O São Paulo teve um duelo complicado com a Ferroviária e perdeu por 2 a 1 pela terceira e última rodada da fase de grupos da Copa São Paulo de Juniores, a Copinha. Os dois times, porém, já estavam tranquilos e confirmados no mata-mata. A noite ainda contou com nova goleada do Grêmio por 6 a 2.
O São Paulo viu a Ferroviária abrir 2 a 0 no placar logo no começo do jogo e, apesar de descontar e exercer pressão no fim, não conseguiu evitar a derrota. Assim, o Grupo 7 terminou com a Ferroviária na liderança com nove pontos, seguida pelo São Paulo com seis. Porto Vitória-ES e Carajás-PA se despediram. Na segunda fase, a Ferroviária vai encarar o Gama-DF, enquanto o São Paulo pega o Ceará.
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O Grêmio fez bonito ao golear a Inter de Bebedouro por 6 a 2, com direito a hat-trick de Freddy. Assim, terminou o Grupo 4 em primeiro lugar com nove pontos, avançando junto com o Figueirense, com seis. Na segunda fase, o Grêmio enfrentará o Mirassol e o Figueirense pega o Coimbra-MG.
A Copa São Paulo já conta com 45 das 64 vagas definidas: Tanabi, Ponte Preta, Sfera, Catanduva, Athletico-PR, Coimbra-MG, Mirassol, Grêmio, Figueirense, Botafogo-RJ, Tiradentes-PI, Chapecoense, Novorizontino, Ferroviária, São Paulo, Ceará, Gama, Atlético-GO, Guarani, Corinthians, Fortaleza, CRB, Internacional, XV de Jaú, Fluminense, São-Carlense, Criciúma, Ituano, Red Bull Bragantino, Cuiabá, Aster Itaqua, Sport, Palmeiras, Oeste, Juventude, EC São Bernardo, Santos, Água Santa, Portuguesa, Madureira, Ibrachina, Coritiba, Juventus, Avaí e Retrô-PE.
A Copa São Paulo de Futebol Júnior é disputada por 128 times, que foram divididos em 32 grupos com quatro integrantes cada. Ao fim de três rodadas, os dois melhores de cada chave avançam ao mata-mata, sempre realizado em jogo único.
Na segunda fase, a definição dos confrontos é feita a cada dois grupos, sempre com o primeiro colocado de um enfrentando o segundo colocado do outro. Os classificados do Grupo 1 enfrentam os do Grupo 2, os do Grupo 3 pegam os do Grupo 4 e assim por diante.
O futebol brasileiro conheceu, neste sábado, seu primeiro campeão nacional da temporada 2023. No estádio Presidente Vargas, em Fortaleza (CE), o Ferroviário-CE se tornou campeão da Série D do Campeonato Brasileiro ao superar a Ferroviária por 2 a 1, no jogo de volta da final. Como haviam empatado sem gols na ida, em Araraquara, o time cearense ficou com o título, de maneira invicta. Em 2018 já tinha sido campeão da Série D pela primeira vez.
Junto com os quase xarás, os semifinalistas Athletic-MG e Caxias-RS também conquistaram o acesso e tomaram a vaga de Manaus-AM, América-RN, Altos-PI e Pouso Alegre-MG, rebaixados da Série C. O artilheiro desta edição foi Eron, que anotou 14 gols com a camisa do Caxias.
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Com o título invicto, o Ferroviário quebra uma marca que não acontecia desde 2016, quando o Volta Redonda-RJ venceu a Série D de forma invicta. Já em torneios de mata-mata, o campeão invicto mais recente é o Palmeiras de Abel Ferreira, que foi campeão da Copa do Brasil de 2020 sem nenhuma derrota.
A campanha do Ferroviário foi irretocável. Sob o comando do ex-jogador Paulinho Kobayashi, o time cearense retorna à Série C após o rebaixamento no ano passado. Ao todo foram 25 jogos, com 16 vitórias e nove empates. Terminou líder do Grupo 2, passou pelo Princesa de Solimões-AM na segunda fase e Nacional de Patos-PB nas oitavas. Já nas quartas, conquistou o acesso contra o Maranhão-MA. A vaga na final veio após eliminar o Caxias-RS.
Apesar do vice-campeonato, a Ferroviária não tem o que reclamar, Após o rebaixamento no Campeonato Paulista, o time ficou com a última vaga do Grupo 7. Na fase eliminatória, passou pelo Hercílio Luz-SC na segunda fase, o Anápolis-GO nas oitavas e conquistou o acesso contra o Sousa-PB, voltando à Série C após 21 anos. Já na semifinal, despachou o Athletic-MG.
A partida no Presidente Vargas começou a todo vapor. Logo com um minuto, no primeiro ataque, Ciel finalizou cruzado, o goleiro Saulo deu rebote e o atacante serviu Deizinho que só empurrou para as redes. Os donos da casa seguiram pressionando e por pouco não ampliaram com Mattheus Silva, mas Vitor Silva salvou em cima da linha.
Após a parada de hidratação, a Ferroviária cresceu. O time paulista reclamou que a bola havia entrado após um cabeceio, mas com imagens inconclusivas do VAR, ficou mantida a decisão de campo e sem gol. Melhor em campo, a Ferroviária chegou ao empate aos 38. Vitor Barreto recebeu no lado esquerdo e mandou colocado, no ângulo. Um belo gol. Na reta final, o Ferroviário voltou a pressionar, mas parou em grandes defesas do goleiro da Ferroviária.
Na segunda etapa, o Ferroviário voltou com a mesma postura de pressionar nos minutos iniciais. A estratégia funcionou aos seis, quando o artilheiro Ciel completou o cruzamento de Kadu Barone e colocou os donos da casa em vantagem novamente. O gol deixou o time cearense em posição confortável, seguindo pressionando a Ferroviária, que se fechou no campo de defesa.
Os donos da casa seguiram superiores boa parte da segunda etapa. Com mais posse de bola, por pouco Ciel não liquidou. Primeiro o atacante não chegou a tempo de completar o cruzamento. Depois, recebeu livre na área, mas parou no goleiro da Ferroviária.
Na reta final, a Ferroviária por pouco não empatou em cobrança de falta de Judá, que parou no travessão. Depois do lance, o Ferroviário prendeu a bola no campo de ataque e administrou o resultado até o apito final, para se sagrar campeão da Série D.
Ferroviária-SP e o invicto Ferroviário-CE decidirão o título da Série D do Campeonato Brasileiro. Neste domingo, venceram Athletic-MG e Caxias-RS, respectivamente, e garantiram as vagas na grande final. Os quatro times, entretanto, já haviam confirmado o acesso à Série C de 2024.
A Ferroviária era o time com situação mais tranquila, pois tinha vencido o primeiro jogo por 1 a 0. Na segunda partida, visitou o Athletic na Arena Independência, em Belo Horizonte (MG), e voltou a vencer, desta vez por 2 a 1. Vitor Barreto e Felipinho marcaram os gols paulistas, enquanto Allan Dias descontou. Esta será a primeira final de Série D na história da Ferroviária.
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No outro confronto, Ferroviário e Caxias haviam empatado o jogo de ida por 1 a 1, em Caxias do Sul (RS). Os cearenses se mantiveram invictos jogando em casa, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza (CE), e fizeram 1 a 0, com gol de Ciel, nos acréscimos. O Ferroviário, campeão em 2018, buscará o seu segundo título. O gol tece que ser confirmado pelo VAR e gerou muita reclamação dos gaúchos.
As finais ainda serão detalhadas pela CBF, mas estão previstas para os dois próximos finais de semana. Por ter melhor campanha geral, o Ferroviário-CE fará o duelo decisivo em casa. O clube cearense tem a melhor campanha da competição e segue como único invicto entre os 64 participantes.
Com recorde de público e muita emoção até o apito final, o Corinthians é campeão do Campeonato Brasileiro Feminino. Mylene Carioca abriu o placar para a Ferroviária, mas Jheniffer deixou tudo igual e Tamires decretou a vitória de virada na Neo Química Arena. Este é o quinto título do clube na história, o quarto em sequência.
Antes de a bola rolar, a torcida corintiana fez uma grande homenagem ao técnico Arthur Elias, que é vai assumir a seleção brasileira feminina após a saída de Pia Sundhage. A partida também marcou o recorde de público em uma partida de futebol feminino na América do Sul: 42.326 estiveram na Arena para comemorar o título alvinegro.
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Em campo, assim que a bola rolou para o segundo jogo da final, a Ferroviária conseguiu abrir o placar com apenas nove minutos. Barrinha recebeu na direita, encontrou espaço e cruzou na medida para Mylena Carioca desviar para o fundo das redes. O gol no início do jogo deu tranquilidade para o time de Araraquara enfrentar a pressão fora de casa.
O apoio da torcida nas arquibancadas foi fundamental para o Corinthians crescer no jogo. Arthur Elias chegou a trocar a meia Jaque Ribeiro pela atacante Gabi Portilho, tornando a formação ainda mais ofensiva. Aos poucos, o time passou a controlar as ações da partida até finalmente encontrar o empate aos 41 minutos: em cobrança de escanteio, Jheniffer balançou as redes em Itaquera.
