome de Tabajara, seria construída na região norte de Rondônia, numa área próxima ao Estado do Amazonas. Com a barragem construída no Rio Machado, no município de Machadinho D'Oeste, a usina Tabajara geraria 400 megawatts de energia.

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A região de Machadinho é uma das áreas da Amazônia que mais sofrem com o desmatamento irregular e ocupações ilegais de terra. Os estudos técnicos entregues à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) preveem que a usina inunde uma área de 96 quilômetros quadrados da região.

O projeto, que já chegou a figurar na lista de empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), está há anos no papel, mas não avança por conta de dificuldades de licenciamento ambiental.

O empreendimento é defendido pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que em março se tornou réu na Operação Lava Jato, quando a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A PGR acusa o senador de ter solicitado e recebido vantagem indevida de R$ 500 mil para a sua campanha ao Senado de 2010, oriundo do esquema de corrupção na Petrobras, por meio de propina disfarçada de doações oficiais. A defesa do senador afirmou que "a versão acusatória está baseada apenas em delações fantasiosas, e será afastada ao longo da investigação".

Nos últimos anos, Rondônia recebeu dois dos maiores empreendimentos hidrelétricos do País, as usinas de Jirau e Santo Antônio, erguidas nas águas do Rio Madeira. Santo Antônio está entre os empreendimentos citados pelos delatores da empreiteira Odebrecht como um dos principais projetos de infraestrutura que foram usados para pagamentos de propina, conforme revelações apuradas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato.

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou na quarta-feira (14) que o reservatório de Sobradinho, o segundo maior do País em quantidade de água, deverá atingir seu volume morto até dezembro, por causa da grave situação hídrica que atinge a região Nordeste. "Estamos com dificuldade muito grande nos reservatórios do Nordeste. Isso é fato. Sobradinho deve zerar de fato neste ano e vai para o volume morto em dezembro", disse.

Há três anos, Sobradinho, localizado nos municípios de Sobradinho e Casa Nova, na Bahia, sofre com escassez de água que afeta todo o Rio São Francisco. Em novembro do ano passado, no fim do período seco, o reservatório chegou à sua situação mais crítica, com volume de água correspondente a apenas 1,11% de sua capacidade total, situação que só passou a melhorar em dezembro, com o início do período chuvoso.

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Na quarta-feira, dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão responsável pela coordenação e controle da operação da geração e transmissão de energia no País, apontavam que o reservatório, principal caixa d’água do Nordeste, registrava 12% de sua capacidade plena. No início de setembro, o ONS informou avaliar a possibilidade de reduzir a vazão de Sobradinho, de 800 para 700 metros cúbicos por segundo.

Nos cálculos do órgão, se for mantida a vazão atual de 800 metros cúbicos - já muito abaixo e fora dos padrões de 1.100 m³ exigidos pelo Ibama -, Sobradinho pode chegar a um resultado negativo de 15% de seu volume morto no fim do ano que vem. O assunto está em análise pelo Ibama e pela Agência Nacional de Águas (ANA). "Usaram os reservatórios mais do que o recomendável, na expectativa de chover, em 2013 e 2014", comentou Coelho Filho.

Obra

O ministro disse que está avaliando a possibilidade de contratar uma obra para retenção da água do mar que entra no Rio São Francisco, a partir de sua foz, na divisa de Sergipe com Alagoas, situação que tem se agravado por conta do baixo volume de água do rio.

A falta de água no Nordeste também está comprometendo as operações de usinas térmicas a carvão instaladas no porto de Pecém, no Ceará, porque são unidades que usam muita água para resfriar suas turbinas. Há estudos em andamento para que essas unidades passem a usar água do mar. O governo do Ceará já admitiu a necessidade de ter de cortar o abastecimento dessas unidades ou aumentar o preço da água fornecida para as termoelétricas.

Distribuidoras

O ministro de Minas e Energia também informou na quarta-feira que o rombo das seis distribuidoras de energia do grupo Eletrobrás - Cepisa (Piauí), Ceal (Alagoas), Eletroacre, Ceron (Rondônia), Boa Vista Energia (Roraima) e Amazonas Energia - chega a R$ 1,81 bilhão até junho, uma conta que cresce mensalmente.

