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Um tribunal egípcio revogou neste sábado a decisão de considerar o grupo palestino Hamas uma organização terrorista. A Corte de Apelações de Assuntos Urgentes citou a falta de competência como razão para anular a decisão anterior.

O porta-voz do Hamas em Gaza, Sami Abu Zuhri, disse que a revogação "terá consequências positivas no relacionamento entre o Hamas e o Egito".

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A inclusão do grupo na lista de organizações terroristas, em fevereiro, havia isolado ainda mais o Hamas, que no passado encontrou apoio aberto no Egito, quando o país era governado pelo presidente islamita Mohammed Morsi. O novo governo egípcio recentemente começou a limpar a área ao longo de sua fronteira com a Faixa de Gaza, em uma tentativa de destruir uma rede transfronteiriça de túneis que o Hamas considera uma corda de salvamento.

Nos últimos meses, o Egito tem se mostrado cada vez mais hostil ao Hamas. O grupo, fundado em Gaza em 1987 como um desdobramento da Irmandade Muçulmana na região, enfrenta uma crise de liquidez crescente e ainda tem o desafio de colocar em prática uma estratégia para tirar Gaza de sua situação cada vez mais difícil.

Não houve reação imediata do governo à decisão do tribunal.

Em janeiro, um outro tribunal egípcio havia proibido a ala militar do Hamas, o Izzedine al-Qassam, e o considerado uma organização terrorista. Em 2014, uma decisão semelhante no mesmo tribunal proibiu todas as atividades Hamas no Egito e ordenou o fechamento de quaisquer escritórios do grupo, embora a ordem aparentemente nunca se concretizou. Não ficou imediatamente claro como ou se a decisão deste sábado afeta essas decisões anteriores.

Fonte: Associated Press

Um tribunal do Egito declarou que o Hamas é uma "organização terrorista", isolando ainda mais os governantes da Faixa de Gaza. A decisão do juiz Mohamed el-Sayed, do Tribunal de Casos de Urgência, descreveu o Hamas como um grupo que tem como alvo civis e forças de segurança na Península do Sinai do Egito. Além disso, o magistrado afirmou que o Hamas visa prejudicar o país.

O Sinai tem sido cenário de ataques cada vez mais recorrentes de extremistas islâmicos desde que o Exército do Egito depôs o presidente islamita Mohammed Morsi em 2013.

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"Foi provado, sem sombra de dúvida, que o movimento cometeu atos de sabotagem, assassinatos e matou civis inocentes e membros das forças armadas e da polícia no Egito", disse o juiz, segundo a agência de notícias estatal MENA.

Em Gaza, o dirigente do Hamas, Mushir al-Masri, condenou a decisão e pediu que o Egito reconsidere a posição.

"Esta decisão serve para a ocupação israelense. É uma decisão politizada que constitui o início da fuga do Egito em relação ao seu papel na causa palestina", disse ele. "Este é um golpe contra a história e um abuso egípcio contra a causa e a resistência palestina, que luta em nome da nação árabe. Pedimos que o Egito reconsidere esta decisão perigosa".

A decisão isola ainda mais o Hamas, que há algum tempo encontrou apoio aberto sob a gestão de Morsi e do seu grupo Irmandade Muçulmana. O novo governo do Egito começou a limpar uma zona tampão ao longo de sua fronteira com Gaza, em uma tentativa de destruir uma rede transfronteiriça de túneis que o Hamas considera uma ferramenta de salvação.

No mês passado, um tribunal egípcio proibiu a ala militar do Hamas, a Brigada Izzedine al-Qassam, e também a designou uma organização terrorista. O tribunal do Cairo alegou que os combatentes do Hamas haviam usado armas pesadas contra o Exército e foram coniventes com a Irmandade.

"Foi também apurado com documentos que (o Hamas) realizou atentados que levaram a destruição de vidas e instituições, e visou civis e equipes das forças armadas", disse. "Também foi verificado que esse movimento trabalha para os interesses da organização terrorista Irmandade". Fonte: Dow Jones Newswires.

O movimento palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, condenou nesta segunda-feira a execução de 21 cristãos coptas egípcios pelo grupo jihadistas Estado Islâmico (EI) na Líbia, o ue classificou de "crime atroz que mancha o Islã".

"Hamas condena esse crime atroz que mancha a imagem do Islã e vai contra seus princípios de tolerância e destroem as relações entre os árabes muçulmanos e cristãos que vivem juntos em nosso país há séculos, pois o Islã garante a eles paz e segurança", afirma o comunicado do movimento islamita.

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"O Islã não ordena que matemos quem nos matam, nos agridem ou violam nos direitos", acrescenta o comunicado.

Na Cisjordânia ocupada, o presidente palestino Mahmud Abbas declarou três dias de luto e ligou para o presidente Abdel Fattah al Sissi para transmitir seus pêsames.

