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O grupo farmacêutico francês Sanofi anunciou nesta segunda-feira (17) a compra por 3,68 bilhões de dólares da empresa de biotecnologia americana Principia Biopharma, que desenvolve uma série de inibidores para tratar doenças autoimunes.

A Sanofi comprará todas as ações da Principia a 100 dólares por título, ao que representa uma transação 3,68 bilhões de dólares, informou a empresa em um comunicado.

A operação foi aprovada unanimidade pelos conselhos de administração da Sanofi e da Principia, completa a nota.

A compra da Principia permitirá a Sanofi "reforçar a presença nas principais áreas de pesquisa e desenvolvimento das doenças autoimunes e alérgicas", destacou a empresa.

Em 2017, a Sanofi iniciou uma colaboração com a Principia, concedendo uma licença exclusiva mundial para o desenvolvimento e comercialização do inibidor BTK'168 para o tratamento da esclerose em placas e outras doenças do sistema nervoso central.

"Ao assumir o controle integral do produto, suprimimos a complexidade do programa de desenvolvimento prioritário e simplificamos a futura comercialização", afirmou o diretor geral da Sanofi, Paul Hudson.

O grupo farmacêutico alemão Bayer perdeu nesta segunda-feira (20) o recurso contra o primeiro veredito em um caso envolvendo o herbicida Round'Up, acusado de causar um câncer em um jardineiro, embora o tribunal tenha reduzido o valor da indenização ao requerente.

Um jurado em 2018 decidiu que a Monsanto, subsidiária da Bayer, atuou com "má vontade" ao ocultar o caráter potencialmente cancerígeno do glifosato contido em seus produtos e que os herbicidas contribuíram "consideravelmente" para o surgimento do linfoma terminal de Dewayne "Lee" Johnson, um jardineiro de 48 anos.

A Bayer foi condenada a pagar 250 milhões de dólares em indenização a Lee, um valor que acabou reduzido para 78,5 milhões.

"Embora tenhamos chegado à conclusão de que uma redução dos danos concedidos é apropriada, não revogamos a sentença", declarou o painel composto por três juízes, ratificando a responsabilidade da Monsanto no caso. "Em nossa opinião, Johnson apresentou abundantes -e certamente substanciais- provas de que o glifosato, junto com outros ingredientes dos produtos Round'Up, causou seu câncer".

A Bayer declarou nesta segunda-feira que poderá apelar da decisão na Corte Suprema da Califórnia, segundo o jornal Wall Street Journal.

O grupo anunciou no final de junho um acordo envolvendo entre dez e onze bilhões de dólares para solucionar cem mil processos somente nos Estados Unidos, em particular relacionados ao RoundUp, que provocaram nervosismo entre os acionistas.

O grupo farmacêutico britânico AstraZeneca examina com a rival americana Gilead Sciences a possibilidade de uma megafusão dos dois laboratórios, que estão entre os que lideram as pesquisas sobre a Covid-19, informou a agência financeira Bloomberg.

A AstraZeneca entrou em contato com a Gilead no mês passado, de acordo com agência, que citou fontes próximas às conversas, segundo as quais as duas empresas não iniciaram negociações formais. O grupo britânico, procurado pela AFP, não comentou a notícia.

Um medicamento antiviral da Gilead, o remdesivir, demonstrou eficácia no tratamento de pacientes com coronavírus gravemente doentes. A AstraZeneca está realizando, em parceria com a Universidade de Oxford, testes clínicos de uma promissora vacina da Covid-19, que pode ficar pronta em setembro.

De acordo com a Bloomberg, o valor dos dois grupos alcançaria o recorde de 236 bilhões de dólares, tendo como referência as avaliações das empresas no fechamento da Bolsa na sexta-feira.

Se for concretizada, esta seria a fusão mais importante da história do setor farmacêutico.

O grupo farmacêutico Bayer declarou, neste sábado (11), que o glifosato é "seguro e não cancerígeno", depois de o fabricante agroquímico Monsanto ter sido condenado nos Estados Unidos por não advertir sobre o perigo de seu pesticida Roundup.

"Baseando-se em provas científicas, avaliações regulamentadoras em escala mundial e em décadas de experiência prática do uso do glifosato, a Bayer estima que o glifosato é seguro e não cancerígeno", declarou à AFP um porta-voz do grupo alemão, novo proprietário da Monsanto.

Um júri de um tribunal de San Francisco condenou a Monsanto a pagar quase 290 milhões de dólares de indenização a Dewayne Johnson. Este jardineiro americano de 46 anos afirma que os produtos da Monsanto - especialmente o Roundup, usado por ele durante anos - provocaram o câncer do qual ele é vítima e que a multinacional omitiu sua periculosidade.

Em um comunicado, a empresa reagiu, anunciando que recorrerá da sentença. Também reiterou a ideia de que o glifosato, princípio ativo do Roundup, não provoca câncer e não é responsável pela doença do demandante.

Questionada pela AFP, a Bayer antecipou argumentos similares e explicou que "a sentença da Corte contradiz as conclusões científicas, segundo as quais não existe qualquer relação entre o uso do glifosato" e a doença de Dewayne Johnson.

No início de junho, a Bayer fechou a compra da Monsanto por 63 bilhões de dólares e, rapidamente, anunciou que mudaria o nome da empresa.

Classificado como "cancerígeno provável" pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 2015, o glifosato é usado em vários produtos. O Roundup é o mais conhecido deles.

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