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A Câmara dos Deputados informou que uma das filhas de Fabrício Queiroz, que foi assessora do presidente Jair Bolsonaro (PSL) por quase dois anos enquanto ele era deputado federal, cumpriu as 40 horas semanais de trabalho, sem falta injustificada e sem tirar licença, todos os meses durante o período em que atuou no gabinete do agora chefe do Palácio do Planalto. Nathalia Queiroz teve a atuação atestada mês a mês pela Casa. A informação é da rádio CBN que apresentou um pedido, através da Lei de Acesso à Informação, para a Câmara solicitando a frequência da ex-assessora.

De acordo com a reportagem, Nathalia Queiroz - que também era personal trainer, inclusive de famosos, no Rio de Janeiro em horário que deveria estar em expediente - tinha que cumprir as 40 horas semanais para ter direito ao salário mensal, mesmo que não fosse no gabinete em Brasília, mas com atividades direcionadas ao mandato. O que, segundo a documentação, aconteceu. O controle da frequência mensal deveria ser feito pelo próprio deputado, através de ponto eletrônico, ou por um assessor.

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Natália foi lotada no gabinete de Bolsonaro até o mês de outubro. Antes disso, ela também passou pelo gabinete de Flávio Bolsonaro (PSL) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Ela é uma das investigadas por movimentações bancárias atípicas, pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e pelo Ministério Público do Rio , que tem Fabício Queiroz como pivô principal.

Ela é citada em dois trechos do relatório do Coaf por receber transferências do seu pai. Não há detalhes de valores, mas junto ao nome dela está o total de R$ 84 mil. A filha do PM foi nomeada em dezembro de 2016 para trabalhar como secretária parlamentar no gabinete de Bolsonaro na Câmara.

No dia 15 de outubro deste ano ela foi exonerada, mesma data em que seu pai deixou o gabinete de Flávio, na Alerj. Nathalia recebeu em setembro, pelo gabinete de Jair, um salário de R$ 10.088,42.

O ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro e amigo de longa data de Jair Bolsonaro, Flávio Queiroz, divulgou um novo vídeo comentando sobre a polêmica da gravação em que aparece dançando enquanto recebe soro na veia no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O registro foi feito durante comemoração do Réveillon.

No novo vídeo, Queiroz diz estar revoltado. "Foram cinco segundos que eu quis dar de alegria a uma tristeza que se tomava conta dentro da enfermaria que eu me encontrava", diz deitado em uma cama.

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Ele continua: "Estão dizendo que nesse vídeo eu estava comemorando o não comparecimento meu ao Ministério Público. É muita maldade, é muita maldade".

O ex-motorista foi diagnosticado com câncer de cólon e passou por cirurgia no dia 1º de janeiro para retirada do tumor. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, época em que trabalhava no gabinete de Flávio Bolsonaro. Ele foi exonerado em outubro do último ano.

O documento da Coaf também aponta que Queiroz transferiu R$ 24 mil para a primeira-dama Michelle Bolsonaro. Sobre este pagamento, o presidente Bolsoanro(PSL) afirmou que era a quitação de um empréstimo de R$ 40 mil feito por ele ao ex-motorista.

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A defesa do ex-assessor de Flavio Bolsonaro (PSL), Fabrício Queiroz, divulgou uma nota oficial afirmando que o vídeo em que o motorista aparece dançando com a família no hospital foi feito "no raro momento de descontração na visita deles no Albert Einstein", "pois ele passaria por uma grave cirurgia nas horas seguintes, inclusive com risco de morte".

O advogado de Queiroz, Paulo Klein, afirmou que é importante registrar que o referido vídeo teria sido feito no dia 31 de dezembro à meia noite. "Foi feito dentro do contexto humanamente compreensível, pois trata-se de uma data comemorada universalmente", disse.

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As imagens viralizaram neste sábado, 12. O 'Estado' confirmou a autenticidade do vídeo com pessoas próximas a Queiroz. Na gravação, o ex-assessor - que, segundo o Coaf, fez movimentações bancárias atípicas - aparece dançando, em meio a gargalhadas, quando a filha diz: "Agora é vídeo, pai! Pega teu amigo, pega teu amigo!". Ele rodopia em seguida, fazendo um sinal de positivo com as mãos.

Pessoas próximas a Queiroz avaliaram o vídeo de formas distintas. Para alguns, foi um desastre. E outras afirmaram que o vídeo foi "uma brincadeira de alguns segundos", "uma descontração entre a família na virada". Ele faltou duas vezes a depoimentos marcados no Ministério Público alegando motivos de saúde. Antes de Paulo Klein assumir a sua defesa no caso, Queiroz havia faltado a outros dos depoimentos também, alegando que não havia tido acesso aos autos da investigação.

O ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Fabrício Queiroz, virou um dos assuntos mais comentados na internet na manhã deste sábado (12). Isso porque um vídeo, supostamente gravado pela filha de Queiroz, mostra o ex-assessor dançando no quarto do hospital. Os internautas compartilharam as imagens comentando que as cenas são um "deboche" ao povo brasileiro.

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Fabrício Queiroz esteve internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o final do mês de janeiro até a última terça (8), para uma cirurgia de retirada de tumor no intestino. Por conta da internação, ele e alguns de seus familiares não compareceram a um depoimento no Ministério Público no qual deveriam prestar esclarecimentos sobre movimentações atípicas na conta do ex-funcionário de Flávio Bolsonaro.

No entanto, imagens viralizadas na internet, neste sábado (12), mostram um homem muito parecido com Queiroz dançando no quarto de um hospital. Os internautas, acreditando se tratar do ex-assessor, comentaram: "Olha como o Queiroz tá impossibilitado de ir no Ministério Público"; "Queiroz e família sambando e debochando da cara da justiça e do povo brasileiro. Bando de babacas"; "Esse é o Queiroz dançando mesmo? Meio tirando sarro da parada toda? O que?"; "O fujão pra ir depor. O cara tá mal, mas dançar no hospital tá bem. Isso é esculhambação geral".

