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Uma nova pandemia e, mais uma vez, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) reafirma seu potencial técnico. Em 2009, quando o mundo era assombrado pelo avanço de influenza A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína, a unidade produziu Oseltamivir em caráter emergencial para suprir o Sistema Único de Saúde (SUS). Neste ano, diante de impactos mais devastadores, a instituição atende uma grande demanda pelo antiviral para ajudar no tratamento de pacientes com quadros respiratórios que apresentem risco de complicação. Além disso, desenvolve uma nova concentração do medicamento, a fim de garantir o abastecimento da rede pública de saúde e maior abrangência do tratamento.

Ao longo desses anos, Farmanguinhos/Fiocruz tem fabricado o medicamento nas dosagens 75mg e 45mg para serem disponibilizadas nas campanhas de influenza A do Ministério da Saúde. Para se ter uma ideia do volume de produção anual e do papel essencial da unidade nesse canário, até junho desse ano foram fabricadas mais de 6 milhões de unidades farmacêuticas. A previsão é que até dezembro sejam entregues mais de 16,6 milhões de cápsulas do produto.

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Nova concentração

Com o objetivo de estender o alcance da terapia, isto é, cobrir uma faixa mais ampla de pesos corporais e, com isso assistir, especialmente, a posologia destinada ao público pediátrico, o Instituto desenvolveu a concentração de 30 mg do Oseltamivir. Essa dosagem permite que o medicamento seja administrado em pacientes com peso abaixo de 15 kg e também naqueles que pesam entre 13 e 40 kg, sendo para esse público necessário ingerir duas cápsulas do fármaco.

Essa conquista é fruto de um projeto de desenvolvimento tecnológico da própria Unidade. “Após um longo período de avaliação pela Anvisa, obtivemos a aprovação do registro em junho deste ano. No decorrer deste tempo de tramitação regulatória foram respondidas todas as exigências solicitadas pelo órgão regulamentador com agilidade e competência técnica, reforçando a qualidade e robustez de todo o desenvolvimento realizado”, enfatiza a chefe da Divisão de Gestão de Desenvolvimento Tecnológico, Juliana Johansson.

Tal êxito permite não somente que Farmanguinhos/Fiocruz esteja apto a produzir todas as concentrações disponíveis dessa categoria de antiviral, mas, principalmente, atender as demandas emergenciais do SUS. Neste sentido, já está sendo produzida a primeira solicitação do Ministério da Saúde para a dosagem de 30mg. Até o final do ano, serão entregues 2,5 milhões de unidades à Pasta.

Aumento da produção

Além de prescrito para prevenção e tratamento de gripe em adultos e crianças, o uso do Oseltamivir passou a ser adotado em pessoas suspeitas ou diagnosticadas com o novo coronavírus, conforme protocolo do Ministério da Saúde, publicado em abril deste ano. A prescrição, que justifica o aumento substancial da demanda, é indicada para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ou com Síndrome Gripal em condições de risco para complicações.

Novo Insumo Farmacêutico Ativo (IFA)

Outro feito importante oriundo do Oseltamivir está relacionado à aprovação da inclusão de um segundo fabricante de IFA para as concentrações de 45 mg e de 75 mg. Tal resultado advém de um intenso trabalho multidisciplinar que permite que Farmanguinhos/Fiocruz quebre a dependência de um único fabricante do princípio ativo. Desta forma, a unidade consegue não apenas reduzir significativamente o custo do produto, como também assegurar o adequado atendimento às demandas do Ministério da Saúde, mitigando os riscos que acarretem atraso na produção e eventual desabastecimento do Sistema Único de Saúde. Esta mesma ação está sendo planejada para a concentração de 30 mg.

Com toda essa atuação, Farmanguinhos/Fiocruz reafirma o seu compromisso com a saúde pública e com a população brasileira. Além de atender prontamente a uma solicitação urgente do Ministério da Saúde, segue usando todo o seu potencial técnico e científico para desenvolver e fornecer medicamentos ao SUS.

Da assessoria da Fiocruz

Pesquisadores chineses identificaram um novo tipo de vírus da gripe suína, capaz de gerar uma pandemia, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira na revista científica americana "PNAS".

Chamado de G4, o vírus é derivado da cepa H1N1, que causou a pandemia de 2009. "Ele possui todas as características essenciais de ser altamente adaptável para infectar seres humanos", assinalam os autores do estudo, cientistas de universidades chinesas e do Centro para o Controle e Prevenção de Doenças chinês.

