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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca na cidade de Letícia, na Colômbia, na manhã deste sábado (8), para participar da Reunião Técnico-Científica da Amazônia. O encontro foi organizado pelo governo da Colômbia, do presidente Gustavo Petro. A cidade de Letícia faz divisa com Tabatinga, no extremo oeste do Amazonas, na região da tríplice fronteira entre Colômbia, Brasil e Peru.

O embarque na Base Aérea de Brasília está previsto para as 9h20, com chegada ao destino às 13h, horário de Brasília (11h pelo fuso horário local). Após o encontro com Petro, na Universidade Nacional da Colômbia, os dois posam para fotografia oficial e participam, em seguida, no mesmo local, da sessão de encerramento da reunião. Depois disso, a comitiva presidencial de Lula viaja de volta à capital federal, com previsão de chegada às 20h30, pela agenda oficial.

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Segundo o Palácio do Planalto, a reunião entre Lula e Petro é um encontro bilateral no mês que antecede a Cúpula da Amazônia, marcada para 8 de agosto, em Belém. Na ocasião, a capital do Pará receberá os presidentes de Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Todos esses países fazem parte da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), mecanismo internacional que deverá ser fortalecido a partir de agora. Além desses chefes de Estado, foi convidado o presidente da França, Emmanuel Macron, representando a Guiana Francesa, território ultramarino do país europeu na América do Sul, que também detêm porções da Floresta Amazônica.

Pelo tratado, de julho de 1978, os países da OTCA assumiram o compromisso comum para a preservação do meio ambiente e o uso racional dos recursos naturais da Amazônia. Além de priorizar a preservação do meio ambiente, o Tratado de Cooperação Amazônica tem o objetivo de promover o desenvolvimento dos territórios amazônicos, de maneira que as ações conjuntas gerem resultados equitativos e mutuamente benéficos para alcançar o desenvolvimento sustentável das oito nações.

A questão da Amazônia estará no centro das atenções geopolíticas pelos próximos anos, culminando na realização da Conferência das Nações Unidas Sobre as Mudanças Climáticas (COP30), em 2025, na capital paraense. Pela primeira vez, o principal evento das Organização das Nações Unidas (ONU) sobre questões ambientais será realizado no bioma de floresta tropical. Na semana passada, o presidente disse que pretende levar à edição deste ano da conferência climática, a COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, uma posição conjunta de países que compõem a Amazônia sul-americana a respeito das questões ambientais.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu uma reunião urgente da Organização dos Estados Americanos (OEA) após bolsonaristas invadirem o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).

"Propusemos o fortalecimento do sistema interamericano de direitos humanos aplicando as normas vigentes e ampliando a carta aos direitos das mulheres, ambientais e coletivos, mas a resposta são golpes parlamentares ou golpes violentos da extrema direita", escreveu o líder colombiano, no Twitter.

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Petro afirmou que é urgente a OEA se reunir se quiser "seguir viva como instituição". O presidente da Colômbia disse que, na visão dele, a direita não tem conseguido manter o pacto de não violência. "Toda minha solidariedade a @LulaOficial e ao povo brasileiro. O fascismo decide atacar", emendou o líder internacional.

O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, manifestou-se há pouco também pelo Twitter, condenando o ataque às instituições em Brasília. "Condenamos o ataque às instituições em Brasília, que constitui uma ação condenável e um ataque direto à democracia. Essas ações são de natureza fascista."

Bolsonaristas inconformados com o resultado da eleição invadiram e depredaram neste domingo, 8, os prédios dos Três Poderes com cartazes com frases golpistas que pedem, por exemplo, intervenção militar, o que é inconstitucional.

Em discurso na 77ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, usou seu tempo para criticar a guerra da Rússia na Ucrânia e pedir para que outros países parem de investir na guerra contra as drogas. "Não afete a beleza de meu país com seu veneno", disse, ressaltando a importância da Floresta Amazônica para o país.

