Os guerreiros Z chegaram hoje (24) ao console Nintendo Switch, por meio do RPG “Dragon Ball Z: Kakarot + A New Power Awakens Set!”, que coloca o jogador no controle de Goku e sua turma, para viver as clássicas aventuras criadas pelo autor Akira Toriyama, responsáveis por marcar gerações dos anos 1980, 1990 e 2000.
“Dragon Ball” marca presença nos videogames desde 1986, além de ser uma das séries que mais recebeu adaptações em jogos. Por conta da diversidade de títulos, não há muitas novidades a serem exploradas no enredo, por outro lado, a maneira como ele é narrado e mesclado no gameplay, é o que individualiza “Kakarot” dos demais games.
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A história do game aborda toda a fase “Z” do anime, que é dividida em quatro sagas: Saiyajins, Freeza, Cell e Majin Boo. Além disso, a versão do Nintendo Switch também acompanha os dois primeiros arcos de “Super”, que mostram as batalhas contra o Deus da Destruição Bills e o Freeza Dourado. Uma terceira DLC pode ser adquirida à parte, que narra as aventuras do Mirai Trunks.
Além de batalhar contra os poderosos inimigos, o jogador precisará realizar uma série de tarefas que são corriqueiras em jogos de RPG, como pescar, procurar por recursos, se socializar com outros personagens, explorar as diversas regiões presentes no game e, por se tratar de “Dragon Ball”, reunir as sete esferas do dragão, que podem conceder quaisquer desejos.
Durante a exploração, é possível acessar sessões de treinamentos para desenvolver as habilidades dos personagens, que uma vez aprendidas, podem ser evoluídas na árvore de técnicas. Também é possível gerenciar o menu de comunidades, onde devemos distribuir estampas dos personagens em tabuleiros e realizar combinações que podem proporcionar vantagens em batalhas.
Os que jogaram “Dragon Ball Xenoverse 1 & 2” se sentirão familiarizados com os controles de combate, em que o botão A do Nintendo Switch realiza golpes físicos, o X carrega o Ki (vitalidade) ao ser pressionado, o Y lança rajadas de energias, o B impulsiona o personagem para frente e ZL é utilizado para bloqueios. Ao pressionar L e qualquer outro botão, é possível utilizar as técnicas especiais dos personagens, como kamehameha e kaioken.
Novidade na narrativa
Um dos pontos mais altos de “Dragon Ball Z: Kakarot” são as missões secundárias, responsáveis por dar um ar de inédito aos veteranos da franquia, que tem decorada toda a história de Goku. Além disso, muitas dessas histórias paralelas resgatam personagens da fase clássica do anime, como o Androide 8, Nam, Lunch, Pilaf, Bora e Tao Pai Pai. Essas participações são pequenos mimos da desenvolvedora, que agradará os fãs de longa data.
É importante destacar que as missões secundárias vão muito além de um tapa- buraco, já que a grande maioria delas visa dar profundidades a eventos canônicos do anime e explicar alguns possíveis furos de roteiros, que sempre foram apontados pelos fãs. Um grande exemplo é o fato de existirem diversos personagens antropomórficos (animais com características humanas) no início da franquia, mas que desapareceram com o desenrolar dos episódios, sem nenhum motivo aparente. Esse mistério foi explicado em uma das histórias paralelas do jogo.
O game também aproveita as missões secundárias para transportar alguns memes de internet ao universo de “Dragon Ball”, como por exemplo, a fraqueza do personagem Yamcha, que é aloprado em diversas ocasiões do jogo. Mas, embora sejam um dos destaques, as histórias paralelas não possuem dublagem em nenhum idioma, apenas legendas. Todas as vozes são restritas à história central.
Já nas missões principais, fica perceptível o cuidado da desenvolvedora em recriar as cenas mais icônicas da série, tanto em suas animações como nas vozes. A fidelidade se mostra presente em cenas como na primeira disputa de Kamehameha e Galick Ho, a primeira transformação em Super Saiyajin ou o momento em que Vegeta se explode para tentar matar o Majin Boo.
Mesmo com os seus caprichos, a história é apresentada de maneira resumida e sacrifica algumas cenas que se tornaram icônicas para os fãs, entre elas, uma que virou meme na internet e é lembrada até hoje: o momento em que Vegeta fala que o poder de Goku “é de mais de 8 mil”, e quebra o seu scouter (aparelho utilizado para medir a força do adversário).
Outro deslize de “Dragon Ball Z: Kakarot” é a ausência de uma localização brasileira nas vozes dos personagens, uma vez que a dublagem do anime é considerada por muitos fãs, como uma das mais respeitadas do país, no quesito animação. Já as legendas, estão disponíveis em diferentes idiomas, entre eles, o português brasileiro.
“Dragon Ball Z: Kakarot + A New Power Awakens Set!” é um título voltado para os fãs da obra de Akira Toriyama, mas também pode ser uma boa opção para os jogadores que desejam conhecer a história e não estão dispostos a encarar 291 episódios, de 20 minutos cada.
Os que não se sentem atraídos pelas aventuras de Goku e sua turma, não encontram grandes novidades no game, uma vez que sua estrutura é bem simples quando comparado a outros RPGs e, mesmo no nível mais alto de dificuldade, o jogo não apresenta um desafio muito elevado.
Essa versão do título encontra-se disponível na Nintendo Eshop por R$249,90 no pacote básico; R$389,90 na edição deluxe e R$449,49 na versão ultimate.