De 2011 a 2018, pesquisadores colheram 30 mil amostras de secreções nasais de porcos em abatedouros de 10 províncias chinesas e em um hospital veterinário, o que lhes permitiu isolar 179 vírus da gripe suína. A maioria era de um novo tipo, dominante entre os porcos desde 2016.

Os pesquisadores realizaram vários testes, inclusive em furões, animais muito usados em estudos sobre a gripe por apresentarem sintomas semelhantes aos do homem, principalmente febre, tosse e espirros. O G4 se mostrou altamente infeccioso, replicando-se em células humanas e causando mais sintomas sérios nos furões do que outros vírus. Os testes também mostraram que qualquer imunidade adquirida com a exposição à gripe sazonal não oferece proteção contra o G4.

De acordo com exames de sangue que mostraram anticorpos criados pela exposição ao vírus, 10,4% dos trabalhadores da indústria de carne suína já foram infectados. Um total de 4,4% da população em geral também parece já ter sido exposta ao vírus.

O vírus já passou dos animais para o homem, mas não há evidências de transmissão entre seres humanos, maior preocupação dos cientistas. "É preocupante que a infecção humana pelo vírus G4 promova a adaptação humana e aumente o risco de pandemia", assinalam os pesquisadores, que pedem medidas urgentes para monitorar as pessoas que trabalham diretamente com porcos.

"O trabalho vem como um lembrete salutar de que corremos um risco constante de surgimento de novos patógenos de origem animal, e de que animais de criação, com os quais o homem tem maior contato, podem atuar como fontes de vírus importantes geradores de pandemias", adverte James Wood, chefe do departamento de medicina veterinária da Universidade de Cambridge.

A gripe suína matou quatro pessoas no Líbano neste inverno desde novembro, disse nesta quarta-feira o ministério da Saúde libanês.

Houve "quatro casos confirmados de morte devido ao H1N1 neste inverno", declarou à AFP o diretor-geral do ministério, Walid Ammar.

"Os casos que necessitaram de cuidados de emergência registrados neste inverno aumentaram até 20% com relação ao inverno passado", principalmente por causa de um sistema de referência mais eficiente entre os hospitais e o ministério da Saúde, explicou.

O ministro da Saúde, Wael Abou Faour, disse que as quatro pessoas que morreram foram uma criança de três anos de idade, uma mulher de 31 anos, uma mulher de 36 anos grávida e um homem de 58 anos de idade.

No entanto, ele ressaltou que este número de óbitos é comparável ao do inverno passado, quando o H1N1 matou cinco pessoas.

"A solução seria evitar a troca de beijos, deixando para as situações em que seja extremamente necessário", disse o ministro a jornalistas, em tom de brincadeira.

Em junho de 2009, após casos relatados nos Estados Unidos e no México, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou um alerta de pandemia. A Influenza A (H1N1) matou 18.500 pessoas em 214 países até agosto de 2010, quando a OMS suspendeu o alerta.

O número de vítimas de uma epidemia de gripe suína desencadeada no Irã em meados de novembro dobrou nas últimas duas semanas, passando de 57 a 112 mortos, anunciou nesta segunda-feira (4) um funcionário do ministério da Saúde iraniano, citado pela agência estatal de notícias IRNA.

Desde meados de novembro, "1.190 pessoas contraíram o vírus H1N1 e foram hospitalizadas" e "o número de mortos é de 112", declarou Mohammad Mehdi Guya, do ministério da Saúde.

O último balanço divulgado em 15 de dezembro evocava 57 mortos. A epidemia está "sob controle" e "a primeira onda, a mais grave" diminuirá, disse Mohammad Mehdi Guya.

A maioria das mortes ocorreu no sudeste do Irã, perto da fronteira com o Paquistão, de onde o vírus partiu, informaram as autoridades iranianas. Em junho de 2009, após o aparecimento de dois casos nos Estados Unidos e no México, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta de pandemia.

Desde então, até agosto de 2010, quando a OMS elevou o alerta, 18.500 pessoas morreram no mundo vítimas da influenza A (H1N1).

Um surto de gripe suína desatado há três semanas deixou 33 mortos em duas províncias do sudeste do Irã, informou a agência estatal Irna.

O vice-ministro da Saúde, Ali Akbar Sayyari, destacou que foram reportadas 28 mortes em Kerman e cinco vítimas em Sistão-Baluchistão, advertindo que o vírus H1N1 poderia chegar a outras zonas do país, incluindo a capital, Teerã. "O ministro da Saúde projeta que o vírus deverá se expandir nos próximos dias até Teerã, a províncias de Azerbaijão no leste e oeste e à cidade de Kermanshah", destacou.