A igualdade no placar fez a tensão crescer novamente em campo e a goleira Luciana da Ferroviária passou a ser fundamental para segurar o resultado. Até que, aos 12 minutos do segundo tempo, a estrela de Tamires brilhou mais uma vez. A craque recebeu um cruzamento rasteiro de Milena e só completou para o quinto título do Corinthians, o quarto com a participação da camisa 37.
Principal força no futebol feminino no Brasil, o Corinthians disputou as últimas sete finais do Campeonato Brasileiro, com cinco taças - perdeu em 2017 para o Santos e para a própria Ferroviária em 2019. O clube alvinegro agora se prepara para disputar a Copa Libertadores, que começará no próximo mês.
Terminou sem gols a primeira partida da decisão do Campeonato Brasileiro de futebol feminino entre Ferroviária e Corinthians, nesta quinta-feira, em Araraquara. O segundo jogo será domingo, às 16 horas, na Neo Química Arena. Quem vencer ficar com o título e um novo empate leva a decisão para os pênaltis.
Os quase dez mil torcedores presentes na Fonte Luminosa viram um jogo com poucas oportunidades de gol. O Corinthians teve o domínio da bola, enquanto a Ferroviária buscou os contra-ataques.
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No primeiro tempo, a melhor chance surgiu aos 25 minutos, quando a atacante Vic Albuquerque, do Corinthians, aproveitou um erro na saída de bola da goleira Luciana e por pouco não abriu o placar.
Na etapa final, o Corinthians chegou a marcar um gol com Jheniffer, mas o lance foi anulado por causa de impedimento. O time de Parque São Jorge foi melhor, enquanto a Ferroviária apenas se defendeu nos 45 minutos finais.
Campeão em 2018, 2020, 2021 e 2022, o Corinthians busca o quinto troféu, enquanto a Ferroviária tenta a terceira conquista, após ser campeã em 2014 e 2019.
Sem tempo para descanso após conhecer a sua primeira derrota no Campeonato Paulista, ao levar a virada do São Paulo, por 2 a 1, a Ferroviária já volta a campo neste domingo de olho na reabilitação. O seu adversário será o Santo André, que também perdeu na segunda rodada, caindo em Sorocaba diante do São Bento, por 2 a 1. Este jogo da reabilitação será disputado na Arena da Fonte Luminosa, em Araraquara, às 20h30, válido pela terceira rodada.
Como na estreia a Ferroviária venceu o Água Santa, por 3 a 1, aparece com três pontos no Grupo C. O Santo André também soma três pontos, mas no Grupo D, porque na abertura da temporada venceu, por 2 a 1, o Guarani.
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O técnico Vinícius Munhoz irá manter a base titular da Ferroviária que "jogou bem", segundo ele, contra o São Paulo. Não há desfalques por suspensão ou lesão. O atacante João Veras, emprestado pela Ponte Preta, foi oficializado como reforço na semana passada, mas até agora não foi relacionado. Agora deve ficar à disposição.
"Estamos vindo de uma derrota doída. Foi para um grande clube como o São Paulo, foi, mas tendo um jogador a mais e da forma que nós levamos os gols é que fica o sentimento de que nós poderíamos ter ido melhor. Agora, estamos trabalhando para corrigir os erros e buscar um bom resultado contra o Santo André. Mais um jogo em casa e precisamos pontuar", alertou o comandante.
Do outro lado, como não tem desfalques por suspensão ou lesão, o técnico Vinícius Bergantin não irá fazer grandes mudanças na base titular do Santo André que começou atuando nas duas primeiras rodadas. O atacante Gabriel Taliari, que marcou o gol de honra, na derrota contra o São Bento, está disputando vaga com Paulo Sérgio, sendo essa a única dúvida.
Em relação ao meia Claudinho, que chegou por empréstimo do Cruzeiro nesta semana, ele está apto para estrear já que foi inscrito junto a Federação Paulista de Futebol (FPF). Mas, neste primeiro momento, ele deve começar como opção no banco de reservas.
O São Paulo tenta a sua primeira vitória no ano após ouvir vaias da torcida na estreia do Paulistão, no último domingo. O time do técnico Rogério Ceni empatou em 0 a 0 com o Ituano na primeira rodada do estadual, com críticas das arquibancadas. A equipe tricolor enfrenta a Ferroviária, nesta quinta-feira, às 19h30, na Fonte Luminosa, em Araraquara. Em 2022, o São Paulo precisou de quatro rodadas para conquistar seu primeiro triunfo.
Diante do Ituano, o time repetiu erros do ano passado, o que irritou os mais de 45 mil torcedores presentes no Morumbi. A equipe até finalizou bastante, mas foram poucos os chutes na direção do gol adversário. A partida marcou a estreia de três reforços: o goleiro Rafael, o meia-atacante Wellington Rato e o atacante Pedrinho.
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Uma outra cara nova pode vestir a camisa tricolor pela primeira vez. O zagueiro Alan Franco foi regularizado e pode estrear. O reforço argentino chegou para encorpar um setor que teve muitas mudanças em relação ao ano passado, com a saída de Luizão, a aposentadoria do ídolo Miranda e a venda de Léo ao Vasco. Franco não entra em campo desde outubro. Já o volante Jhegson Méndez aguarda regularização.
"O Méndez estava há 22 dias parado, e o Alan Franco desde outubro parado. Vamos ver como eles estão para estudar uma formação para o jogo contra a Ferroviária com a alteração de algumas peças para já na primeira semana não ter um caso de lesão muscular por causa de excesso", disse Ceni após o empate no domingo.
Caso repita a estratégia do ano passado, Ceni pode rodar o elenco e promover mudanças no time titular. O lateral-esquerdo Wellington treinou normalmente nos últimos dias e deve ir a campo depois de deixar o campo com dores no tornozelo. Contra o Ituano, ele foi substituído por Liziero.
O São Paulo está no Grupo B do Paulistão, com Guarani, Mirassol e Água Santa.
Nesta quarta-feira (16), Ferroviária e Palmeiras se enfrentam pela 7ª rodada do Campeonato Paulista de 2022. O jogo ocorre na Arena Fonte Luminosa, em Araraquara-SP, a partir das 19h (horário de Brasília).
As equipes já se enfrentaram em 81 ocasiões. O histórico é favorável para o Palmeiras, com 46 vitórias, 25 empates e 10 derrotas. O último confronto ocorreu em 2021, pelo Paulistão daquele ano. O Verdão venceu por 2 a 0, com gols de Danilo e Rafael Elias (Papagaio).
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O Verdão chega para o primeiro confronto após o mundial. O elenco fez apenas um treino para o confronto e deve ter novidades na escalação. Abel Ferreira deve entrar com: Weverton, Mayke, Kuscevic, Murilo e Jorge; Jailson, Patrick de Paula e Atuesta; Wesley, Breno Lopes e Rafael Navarro.
A Ferroviária faz um Paulistão com altos e baixos. Até o momento, a equipe possui uma vitória, quatro empates e uma derrota na competição. Além disso, marcou seis gols e sofreu seis. A equipe está na 3ª colocação do grupo B, com os mesmos sete pontos do São Paulo, que é o vice-líder do grupo.
Ainda sem perder no Campeonato Paulista, a Ferroviária recebe nesta quarta-feira (9), a partir das 21h30, na Arena Fonte Luminosa, em Araraquara, a pressionada Ponte Preta. O jogo é válido pela quinta rodada.
Um dos três times que ainda não amargam nenhuma derrota no campeonato, a Ferroviária está na vice-liderança do Grupo B, com seis pontos. Já a Ponte Preta é a lanterna do Grupo D, com quatro, e aparece perto da zona de rebaixamento na classificação geral.
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No entanto, a Ponte Preta tem sido uma pedra no sapato da Ferroviária, que amarga um jejum de 32 anos sem vitória no confronto. No retrospecto geral, são 37 vitórias alvinegras contra 16 grenás, além de 23 empates.
Para acabar com o jejum diante da Ponte Preta, a Ferroviária aposta na invencibilidade de oito meses. A última derrota foi no dia 5 de junho do ano passado. Em relação ao time que empatou com o Red Bull Bragantino, por 1 a 1, o técnico Elano tem apenas uma dúvida. Hygor e Guilherme Nunes disputam a vaga ao lado de Bruno Mezenga.
Pressionado no cargo por conta do futebol ruim apresentado pela Ponte Preta neste início de temporada, Gilson Kleina estuda fazer mudanças no time titular depois de não poupar críticas na derrota para o São Bernardo, por 2 a 0. O zagueiro Dedé e o volante Moisés Ribeiro seguem de fora. Já o lateral-direito Norberto pode voltar após se recuperar de lesão.
Com um "frango" da goleira rival e um gol em cobrança de pênalti, logo após sofrer o empate, a Ferroviária derrotou o América de Cali, da Colômbia, por 2 a 1, neste domingo, no estádio José Almafitani, em Buenos Aires, na Argentina, e conquistou pela segunda vez em sua história o título da edição de 2020 da Copa Libertadores Feminina. O time de Araraquara (SP) venceu o Colo Colo, do Chile, na final de 2015 e perdeu a decisão para o Corinthians, em 2019.
Em sua quarta participação na competição, a equipe reformulada e comandada pela técnica Lindsay Camila sofreu na primeira fase. Após início ruim com goleada sofrida, se recuperou e conseguiu a suada classificação ao mata-mata pelo critério de gols feitos, após combinação de resultados. Nas quartas de final, superou o River Plate por 1 a 0 para, em seguida, eliminar o Universidad de Chile nos pênaltis.