"Peço à minha querida América Latina que pare com a guerra irracional contra as drogas", afirmou o presidente colombiano, que defendeu que não é preciso de uma guerra para diminuir o consumo de drogas e criar uma sociedade melhor.

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De acordo com Petro, quando se fala sobre deixar o petróleo e gás, "inventam uma guerra atrás da outra".

Ele citou o atual conflito no Leste Europeu, mas também Síria e Iraque. "As guerras se tornaram uma desculpa para não lidar com a crise climática", disse.

Gustavo Petro tomou posse neste domingo, 7, como o primeiro presidente de esquerda da Colômbia, diante de centenas de milhares de pessoas que acompanharam a cerimônia em Bogotá. "Juro a Deus e prometo ao povo cumprir fielmente a Constituição e as leis da Colômbia", disse o ex-senador e ex-guerrilheiro de 62 anos frente ao chefe do Congresso, na Plaza de Bolívar.

Com a chegada de Petro ao poder, a Colômbia iniciou uma nova era política no país em 200 anos de história republicana. O ex-guerrilheiro, que fez carreira na política como senador e prefeito de Bogotá, promete transformações profundas em um país desigual e sitiado pela violência do narcotráfico.

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O ex-senador, que há três décadas deixou a violência armada, fez o juramento no início da tarde deste domingo, diante de uma extensa delegação de convidados internacionais. Petro substitui o impopular Iván Duque e governará por quatro anos um país de 50 milhões de habitantes, que pela primeira vez entrará no giro à esquerda da região.

Com a faixa presidencial, Petro herda os desafios de superar a crescente violência que ceifou a vida de mais de 560 defensores de direitos humanos desde 2016, a inflação mais alta das últimas duas décadas e a busca por consenso em um país dividido.

No entanto, vários setores temem ser afetados pelo novo governo e seu objetivo de realizar reformas na agricultura, na produção de energia, na polícia, na previdência e na arrecadação de impostos. Mas entre seus eleitores há esperança: Petro prometeu a eles uma nação com menos desigualdade, que garantirá os direitos de todos os seus cidadãos - especialmente os mais vulneráveis - e que dará prioridade ao meio ambiente.

"Vai começar o primeiro governo que esperamos que seja da paz. Que possa trazer à Colômbia o que têm faltado durante séculos que é a tranquilidade e a paz. Aqui inicia um governo que luta por justiça ambiental", disse Petro no sábado, 6, em um ato na capital Bogotá.

Antes da posse oficial, Petro participou de uma primeira cerimônia simbólica de posse perante o povo indígena Arauhaco, em Serra Nevada de Santa Marta, no norte do país. Um dos mamos - a mais alta hierarquia da comunidade - pediu-lhe que respondesse às exigências da sociedade e deu-lhe uma bengala que representa a sabedoria.

Expectativas

Ele que foi o líder da oposição nas últimas décadas assume com uma bateria de reformas em mente e as expectativas de metade do país que optou por ele na votação de 19 de junho. Com Petro, a ambientalista Francia Márquez, de 40 anos, será alçada à primeira vice-presidente afro de uma nação que historicamente esteve governada pelas elites de homens brancos.

A Colômbia entra em um período de mudanças, com um esquerdista no comando, um Congresso a seu favor e uma oposição enfraquecida diante do declínio do ex-presidente Álvaro Uribe, entre 2002 e 2010, o chefe da direita tradicional do país.

Petro parte de uma posição invejável, com a maioria ampla no Congresso e, em relação às ruas, conta com apoio que nenhum governo anterior teve nos últimos anos, comenta o analista Jorge Restrepo, do Centro de Recursos para el Análisis de Conflictos (Cerac).

O presidente reuniu um governo de diversas tendências, com mulheres à frente de vários ministérios e a missão de levar à diante reformas que começarão no período legislativo a partir desta segunda-feira, 8. Entre elas estão o projeto que eleva os impostos aos mais ricos, reduz a arrecadação e tributa bebidas açucaradas, em busca de recursos para os projetos sociais.

