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Segundo colocado na disputa presidencial do ano passado, Fernando Haddad (PT) disse em entrevista à jornalista Miriam Leitão, da Globonews, que não vai ser candidato a prefeito de São Paulo no ano que vem. Ele ocupou o cargo de 2013 a 2016.

Haddad disse que a missão dele é, conjuntamente com o PT, de preparar as bases para a eleição de 2020. "O PT está passando um ano de se repensar. Vai ter um Congresso Nacional, vai se reposicionar, fazer balanço dos governos, acertos e erros, futuro", afirmou.

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Ao citar as conversas sobre o futuro, Haddad diz que tem como projeto a reunião de um "centro progressista".

Desta espécie de aliança informal, fazem parte o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) e o ex-candidato a presidente Guilherme Boulos (PSOL).

O petista falou ainda em contatos com a Rede e com setores do PSDB, que, segundo ele, estão insatisfeitos com a "guinada à direita" da sigla.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou na noite de quarta-feira, 29, que não vê conflito entre os Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo e disse que as tensões do atual momento do Brasil decorrem do discurso anti-establishment que elegeu o presidente Jair Bolsonaro.

"Temos uma situação em que o presidente da República foi eleito com 58 milhões de votos com um discurso anti-establishment, contra o sistema, contra 'tudo isso que está aí'. No entanto, para fazer as mudanças que o Brasil precisa, é preciso negociar com esse sistema porque o sistema não mudou", avaliou o ministro em entrevista à TV GloboNews. Em outro trecho da conversa, Barroso afirmou que o discurso que elegeu o presidente "não permite que você governe".

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Questionado sobre as disputas entre os Poderes, afirmou que não vê conflitos. "Não vejo. Nós temos turbulências políticas. As instituições foram capazes de absorver todas as crises. Acho que estamos vivendo um momento institucionalmente complexo". Na entrevista, o ministro ressaltou sua preocupação com a defesa e o aprimoramento das instituições. "Estamos vivendo turbulências e tensões perfeitamente normais numa democracia".

'Pacto entre Poderes'

Após manifestações de rua que defenderam o governo e criticaram o Congresso e o Judiciário, o presidente Jair Bolsonaro e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, do Senado, Davi Alcolumbre, e do STF, Dias Toffoli, esboçaram, na terça-feira, 28, as linhas gerais de um "Pacto pelo Brasil".

O plano de Bolsonaro é lançar o acordo de cavalheiros no próximo dia 10, em uma cerimônia em grande estilo, no Palácio do Planalto, para mostrar que um freio de arrumação, patrocinado pelo Executivo, virou a página da crise. Trata-se, na prática, de um pacto de governabilidade, que classifica as demandas da população como "o grande farol" da democracia.

Bolsonaro disse não querer conflito na relação entre os Poderes. Fora do Planalto, Dias Toffoli é o maior entusiasta da proposta. Maia disse que vai consultar deputados antes de assinar o documento. Na Câmara, líderes demonstraram ceticismo.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, voltou a defender uma solução pacífica para a crise na Venezuela, afirmando que é preciso arranjar uma "porta de saída" para o presidente do país, Nicolás Maduro. "Não queremos guerra no nosso continente, temos que buscar preservar essa paz", disse Mourão, em entrevista à GloboNews na noite desta quarta-feira, 28.

Mourão afirmou ainda que a guerra civil é um "cenário possível" pela situação que o país vive hoje, mas avaliou que é menos provável que os conflitos respinguem para o Brasil, já que a fronteira entre o País e a Venezuela é menos povoada.

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O vice-presidente defendeu ainda a necessidade de se convocar eleições na Venezuela após a saída de Maduro e avaliou que a OEA terá papel importante nessa missão. "Se militares assumirem e não convocarem eleições, vamos trocar seis por meia dúzia", disse.

Sobre as últimas ações do governo federal em relação à Venezuela, como o envio de ajuda humanitária ao país vizinho, Mourão disse acreditar que não configuram uma mudança da diplomacia brasileira. "O Itamaraty continua a agir como sempre agiu", afirmou, pontuando que a situação se impôs e o Brasil precisou lidar com os refugiados que atravessaram a fronteira.

O ex-governador de Pernambuco e candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, disse que "o Brasil não vai melhorar se a gente não tiver um novo pacto político". No terceiro programa especial GloboNews Eleições, com os principais candidatos à Presidência da República, Campos afirmou, na sexta-feira (1°) à noite que mudou de ideia e não apoiou a reeleição da presidente Dilma Rousseff a partir do momento em que percebeu que o governo Dilma deixava a velha política tomar o centro do governo e o País não entrava em rota de governança que levasse ao crescimento, que era um compromisso com a Nação. "Desde início de 2013, quando a presidente decidiu apoiar a candidatura de Renan Calheiros para o Senado e de Henrique Eduardo Alves para a Câmara, ela tinha tomado uma decisão por uma aliança no centro da governabilidade com esse PMDB e, a partir dali, só foi distanciamento", afirmou.