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Vários são os destaques da Ferroviária na conquista do título. A primeira a brilhar é Lindsay Camila. Com apenas dois meses no cargo, ela fez história por ser a primeira vez, em 12 edições, que uma mulher comanda uma equipe campeã da Libertadores Feminina. Se destacaram também a goleira Luciana, que defendeu três cobranças na decisão por pênaltis na semifinal, e a zagueira-artilheira Ana Alice, autora de três gols.
Todos os gols da decisão foram marcados no primeiro tempo. Logo no início, a zagueira Sochor contou com falha da goleira Tapia para abrir o placar. O time colombiano empatou em cobrança de pênalti com Catalina Usme, que igualou Cristiane como maior artilheira da história da Libertadores Feminina, com 29 gols. Pouco depois, Aline Milene, também cobrando pênalti, sacramentou o título da Ferroviária.
"Um título que a gente esperava. Nós trabalhamos para chegar às finais e ganhar títulos. Felizmente estamos aqui hoje (domingo) e conseguimos terminar esse trabalho com a conquista do título para Araraquara. Nós sempre estávamos unidas, sempre com o mesmo propósito para chegar onde chegamos", disse a capitã Aline Milene.
TERCEIRO LUGAR - Como prêmio de consolação, o Corinthians ficou com o terceiro lugar da competição ao golear a Universidad de Chile por 4 a 0, neste domingo, na preliminar da decisão. Sem dificuldades, a equipe comandada pelo técnico Arthur Elias construiu o placar com gols de Adriana, Vic Albuquerque (duas vezes) e Juliete.
Dessa forma, o Corinthians encerra a Libertadores Feminina com 39 gols marcados e apenas um sofrido em seis partidas. Este foi na semifinal contra o América de Cali, nos últimos minutos, que levou a disputa da vaga na decisão para os pênaltis.
O Santos recebe a Ferroviária nesta quarta-feira (3), às 17h, apenas em seu segundo compromisso no Campeonato Paulista, mas que pode servir como um último teste para jovens das divisões de base. Afinal, enquanto as principais peças do elenco retomaram a rotina de atividades no CT Rei Pelé após um breve recesso, as promessas atuam em busca da primeira vitória.
Desde que conquistou a vaga na Libertadores, o Santos se despediu do técnico Cuca, passou a ser dirigido interinamente pelo auxiliar Marcelo Fernandes e deu folga aos titulares e reservas mais utilizados. Mas esse período de transição começou a chegar ao fim na terça-feira, quando os atletas se reapresentaram no CT Rei Pelé e ainda fizeram a primeira atividade sob o comando do técnico Ariel Holan.
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O argentino, porém, ainda não vai dirigir a equipe nesta quarta-feira. Mas estará presente na Vila Belmiro, onde vai acompanhar o confronto, assim como fez no domingo, quando foi ao Canindé e viu os jovens santistas empatarem por 2 a 2 com o Santo André, na estreia no Paulistão. Antes, haviam perdido por 2 a 0 para o Bahia, na rodada final do Campeonato Brasileiro.
Assim, a missão, nesta quarta-feira, também é conquistar a primeira vitória e deixar boa impressão para Holan. Alguns dos que receberam uma chance no fim de semana, como Sandro Perpetuo, Kaiky e Gabriel Pirani, certamente tentarão aproveitar a nova oportunidade para cavar uma vaga no elenco e se manter no time a partir do clássico com o São Paulo, quando o argentino deverá fazer a sua estreia, utilizando o que tiver de melhor à disposição.
"Claro que o jogo contra a Ferroviária será muito importante, já que os titulares ainda não estarão à disposição. Mas acho que temos que mostrar qualidade diariamente. Precisamos ir bem contra a Ferroviária e também nos treinos do dia a dia para seguir recebendo oportunidades da temporada", afirmou Pirani, autor de um dos gols santistas diante do Santo André.
Quem, inclusive, pode ter uma sequência é Sandro, de apenas 19 anos. Com Pará tendo contraído o coronavírus e Madson lesionado, ele é o favorito para atuar na lateral direita não só contra a Ferroviária e no clássico, mas diante do Deportivo Lara, na próxima terça, na Vila Belmiro, no jogo de ida da segunda fase preliminar da Libertadores.
Já a Ferroviária, satisfeita com a vitória sobre a Inter de Limeira na estreia, vai repetir a escalação na Vila Belmiro, mesmo após as chegadas de dois reforços para as laterais: Rafael Luiz e Diogo Mateus.
Três anos de forte investimento, com sete finais e cinco conquistas. O Corinthians vem colhendo os frutos do projeto com a equipe de futebol feminino. As meninas vêm fazendo bonito nos gramados brasileiros e até fora do país. Neste domingo, com um show de bola, o time alvinegro goleou a boa equipe da Ferroviária, por 5 a 0, e se sagrou bicampeã do Campeonato Paulista.
Foi uma apresentação de gala do Corinthians em Araraquara. Mesmo com a possibilidade de derrota por até um gol de diferença para erguer a taça do estadual pelo segundo ano seguido, após 3 a 1 na ida, em São Paulo, a equipe mostrou que não sabe jogar para se defender.
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Partiram ao ataque desde o apito inicial para erguer a segunda taça em menos de um mês. Elas já haviam conquistado o Brasileirão diante do Avaí Kindermann.
Nas últimas três temporadas, o Corinthians disputou todas as finais do Paulistão e do Brasileirão. Ganhou o Estadual em 2019 e neste domingo, o Nacional em 2018 e há poucos dias. Foi batido nos pênaltis pela Ferroviária em 2019, ano no qual deu o troco na decisão da Libertadores.
O domingo festivo começou antes mesmo de a bola rolar. As meninas do Corinthians entraram com o respectivo nome na camisa e o de outra mulher a quem queriam homenagear no #elasjogandoporelas.
As comandadas de Arthur Elias iniciaram o jogo com fome de gols. Em apenas dois minutos, três boas chegadas ao ataque. Era um bombardeio da melhor equipe do futebol feminino do Brasil na atualidade.
Mesmo debaixo de sol escaldante e forte calor, foi uma partida de alta intensidade. A volúpia apresentada se transformou em vantagem no placar com poucos minutos. Crivelari, em sua segunda chance na decisão, fez 1 a 0 aos 12 minutos. Aos 20, Érika ampliou a vantagem na disputa do título para 5 a 1 no agregado. O título já estava mais do que encaminhado.
Após uma pausa para reidratação, Tamires ampliou. Eram abraços e muita festa corintiana diante de uma Ferroviária aguerrida, mas sem poder de reação. Diany, convocada para a seleção brasileira, deixou sua marca aos 39. Adriana e Andressinha ainda acertaram a trave na primeira etapa.
Foi um primeiro tempo primoroso das atletas corintianas. Uma aula de como marcar sob pressão, com belas tramas, concentração e bastante ofensividade.
Com o título praticamente selado, o Corinthians fez seis mudanças na segunda etapa. Mesmo assim, ainda seguiu mostrando força e criando oportunidades de gol. A Ferroviária lutava pelo gol de honra que não veio. A experiente Grazi, de 39 anos, fechou o placar num histórico domingo corintiano.
O lateral-direito Rafael vai reforçar o Cruzeiro na sequência da Série B do Campeonato Brasileiro. Nesta quarta-feira, o clube pernambucano comunicou o empréstimo do jogador para o time mineiro até 28 de fevereiro de 2021. Depois disso, ele vai se transferir para a Ferroviária.
O Sport explicou que a venda de Rafael ao time do interior paulista havia sido fechada em junho, ainda que a transferência só fosse se efetivar em março de 2021. Agora, com o intuito de concluir a negociação e receber os valores da transação, o clube antecipou o repasse dos direitos do atleta, ainda que inicialmente ele vá vestir a camisa do Cruzeiro.
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"Com a cessão temporária ao Cruzeiro, o Sport evita qualquer risco de perda financeira por imprevistos que pudessem ocorrer com o atleta até março de 2021, o que lhe permitirá receber integralmente os valores da transferência acordada com a Ferroviária S.A, sem qualquer tipo de dedução, o que ajudará na recuperação econômica do Clube e na manutenção dos salários do elenco para esta temporada que será nosso principal 'reforço'", explicou o Sport em nota oficial.
Rafael, de 18 anos, foi promovido aos profissionais do Sport nesta temporada, tendo sido titular da equipe em seus dois primeiros compromissos no Campeonato Brasileiro. Mas com a possibilidade de transferência ao Cruzeiro, deixou de atuar.
Contratado, Rafael chega para uma das posições mais carentes do elenco dirigido por Enderson Moreira, que tem o paraguaio Raúl Cáceres como principal opção para a lateral direita.
A Ferroviária confirmou na noite desta sexta-feira (17) que Sérgio Soares, de fato, será o técnico da equipe no Campeonato Paulista, que terá início na próxima semana. Ele chega para substituir Marcelo Vilar, demitido inesperadamente na última quinta-feira (16), a dias do início do Estadual.
"É um clube muito organizado e que tem uma estrutura de trabalho muito boa. Temos o Paulistão, no primeiro momento, Copa do Brasil e Série D do Brasileiro, que é o principal objetivo do clube, conseguindo um acesso para a Série C. Sei da responsabilidade, mas com o apoio da cidade, poderemos fazer um bom campeonato juntos", afirmou o comandante.