"O nível de endividamento e o déficit fiscal que encontramos para o próximo quadriênio são críticos", assegura Daniel Rojas, um dos coordenadores da comissão de transição do governo de Duque.

Ainda assim, Petro propõe reduzir a distância entre ricos e pobres, uma das mais amplas do continente junto com a do Brasil, com maior acesso ao crédito, subsídios e educação pública.

Desafios

Depois dos estragos da pandemia da covid-19, a economia recupera o crescimento apesar da inflação, que alcançou em julho 10,2% na variação interanual, o desemprego (11,7%) e a pobreza que castiga a 39% da população.

"As pessoas esperam que ocorra logo algumas das mudanças prometidas durante a campanha, que somado à situação econômica, gera um ambiente de tensão", diz Patrícia Muñoz, cientista política da Universidad Javeriana.

Na frente internacional, Petro reativará as relações diplomáticas e comerciais com o governo de Nicolás Maduro na Venezuela, rompidas desde 2019, e buscará apoio para retomar as conversações de paz com o Exército de Liberación Nacional (ELN), a última guerrilha reconhecida no país.

Embora o acordo de paz com as Farc, antiga organização armada de extrema esquerda, tenha reduzido a violência, a Colômbia ainda não conseguiu extinguir o último conflito armado interno no continente.

Segundo a analista política Sandra Borda, o objetivo de melhorar as relações com a Venezuela está ligado à possibilidade desse país facilitar o diálogo com o ELN. Após ser eleito, Petro adotou uma postura mais moderada em algumas questões, disse, e buscou o diálogo com seus adversários políticos.

Além do ELN, poderosos traficantes como o Clã del Golfo, chefiado pelo capo 'Otoniel', extraditado este ano para os Estados Unidos, impõem sua lei em várias áreas do país.

O grupo anunciou neste domingo um cessar "unilateral de hostilidades ofensivas", para buscar os "caminhos da paz", a partir do início de "uma era distinta" na Colômbia, com a posse de Petro. "Por fim, termina o regime do presidente (Iván) Duque", aponta no início o comunicado daquele que é considerado o maior grupo criminoso do país sul-americano.

As dissidências que se marginalizaram do pacto de paz também desafiam o estado graças aos recursos do garimpo ilegal e principalmente do narcotráfico.

Petro também recebe um país com a maior produção de cocaína do mundo, para o qual propôs repensar a fracassada política de proibição das drogas em conjunto com os Estados Unidos, principal consumidor do derivado da folha de coca.

Juntamente com o convite para dialogar com o ELN, Petro vai propor aos grupos armados que se rendam em troca de benefícios criminais, enquanto reforma ou dissolve a tropa de choque implicada em violações de direitos humanos durante a repressão aos protestos massivos dos últimos anos.

Também "veremos uma lenta mudança nas forças militares, mas acho que podemos afastar algum tipo de agitação pública, insurreição, greve ou queda na atividade operacional", diz o analista da Cerac. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Em culto evangélico em Taguatinga, região administrativa do Distrito Federal, o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar o presidente eleito da Colômbia, Gustavo Petro. "Olhem o que está acontecendo no Chile, para onde começa a ir a nossa Colômbia, depois da eleição de alguém que não tem Deus no coração", afirmou, sobre o ex-guerrilheiro que representou a chegada da esquerda ao poder no país vizinho pela primeira vez.

A reunião com José Arruda, irmão do guarda municipal petista Marcelo Arruda, assassinado a tiros em sua festa de aniversário por um militante bolsonarista, também foi alvo de comentários do chefe do Executivo.

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"Conversamos com o irmão daquele que faleceu, onde a imprensa tentou botar no meu colo a responsabilidade pelo episódio lamentável e injustificável. Brigas existem, mas como aquela não tem explicação, do nada. Do nada, deixando chefe de família morto, não interessa coloração político-partidária daquela pessoa", afirmou. "Destruímos narrativas, mostramos que me interessa conversar com ele para prestar solidariedade, e ele veio falar comigo com irmão assassinado", acrescentou.