Cerca de 600 pessoas foram hospitalizadas na província de Kerman desde o início do surto, informou à Irna o diretor do Hospital Universitário da província, Ali Akbar Haghdoost. "Há três semanas foram encontradas mostras do vírus H1N1 e somos a primeira província a declarar a epidemia", afirmou Haghdoost.

O especialista pediu que evitassem viajar durante o fim de semana prolongado que começará quinta-feira, com o objetivo de conter a transmissão do vírus. Em junho de 2009, a Organização Mundial da Saúde declarou uma epidemia do vírus H1N1, depois que um surto que começou no México e Estados Unidos se expandiu a outras regiões.

O alerta foi levantado em agosto de 2010 e deixou 18.500 mortos em 214 países.

A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) divulgou, nesta terça-feira (8), que um bebê indígena da etnia Xikrin, de um ano e três meses, morreu no último domingo (6), vítima do vírus H1N1. Segundo o órgão, a criança morava na aldeia Djudjêko e não era vacinada contra a doença, mais conhecida em todo o Brasil como gripe suína.

A Sespa informou que a doença foi constatada pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), após exame do material biológico da criança, quando foi constatado como positivo a existência do vírus H1N1. O bebê estava internado desde o último dia 31 de março no Hospital Regional Público do Sudeste, em Marabá, a aproximadamente 685 km de Belém.

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O órgão confirmou ainda que outro bebê da etnia Xikrin, de dez meses, está internado no Hospital Yutaka Takeda, em Parauepebas, também com diagnóstico positivo para H1N1. Segundo a Secretaria, o estado de saúde da paciente é estável. A Pasta afirma que a criança também não possui histórico de vacina contra a gripe suína.

A Sespa informou ainda que o Departamento de Epidemiologia do órgão vai solicitar ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, a antecipação da campanha de vacinação contra o vírus H1N1, que começaria somente no próximo dia 22 de abril, para as aldeias indígenas do Estado do Pará.

Um surto de gripe suína provocou a morte de pelo menos 24 pessoas no Egito ao longo dos últimos dois meses. A informação foi divulgada hoje pelo Ministério da Saúde do país.

Desde 1º de dezembro do ano passado, 195 pessoas foram diagnosticadas com a doença. A maior parte dos casos foi registrada no Delta do Nilo e no Cairo.

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Dos 195 pacientes diagnosticados, 24 morreram, disse Amr Qandeel, diretor de medicina preventiva do Ministério da Saúde do Egito.

Em 2009, uma pandemia de gripe suína levou autoridades egípcias a sacrificarem cerca de 300 mil porcos. O país teve mais de 15 mil casos confirmados, com 273 óbitos. Fonte: Associated Press.

A vacinação contra a gripe no Estado de São Paulo termina nesta sexta-feira, 17. A capital paulista, no entanto, vai prolongar o período de imunização por mais duas semanas. Na cidade, 28 pessoas morreram até hoje, em decorrência da gripe A (H1N1), também conhecida como gripe suína, desde o começo deste ano. O número representa 60,8% dos 46 óbitos registrados em todo o Estado até terça-feira, 14. Além das mortes, a capital apresenta 252 casos confirmados de gripe A de 1º de janeiro até esta sexta-feira. Em todo o ano passado, foram registradas apenas 48 notificações do vírus influenza A (H1N1), com nove óbitos.

O balanço estadual revela que 1.667 pessoas já tiveram gripe A em São Paulo em 2013. A Secretaria da Saúde do Estado explica que somente os casos em estágio grave da doença, como a Síndrome Respiratória Aguda, entram para os dados. Em 2009, quando houve surto de gripe suína no Brasil, 600 mortes e aproximadamente 12 mil casos graves foram registrados só no Estado paulista.

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A meta da campanha de vacinação contra a gripe em São Paulo é imunizar 2,5 milhões de pessoas na cidade. Esse número equivale a 80% do público-alvo: idosos com mais de 60 anos, crianças de 6 meses a dois anos de idade, mulheres grávidas ou que deram à luz nos últimos 45 dias, doentes crônicos, indígenas, profissionais da saúde e presos. Das 28 pessoas que morreram na capital, 19 pertenciam a um desses grupos de risco.

Até o último balanço da Secretaria Municipal de Saúde, 1,8 milhões de doses foram aplicadas na capital. A pasta informou que as vacinas ficam disponíveis até o dia 29 maio em todas as Unidade Básica de Saúde (UBS) da cidade.