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Sérgio Soares da Silva tem 53 anos e é natural de São Paulo. O novo comandante da Ferroviária já trabalhou no Santo André, Barueri, Juventus, Paraná, São Caetano, Ponte Preta, Athletico-PR, Cerezo Osaka-JAP, Avaí, Ceará, Bahia, São Bernardo, Goiás e Londrina. O treinador tem em seu currículo um título de Campeonato Goiano, um Baiano e um Cearense.
No Paulistão, a Ferroviária está no Grupo D ao lado de Bragantino, Corinthians e Mirassol. Apenas os dois primeiros clubes avançarão ao mata-mata. Na fase de grupos, os clubes enfrentam os rivais das outras chaves.
A estreia da equipe de Araraquara acontecerá apenas na próxima quarta-feira, às 16h30, ante o Mirassol na Arena Fonte Luminosa, em Araraquara.
Primeira mulher campeã como técnica na primeira divisão do Campeonato Brasileiro Feminino, Tatiele Silveira conseguiu, no comando da Ferroviária, parar o embalado Corinthians na decisão e fez história no último domingo. Com sensação de dever cumprido, a gaúcha de 37 anos disse em entrevista ao Estado que pretende que o seu exemplo sirva para encorajar outras mulheres que também lutam por mais espaço no futebol.
"Espero que eu possa servir de inspiração para outras mulheres e treinadoras que trabalham com futebol, para que se sintam encorajadas a mostrar seu trabalho em campo com muita propriedade e qualidade."
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Confira essa e outras respostas da técnica:
O que você pode destacar na sua jornada até a conquista do Campeonato Brasileiro?
Destaco a entrega e o comprometimento do grupo junto com as ideias da comissão técnica. Essa foi uma conquista coletiva e cada um foi extremamente importante na construção da trajetória até o título.
A estratégia para a conquista do Brasileirão foi diferente da adotada no Campeonato Paulista? O que mudou na equipe para que os resultados fossem tão diferentes (a Ferroviária foi eliminada nas semifinais com duas goleadas aplicadas pelo Corinthians)?
Utilizamos estratégias diferentes, pois sentimos a necessidade de priorizar uma competição e naquele momento priorizamos o Campeonato Brasileiro por se tratar de uma final e a disputa direta do título. Usamos uma equipe mais mista no Paulista para ajudar a recuperar melhor algumas atletas que achávamos mais importantes estarem descansadas para o Brasileiro. Já vínhamos de um período muito desgastante com diversos jogos em um curto período de tempo.
Ser mulher ajuda no trabalho com uma equipe feminina?
Todo grupo feminino deve ter mulheres em suas comissões técnicas, pois penso que ajudam no dia a dia, não precisam ser especificamente treinadoras, mas em qualquer área de atuação da comissão. Muitas vezes temos melhor entendimento das jogadoras e um feeling para lidar com situações de adversidades que possam surgir.
Qual sua trajetória no futebol?
Sou ex-atleta, joguei no Internacional até os 24 anos, fiz faculdade de Educação Física e então me dediquei à transição de atleta para treinadora. O início foi dentro do clube mesmo. Entre 2009 e 2013 tive um projeto de escolinha feminina no Grêmio e, em 2014, fui trabalhar com futebol nos EUA. Fique lá até 2015. No ano seguinte recebi o convite da CBF para ser assistente técnica da Seleção Feminina Sub-17. Fiquei um ano na seleção e participei do Mundial na Jordânia. Em 2017 fui convidada pelo Internacional para treinar e participar da reformulação do departamento feminino e fique no clube até 2018.
Por que decidiu se tornar técnica?
Sempre fui muito curiosa com meus treinadores, gostava de saber como montavam os treinos, como organizavam cada sessão, quais eram os objetivos. Com isso, cursei Educação Física enquanto jogava. Gostei da ideia de me tornar treinadora e busquei qualificação para isso.
A obrigatoriedade dos times masculinos da Série A do Brasileiro manterem times femininos coloca o futebol feminino em outro patamar?
Eu acredito muito, porque os grandes times têm um poder financeiro grande e olhando os números do futebol feminino eles são muito pequenos perto dos investimentos do futebol masculino. É possível agregar e buscar parceiros específicos para a modalidade, trazer todo o conhecimento que eles já têm do futebol para que nós (futebol feminino) possamos evoluir. Temos uma qualidade técnica muito grande, as meninas sabem jogar, têm talento. Então, nada melhor do que pessoas experientes (do futebol masculino) para ajudar a desenvolver esses talentos. E aí entra nossa experiência no futebol feminino. Esses grandes clubes podem abrir portas para muitas mulheres, muitas pessoas que já trabalham no futebol feminino e que ainda não tiveram oportunidades. Sempre tivemos orçamentos muito justos, com muita ajuda, comprometimento das próprias atletas em jogar sem receber nada, de jogar por amor, e até mesmo pela parceria com os treinadores. Com a obrigatoriedade temos que aproveitar o momento.
Quais outras mudanças que ainda podem ser feitas para ajudar na valorização do futebol feminino?
Comunicação. Basta comunicação das entidades, das confederações com as federações, com o objetivo de saber como elas podem realmente colaborar com os clubes, porque nós queremos jogar, queremos a competição. O que está acontecendo nesses últimos dois anos é fantástico, o que a CBF está fazendo é sensacional. Mas aí tem que agregar com a Federação Paulista que é uma federação que apoia o futebol feminino. Então a comunicação entre elas para conseguir conciliar datas/calendário é essencial.
Como foi sua mudança de Porto Alegre para Araraquara?
Foi um desafio. Quando eu recebi o telefonema da Lorena (coordenadora de futebol feminino da Ferroviária) me convidando para ir para Araraquara, conhecia pouco sobre a cidade, mesmo já tendo ouvido falar sobre ela. Então foi um desafio sair de Porto Alegre que é um grande centro e ir para uma cidade menor. Eu tive aquela conversa interna, familiar, sobre aceitar ou não. Mas é o que eu sempre quis e o Estado de São Paulo é fascinante para o futebol, é onde tudo acontece. São Paulo tem esse poder não só no esporte, mas em outros âmbitos. Então bati o martelo e decidi me mudar para Araraquara. E fui muito bem recebida pela cidade, pelo clube, pelos membros da comissão.
Como é sua rotina?
Eu tinha uma rotina muito intensa em Porto Alegre e hoje me dedico exclusivamente à equipe profissional das "Guerreiras Grenás" (apelido do time feminino da Ferroviária). Eu gosto muito de correr, isso alivia um pouco a ansiedade, sou uma corredora amadora que acha que a qualidade de vida é importante. Eu introduzi na minha rotina a meditação, leio muito e comecei a ler sobre mindfulness e maneiras de melhorar minha tomada de decisão. Então faço meditação uma vez por semana isso foi extremamente importante nessas últimas semanas de intensidade, de pressão. Tenho pessoas maravilhosas em Araraquara, como os membros da comissão técnica que hoje se tornaram minha família, já minha família está longe.
O que você gosta de fazer em casa?
Gosto de cozinhar à noite, de ver receitas, de inventar coisas. Outro dia, meu assistente, o Zequinha, que é nosso analista de desempenho, perguntou se eu gostava de maracujá. Ele tem um pé de maracujá em casa e me sugeriu fazer um suco. Fiz melhor, um mousse de maracujá e levei de sobremesa no almoço. Eu também assisto a muitos jogos de futebol, desde Liga dos Campeões até Série B. Gosto de aprender muito com os treinadores, com outras ideias. Gosto de tomar o meu chimarrão no fim da tarde, é uma coisa que tenho o hábito.
Sua família sempre apoiou seu trabalho no futebol?
Desde o início. Minha mãe tem uma matéria guardada que eu saí como a única menina na escolinha de futebol na época, o que era um absurdo, pois não tinha futebol feminino na época. Aí ela me deu de presente de aniversário entrar na escolinha. Fizemos uma experiência para ver como seria o encontro dos meninos comigo e foi tranquilo.
Qual recado que você dá aos pais que ainda têm receio de deixar as filhas jogarem futebol?
Primeiro eles não devem pensar de cara como profissão. Eles devem pensar em tudo o que o esporte traz para as crianças e adolescentes. Pensar no desenvolvimento motor, social, quantas amigas ela vai fazer, porque aumenta o número de amizades, qualidade de vida. Então primeiro é incentivar sem pensar no lado profissional, mas a partir do momento que se percebe que a criança tem talento, qual o motivo de não procurar uma situação onde ela possa desenvolver aquela qualidade e buscar um clube, um treinamento específico?
A Ferroviária-SP é campeã do Campeonato Brasileiro Feminino A1. Neste domingo (29), as Guerreiras Grenás enfrentam o Corinthians, no Parque São Jorge, empataram em 0 a 0 no tempo normal e garantiram o troféu nas cobranças de pênaltis, com vitória por 4 a 2. Destaque para a goleira Luciana, que fez ótimas defesas ao longo do jogo e ainda pegou uma das batidas na decisão por penalidades.
Na campanha campeã, a Ferroviária disputou 21 jogos, somando sete vitórias, nove empates e cinco derrotas. As Guerreiras Grenás balançaram as redes 27 vezes e sofreram 14 gols. É o segundo título da Ferrinha, que também conquistou o Brasileirão em 2014.