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Em entrevista ao SBT, divulgada na noite desta quinta-feira (10), o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), senador eleito pelo Rio, negou ter conhecimento das movimentações financeiras do seu ex-assessor Fabrício Queiroz. "Não tenho nada a ver com isso. Não tenho como controlar o que os assessores fazem fora do gabinete", afirmou.

Flávio não compareceu nesta quinta-feira ao depoimento marcado pelo Ministério Público fluminense para falar das movimentações financeiras consideradas atípicas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) em uma conta de Queiroz. Em seu perfil no Facebook, o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) justificou sua ausência afirmando que não é investigado e ainda não teve acesso aos autos do procedimento aberto pelo MP.

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O senador eleito disse no SBT que a soma de salários de Queiroz e de familiares dele já chegaria a "quase" o valor. "Se você pega o salário dele no meu gabinete, mais o que ele recebe na Polícia Militar e mais o dos seus familiares, que depositavam dinheiro na conta dele, conforme ele próprio já declarou em alguma entrevista, dá quase esse valor", afirmou Flávio, ressalvando que não estava fazendo uma defesa do ex-assessor.

Ao SBT, Flávio disse que pretende depor ao MP para "sepultar qualquer dúvida sobre minha pessoa", mas não afirmou quando isso seria. O senador eleito afirmou ainda achar que "há direcionamento nas investigações" para atingi-lo e ao governo de seu pai.

Como parlamentar, Flávio tem a prerrogativa de marcar dia, hora e local para depor. A Procuradoria informou por nota que o deputado estadual, valendo-se de sua prerrogativa parlamentar, "esclareceu ao MP que informará local e data para prestar os devidos esclarecimentos que porventura forem necessários".

No texto divulgado à tarde no Facebook, o senador eleito disse que pediu uma cópia do procedimento investigatório aberto pelo MP fluminense "para que eu tome ciência de seu inteiro teor." Ele argumentou que só foi notificado do convite na segunda-feira passada, à tarde.

O MP, porém, havia divulgado em 21 de dezembro nota sobre o convite a Flávio para depor nesta quinta-feira. Até a véspera, o deputado se recusava a dizer se iria ou não ao MP. "Reafirmo que não posso ser responsabilizado por atos de terceiros, como parte da grande mídia tenta, a todo custo, induzir a opinião pública", disse ele na nota.

Queiroz e seus familiares (mulher e duas filhas, que fizeram depósitos na conta do ex-assessor) também não atenderam a convites anteriores do MP. O ex-assessor alegou estar em tratamento de um câncer. A mulher, Marcia Aguiar, e as filhas Nathalia e Evelyn de Melo Queiroz, também ex-assessoras de Flávio, informaram, por meio de advogado, estar cuidando de Queiroz, e, por isso não foram depor.

Sem esclarecimentos

Com a recusa de Flávio, 34 dias após a revelação, pelo jornal O Estado de S. Paulo, do relatório do Coaf que apontou as movimentações atípicas, o MP do Rio ainda não conseguiu ouvir nenhum dos citados ligados a ele. Quando Flávio assumir a cadeira no Senado, o caso deverá seguir para a primeira instância.

O Coaf detectou que Queiroz recebeu depósitos de colegas do gabinete de Flávio, mais da metade até três dias úteis após o pagamento dos salários na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O órgão considera que a renda do ex-assessor, então de R$ 23 mil mensais, é incompatível com o dinheiro que passou por sua conta de janeiro de 2016 a janeiro de 2017: R$ 1,2 milhão. Queiroz alegou, em entrevista ao SBT, que ganhou dinheiro vendendo carros usados.

O Ministério Público do Rio confirmou que o senador eleito e deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) pediu, nesta quinta-feira, 10, cópia integral da investigação sobre as movimentações financeiras atípicas detectadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) na conta do ex-assessor Fabrício Queiroz. De acordo com a Procuradoria, o deputado estadual, valendo-se de sua prerrogativa parlamentar, "esclareceu ao MP que informará local e data para prestar os devidos esclarecimentos que porventura forem necessários".

O filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) faltou ao depoimento que estava marcado para esta quinta-feira no Ministério Público. Em nota publicada em seu perfil no Facebook, Flávio justificou sua ausência: disse que não é investigado e ainda não tivera acesso ao procedimento aberto pelo MP. O parlamentar argumentou ainda que só foi notificado sobre o convite do MP para depor na tarde do último dia 7. O MP havia divulgado em 21 de dezembro nota sobre a chamada para depoimento nesta quinta.

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"Reafirmo que não posso ser responsabilizado por atos de terceiros, como parte da grande mídia tenta, a todo custo, induzir a opinião pública", declarou o deputado, em nota divulgada por sua assessoria.

Também faltaram a depoimentos no MP para falar sobre o caso o ex-assessor Queiroz, a mulher dele, Marcia Aguiar, e as filhas e Nathalia e Evelyn Melo de Queiroz. Eles alegaram problemas de saúde de Queiroz, que se trata de um câncer, para não ir à audiência.

As movimentações atípicas detectadas pelo Coaf na conta de Queiroz incluíram depósitos de assessores de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A maioria deles ocorreu em datas próximas aos dias de pagamento no Legislativo fluminense.

O senador eleito pelo Rio, Flávio Bolsonaro (PSL), informou que não irá comparecer ao depoimento marcado para esta quinta-feira, 10, no Ministério Público, para esclarecer o caso do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Em uma nota publicada em seu perfil no Facebook, na tarde desta quinta-feira, o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) justificou que não é investigado e que ainda não teve acesso aos autos do procedimento aberto pelo MP.

Flávio argumentou ainda que só foi notificado sobre o convite do MP para depor na tarde do último dia 7. A comunicação do MP havia divulgado uma nota no dia 21 de dezembro sobre o pedido de oitiva com Flávio desta quinta. "No intuito de melhor ajudar a esclarecer os fatos, pedi agora uma cópia do mesmo para que eu tome ciência de seu inteiro teor", justificou o senador eleito na nota.