De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas da gripe A (H1N1) são os mesmos da gripe comum: febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza . Nos casos graves da doença, a pessoa apresenta febre acima de 38ºC, tosse e dificuldade respiratória. A principal forma de transmissão da gripe suína acontece pelo ar (por meio da tosse ou do espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas) e o seu diagnóstico é comprovado por meio de exame laboratorial. Além de medidas de higiene, uma forma de prevenção contra doença é tomar a vacina.

Complicações por gripe A (H1N1), também conhecida como gripe suína, mataram 46 pessoas neste ano em São Paulo de acordo com a Secretaria de Saúde de São Paulo. Até terça-feira, 14, a secretaria registrava 1.667 casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG), caracterizada como o estágio grave da gripe. Segundo a pasta, somente os casos graves são monitorados porque a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o vírus influenza A (H1N1) como gripe comum.

Segundo a secretaria, se comparado com períodos de pandemia da doença, o número de óbitos em 2013 é relativamente baixo. Em 2009, quando houve surto de gripe suína no Brasil, 600 mortes e aproximadamente 12 mil casos graves foram registrados só no Estado de São Paulo. A pasta ressaltou que 67% das pessoas mortas em decorrência da gripe neste ano apresentavam alguma doença crônica - o que aumenta o risco de gravidade da doença.

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Segundo a secretaria, um detento da Cadeia Pública de Pilar do Sul, na região de Sorocaba, morreu na última segunda, 13, após apresentar sintomas da gripe A. Alexandre Eduardo Eusébio, de 35 anos, chegou a ser internado na Santa Casa da cidade, mas não resistiu. Ele estava preso há pouco mais de dois meses. Os outros 60 detentos estão sob observação e recebem nesta quarta-feira, 15, a vacina contra a gripe.

Doentes crônicos e presos fazem parte das 7 milhões de pessoas dentro dos grupos de riscos que o Governo de São Paulo pretende imunizar até o final da campanha de vacinação contra gripe. Prevista para acabar na semana passada, a campanha foi prorrogada até esta sexta-feira, 17. A vacina deste ano protege contra os três subtipos do vírus que mais circularam no último inverno, entre eles o influenza A (H1N1).

Após revisar prontuários das pessoas que morreram em decorrência da gripe suína em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, admitiu que o Brasil errou na política de combate à gripe suína.

"Em vez de usarmos uma estratégia que já se mostrava eficaz (o uso do antiviral oseltamivir), ficamos discutindo quem vacinar, se vamos vacinar jovens ou não. Não aprendemos com os ensinamentos de 2009", disse, referindo-se ao ano da pandemia.

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Para Barbosa, o País travou um "debate enviesado" em relação à importância da vacina. Ele comparou a estratégia adotada pelo governo brasileiro, centrada na vacinação, com a utilizada pelo Chile naquele ano.

"O Chile, que possui um inverno muito mais forte, teve um terço das mortes das Regiões Sul e Sudeste do Brasil - a taxa de mortalidade no Chile ficou em 0,8 por 100 mil habitantes e aqui, em 3,2 por 100 mil habitantes. A diferença básica é que o Chile usou o oseltamivir em larga escala. O Chile perdeu 1 grávida; o Brasil, 200", afirmou.

A revisão feita pelo ministério nos prontuários dos mortos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul mostra que a grande maioria das vítimas "ou não teve acesso ou teve acesso atrasado" ao antiviral oseltamivir, disse Barbosa.

Segundo o ministério, a causa do problema é a pouca tradição do brasileiro de tratar gripe com remédios. É comum os pacientes chegarem tarde aos serviços de saúde porque tentaram driblar os sintomas da gripe suína com chás e receitas caseiras. Essa cultura afeta os médicos, que não prescrevem o oseltamivir, conhecido pela marca Tamiflu.

Antes da chegada do inverno, o ministério emitiu alerta aos médicos sobre as doenças respiratórias e distribuiu um material com orientações - principalmente para os Estados do Sul, além de São Paulo e Minas Gerais - sobre o período adequado para a medicação e a dosagem.

Neste ano, até o dia 20 de agosto, o País registrou 2.398 casos da doença e 307 mortes. Desse total, 1.786 pessoas adoeceram e 177 morreram na Região Sul. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo


Pesquisa de José Cerbino, coordenador de Programas e Projetos da Fundação Oswaldo Cruz em Brasília, aponta que variáveis regionais como temperatura e umidade devem ser levadas em conta para o calendário da vacina contra o vírus da gripe suína.