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O jogo
Assim como no jogo de ida entre as equipes, que empataram em 1 a 1, Corinthians e Ferroviária fizeram um primeiro tempo bem estudado no Parque São Jorge. No entanto, o Timão pressionou mais e criou pelo menos quatro chances claras de abrir o marcador. Primeiro, aos quatro minutos, quando Pardal finalizou de cabeça e acertou o travessão. Depois, aos 22, Gabi Zanotti deu bom passe para Milene, que acabou chutando em cima da goleira Luciana. Victória e Tamires também levaram perigo, mas bateram para fora do gol. Do lado da Ferrinha, a melhor oportunidade foi aos 29 minutos, quando Aline Milene recebeu dentro da área, se livrou de duas adversárias, e ficou cara a cara com Lelê, que fez a defesa.
Na volta do intervalo, o Corinthians passou a pressionar mais, enquanto a Ferroviária apostou em boa linha defensiva. Logo aos três minutos, Giovanna Crivelari recebeu na grande área e mandou de cabeça, quase colocando o Timão na frente. Aos oito, Millene invadiu a área e finalizou com perigo, mas viu Luciana fazer a defesa. Tamires e Millene, em duas oportunidades, ainda tiveram mais chances claras de gol, mas sem acertar a pontaria. A Ferrinha, que se fechou em seu campo de defesa, não ofereceu perigo no segundo tempo e segurou o empate sem gols, que levou a grande decisão para os pênaltis.
Nas cobranças, a Ferroviária converteu com Luana, Aline Milene, Andreia e Jéssica. Do lado do Corinthians, Victória e Gabi Zanotti marcaram, enquanto Tamires parou na defesa de Luciana, e Ingrid chutou para fora. Final: 4 a 2 para as Guerreiras Grenás, campeãs do Brasileiro Feminino A1 de 2019.
Estação Camaragibe: de coração da cidade à curral e depósito de entulhos. (Chico Peixoto/LeiaJáImagens)
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Estação Jaboatão, Pátio das Cinco Pontas, Oficinas de Werneck e Estação Camaragibe. Quatro pontos fundamentais no desenvolvimento das cidades em que estão inseridos, componentes dos troncos norte, sul e centro, que regiam o transporte de cargas e passageiros em Pernambuco. Na história afetiva dos pernambucanos, suas oficinas, trilhos e plataformas marcaram chegadas, partidas e gerações inteiras. Da lendária Great Western of Brazil Railway, companhia inglesa que administrava as vias férreas do Estado até o final dos anos 1940, os trilhos pernambucanos passaram para o domínio da Rede Ferroviária Nacional, Sociedade Anônima (Reffesa), posteriormente privatizada pelo governo Fernando Henrique Cardoso - quando teve seus bens transferidos para a Ferrovia Transnordestina Logística (FTL).
Quando as atividades da Reffesa foram finalmente encerradas, a Lei Nº 11.483, de 31 de maio de 2007, delegou ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a responsabilidade de receber e administrar os bens móveis e imóveis de valor artístico, histórico e cultural que dela pertenciam. Os bens móveis não-operacionais utilizados pela Administração Geral e Escritórios Regionais da estatal foram transferidos para o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), assim como os bens móveis e imóveis operacionais, os bens móveis não-operacionais utilizados pela Administração Geral e Escritórios Regionais e os demais bens móveis não-operacionais, incluindo trilhos, material rodante, peças, partes e componentes, almoxarifados e sucatas.
Em conjunto com a confusa classificação da natureza dos bens, a morosidade dos órgãos públicos e empresas envolvidas na conservação do patrimônio transformou suntuosas edificações em ruínas habitadas por sujeira, lixo e animais. Seja de pessoas ou instituições, algumas delas são constantemente utilizadas para uso de drogas e prostituição. Outras, penam com ocupações irregulares, de pessoas e instituições. O que todas têm em comum são as cicatrizes deixadas pelo abandono.
Aos 90 anos, Zuleick Lopes Araújo, bibliotecária por vocação, talvez seja o maior dos patrimônios guardados pelo Instituto Histórico de Jaboatão (IAP), formado há 45 anos no prédio da antiga Cadeia Pública da cidade, por membros da sociedade civil interessados em preservar a história local. Orgulhosa por manter conservadas relíquias como a primeira bandeira do município ou cartas de alforria de escravos, a vice-presidente da instituição Mirtes Figuêiroa Santos, tenta se ater à ingrata missão de chamar a atenção da repórter para algo que não sejam os fascinante relatos de Zuleick, que guarda na (invejável) memória detalhes preciosos sobre os tempos áureos dos trilhos, aos quais a formação urbana do município de Jaboatão dos Guararapes está intimamente associada. Viúva de Orlando Breno de Araújo, um dos professores da antiga Escola Profissional Ferroviária Benevenuto Lubambo, Zuleick conviveu de perto com os ingleses da chefia da Great Western of Brazil Railway, empresa responsável pelas ferrovias nordestinas até o fim dos anos 1940.
Zuleick Lopes Araújo diante do "banner" em homenagem a seu marido, o professor da Rede Ferroviária Orlando Breno de Araújo. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)
“Alcancei o tempo de Mr Lee (engenheiro e chefe da Great Western). Ele era um inglês muito gentil, a família muito educada. Pessoas ótimas de se conviver”, vibra Zuleick. Com os ferroviários, ela garante que não era diferente. “O padre Chromácio Leão começou fazendo banda de música e eles foram aprender. Depois fizeram o próprio grupo, geralmente composto por ferroviários. Hoje em dia são os filhos e netos deles e jamais vai se acabar a banda! Entendeu, minha filha? É o amor à terra”, gargalha Zuleick. A bibliotecária interrompe a entrevista por alguns instantes e volta com um álbum de fotografias em preto e branco. Degustando a textura de cada página, seus dedos finalmente repousam sobre o retrato de 24 de maio de 1953. “Os carnavais eram maravilhosos, muito divertidos, com os Cavaleiros de Momo, dirigidos por Sebastião Henrique, chefe de seção da Rede. Esse homem foi o que mais tratou de folclore em Jaboatão, de quadrilha a pastoril”, lembra.
Fundamentais na vida cultural da cidade, os ferroviários foram os grandes promotores de festividades como a “Festa de Santo Amaro”, noite do último sábado do novenário, em que tradicionalmente a população poderia usufruir do vasto repertório das duas grandes orquestras locais. Já o “Locomoção”, time da oficina, era destaque nos clássicos jogos de futebol contra o “Portela”, o “Bulhões” e o “Cristal”, bem como orgulhando Jaboatão em confrontos com equipes de outras cidades. Além disso, os jaboatonenses ainda contam com o Centro dos Ferroviários, uma espécie de clube e centro cultural ao mesmo tempo, aberto “em setembro de 1959”, segundo indica uma velha placa de bronze, em sua sede. Lá, por preços módicos, uma população ainda mais sedenta por espaços de lazer pode celebrar eventos, dentre outras atividades.
Banda Ferroviária era fundamental na vida cultural de Jaboatão. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)
No rastro do açúcar
Zuleick está de braços erguidos e olhos atônitos na direção de uma parede. É contando suas estórias que ela volta a ser uma mocinha de vestido e sapatos brancos, compadecida de um lojista especializado em colchões de palha, a alguns segundos de perder toda a mercadoria. “Fecha a loja, fecha, que lá vem a catita! Catita era um trem pequeno para transporte de cana de açúcar, mas, por ser movido a lenha, fazia uma fumaça medonha e botava fogo para todo lado. Então quando ele ia passando, lojas de tecidos e outros produtos inflamáveis precisavam fechar. Era assim, esse horror, mas era bem bonitinho”, conta às risadas. A correria também era grande entre quem vestia roupas claras. “Se as fagulhas pegassem na roupa, manchavam tudo. Jaboatão era muito lindo, sempre é. Vai estar eternamente no meu coração enquanto eu viver. E se existe espírito, o meu vai sempre estar por aqui”, conclui.
Foi seguindo o rastro do açúcar, como a lúdica “catita” das lembranças de Zuleick, que Jaboatão constituiu sua história como cidade. Apenas um ano depois de ser elevada à categoria de município pela Lei Provincial N° 1881, Jaboatão inauguraria sua antiga estação, em 25 de março de 1885, como parte da Estrada de Ferro Central de Pernambuco (EFCP). Repleta de usinas moentes, com destaque para Bulhões e Colônia, e engenhos safrejando, a cidade já estava na mira da Great Western quando a companhia, através do Decreto N° 4111, de 31 de janeiro de 1901, encampou mais trechos ferroviários na área. “A Central começou a ser importante com o predomínio da Great Western, tendo prosseguido de Caruaru a Pesqueira. Trata-se de uma linha algodoeira e canavieira, tanto que, à medida que as exportações de ambos os produtos caem, avança a decadência da ferrovia”, comenta Josemir Camilo, doutor em história pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e autor do livro “A primeira Ferrovia Inglesa do Brasil”.
Quadro retratando a "catita", um trem pequenino responsável por transportar açúcar. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)
Dotada de clima agradável, abundância de água e distando apenas 17 km do Recife, Jaboatão começou a receber, no ano de 1910, ferroviários transferidos de oficinas recentemente fechadas, como a de Barbalha, no Cabo de Santo Agostinho. Suas famílias passaram a ocupar 83 casas construídas pela Great Western, nos bairros de Cascata de Baixo e Cascata de cima. “Além da dificuldade de habitação, mais tarde, a Rede Ferroviária sofreria com a falta de mão de obra especializada. Então, em 1940, foi criada uma escola profissional nos moldes da que havia em São Paulo, só para os filhos dos ferroviários. Eles entravam crianças e já se formavam com emprego na rede”, comenta Zuleick.