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Assim como nas outras notas divulgadas anteriormente por sua assessoria de imprensa, Flávio reafirmou que pretende prestar esclarecimentos sobre o caso, mas em uma nova data.

"Ato contínuo, comprometo-me a agendar dia e horário para apresentar os esclarecimentos, devidamente fundamentados, ao MP/RJ para que não restem dúvidas sobre minha conduta. Reafirmo que não posso ser responsabilizado por atos de terceiros, como parte da grande mídia tenta, a todo custo, induzir a opinião pública", disse.

Assim como Flávio, também faltaram a depoimentos no MP para falar sobre o caso o seu ex-assessor Fabrício Queiroz, suas filhas e mulher, Nathalia e Evelyn Queiroz e Marcia Aguiar. Eles alegaram problemas de saúde com Queiroz para a ausência. O ex-assessor foi apontado pelo Coaf com movimentações atípicas em sua conta, incluindo depósitos de funcionários de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) sempre próximos às datas dos pagamentos do órgão.

O Ministério Público do Rio espera o senador eleito pelo Rio, Flávio Bolsonaro (PSL), nesta quinta-feira, 10, para depor sobre movimentações financeiras atípicas detectadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) em uma conta de seu ex-assessor Fabrício Queiroz. Porém, nem a sua assessoria nem a do órgão confirmam se Flávio realmente vai comparecer. Por prerrogativa parlamentar, Flávio pode escolher dia, hora e local para depor. Ele não é obrigado a ir.

Questionada nesta quarta-feira, 9, se o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) vai ao MP, a assessoria do parlamentar respondeu apenas que "o senador não vai dar esse tipo de informação à imprensa".

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No dia 11 dezembro, Flávio havia emitido uma nota afirmando que "seguia à disposição para prestar esclarecimentos às autoridades, se instado for, no citado assunto".

Na terça-feira, 8, as filhas e a mulher de Queiroz faltaram ao depoimento que iriam prestar ao Ministério Público. O ex-funcionário, apontado num relatório do Coaf com movimentações atípicas em sua conta, também faltou duas vezes a depoimentos alegando questões de saúde.

Queiroz disse ao jornal O Estado de S. Paulo que esclarecerá "em breve" o assunto, mas não disse quando daria as explicações. Reclamou de, em suas palavras, ter sido tratado como "o pior bandido do mundo".

Segundo o Coaf, o então assessor de Flávio movimentou em uma conta bancária R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e o mesmo mês de 2017. Da mesma conta saíram R$ 24 mil depositados em nome da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Também foram citados depósitos na conta do ex-assessor, feitos por suas filhas Nathalia e Evelyn Melo de Queiroz, e pela mulher de Queiroz, Marcia Oliveira de Aguiar, que foram lotadas então no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) na conta de Queiroz. Outros funcionários do gabinete também foram identificados em depósitos da conta do policial, sempre próximos a data de pagamento na Alerj.

Nathalia, que é personal trainer, já foi lotada no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, onde estava até o mês de novembro.

Ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício Queiroz disse nesta terça-feira (8) ao jornal O Estado de S. Paulo que esclarecerá "em breve" as movimentações atípicas em sua conta apontadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Ele, porém, não disse quando iria dar as explicações e reclamou de, em suas palavras, ter sido tratado como "o pior bandido do mundo".

"Após a exposição de minha família e minha, como se eu fosse o pior bandido do mundo, fiquei muito mal de saúde e comecei a evacuar sangue. Fui até ao psiquiatra, pois vomitava muito e não conseguia dormir", disse Queiroz, que também é policial militar da reserva. "Estou muito a fim de esclarecer tudo isso. Mas não contava com essa doença. Nunca imaginei que tinha câncer."

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Alegando fortes dores, o ex-assessor atribuiu os problemas detectados recentemente em sua saúde à exposição do caso Coaf na imprensa. As dores, segundo ele, o teriam feito faltar a depoimentos marcados pelo Ministério Público.

Queiroz foi submetido a uma cirurgia para retirada de um tumor maligno no intestino, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde estava internado desde 30 de dezembro, e teve alta nesta terça-feira. Ele disse que pagou a conta dos serviços médicos com recursos próprios e declarou ter recibo para comprovar, mas não quis dizer o valor.

O ex-assessor afirmou que dará as explicações apenas ao MP "por respeito" ao órgão, mas não informou a data. "Vocês saberão. Vocês sempre sabem de tudo", disse à reportagem. Queiroz disse ainda que ficará em repouso em São Paulo nos próximos dias e, a partir de 21 de janeiro, fará sessões de quimioterapia. Elas poderão durar de três a seis meses.

O ex-assessor também reclamou do tratamento da imprensa no caso. "A mídia está fazendo o papel dela, mas está superparcial em meu caso. Isso é muito feio." Também declarou que muitos acham que sua doença é mentira e enviou à reportagem uma foto em que aparece com uma cicatriz na barriga e um cateter.

Movimentações

O relatório que apontou as movimentações financeiras suspeitas nas contas de Queiroz, revelado pelo Estado, foi produzido pelo Coaf na Operação Furna da Onça, conduzida pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal para investigar corrupção na Assembleia Legislativa do Rio. A ação resultou na decretação da prisão de dez deputados.

A investigação foi transferida para o Ministério Público do Estado do Rio porque podem envolver deputados estaduais. Mais de 70 assessores ou ex-assessores de 22 parlamentares são investigados. Uma das filhas de Queiroz, Nathalia, é citada em dois trechos do relatório do Coaf (mais informações nesta página).

Queiroz foi chamado para depor duas vezes no Ministério Público do Rio, mas faltou em ambas as ocasiões alegando questões de saúde. Em entrevista ao SBT, ele justificou a movimentação detectada na conta dizendo que "fazia dinheiro" com a compra e revenda de carros.