Para o presidenciável, os problemas na política econômica se aprofundaram no governo da presidente Dilma, que representava a perspectiva de correção de alguns rumos do governo do presidente Lula. "O rumo da própria aliança política", comentou. A partir de 2005, do chamado do Mensalão, o PMDB foi ganhando espaço no governo Lula, como ganhou no governo de Fernando Henrique, a partir da luta pela reeleição, pela emenda da reeleição, descreveu. "A gente imaginava que a presidente Dilma iria afastar essa velha política e abrir espaço para todo um conjunto que historicamente ajudou a construção desse projeto, não é que acontece exatamente o contrário. O País para, a gente vê um governo que prometeu o desenvolvimento e o País parou de crescer. Nós vimos o governo prometer que a taxa de juros ia baixar, e vimos o juro real mais elevado, e vimos um governo que não conseguiu colocar o país num ciclo de avanço", explicou.

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O candidato do PSB à Presidência disse que o rompimento com o governo Dilma ocorreu porque o campo político de onde ele e Marina vêm tem clareza de que o Brasil não vai melhor se não houver um novo pacto político. Segundo ele, o presidencialismo de coalização que foi uma verdade no segundo governo de Fernando Henrique, que deixou o Brasil com 12% de inflação, esse presidencialismo não vai responder a pauta que a sociedade brasileira coloca, que a carga tributária está elevada e os serviços públicos não estão funcionando. "Se isso é verdade, aqui no meio está o Estado, dividido em pedaços, pelas forças mais atrasadas, que se apropriam de fatias do Estado e que não conseguem responder a essa pauta. Como resolver isso? Ou você tem a coragem de mudar a sustentação política ou não vai ter mudança." Hoje, essa força que a sociedade tem, não se representa nos dois projetos, seja da Dilma, seja da oposição clássica que representa o PSDB, afirmou.

Sobre atrasos nas obras públicas, Campos disse que tem muito a ver com a centralização das decisões de recursos, de orçamento. O presidenciável disse que pretende reduzir a desigualdade com foco em educação de qualidade e o governo federal deve dar exemplo financiando melhor a educação no País. Hoje, temos 5,5% do PIB em educação, mas só 1% dos recursos vêm da União. Nós precisamos que o governo federal financie melhor, estimule, qualifique e remunere melhor o professorado, defendeu.

"Temos de fazer programa de governo para o País, interpretando as demandas da sociedade, já houve governo que priorizou a estabilidade e arrumou recursos para sanear o sistema financeiro; teve governo que priorizou outras políticas, como recentemente organizar dívida de empresas de energia. Hoje, estamos desafiados a pensar em educação e salvar a juventude brasileira. Temos que reencantar a escola brasileira", afirmou.

Sobre o movimento Passe Livre, Campos disse que vai fazer o Passe Livre com municípios, Estados e União para estudantes de escolas públicas e dos programas sociais. Segundo ele, o custo do programa é de R$ 12 bilhões.

Em relação à promessa de reforma tributária, Campos disse que vai conseguir fazer com propostas claras, que tenham o apoio da sociedade. "Há como fazer a reforma, fazer uma regra de transição, dar segurança de que ninguém vai perder receita corrente. Para fazê-la é preciso capacidade de articular, mas capacidade e a compreensão. Fernando Henrique e Lula não fizeram porque tentaram fazer para o ano seguinte, se a gente fizer com ideia de médio prazo é possível melhorar a vida do povo brasileiro."

Campos disse que a inflação é uma pauta vencida, voltou para a ordem do dia no Brasil, e não se resolve inflação só com taxa de juros, mas precisa da coordenação política e do compromisso com a governança macroeconômica com o centro da meta. "Agora o teto (da meta) virou o centro e seja o que Deus quiser", afirmou. Segundo ele, "a crise no Brasil, mais do que de fundamento, é uma crise de confiança na governança."

O ex-governador de Pernambuco disse que sua candidatura é possível porque vai de encontro do que há de melhor na sociedade, da indignação do povo, da vontade de fazer diferente. Em relação às obras da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, Compos disse que foi arrolado como testemunha de defesa do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, porque governava o Estado que tem um porto e, neste porto, está sendo construída uma refinaria. O Estado tem convênio com a Petrobras em quatro obras e prestou contas desses recursos. O próprio juiz de direto, segundo ele, disse que não sabe por que Campos foi arrolado como testemunha nesse processo.

O presidenciável disse que tem 48 anos e sempre foi minoria na política estadual, sempre respeitou a democracia e a convicção democrática nele é maior do que qualquer sentimento. Ele afirmou que respeita a liberdade de expressão e sempre foi crítico. "Isso é algo que pratico no meu dia a dia, na vida. Tenho capacidade de fazer entendimento e construir consenso porque tenho paciência. Isso me fez ser eleito consensualmente no PSB três vezes presidente do partido e, agora, candidato à Presidência da República", descreveu.

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