De acordo com o ministro, foi aprovada nesta semana pela Agência Nacional de Energia Elétrico (Aneel) resolução que disciplina o acesso dessas empresas endividadas a fundos do setor elétrico, como a Reserva Geral de Reversão (RGR).

O objetivo é usar o dinheiro para quitar as dívidas. Os repasses, no entanto, serão feitos como empréstimos, com regras para serem quitados nos anos seguintes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após duas semanas de atividades legislativas, os partidos políticos elegeram os líderes de suas bancadas na Câmara dos Deputados. Entre os pernambucanos, Bruno Araújo (PSDB) é o novo líder da Minoria. Já Mendonça Filho representa os Democratas. O deputado Eduardo da Fonte é líder do Partido Progressista. O PSB escolheu Fernando Coelho Filho para a liderança.

Bruno Araújo promete um "enfrentamento combativo" contra o governo de Dilma Rousseff. "Uma presidente que, em poucos dias de início do segundo mandado, fez tudo diferente, não do que prometia, mais ainda, do que atribuía a seu adversário. Aumentou taxa de juros, aumentou impostos, suprimiu direitos trabalhistas, aumentou energia, aumentou combustível", frisou. "Vamos fazer a denúncia de todos esses movimentos que vêm atrapalhando a vida do cidadão brasileiro", disparou.

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O parlamentar também criticou a política econômica do segundo mandato da petista, que, para ele, está baseado no aumento dos impostos. "A presidente, antes de botar a mão no bolso do brasileiro, tem de fazer o dever de casa e cortar as gorduras do governo. Ninguém ouviu ela cortar despesas das suas viagens, dos cartões corporativos usados pela estrutura da Presidência da República, dos excessos de gastos no custeio da máquina pública", acusou.

Reconduzido ao cargo, Mendonça Filho também disse que vai continuar confrontando o governo. "Vamos atuar defendendo a autonomia do Poder Legislativo, que a gente não tenha uma agenda monopolizada e comandada pelo Palácio do Planalto, que a Câmara dos Deputados possa apresentar propostas para melhorar os textos das medidas provisórias e até rejeitar algumas delas que são muito negativas na vida do cidadão", salientou.

Entre as prioridades dos democratas está a derrubada do veto à proposta que corrige a tabela do Imposto de Renda (IR) em 6,5%. "Fora isso, acrescento a reforma política, para que a gente possa melhorar a institucionalidade do Brasil e a forma de representação política, com maior fidelidade entre o eleitor e os representantes do povo", explicou ele, que também citou proposições na área tributária, a fim de reduzir a carga de impostos no Brasil.

Eduardo da Fonte também foi reconduzido ao cargo pelo PP. O parlamentar espera um ano de muito trabalho na Câmara. "O Partido Progressista é da base do governo, e iremos apoiar a governabilidade do País, trabalhando em busca das conquistas dos trabalhadores e para a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro", salientou.

Para ele, as reformas política e tributária são prioridades. "Nós temos que dar uma resposta à sociedade. Temos que fazer rapidamente a reforma política para que possamos aprimorar as regras das eleições, votando essa reforma no primeiro semestre para que já entre em vigor para a próxima eleição, de 2016. A reforma tributária e importante para que a gente possa simplificar o sistema de arrecadação do País", disse.

O socialista Fernando Coelho Filho também defende a reforma política. "Estamos desafiados a apresentar ao Brasil um novo sistema eleitoral. Não dá para fazer eleição da forma que está aí, porque já deu o que tinha que dar. Agora, é preciso mudar as regras", pontuou.

O PSB deve manter a posição de independência do governo e da oposição. “Não há nenhum constrangimento em poder acompanhar o governo em algumas matérias que entendemos serem positivas para o País, mas, certamente, vamos divergir em muitas delas porque temos dificuldades em alguns temas que estão sendo trazidos pelo Planalto para a Câmara”, apontou.

A atividade exercida por um deputado na função de líder é parte essencial do processo legislativo. Além de nortear a discussão e a votação de propostas, os líderes acumulam uma série de atribuições importantes, principalmente ligadas à articulação política e ao trabalho de unificação do discurso partidário.

Com informações da Agência Câmara.

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