O MP do Rio sugeriu o comparecimento de Flávio Bolsonaro - filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro - para depor ao órgão nesta quinta-feira, 10. Por prerrogativa do cargo parlamentar, porém, ele pode escolher data, hora e local para prestar depoimento.

Questionado, o MP não informou se Flávio confirmou presença. A assessoria do senador eleito também não quis confirmar se ele irá ou não. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público do Rio anunciou por nota nesta terça-feira, 8, que poderá quebrar os sigilos de Fabrício Queiroz, ex-assessor do deputado estadual Flavio Bolsonaro, e de seus familiares. O anúncio foi feito depois que a mulher do ex-auxiliar do deputado, Márcia Oliveira Aguiar, e duas filhas dele, Nathalia e Evelyn de Melo Queiroz, também ex-integrantes do gabinete do parlamentar, faltaram a depoimento marcado na sede do MP para esta tarde.

Em 6 de dezembro, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou que Queiroz movimentou, de janeiro de 2016 a janeiro de 2017, R$ 1,2 milhão em uma conta, o que o órgão considerou incompatível com a renda do funcionário. O documento foi encaminhado ao MPRJ no início do mês passado.

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"O MPRJ tem informações que permitem o prosseguimento das investigações, com a realização de outras diligências de natureza sigilosa, inclusive a quebra dos sigilos bancário e fiscal", afirmou o MP no texto. A Procuradoria de Justiça do Rio, porém, não informou quais providências tomará para obter os depoimentos dos familiares de Queiroz. Da mesma conta de Queiroz que está sob investigação saíram R$ 24 mil depositados em uma conta da primeira-dama, Michele Bolsonaro. O presidente Jair Bolsonaro disse que se tratava do pagamento de uma dívida do ex-assessor com ele.

A defesa de Nathalia, Evelyn e Márcia afirmou que suas clientes não compareceram para prestar depoimento porque o Queiroz passou por uma cirurgia no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para a retirada de um câncer. Por disso, "todas se mudaram temporariamente para a cidade de São Paulo, onde devem permanecer por tempo indeterminado e até o final do tratamento médico e quimioterápico necessários, uma vez que, como é cediço, seu estado de saúde demandará total apoio familiar", segundo a justificativa da defesa ao MP.

O Ministério Público do Rio também afirmou na nota que o depoimento dos investigados "representa uma oportunidade para que possam apresentar suas versões dos fatos". "O não comparecimento voluntário e deliberado reflete, neste momento, uma opção dos envolvidos, sendo certo que o direito constitucional à ampla defesa também poderá ser exercido em juízo, caso necessário".

O órgão também informou que "seguirá apurando os fatos de forma reservada e sigilosa, manifestando-se apenas por meio de notas oficiais".

O MP já "sugeriu" o comparecimento de Flávio Bolsonaro - filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, eleito senador em outubro de 2018 - ao órgão, nesta quinta-feira, 10. Por prerrogativa parlamentar, porém, ele pode indicar nova data para seu depoimento. Questionado, o órgão não informou se Flávio confirmou presença. A assessoria do senador eleito pelo Rio também não quis confirmar se ele irá ou não.

Relatório

O relatório foi produzido pelo Coaf na Operação Furna da Onça, conduzida pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal para investigar corrupção na Alerj. A ação resultou na decretação da prisão de dez deputados estaduais. A investigação das movimentações suspeitas, porém, foi transferida para o Ministério Público do Estado do Rio, porque pode envolver deputados estaduais. Mais de 70 assessores ou ex-assessores de 22 parlamentares são investigados pelo MP-RJ.

O trabalho do Coaf mostra que Queiroz recebeu, na conta bancária, depósitos regulares de outros assessores de Flavio, na maioria dos casos em datas próximas ao pagamento dos funcionários da Alerj. Uma das suspeitas sob investigação é a de cotização - processo usado em muitos Legislativos brasileiros, no qual os ocupantes de cargos de confiança repassam ao parlamentar a maior parte do seus salários.

Uma das filhas de Queiroz, Nathalia, é citada em dois trechos do relatório. O documento não detalha os valores individuais das transferências dela para o pai, mas junto ao nome de Nathalia está o valor total de R$ 84 mil. A filha do PM foi nomeada em dezembro de 2016 para trabalhar como secretária parlamentar no gabinete de Bolsonaro na Câmara. No dia 15 de outubro deste ano ela foi exonerada, mesma data em que seu pai deixou o gabinete de Flávio, na Alerj. Nathalia recebeu em setembro, pelo gabinete de Jair, um salário de R$ 10.088,42.

Queiroz foi chamado para depor duas vezes no Ministério Público do Rio, mas faltou alegando questões de saúde. Em entrevista ao SBT, Queiroz justificou que "fazia dinheiro" com a compra e revenda de carros.

Defesa

O advogado do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Paulo Klein, disse que irá juntar os documentos que comprovam as suas argumentações na investigação do MP, "campo adequado para apuração dos fatos".

"Assim que o Fabrício for liberado pelos médicos, vou me reunir com ele e bater ponto a ponto as questões e ver a documentação relacionada. Por ora o foco total e na saúde dele e na recuperação", disse o advogado à reportagem.

As filhas e a mulher do policial militar Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), não compareceram ao depoimento no Ministério Público sobre o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), marcado para a tarde desta terça-feira, 8.

A defesa de Nathalia e Evelyn Queiroz e Marcia Aguiar alegou que elas estão em São Paulo para acompanhar o pós operatório e o início do tratamento de quimioterapia de Queiroz, que está internado no Hospital Israelita Albert Einstein.

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O policial militar se trata de um câncer e deve receber alta nos próximos dias. Ele também não compareceu aos depoimentos.

O ex-funcionário foi apontado num relatório do Coaf com movimentações atípicas na conta dele. O então assessor movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e o mesmo mês de 2017. Da mesma conta, saíram R$ 24 mil depositados em uma conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

O relatório foi produzido na Operação Furna da Onça, conduzida pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal para investigar corrupção na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A ação resultou na decretação da prisão de dez deputados estaduais.