Um museu dentro de casa
Da mesma maneira que construiu, para os ferroviários, as Vilas Populares nos bairros da Cascata, a Great Western ergueu residências para os chefes, no bairro de Engenho Velho. Ex-engenheiro da Rede Ferroviária Federal (Reffesa), Raimundo Oliveira, de 59 anos, vive em uma das seis mansões que sobreviveram ao tempo e foram construídas pelos ingleses. Na contramão dos demais vizinhos, que descaracterizam completamente as edificações, Raimundo foi o único a preservar a estrutura original de sua casa, provavelmente concluída nos anos 1900. Ela ainda possui placa de patrimônio da Reffesa de número 1240502.
O ex-engenheiro da Reffesa Raimundo Oliveira sentado em um dos bancos de segunda classe que salvou da antiga oficina. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens).
Desbotada entre tonalidades de marrom e ocre, a mansão conserva beleza peculiar. Do imenso quintal, vê-se uma torre na lateral direita, um traço incomum nas residências brasileiras. A sala de 35m² denota o anacronismo da casa, em uma Jaboatão que agora possui 2.491 habitantes para cada metro quadrado. “Nasci em Mossoró e vim ao Estado para cursar engenharia mecânica na UFPE. Comecei na Reffesa como estagiário, em abril de 1976, tendo sido efetivado como profissional em 1978. Só na década de 1980 passei a habitar esta casa, onde já haviam morado ingleses e outros engenheiros brasileiros”, conta Raimundo.
Lotado na oficina de Jaboatão, o ex-engenheiro foi contratado graças à ausência de uma profissional especializado em pneumática. Sua função era coordenar o serviço de freio e manutenção das válvulas de controle. “Os componentes eram retirados em Werneck e Cinco Pontas. Aqui, eram reparados e submetidos a teste. Quando fecharam a oficina e a estação, eu trouxe alguns objetos, a própria casa convida a tê-los”, coloca. Na varanda, dois bancos de segunda classe recebem os visitantes. A antiga bancada foi ocupada pela televisão, enquanto objetos como o antigo gramofone viraram decoração de parede de uma sala de estar que mais se parece um museu. “Por algum tempo guardei também na minha sala o tradicional relógio da antiga torre da oficina. Trata-se de um objeto de 1850, de fabricante chamado Johnny Walker, trazido a Jaboatão por um dos ingleses que chefiavam a ferrovia. Ele encontrou o objeto durante suas férias na Inglaterra, em uma estação prestes a ser demolida”, conta.
Provavelmente concluída em meados de 1900, a residência onde mora Raimundo foi a única a preservar o aspecto original. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)
Regente da vida no coração de Jaboatão, era o relógio que ditava a cadência dos dias. “Os jaboatonenses viviam olhando para cima. Quando o relógio foi retirado, as pessoas continuaram a olhar para o céu, mirando apenas o vazio”, lamenta Raimundo. De acordo com o ex-engenheiro, o relógio só saiu de sua casa pelas mãos de funcionários da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que haviam prometido executar uma nova instalação. “Até hoje isso não foi feito, estando o relógio guardado na estação de Cavaleiro. Uma pena, porque fui um dos grandes batalhadores pela construção de uma nova torre. Um valor alto foi gasto e a instalação nunca saiu”, explica.
Amante da fotografia, Raimundo encontrou-se pela última vez com a antiga torre do relógio para documentar sua implosão. Em uma foto sequência de seis poses, a ponta da edificação vai, aos poucos, sumindo em meio à poeira.
O apagamento da memória ferroviária, aliás, também é tema de algumas das poesias que escreve em casa no tempo livre. Por insistência da repórter, ele aceita recitar uma delas em seu imenso quintal:
“Lembro-me nitidamente dele
Soava de forma triste nas partidas
de forma alegre nas chegadas
Eram verdadeiras festas
o movimento dos trens
a vida de cidades interioranas
a razão de ser e existir
Retiraram os trens
fecharam os ramais
a alegria foi junto
e hoje, até a tristeza faz falta
servindo ambas apenas
para os contadores de estórias e histórias
Estações hoje reduto,
quando existem,
de quase tudo que não presta
raríssimas foram transformadas
em espaços culturais e órgãos públicos
Daquilo tudo, restaram as lembranças
as quais muitos insistem em esquecer,
fazer de conta que não aconteceu
que os trilhos, por serem paralelos,
nunca se encontraram no infinito
que nunca bateram o sino das estações
na tentativa de apagar o passado ferroviário
Isso jamais será conseguido
pois o apito das locomotivas
Maria Fumaça, English Eletric
jamais permitirá, deixar de soar
nos ouvidos dos verdadeiros ferroviários”. Sobre o apito, 2001, Raimundo Oliveira.
Dezessete anos de completo abandono
Almanaque vivo quando o assunto é o patrimônio ferroviário local, Raimundo foi convidado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para escolher pessoalmente os objetos que fazem agora parte do memorial da oficina. “A maioria das cidades surgiu em função do trem. Por isso, me dá uma tremenda tristeza ver a degradação a que chegou a oficina em que trabalhei, a maior escola da minha vida”, queixa-se.
A oficina ferroviária de Raimundo, reconhecida nos tempos áureos por ter sido a segunda maior do Brasil, figura desde 2012 na Lista do Patrimônio Ferroviário do IPHAN. Na relação, ainda em construção, constam 639 bens inscritos, dos quais 14 estão localizados no Estado de Pernambuco. Também incluída na lista, a Estação de Jaboatão ao invés de cartão postal, virou ponto de prostituição e consumo de drogas em qualquer horário do dia. “É um local perigoso. Além disso, sua área está sendo invadida, inclusive por um outdoor enorme que prejudica a paisagem”, relatou uma moradora que preferiu não se identificar.
A reportagem do LeiaJá esteve no local e observou a estrutura completamente tomada pelo mato, inclusive com a presença de uma árvore já crescida no meio das linhas férreas. Arcos enferrujados, lixo, sujeira e mau cheiro são a única herança aparente da administração da Ferrovia Transnordestina Logística (FTL) do local. Em nota, a empresa declarou que concluiu, em julho de 2018, o processo de devolução do patrimônio ao Departamento Nacional de Estradas e Rodagens (DNIT), que se arrastava desde 2001. De acordo com o IPHAN, era de responsabilidade da concessionária conservar o bem, protegido em âmbito federal por meio da lei 11.483/2007.
O DNIT, no entanto, por meio de nota, alegou que “o imóvel onde está localizada a estação de Jaboatão já havia sido devolvido antes da extinção da RFFSA". "Portanto, foi considerada não operacional e devolvida à SPU. Importante mencionar que a estação foi valorada pelo IPHAN que, de acordo com a lei 11.483/07, passa a gerir qualquer destinação deste imóvel”, acrescentou o órgão.
Devolvida pela Transnordestina a partir do mesmo procedimento que envolveu a Estação de Jaboatão, a Estação de Camaragibe também padece ao imbróglio que envolve a concessionária, o IPHAN e o DNIT. Procuradas pela LeiaJá, nenhuma das instituições se responsabilizou pela conservação do patrimônio. Segundo o DNIT, apenas as edificações (estação, armazém e sanitários) constam nos mesmos sistemas como devolvidas pela CFN. "Já o imóvel onde está edificada a estação de Camaragibe ainda é considerado operacional, de acordo com os sistemas corporativos do DNIT. Portanto, continua arrendado à FTLSA”.
Uma espécie de curral urbano, a estação virou morada de uma família de pelo menos três cavalos, provavelmente responsáveis pelas fezes e o mau cheiro que tomaram a área da antiga plataforma. Um grupo de pessoas que ocupa o local e cria os animais instalou uma série de grades nas janelas e portas, além de colocar telhas antigas e lonas no lugar do teto original. Segundo um morador que preferiu não se identificar, o telhado original foi furtado logo após a estação ser desativada, por residentes do próprio bairro.
Diante da ruinaria, o aposentado Walter Constâncio, de 59 anos, custa a acreditar que foi aquele o local de suas melhores lembranças da adolescência. “Minha família veio morar no bairro em 1965. Engraçado porque existiam poucas residências, mas muito mais gente na rua, era seguro. Nos últimos anos, pessoas da minha família foram assaltadas no entorno da estação”, conta. Aficcionado pela estrutura, Walter exibe com orgulho os cartões postais com sua imagem, que costumava colecionar. “Acho ela muito bonita. O primeiro orgulho de quem morava aqui era ter uma estação como essa por perto. A gente comprava os cartões para presentear amigos e parentes que vinham nos visitar ou moravam fora”, lembra.
Walter Constâncio diante da ruinaria que um dia foi seu cartão postal predileto. (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)
Neste período, havia uma espécie de zoológico em casa, com direito a um poço para jacarés. “Criávamos de tudo no quintal. O jacaré doamos para um zoológico, mas os macacos eu levava para passear no pátio da estação, o pessoal se divertia bastante”, sorri. Calmo, Walter só aumenta o tom de voz quando o assunto é sua militância pela recuperação do patrimônio.