Mais cedo, o deputado federal bolsonarista Otoni de Paula (MDB-RJ), intermediador da reunião, revelou que Bolsonaro prestou solidariedade à família enlutada e reconheceu que o aniversariante foi a única vítima do caso.

Combustíveis

Aos presentes, Bolsonaro renovou a retórica conservadora e voltou a comemorar a redução do preço dos combustíveis na ponta da linha após políticas de desoneração. "A inflação será negativa nesse mês que estamos, os combustíveis estão despencando. Não é fácil enfrentar um lobby tão poderoso como esse, dos combustíveis", declarou o presidente, acompanhado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e pelo ex-senador Magno Malta (PL-ES), que tentará voltar ao antigo cargo neste ano.

Após o culto, Bolsonaro segue rumo ao estádio Mané Garrincha para assistir ao jogo do Flamengo contra o Juventude, pelo Campeonato Brasileiro.

A apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, no conhecido "cercadinho", o presidente Jair Bolsonaro deu, na manhã desta segunda-feira (20), sua primeira declaração pública sobre a eleição do político de esquerda Gustavo Petro como presidente da Colômbia, anunciada ontem. "É um ex-guerrilheiro do MIR, Movimento de Esquerda Revolucionário", limitou-se a dizer o chefe do Executivo.

Na verdade, Petro era parte do grupo guerrilheiro colombiano M-19, e não do MIR. O MIR foi um movimento chileno do qual fizeram parte os sequestradores do empresário Abílio Diniz em 1989.

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Nem Bolsonaro, nem o Ministério das Relações Exteriores se pronunciaram oficialmente até o momento sobre o resultado das eleições colombianas. Petro foi eleito ontem presidente da Colômbia com margem apertada, de 50,44% dos votos válidos no segundo turno, e derrotou o populista de direita Rodolfo Hernández. O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), por sua vez, desejou mais cedo "sorte" ao vencedor.

Por outro lado, como mostrou o Broadcast Político, o chefe do Executivo expôs a aliados sua preocupação com a vitória de Petro. Em mensagem a um grupo reservado no WhatsApp, Bolsonaro compartilhou reportagem que informava a chegada do primeiro governo de esquerda no país vizinho. "Cuba... Venezuela... Argentina... Chile ... Colômbia... Brasil???", acrescentou Bolsonaro ao link, em referência à possibilidade de a esquerda voltar ao poder também no Brasil com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal adversário nas eleições deste ano.

Eleições 2022

Aos apoiadores presentes, Bolsonaro comentou a declaração de Lula de que teria, em 1998, intercedido junto ao então presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) e ao então ministro da Justiça Renan Calheiros (MDB) em favor dos sequestradores de Abílio Diniz, presos desde 1989, ano do crime. "Deu recado aos narcotraficantes e bandidos do Brasil que estamos juntos, entenderam?", afirmou o presidente.

A vitória do novo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, não foi comentada por Jair Bolsonaro (PL), mas deixou os filhos do presidente revoltados. Apesar de pregar a soberania nacional, os representantes da extrema-direita criticaram a eleição colombiana e insinuam que a América do Sul está em risco.  

Aos 62 anos, Petro se tornou o primeiro Presidente da esquerda na Colômbia após três tentativas. Ao lado da vice, Francia Márquez, ele defende o meio ambiente através da produção de energia limpa e o aumento de impostos para os ricos, sem desrespeitar a propriedade privada.  

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Após o resultado desse domingo (19), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi ao Twitter para atacar os eleitores do colombiano e seus apoiadores no Brasil. A vitória foi celebrada por Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT), os dois pré-candidatos que mais ameaçam a reeleição de Bolsonaro, como mostram as pesquisas

"A responsabilidade do eleitor brasileiro só aumenta. Já não é mais 'tão somente' pelo Brasil, é por toda a região [...] o voto de esquerda são pessoas mal informadas ou sem caráter, que podem votar mesmo num condenado ou guerrilheiro", apontou em uma série de publicações ao citar a atuação do chefe de Estado colombiano no antigo M-19. 