A investigação das movimentações suspeitas, porém, foi transferidas para o Ministério Público do Estado do Rio, porque pode envolver parlamentares. Mais de 70 assessores ou ex-assessores de 22 deputados estaduais estão sob investigação no MP-RJ.

Também foram citadas movimentações entre o ex-assessor e suas filhas Nathalia e Evelyn Melo de Queiroz. As duas já foram lotadas nos gabinetes de Flávio na Alerj. Nathalia, que é personal trainer, também já foi lotada no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, onde estava até o mês de novembro.

Nathalia é citada em dois trechos do relatório. O documento não deixa claro os valores individuais das transferências entre ela e seu pai, mas junto ao nome dela está o valor total de R$ 84 mil. A filha do PM foi nomeada em dezembro de 2016 para trabalhar como secretária parlamentar no gabinete de Bolsonaro na Câmara.

No dia 15 de outubro deste ano ela foi exonerada, mesma data em que seu pai deixou o gabinete de Flávio, na Alerj. Nathalia recebeu em setembro, pelo gabinete de Jair, um salário de R$ 10.088,42.

A mulher de Queiroz, Marcia Oliveira Aguiar, também deverá depor. Assim como as duas filhas do policial aposentado, Márcia também era lotada no gabinete de Flávio e foi citada no relatório do Coaf.

Queiroz foi chamado para depor duas vezes no Ministério Público do Rio, mas faltou alegando questões de saúde.

Em entrevista ao SBT, Queiroz justificou que "fazia dinheiro" com a compra e revenda de carros. O advogado do ex-assessor de Flávio, Paulo Klein, disse que irá juntar os documentos que comprovam as suas argumentações na investigação do MP, "campo adequado para apuração dos fatos".

"Assim que o Fabrício for liberado pelos médicos, vou me reunir com ele e bater ponto a ponto as questões e ver a documentação relacionada. Por ora o foco total e na saúde dele e na recuperação", disse o advogado ao jornal O Estado de S. Paulo.

A mulher e duas filhas de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), devem prestar depoimento nesta terça-feira (8) ao Ministério Público do Estado do Rio. As três foram lotadas nos gabinetes de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Nathalia, que é personal trainer, também já foi da assessoria de Jair Bolsonaro quando este ocupava uma cadeira na Câmara dos Deputados. Nomeada para o posto em dezembro de 2016, foi exonerada em outubro do ano passado.

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Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) registrou movimentação atípica de cerca de R$ 1,2 milhão em uma conta de Queiroz, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. Neste período, ele recebeu sistematicamente em suas contas transferências de outros funcionários que foram ou continuam no gabinete parlamentar de Flávio na Alerj.

O Coaf também descobriu um repasse de R$ 24 mil de Queiroz para a hoje primeira-dama Michele Bolsonaro. O presidente afirmou que o dinheiro era pagamento de uma dívida de Queiroz com ele. O relatório do órgão foi enviado ao MP e anexado ao inquérito da Operação Furna da Onça, um desdobramento da Lava Jato no Rio.

O Ministério Público do Rio também pediu para ouvir Flávio, mas não há nada definido. Por ser parlamentar, ele tem a prerrogativa de indicar a data em que deseja ser ouvido, o que também não fez até agora.

A assessoria do senador eleito disse nesta segunda-feira, 7, que ele não vai responder à imprensa se irá ou não prestar depoimento. Em nota enviada por seu gabinete na Assembleia Legislativa em 11 dezembro, ele havia informado que o deputado "seguia à disposição para prestar esclarecimentos às autoridades, se instado for, no citado assunto".

Queiroz foi chamado para depor duas vezes no Ministério Público do Rio, mas faltou, alegando problemas de saúde. Seu advogado, Paulo Klein, disse que irá juntar os documentos que comprovam as suas argumentações na investigação do MP, "campo adequado para apuração dos fatos". A reportagem não conseguiu contato com a mulher e as filhas do ex-assessor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O caso envolvendo o ex-assessor do deputado federal Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, tem repercutido nos últimos dias no país. Nesta semana, o monumento-símbolo da cidade de Laranjal Paulista, a 173 km de São Paulo, conhecido como ‘laranjão’, um retrato da fruta gigante, amanheceu pichado com a indagação: “Queiroz?”.  

A inscrição, segundo veículos locais, faz alusão a Fabrício Queiroz em referência as desconfianças que surgiram a partir de movimentações atípicas de 1,2 milhão na conta bancária dele, constatadas por relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

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A polícia de Laranjal está investigando quem seria o autor da pichação, mas até o momento não foi identificado. Apesar disso, na cidade, Jair Bolsonaro teve 82,76% dos votos válidos no segundo turno.

O policial militar vem sendo apontado como um possível “laranja” da família Bolsonaro. Uma vez que, de acordo com o jornal Folha de São Paulo, uma das movimentações foi o depósito de um cheque de R$ 24 mil na conta da futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro ­- no início de dezembro, Bolsonaro disse que o cheque era o pagamento de um empréstimo.

E, segundo revelou o jornal O Estado de S. Paulo, funcionários do gabinete de Flávio chegaram a depositar 99% do que receberam de um ano na conta de Queiroz em datas próximas ao pagamento na Assembleia Legislativa do Rio e Janeiro (Alerj).

O ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Fabrício Queiroz, falou em público pela primeira vez sobre as movimentações atípicas de R$ 1,2 milhão em sua conta, apontadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e que levantaram uma crise em torno do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), pai de Flávio. Ele atribui o dinheiro a seus negócios com venda de carros.

"Sou um cara de negócios. Eu faço dinheiro", disse Queiroz, em entrevista ao SBT. "Compro, revendo, compro, revendo, compro carro, revendo carro, sempre fui assim. Gosto muito de comprar carro em seguradora. Na minha época lá atrás, eu comprava um carrinho, mandava arrumar, vendia."