“Essa batalha começou em 1996. Com ajuda de alguns amigos, desenhei um projeto para dar uma destinação social à estação. No mapa, já estão determinadas as áreas para espaços como quadra poliesportiva, pista de caminhada, Academia da Cidade, Vagões da Cultura e um cineteatro, pois somos muito carentes de espaços assim”, explica. Com o desenho em mãos, Walter pagou hospedagens e diversas passagens de avião para Brasília para se reunir com políticos representantes de Pernambuco, no intuito de buscar apoio para viabilizar a proposta. “Na época, sentei com deputados como Raul Jungmann, Renildo Calheiros, José Chaves e Roberto Freire. A recepção sempre é maravilhosa, mas nada foi feito para executar o projeto”, reclama.
Revitalização custaria cerca de um milhão
Situada no Bairro de Alberto Maia, a Estação de Camaragibe fazia parte do tronco norte de Pernambuco, que partia da Estação do Brum (a primeira do Estado) rumo à divisa com a Paraíba. A estrutura foi inaugurada em 1881 e desativada para transporte de passageiros em 1974, embora os trilhos tenham se mantido funcionando para a mobilidade de cargas até o ano de 2010, quando estavam sob controle da Transnordestina.
A estrutura original da Estação Camaragibe. (Júlio Gomes/LeiaJáImagens)
Interessado em transformar a estrutura em espaço cultural, a antiga equipe da Fundação de Cultura de Camaragibe, uma autarquia da Prefeitura de Camaragibe, elaborou, em 2016, outro projeto de revitalização. No texto da proposição, consta que a estação é um imóvel especial de proteção histórico cultural da cidade, “hoje sob a responsabilidade do DNIT, está registrado sob o No. de tombo RFFSA 1242041, tombo estadual no. 1.322/85 e inscrição de tombamento no Conselho Estadual de Cultura: no.02,Livro de Tombo IV, . 01 v., integrando ainda o tombamento temático da malha ferroviária de Pernambuco”. "Além disso, o artigo 87 da Lei no. 341 / 07 do Plano Diretor do Município de Camaragibe ressalta a importância de destinar trecho tombado pelo IPHAN da antiga estação férrea da RFFSA/Camaragibe para requalificação urbana enquanto espaço público histórico, de lazer e cultura”, informa a Fundação. Seu orçamento ficou avaliado em R$ 1.241.000,00 e sugere a divisão do espaço em três setores, sendo eles:
Setor 1 (Estação): biblioteca, incluindo recepção, sala de espera e sala de leitura; espaço para exposições; sala para oficinas; sala de adminstração e banheiros acessíveis;
Setor 2 (Armazém): espaço polivalente - sala multimídia (capacidade 55 lugares) para peças teatrais, palestras e exibição de filmes. Anexo a este setor, área de apoio / camarim ou sanitários;
Setor 3 (Pátio/Plataforma): espaço livre multiuso para feiras de artesanato, manifestações culturais, shows e apresentações culturais.
De acordo com Thiago Bonfim, Diretor de Projetos e Equipamentos Culturais da nova Fundação de Cultura, como houve mudança de gestão, a Prefeitura agora se baseia no planejamento inicial, elaborado no ano de 2009 pelo IPHAN, em que as obras eram orçadas em aproximadamente R$ 1 milhão. “Como é um trabalho antigo, contratamos uma consultoria para fazer esse serviço de atualização do mapa de danos sofridos pelo prédio, que nos indicará outro orçamento. A partir desse documento, começaremos a atuar na captação de recursos”, explica. A intenção é a de buscar verba, inicialmente, a nível estadual, por meio de projetos culturais ou emenda parlamentar. “Como se trata de um bem inventariado pelo IPHAN, também procuraremos em nível federal. Outra possibilidade é procurar por ONG’s que atuem com patrimônio cultural ou até financiadores privados”, comenta.
Para quem deixava a estação do bairro sem rumo certo, a maior diversão só podia ser o caminho. Acompanhado de uma turma de amigos destemidos, Luiz Carlos Teixeira, agora com 59 anos, desafiava a paciência dos maquinistas só pelo prazer de sentir o vento no rosto das “caronas” nos trens. “Eu me pendurava nos vagões, pelo lado de fora e ia para diversas partes da cidade. Os ferroviários reclamavam para a gente descer, mas não adiantava. Faria de tudo para rever o tempo de criança”, comenta. Atualmente aposentado, Luiz mora na frente dos trilhos que ligam a linha centro à Estação Edgard Werneck, em Areias, na Zona Oeste do Recife, desde a primeira infância. “Quase todo fim de mês, minha mãe me levava para Maceió. A gente pegava o trem às 5h da manhã, me lembro de tudo. Das paisagens, das crianças acenando pra gente e dos ‘mangaeiros’ (feirantes) com suas mercadorias”, completa.
Luiz sobre os trilhos que conduziram algumas de suas viagens mais agradáveis. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)
Inaugurada com o nome de Estação de Areias em 1891, a Estação Werneck teve seus trens de passageiros suprimidos em 1983, em razão da decisão da administração da Linha Centro de mantê-los funcionando exclusivamente entre Recife e Jaboatão. Luiz, então, deu um jeito de se divertir com os trens de carga. “A gente só não fazia roubar, mas sempre pegávamos resto açúcar ou café que ficava nos vagões, essas duas coisas nunca faltavam na casa da gente. Quando era melaço, me lembro de sugar uma mangueira com a boca para despejá-lo em um balde”, sorri.
A oficina de Werneck atuava na manutenção e no reparo geral das locomotivas. Também era em sua área que os profissionais de saúde da Rede Ferroviária se alojavam e, muitas vezes, prestavam assistência à população do entorno. O comerciante Amaro José de Oliveira é vizinho da oficina desde 1970, tendo desenvolvido boa relação com os profissionais da instalação. “Sempre fui popular, me dou com todo mundo. Minha mãe, que Jesus levou em 1980, passou um bom tempo aos cuidados de um dos médicos da Rede”, coloca.
Amaro: popular no bairro e dono de prestígio junto aos médicos da Rede, que trataram sua mãe em tempos difíceis. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)
Tanto Amaro quanto Luiz descrevem um cenário improvável para quem conhece o entorno da estação nos dias de hoje. Ruas seguras, limpas e apinhadas de gente parecem ter se deteriorado junto com os antigos galpões da oficina. “Essa rua dos trilhos já foi mais organizada, no tempo da Rede, não havia todo esse mato. Eu combati muito o lixo aqui, sempre tentando manter a rua limpa, mas os próprios moradores jogam lixo e entulho”, reclama.
O abandono é reflexo da confusão entre os administradores da estrutura, a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), DNIT e Transnordestina. Em nota, essa última afirmou que o complexo de Oficinas Edgard Werneck não faz parte dos bens arrendados à ela e “é de responsabilidade da SPU". "Apenas uma das edificações do pátio está sob responsabilidade da FTL. No local, são armazenados materiais pertencentes ao DNIT que estão sob a guarda da empresa”, argumenta a Transnordestina.
Já o DNIT alega que já retirou seus pertences do galpão, “quando a então Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) tinha habilitação para usar os estoques pertencentes à então Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA)". "Portanto, estes bens pertencem à Ferrovia Transnordestina Logística S.A. (FTLSA), sucessora da CFN. Assim, o Departamento conclui que não pode se pronunciar sobre a utilização de um “imóvel operacional arrendado à FTLSA”, informa.
Sem que ninguém reclame a função de administrá-la, a Oficina virou estacionamento de uma igreja evangélica do bairro, que está cotidianamente utilizando sua área nos dias de culto. “Nosso sentimento é de resignação, tristeza, porque o tempo não pode voltar. Só ficou o abandono”, conclui Luiz.
Inaugurada em 1858, a Estrada de Ferro Recife-São Francisco é mais antiga ferrovia de Pernambuco e a segunda do Brasil, tendo sido a pedra fundamental para a constituição da Linha Sul de Pernambuco. Para operacionalizá-la, foi construída, no Recife, a Estação das Cinco Pontas, de onde partiu o primeiro trem de passageiros do Estado, no dia 8 de fevereiro de 1858, rumo à Vila do Cabo com 400 pessoas a bordo. Apesar de sua importância histórica, a estação foi demolida na década de 1960. “É importante destacar o pioneirismo da Estrada de Ferro Recife-São Francisco, onde, pela primeira vez no Brasil, se estabeleceu o ticket de ida e volta, além do abatimento do valor da passagem das pessoas que construíram casas em seu entorno. Infelizmente, o que sobrou de Cinco Pontas foi o pátio, localizado no interior do Cais José Estelita”, explica o pesquisador Josemir Camilo.
Primeiro trem de passageiros de Pernambuco, partindo, no dia 8 de Fevereiro de 1858, do Pátio das Cinco Pontas rumo à Vila do Cabo, com 400 pessoas a bordo. (Acervo do Museu do Trem)
Com 10,1 hectares de área e localizado na parte histórica do Recife, o Cais José Estelita foi protagonista de alguns projetos urbanísticos. Dentre eles, o mais controverso parece ser o Novo Recife, idealizado pelo Consórcio Novo Recife, composto pelas empreiteiras Moura Dubeux, Ara Empreendimentos, Queiroz Galvão e G.L Empreendimentos. Inicialmente, a proposta previa a construção de 12 torres com até quarenta andares e revoltou parte da sociedade civil, que se organizou para discutir outras utilizações possíveis para o espaço. “O Movimento Ocupe Estelita reivindica uma cidade para todos e todas -não só para os que podem pagar caro-, assim como um processo de e decisão público, participativo e comum sobre o crescimento urbano”, coloca o jornalista e ativista Chico Ludermir.