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O senador Flávio (PL-RJ) se poupou a repostar as críticas dos irmãos e endossou o discurso do caçula na política, o vereador Carlos (Republicanos-RJ). “O voto 'lulo' pregado pelos “isentões” e pelos faria lulers no Brasil fez mais um na América Latina. Nada disso tem a ver com Jair Bolsonaro, mas somente com você! Basta olhar as catástrofes que nossos vizinhos estão sofrendo ou já sofreram. A escolha é dos senhores!”, pressionou o parlamentar da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. 

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Os pré-candidatos à presidência do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT) celebraram, em suas contas do Twitter, a vitória do esquerdista Gustavo Petro nas eleições presidenciais da Colômbia. Petro derrotou o populista de direita Rodolfo Hernández com 50,51% dos votos.

O ex-presidente Lula felicitou Petro, a vice-presidente eleita Francia Márquez e "todo o povo colombiano". "A sua vitória fortalece a democracia e as forças progressistas na América Latina", escreveu o petista.

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Ciro, por sua vez, parabenizou o presidente eleito e os colombianos, aproveitando para criticar o candidato derrotado, Hernández. "É sempre motivo de alegria quando um dinossauro de direita some do mapa". No entanto, o pedetista sinalizou que a vitória nas eleições não é o suficiente. "Para a esquerda, não basta vencer. É preciso governar bem. Só assim os monstros não voltam", acrescentou.

Por décadas, a Colômbia tem sido governada pela direita. Gustavo Petro, ex-guerrilheiro do M-19 - uma guerrilha nacionalista que assinou um acordo de paz em 1990 -, se tornou o primeiro presidente de esquerda eleito na história do país, aprofundando um ciclo eleitoral que tem eleito esquerdistas na América Latina.

O candidato independente de esquerda Gustavo Petro, um ex-guerrilheiro de 51 anos, foi eleito prefeito de Bogotá com 32% dos votos dos eleitores da capital colombiana de 8 milhões de habitantes, informou nesta segunda-feira a autoridade eleitoral do país. O candidato centrista Enrique Peñalosa, apoiado pelo ex-presidente Alvaro Uribe, ficou em segundo lugar com 25% dos sufrágios.

Petro tem sido um político de destaque na Colômbia nos últimos anos e comandou uma campanha contra a corrupção. Há cinco anos, quando era senador, suas denúncias sobre ligações entre políticos nacionais e regionais com os esquadrões de morte de direita levaram ao escândalo da "parapolítica" que levou dezenas de parlamentares à prisão. Ele já recebeu várias ameaças de morte e anda com guarda-costas.

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Peñalosa derrotou Petro nas eleições municipais de Bogotá em 1997. O cargo de prefeito da metrópole colombiana, a sexta maior da América Latina, é considerado o trampolim para a presidência do país.

Os urbanistas elogiam Peñalosa por ter tornado Bogotá uma cidade mais amigável aos pedestres e ciclistas e por ter lançado um sistema de ônibus expresso eficiente. Mas analistas políticos dizem que Peñalosa foi prejudicado pelo apoio do ex-presidente Uribe, em uma cidade que tradicionalmente tende para a esquerda.

Petro começará seu mandato de quatro anos em 1º de janeiro de 2012. Ele é um crítico ferrenho das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e afirma que essa guerrilha se envolveu com o narcotráfico e os sequestros. Petro argumenta que as Farc são algo bem diferente do M-19, movimento guerrilheiro ao qual ele aderiu na década de 1970 aos 17 anos. Seis anos depois, Petro se formou em economia na Universidade Externado.

Após o M-19 assinar o acordo de paz com o governo colombiano em 1990, Petro foi eleito um ano depois para o Congresso.

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