Enquanto no Sul e Sudeste a mortalidade foi mais alta nos meses de inverno de 2009 e 2010, nas Regiões Norte e Nordeste o pico da doença aconteceu nos meses de janeiro e fevereiro.

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A vacina começa a ser fornecida nos postos em maio, para crianças de até 2 anos, idosos, grávidas e portadores de doenças crônicas. "Há diferença na epidemiologia nas diferentes regiões. Em momentos diferentes há um aumento da atividade do vírus nas diferentes regiões. Sul e Sudeste têm sazonalidade clara no período do inverno, o que é esperado para a zona temperada.

Nas zonas tropical e subtropical, como Norte e Nordeste, há poucos dados no mundo todo. Os dados de notificação mostram que o pico ocorre no início do ano. As pessoas são vacinadas em maio, depois do pico", diz.

A proposta esbarra num problema técnico, diz o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. A vacina contra a gripe suína é feita para uso imediato, com base na identificação da cepa do vírus que está circulando com mais intensidade. Ele explica que a variedade do vírus é divulgada em setembro pela Organização Mundial de Saúde e a vacina começa a ser produzida em outubro. Ela é testada, distribuída e começa a chegar ao País em março ou abril. "Mesmo que a gente pensasse em antecipar a vacinação para o Norte e Nordeste, além de a vantagem não estar demonstrada, há esse problema técnico", afirma Barbosa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O número de mortes no Rio Grande do Sul causadas pela gripe A já soma 38 casos neste ano, segundo dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde nesta quinta-feira. São cinco novas vítimas registradas desde o boletim anterior, divulgado na última segunda-feira. Dos novos casos, apenas um foi de paciente sem doenças associadas e, em dois deles, ainda é investigado se eram vacinados ou não.

O número de casos de pessoas infectadas pelo vírus H1N1 também saltou para 262, ante os 218 do último boletim. O Rio Grande do Sul é o Estado que registra o menor número de casos de infecções entre os três Estados do Sul, mas é o segundo em mortes, atrás de Santa Catarina, que alcançou 62 óbitos, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC.

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A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul informou que deverá receber 200 mil novas vacinas do Ministério da Saúde, mas ainda não tem prazo estabelecido para o início das aplicações. Com esse lote adicional, o Estado terá recebido 1 milhão de doses suplementares de vacina, além das 1,9 milhão utilizadas na campanha oficial de vacinação do Ministério da Saúde, encerrada no dia 13 de junho.

O Brasil registrou desde o início do ano ao menos 120 mortes em decorrência da gripe suína, segundo levantamento feito pela reportagem em todo o País. O número é pelo menos quatro vezes maior do que o registrado em 2011 - quando o País teve 27 mortes -, mas ainda assim o quadro não é classificado como surto, de acordo com o Ministério da Saúde.

Os três Estados da Região Sul são os que mais concentram casos - Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, juntos, somam 1.023 casos confirmados e 74 mortes pela doença. Só Santa Catarina reúne 543 casos confirmados e 45 mortes pela doença.

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Oficialmente, o ministério contabilizou até 28 de junho 790 casos e 85 mortes - o governo atribui a defasagem à demora dos Estados em enviar os dados, que são atualizados semanalmente.

O governo reconhece que o problema está concentrado na região e já enviou técnicos para o local. Outra providência adotada foi autorizar o envio para os Estados da Região Sul e São Paulo de 51 mil caixas de medicamentos para tratamento da doença.

Conforme a pasta, a medida foi preventiva e teve o objetivo de evitar que ocorra o desabastecimento do medicamento oseltamivir, vendido comercialmente com o nome de Tamiflu. Também foi autorizado o encaminhamento para os Estados de mais de 1 milhão de doses extras da vacina, que serão direcionadas aos doentes crônicos.

Esperado

Apesar de concentrar o maior número de mortes por gripe suína no País, Fábio Galdenzi, diretor da Vigilância Epidemiológica do Estado de Santa Catarina, diz que esses casos são esperados para essa época do ano, especialmente por causa da temperatura e umidade da região. No ano passado, o Estado não registrou nenhum óbito em decorrência da doença.

De acordo com Galdenzi, isso ocorre porque a circulação do vírus varia de um ano para outro. "Em 2011, por exemplo, o vírus que mais circulou aqui foi o influenza H3N2. Por isso temos uma população enorme que ainda não foi exposta ao vírus H1N1 (da gripe suína)", afirmou.