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A entrevista foi ao ar no SBT Brasil desta quarta-feira, 26. Queiroz passou a ser o pivô da principal problema político do presidente eleito Jair Bolsonaro quando o Estado revelou, no dia 6 de dezembro, que um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontou movimentações atípicas em suas contas.

Segundo o documento, o ex-assessor do senador eleito, Flávio Bolsonaro, movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. Uma das movimentações foi o depósito de um cheque de R$ 24 mil na conta da futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro ­- no início de dezembro, Bolsonaro disse que o cheque era o pagamento de um empréstimo.

O jornal O Estado de S. Paulo revelou ainda que funcionários do gabinete de Flávio chegaram a depositar 99% do que receberam no período na conta de Queiroz, e que a maioria das transferências foram feitas no dia ou em datas próximas ao pagamento na Alerj.

Esta é a primeira vez que o ex-assessor fala publicamente sobre o assunto. Por duas vezes, Queiroz alegou problema de saúde para não comparecer ao depoimento que seria prestado ao Ministério Público nos dias 19 e 21 deste mês. No dia 7 de dezembro, Flávio Bolsonaro disse ter conversado com Queiroz, e afirmou que ele teria lhe dado "explicações convincentes" para o episódio, mas não disse quais seriam elas. O MPRJ informou que também pedirá para que Flávio Bolsonaro preste esclarecimentos sobre o caso, no dia 10 de janeiro.

Pela segunda vez, o ex-policial militar e ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz faltou ao depoimento no Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Ele é investigado em decorrência de movimentações atípicas envolvendo R$ 1,2 milhão, segundo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf). O depoimento de hoje (21) estava marcado para o início da tarde.

A defesa de Queiroz justificou sua ausência, informando que ele precisou ser internado para um “procedimento invasivo com anestesia”, segundo o MPRJ. Os advogados se comprometeram a entregar os referidos laudos até o dia 28. O ex-assessor deve ser ouvido pelo Grupo de Atribuição Originária em Matéria Criminal (Gaocrim) do MPRJ.

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Ex-funcionário do gabinete do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), um dos filhos do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), Queiroz foi citado em relatório do Coaf, que identificou uma conta em seu nome com movimentação atípica.

O relatório foi usado pelo MPRJ na investigação da Operação Furna da Onça, um dos desdobramentos da Lava Jato no Rio de Janeiro, que levou à prisão de deputados estaduais no início de novembro.

O MPRJ também quer ouvir Flávio Bolsonaro. Segundo o MP, ele não é investigado na operação, mas foi convidado a prestar depoimento no próximo dia 10 de janeiro. Antes, no dia 8 de janeiro, parentes de Queiroz também prestarão esclarecimentos ao Ministério Público.

Primeira vez

O depoimento de Queiroz foi agendado, inicialmente, para a última quarta-feira (19), mas ele também não compareceu alegando uma “inesperada crise de saúde” e a necessidade de realização de exames médicos de urgência.

Também estão citados no relatório do Coaf assessores de outros 20 deputados estaduais do Rio de Janeiro, de 13 partidos diferentes: PSC, DEM, PSB, SD, PHS, PSDB, MDB, PSOL, PSL, PT, PDT, PRB e Avante.

De acordo com o MPRJ, alguns parlamentares citados no relatório do Coaf se colocaram à disposição voluntariamente para apresentar seus esclarecimentos. Os nomes, no entanto, não foram revelados.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), desistiu de ir à cerimônia de diplomação do filho Flávio Bolsonaro, do mesmo partido, que se elegeu senador nas eleições de outubro. Em vez de ir ao evento, que começou no fim da manhã desta terça-feira (18), Bolsonaro visitou o Hospital Central do Exército (HCE).

A presença de Jair Bolsonaro na diplomação foi confirmada por sua assessoria no início da manhã, e chegou até mesmo a ser anunciada pelo cerimonial assim que o evento começou, no auditório da Escola de Magistratura do Rio de Janeiro (Emerj), no Centro do Rio.

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Só que, naquele exato momento, o comboio que faz a escolta do presidente eleito deixava o HCE, que fica em Benfica, na zona norte, em direção ao condomínio de Bolsonaro, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade.

A imprensa não teve acesso ao hospital, e segundo um dos assessores de Bolsonaro, tratou-se apenas de "uma visita de praxe a amigos".

Ao chegar a Emerj, Flávio Bolsonaro falou rapidamente. Questionado sobre a situação de seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, que teve seu nome apontado em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), disse apenas que "quem tem que dar explicações é ele, a movimentação atípica é na conta dele".

Durante a cerimônia, Flávio Bolsonaro foi um dos mais aplaudidos ao receber o diploma. Ao receber o documento, o parlamentar apontou para o alto e para a plateia.

O desgaste do senador eleito e atual deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) não apenas respinga no futuro governo com a falta de explicações sobre a movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de um ex-assessor como já começa a virar instrumento de pressão até mesmo por potenciais aliados do Palácio do Planalto. Informados de que a oposição planeja coletar assinaturas, a fim de abrir uma CPI para tratar do assunto, integrantes do Centrão cobram esclarecimentos do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e de seu filho.

Em campanha pela reeleição, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), entrou no circuito e, aproveitando o bom trânsito que tem com os oposicionistas, pediu a colegas do PT e do PCdoB que não estiquem a corda na briga pela comissão parlamentar de inquérito. Maia está de olho no aval do PSL de Bolsonaro para ser reconduzido ao cargo. Até agora, porém, o partido do presidente eleito não dá sinais de que vá apoiá-lo.

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A cobrança de aliados na direção da família Bolsonaro tem como pano de fundo insatisfações com a falta de espaço no primeiro escalão do governo. "Se esse episódio (da movimentação de R$ 1,2 milhão) não ficar bem esclarecido durante o período de recesso, a oposição chegará em 2019 com um pedido de abertura de CPI", afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ). "Não quero nada do governo e terei independência para votar, mas acho que tudo precisa ser bem explicado o quanto antes."