Presidente da AnpTrilhos, Joubert Flores, discute alternativas viáveis para manter patrimônio ferroviário:
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De acordo com Chico Ludermir, o movimento reivindica a construção de espaços coletivos e comuns (parques e praças), construções com uso misto (comércio e habitação) e moradia popular (mínimo de 30%), além de uma discussão aberta e ampla a respeito de qualquer possível destinação do terreno. O ativista destaca o projeto Recife-Olinda, que, a partir de uma articulação entre os poderes municipal, estadual e federal, sugeria a conexão entre as duas cidades pela orla, como uma das alternativas ao Novo Recife. “Projetava para o Estelita uma permeabilidade e integração com o bairros vizinhos e com a cidade como um todo, sem a verticalidade do PNR. O projeto foi abortado pela pressão do capital imobiliário e acordo com os políticos locais”, defende.
Segundo Tereza Mansi, advogada do Centro Popular de Direitos Humanos (CPDH), um embargo administrativo do IPHAN impede a construção das torres. “Ele ainda está em vigência porque não foram realizados estudos arqueológicos na região. Quando isso for feito, o IPHAN analisará os resultados para autorizar a obra”, comenta. A advogada também questiona o leilão em que o Estelita foi vendido para o consórcio. “O Ministério Público Federal entrou com uma ação para anular esse leilão. Como o terreno era Patrimônio da Rede Ferroviária transferido para a União, antes da venda, ela teria que ter dado preferência ao IPHAN, que inclusive já tinha uma parecer demonstrando seu interesse na área”, completa. Posteriormente, a Polícia Federal (PF) verificou que apenas o consórcio se candidatou durante o processo de licitação. “Por fim, o terreno acabou sendo vendido por um valor muito baixo”, conclui a advogada, referindo-se ao subfaturamento de R$ 10 milhões do leilão, também apurado pela PF.
(Chico Ludermir/Acervo pessoal)
Para Josemir Camilo, a situação de degradação de estações, oficinas e pátio ferroviários como o de Cinco Pontas é reflexo de um duplo desamparo. “Do governo e das empresas. O Estelita, por exemplo, poderia ter seus antigos armazéns mantidos para finalidades sociais e próprio pátio continuar existindo como museu aberto, vivo. Não há como conciliar arranha-céus com uma memória tão chã”, lamenta.
Assim como era esperado, o Corinthians goleou o Pinheiro-MA por 5 a 0, neste domingo, na Arena da Fonte Luminosa, em Araraquara (SP), e garantiu a classificação antecipada para a segunda fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior. O resultado também garantiu a vaga da Ferroviária no Grupo 17, que mais cedo venceu o Corumbaense-MS por 2 a 0 nesta segunda rodada. Em Jundiaí (SP), no Grupo 20, o Avaí venceu o São José-RS por 2 a 0 e também avançou.
Com seis pontos, Corinthians e Ferroviária dividem a liderança do Grupo 17, com vantagem para o time alvinegro no saldo de gols: 8 contra 7 do clube de Araraquara. Nesta quarta-feira, às 19h45, os dois decidem a primeira posição da chave novamente na Arena da Fonte Luminosa, com vantagem do empate para os paulistanos.
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A partir da segunda fase, a Copa São Paulo passa a ser eliminatória, em jogo único. O adversário do Corinthians sai do Grupo 18, que atualmente tem o São Carlos-SP na liderança, com quatro pontos, o Sport na vice-liderança, com três, e o Confiança-SE na terceira posição, com um. O São Raimundo-RR é o lanterna, sem nenhum ponto.
O Avaí, no Grupo 20, conquistou a classificação vencendo o São José-RS no estádio Jaime Cintra, em Jundiaí, por 2 a 0. O resultado deixou o time com seis pontos, sem que possa ser ultrapassado por Red Bull Brasil-SP e São José-RS, ambos com três, já que eles se enfrentam na terceira rodada.
Confira os resultados pela 2.ª rodada da Copa São Paulo:
Após o treino desta terça-feira (7), o lateral-direito Mérgio Sérgio foi apresentado oficialmente como jogador do Santa Cruz. Contratado junto à Ferroviária, de São Paulo, o jogador, de 24 anos, chega como quarto da posição no elenco tricolor, concorrendo pela titularidade com Vítor, Léo Moura e Lucas Ramon.
“Chego com o intuito de ajudar a equipe, sabendo que temos outros laterais-direitos que são grandes jogadores. Vou trabalhar para agarrar as oportunidades que aparecerem, sempre me doando ao máximo”, disse. E rechaçou a possibilidade de levar vantagem na concorrência por já ter sido atleta de Milton Mendes: “Não saio na frente, não. Temos é que fazer o que ele pede nos treinamentos”.
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No entanto, ele não economizou ao elogiar o treinador coral. “Milton Mendes é uma pessoa que dispensa comentário. É amigo, parceiro, pai. Ele é, sem sombra de dúvidas, um exemplo a ser seguido”, enalteceu o atleta, que se disse polivalente. “Meu estilo é de marcar forte e chegar com força no ataque. Além da minha posição, posso jogar de meia-atacante, como fiz no Joinville”, declarou.
Os dois gols de Fred e o fim de um jejum de dez jogos sem balançar as redes davam uma noite tranquila ao Fluminense. Porém, mesmo com um homem a mais desde os 30 do primeiro tempo, o time tricolor tomou a virada e teve de correr atrás do empate por 3 a 3 com a Ferroviária, nesta quarta-feira à noite, no estádio da Fonte Luminosa, em Araraquara (SP), no jogo de ida da segunda fase da Copa do Brasil.
Sem evitar o jogo da volta, os dois times se enfrentam novamente no próximo dia 12, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ). Para avançar, o Flu precisa vencer ou empatar por até dois gols. Com novo 3 a 3, a classificação será definida nos pênaltis.
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O início do jogo já mostrava que a noite não era carioca. Após recuo errado de Jonathan, Diego Cavalieri saiu do gol para corrigir a falha do lateral e complicou mais. Após disputa de Tiago Marques, Danielzinho dominou na intermediária e chutou para o gol livre. Para a sorte tricolor, a bola foi para fora.
O time de Levir Culpi não jogava bem, mas conseguiu abrir o placar Após cruzamento, Thallysson colocou a mão na bola. Pênalti. Fred cobrou e colocou fim ao jejum de três meses sem gols, aos 16. Com a vantagem, o segundo gol não demorou a sair. Após boa jogada pela esquerda, Gustavo Scarpa cruzou e Fred, aos 28, ampliou de peito.
Na sequência, o jogo poderia ter ficado ainda mais fácil para o Flu. Após falta dura em Pierre, o goleiro Rodolfo foi expulso. Mas, com um a menos em campo, a Ferroviária cresceu. Até perdeu pênalti, com Thallysson. Só que se recuperou e marcou aos 43, com Luan, após cobrança de escanteio. Aos 47, por sua vez, empatou. Wescley fez ótima jogada e chutou. Diego Cavalieri fez boa defesa, mas a bola parou com Tiago Marques, que igualou: 2 a 2.
No segundo tempo, a reação paulista seguiu. Tiago Marques fez boa jogada individual e chutou forte: 3 a 2, já aos 5 minutos. Apesar de ter um jogador a mais em campo, o Fluminense não conseguia traduzir em superioridade a vantagem numérica em campo. O jeito então foi abusar das bolas aéreas. Foi assim que saiu o empate. Aos 29, Wellington Silva levantou e Magno Alves completou: 3 a 3.
Ao evitar o vexame, com um adversário satisfeito com o empate, o Fluminense reduziu a velocidade do jogo e aguardou o apito final em Araraquara para ao menos não sair de campo derrotado.
FICHA TÉCNICA
FERROVIÁRIA 3 x 3 FLUMINENSE
FERROVIÁRIA - Rodolfo; Alex Silva, Luan, Marcão e Thallysson; Rafael Miranda, Juninho, Danielzinho e Wescley (Kaio); João Paulo (Alexandre Cajuru) e Tiago Marques (Caíque). Técnico: Antonio Picoli.
FLUMINENSE - Diego Cavalieri; Jonathan, Gum, Henrique e Wellington Silva; Pierre (Magno Alves), Cícero e Gerson (Douglas); Osvaldo (Marcos Junior), Gustavo Scarpa e Fred. Técnico: Levir Culpi.
ÁRBITRO - Diego Almeida Real (RS).
GOLS - Fred, aos 16 e 28, Luan, aos 43, e Tiago Marques, aos 47 minutos do primeiro tempo; Tiago Marques, aos 5, e Magno Alves, aos 29 do segundo.
CARTÕES AMARELOS - Alex Silva e Thallysson (Ferroviária); Pierre (Fluminense).
CARTÃO VERMELHO - Rodolfo (Ferroviária).
PÚBLICO - 4.610 pagantes.
RENDA - R$ 81.890,00.
LOCAL - Estádio da Fonte Luminosa, em Araraquara (SP).