O diretor da Vigilância diz ainda que o Estado de Santa Catarina teve uma altíssima adesão à campanha de vacinação contra gripe, atingindo 93% do público-alvo (crianças, grávidas, profissionais da saúde e idosos).

Para ele, parte dos casos pode ser atribuída ao "relaxamento" de profissionais de saúde e da própria população em relação à higiene, como lavar as mãos com frequência, evitar tocar em corrimãos e maçanetas e tomar cuidado ao espirrar para não espalhar o vírus.

"Infelizmente as pessoas se esqueceram um pouco da conduta a ser tomada no caso influenza. E o H1N1 está voltando, apesar de o perfil de gravidade ser similar aos outros tipos de influenza", afirmou Galdenzi.

No Rio Grande do Sul, o Centro de Vigilância em Saúde já recebeu 99 notificações de casos da gripe suína, dos quais 15 evoluíram para óbito. Apesar de computado apenas meio ano, os números são semelhantes aos totais de 2011, quando foram confirmados 103 casos e 14 mortes. Em 2010 não houve ocorrência da doença no Estado. E em 2009, ano da pandemia, foram 3.544 casos e 297 óbitos.

As ocorrências provocaram aumento da demanda por vacinas tanto nas unidades básicas de saúde, públicas, quanto em clínicas privadas. Ontem, o secretário da Saúde do Rio Grande do Sul, Ciro Simoni, informou que os municípios onde já foi detectada a circulação viral receberam 500 mil doses remanejadas de outras áreas e Estados.

Força-tarefa

No Estado de São Paulo foram espalhadas dez unidades de saúde, chamadas de sentinela, para fazer um monitoramento do H1N1 e estabelecer quais vírus serão usados para composição das vacinas nos próximos anos.

"Essas sentinelas fazem exames em pacientes de síndrome gripal para saber se há algum vírus novo para ser usado na vacina do ano seguinte", explica a diretora técnica da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Ana Freitas Ribeiro.

Em 2012, até agora, segundo ela, os vírus encontrados são os mesmos que compuseram as vacinas deste ano, ou seja, os vírus da H1N1, da H3N2 e da influenza.

O ministério recomendou aos profissionais de saúde que prescrevam rapidamente o medicamento a pacientes com síndrome gripal e integrantes de grupos vulneráveis, como portadores de doenças crônicas, antes mesmo do recebimento de resultados de exames laboratoriais ou do surgimento de sinais de agravamento da doença. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Dados do Ministério da Saúde indicam o registro de 790 casos de gripe H1N1 no País e um total de 85 mortes. Há uma concentração maior de ocorrências nos Estados da Região Sul, principalmente em Santa Catarina, onde foram contabilizados 458 casos da doença, com 35 mortes. No entanto, segundo o Ministério da Saúde, é pouco provável que ocorra uma epidemia, como a de 2009, quando 2.060 pessoas morreram.

Os números sobre os registros da doença em 2012 são de 28 de junho, os mais recentes disponíveis no Ministério. De acordo com a Pasta, a maior incidência de casos em Santa Catarina fez com que uma equipe de técnicos fosse deslocada no meio de junho para o Estado para acompanhar a situação.

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Outra providência adotada pelo Ministério foi autorizar o envio para os Estados da Região Sul e São Paulo de 51 mil caixas de medicamentos para tratamento da doença. Conforme a Pasta, a medida foi preventiva e teve o objetivo de evitar que ocorra o desabastecimento do medicamento oseltamivir, vendido comercialmente com o nome de Tamiflu. Também foi autorizado o encaminhamento para os Estados de mais de um milhão de doses extras da vacina que poderão ser aplicadas em doentes crônicos.

Além da imunização por meio da vacinação, o Ministério ressaltou que muitos brasileiros estão protegidos contra o vírus porque tiveram uma infecção natural desde 2009. De acordo com a Pasta, há estimativas de que até 30% da população possa ter contraído o vírus.

O Ministério recomendou aos profissionais de saúde que prescrevam rapidamente o medicamento a pacientes com síndrome gripal e integrantes de grupos vulneráveis, como portadores de doenças crônicas, antes mesmo do recebimento de resultados de exames laboratoriais ou do surgimento de sinais de agravamento da doença. Para os pacientes, o Ministério orienta que procurem rapidamente um serviço de saúde quando surgirem os sintomas da gripe (febre, com tosse ou dor de garganta e de cabeça ou dor nos músculos e articulações).

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