Discípulo do pastor Silas Malafaia e da frente evangélica, Sóstenes chegou a criticar, no início deste mês, a escolha de Damares Alves para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. "Se antes parecia uma ingratidão, agora fica claro que há uma intenção de afrontar o Magno Malta", reagiu ele na ocasião, ao defender o senador do PR que não foi reeleito e até agora ficou fora da divisão da Esplanada.

Interlocutores de Maia afirmam, nos bastidores, que a CPI só sairá do papel se houver um ambiente de crise instalado após a eleição na Câmara e no Senado, em 1.º de fevereiro. Citam que, se o Planalto interferir na disputa e perder, sofrerá retaliações. Além disso, se a lua de mel com o novo governo terminar antes do previsto, a CPI será sempre uma carta na manga.

Segundo escalão

Embora Bolsonaro assegure que não vai vestir o figurino do toma lá, dá cá, articuladores políticos da equipe já começam a dar mais atenção a pedidos para cargos no segundo escalão. O PR e o PSD, por exemplo, anunciaram apoio formal ao presidente eleito com a expectativa da ocupação de postos importantes. Até agora, no entanto, nada foi definido.

"Há um certo movimento de descontentamento e é preciso resolver isso urgente", admitiu o deputado Capitão Augusto (PR-SP), aliado de Bolsonaro e pré-candidato à presidência da Câmara. "Acredito que o tendão de Aquiles do futuro governo vai ser o relacionamento com o Congresso. Vejo isso com muita preocupação porque, no passado, quem tentou se distanciar não deu certo", completou ele, ao lembrar do impeachment dos ex-presidentes Dilma Rousseff e Fernando Collor.

Coordenador da Frente de Segurança Pública, que abriga parlamentares da chamada bancada da bala, Capitão Augusto afirmou que o Planalto terá de contar com uma base forte no Congresso, se não quiser enfrentar problemas. Nos próximos dias, ele pedirá uma audiência com Bolsonaro e com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), para solicitar que o Ministério da Segurança Pública não seja incorporado à pasta da Justiça, como foi anunciado no mês passado.

"O presidente já voltou atrás em muitas coisas e pode rever isso também", argumentou Capitão Augusto, para quem o ex-juiz Sérgio Moro, futuro titular da Justiça e da Segurança, ficará "sobrecarregado" com tantas funções. "Da minha parte, a reivindicação não tem nada a ver com cargos. A criação desse ministério foi uma luta de décadas e, se ele for para a Justiça, acabará ficando em segundo plano."

O deputado disse já ter ouvido, nos corredores do Congresso, comentários de que parlamentares tentarão levar Flávio Bolsonaro ao Conselho de Ética. "Não há dúvidas de que a oposição vai fazer de tudo para desestabilizar o governo, apostando no 'quanto pior, melhor'", previu o líder da frente.

Para o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), enquanto os fatos não forem esclarecidos, haverá pressão sobre o governo. "Até agora, o Queiroz não deu uma única explicação e, estranhamente, o Moro, que vai chefiar o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e a Polícia Federal, não demonstrou interesse em investigar", afirmou Zarattini, referindo-se a Fabrício de Queiroz, ex-assessor de Flávio.

'Alerta'

O Estado revelou que um relatório do Coaf identificou volume atípico de recursos movimentados na conta de Queiroz, que é policial militar e trabalhou para Flávio durante mais de uma década no gabinete dele, na Assembleia Legislativa do Rio. Na lista das transações financeiras foi descoberto um repasse de R$ 24 mil para a futura primeira-dama Michelle Bolsonaro.

"O episódio do Coaf é um alerta para os riscos do manejo político de informações financeiras pessoais. Espero que a transferência desse órgão do Ministério da Fazenda para o Ministério da Justiça não seja para ampliar o uso político", provocou o deputado Orlando Silva (SP), líder do PC do B na Câmara.

Bolsonaro comentou, nos últimos dias, que o filho anda "abatido". Nas redes sociais, Flávio disse que está "angustiado" e procurando saber o que aconteceu. "Não fiz nada de errado, sou o maior interessado em que tudo se esclareça para ontem, mas não posso me pronunciar sobre algo que não sei o que é, envolvendo meu ex-assessor", escreveu ele, na quinta-feira, 13.

O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, reconheceu nessa quinta-feira (13), que "causa incômodo" a demora de Fabrício Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), em dar explicação sobre a sua movimentação financeira, considerada atípica pelo Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf).

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Mourão, porém, foi enfático na defesa do ex-companheiro de chapa e disse que tem "plena confiança" no presidente eleito Jair Bolsonaro e em seu filho.

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Militares da equipe de transição e das Forças Armadas também têm expressado nos bastidores incômodo com a situação. Oficiais-generais ouvidos pelo Estado avaliam que Queiroz já deveria ter aparecido e explicado o R$ 1,2 milhão movimentado em sua conta no período de 12 meses. Mesmo afirmando que o caso não está diretamente ligado ao presidente eleito, esses militares acreditam que a demora numa resposta pode acabar "respingando" no futuro governo.

O Coaf classificou a movimentação de R$1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017 como incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional de Queiroz, que é policial militar.

O ex-assessor parlamentar depositou no período R$ 24 mil na conta da futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro - o presidente eleito afirmou que esses recursos são parte do pagamento de uma dívida antiga de Queiroz com ele.

O relatório do Coaf, revelado pelo jornal na semana passada, foi anexado às investigações da Operação Furna da Onça, que levou à prisão 10 deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

"Óbvio que toda vez que você tem de dar explicação, isso incomoda, é desagradável. Mas volto a dizer. Tenho plena confiança no presidente e no Flávio. Confio nos dois", afirmou Mourão. "Agora é esse Queiroz. A coisa toda está centrada nele."

Na quarta-feira, 12, o presidente eleito disse pelas redes sociais que, se tiver "algo errado" no caso que envolve movimentações financeiras do ex-assessor de seu filho, "que paguemos a conta". Bolsonaro, no entanto, disse que nem ele nem Flávio são investigados no caso.

Prática

Para oficiais ouvidos pela reportagem, essa situação se estenderá, no mínimo, até o início da próxima semana, quando Queiroz deve prestar depoimento ao Ministério Público no Rio de Janeiro. Em suas redes sociais e em explicações para aliados, Flávio tem se defendido dizendo que não fez nada de errado e que quer que tudo seja esclarecido para que não paire nenhuma dúvida sobre sua idoneidade. Os militares observam que a prática de reter parte dos salários dos servidores do gabinete já foi denunciada em outras ocasiões no País.

"Sou o maior interessado em que tudo se esclareça para ontem, mas não posso me pronunciar sobre algo que não sei o que é", escreveu Flávio nesta quinta-feira em uma rede social.

Os militares que acompanham o caso dizem que o que está em jogo não é o valor, mas o princípio da campanha de Bolsonaro. Citam que a maior bandeira durante o processo eleitoral foi o fim da prática da corrupção.

Veja, abaixo, a entrevista concedida pelo general:

A questão não deixa o presidente em uma situação delicada?

O Bolsonaro foi claro na 'live' que fez ontem (quarta-feira, 12). Não tem mais o que tocar nisso aí. O que ele disse? Que se investigue e que se apure. Então, para mim, morreu o assunto.

Ninguém sabe direito a história de outras transferências. As explicações foram suficientes?

Aí, compete a vocês, da imprensa, furungarem esse assunto. Eu não tenho instrumentos para dizer qualquer coisa. Desconheço a profundidade do caso e estou de acordo com as palavras do presidente.

Mas isso não respinga na imagem dele, no governo?

Não. O presidente já falou o que tinha de falar. Agora, é esse (Fabrício) Queiroz. A coisa toda está centrada nele.

Mas Queiroz não apareceu até agora para dar explicações...

Não tenho conhecimento do assunto. Tenho de ir pela palavra do presidente e eu confio na palavra dele.

A situação causa incômodo?

Incômodo causa, né... É óbvio, porque toda vez que você tem de dar explicação, isso incomoda, é desagradável.

O senhor acha que o presidente demorou a dar explicação?

A explicação inicial ele deu, dizendo que o dinheiro depositado na conta da esposa dele era de pagamento do empréstimo. Mas continuou a pressão. Ele esperou um tempo e aí resolveu vir a público, fez a 'live' e deixou claro a posição dele.

Esse episódio todo não atrapalha o início do governo?

Fora alguns comentários de imprensa, não estou vendo as redes sociais fazendo rebuliço com isso. Não acho que haja pressão enorme. Acho que existe este questionamento. Há questionamento e alguma resposta terá de surgir para isso. Mas não da parte do Bolsonaro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O candidato derrotado à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, tratou com ironia o fato de um ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) ainda não ter se pronunciado sobre "movimentações atípicas" de R$ 1,2 milhão em sua conta corrente detectadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), uma semana após o jornal O Estado de S.Paulo revelar o caso. Fabrício Queiroz só deverá dar explicações sobre o caso na semana que vem, quando deverá prestar depoimento ao Ministério Público do Rio.

Em seu perfil no Instagram, Haddad foi questionado por um homem que se apresenta como tiago_caetano86 como faria para pagar a indenização de R$ 79,2 mil ao bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, por tê-lo chamado de "charlatão" durante a campanha - a decisão contra o petista foi proferida na quarta-feira (12) pelo juiz Marco Antonio Botto Muscari, da 6° Vara Cível da capital paulista. O homem ainda questionou se Haddad pediria "doações aos pobres" para quitar a dívida, já que "não trabalha".

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Haddad respondeu: "Estou pensando em pedir emprestado pro Queiroz, mas ele tá sumido...". Em entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada na quarta-feira (12) o petista sugeriu que Flávio Bolsonaro usou o "gabinete para fazer vaquinha para si mesmo", o que considera "um expediente muito comum no baixo clero".

Diante da sucessão de denúncias envolvendo movimentações financeiras suspeitas feitas por seu ex-assessor Fabrício Queiroz, o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (RJ) fez uma postagem no Facebook, na qual procura se desvencilhar do caso e critica a imprensa.

"Mantendo a coerência de sempre, não existe passar a mão na cabeça de quem errou. NÃO FIZ NADA DE ERRADO, sou o maior interessado em que tudo se esclareça para ontem, mas não posso me pronunciar sobre algo que não sei o que é, envolvendo meu ex-assessor", afirmou o filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro. "A mídia está fazendo uma força descomunal para desconstruir minha reputação e tentar atingir Jair Bolsonaro", emendou.

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O caso envolvendo o ex-assessor de Bolsonaro foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo, com base em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que analisou movimentações suspeitas relacionadas a deputados estaduais no Rio.

"Basta ver como abordam a movimentação na conta de meu ex-assessor, como se ele tivesse recebido R$ 1,2 milhões, quando na verdade foram R$ 600 mil que entraram mais R$ 600 mil que saíram de sua conta. Ainda assim um valor alto e que deve ser esclarecido por ele, que tomou a decisão de não falar com a imprensa e somente falar ao Ministério Público. Isso é ruim pra mim, mas não tenho como obrigá-lo."

Ainda segundo Flávio Bolsonaro, "há suspeitas nas movimentações financeiras de assessores de vários partidos, incluindo o PSOL". "Mas a mídia só ataca a mim", prosseguiu.

"Fico angustiado, querendo que tudo se esclareça logo e não paire mais nenhuma dúvida sobre minha idoneidade, pois garanto a todos que não dei e nunca darei motivos para isso. Não vou decepcionar ninguém, confiem em mim. Se Deus quiser, tudo será esclarecido em breve", concluiu.

Ao pé da postagem, Flávio Bolsonaro reproduziu uma chamada das declarações dadas por seu pai sobre o caso. Na ocasião, Bolsonaro afirmou que, "se algo estiver errado, que paguemos a conta".

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