O EI divulgou no domingo um vídeo em que mostra a decapitação de uma dezena de homens, que identifica como cristãos coptas capturados na Líbia.

Na gravação, publicada na internet, são vistos 10 homens com roupa laranja, ajoelhados e com as mãos algemadas para trás, decapitados pelos sequestradores, vestidos de preto, em uma praia de Trípoli.

A gravação, intitulada "Uma mensagem assinada com sangue para a nação da cruz", assinala que é dirigida aos "seguidores da hostil Igreja egípcia".

O Hamas informou ter impedido um grupo de crianças de ir a Israel para uma viagem de conciliação.

Eyad Bozum, porta-voz do grupo militante islâmico, disse que as crianças foram preventivamente impedidas de viajar hoje para "proteger a cultura dos nossos filhos e do nosso povo" da normalização das relações com Israel.

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Ele comentou que o Hamas interceptou as crianças quando elas estavam prestes a entrar em Israel. Segundo Bozum, o Hamas se certificará de que uma nova tentativa "nunca acontecerá novamente".

O organizador israelense da viagem, Yoel Marshak, disse que as 37 crianças pretendiam visitar Israel e a Cisjordânia. A viagem era para mostrar uma face positiva de Israel e promover a paz. Fonte: Associated Press

O grupo militante Hamas forçou o cancelamento de uma cerimônia em homenagem ao 10º aniversário de morte do líder palestino Yasser Arafat, neste domingo, reforçando as tensões persistentes com o movimento rival Fatah.

Em um comunicado, o Ministério do Interior , que ainda é dominado pelo Hamas, declarou que tinha informado o Fatah que não poderia fornecer segurança para a cerimônia. Faisal Abu Shala, um oficial do Fatah em Gaza, confirmou o cancelamento. "Nós cancelarmos o evento porque o Hamas nos disse que não poderia garantir o evento em níveis políticos e de segurança", afirmou.

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A homenagem planejada para terça-feira seria a primeira vez que o Fatah, o movimento palestino fundado por Arafat, realizaria um tributo ao líder de longa data em Gaza desde 2007, ano em que o Hamas assumiu o poder na região. Na homenagem anterior, meses após a tomada de poder do Hamas, pelo menos 10 pessoas foram mortas em confrontos.

Mais cedo neste ano, as duas facções palestinas trabalharam em uma tentativa de acordo em que o presidente do Fatah, Mahmoud Abbas, iria liderar uma unidade temporária do governo até que novas eleições pudessem ser realizadas, mas o acordo deixou muitas questões importantes por resolver e o Hamas permaneceu no controle de Gaza.

O Fatah acusou o Hamas de estar por trás de uma série de explosões coordenadas na semana passada, que danificaram casas de vários líderes proeminentes do Fatah. O Hamas negou o envolvimento e declarou que as explosões foram resultado de disputas internas entre facções rivais dentro do Fatah. Fonte: Associated Press.

Hamas e Fatah, os dois grupos palestinos mais poderosos, chegaram a um acordo parcial nesta quinta-feira (25), dando à Autoridade Palestina, dominada pelo Fatah, um papel no governo da Faixa de Gaza pela primeira vez desde que o movimento islâmico Hamas estabeleceu total controle do território há sete anos.

O renascimento da Autoridade Palestina, dominada pelo Fatah, em um papel administrativo no território tem sido a principal demanda da Organização das Nações Unidas (ONU) e de governos estrangeiros para assegurar a potenciais doadores que bilhões de dólares em ajuda à Gaza serão gastos em reconstrução e não para comprar armamentos e construir túneis de fuga, após o recente conflito que durou 50 dias.

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O acordo feito durante negociações no Cairo dá a forças de segurança da Autoridade Palestina controle sobre a fronteira internacional com o Egito, uma demanda chave de Cairo para amenizar as restrições de acesso ao país.

O acordo desta quinta-feira é também um passo crucial no processo de amenizar a distância e Hamas e Fatah. As duas facções estabeleceram um gabinete de reconciliação conjunto antes do recente conflito com Israel, mas desde então se envolveram em acusações mútuas sobre a falta de progresso em esforços de união.

O oficial do Fatah, Azzam Ahmed, afirmou que o acordo permite aspectos práticos para que a Autoridade Palestina assuma a responsabilidade na Faixa de Gaza. A medida vai permitir que a Autoridade Palestina supervisione a reconstrução de Gaza. O acordo também determina que o Hamas e a Autoridade Palestina unifiquem duas legislações paralelas que existem na Faixa de Gaza.

O líder do Hamas, Mussa Abu Marzouk, pareceu otimista ao descrever o novo acordo em Gaza. "Nós e o Fatah chegamos a um acordo de reconciliação hoje", afirmou. "O acordo determina que um governo (unitário) pode assumir oficialmente o controle das instituições governamentais em Gaza."

O acordo feito a portas fechadas na capital do Egito é o sexto oficial entre os dois grupos, mas alguns problemas ainda não foram resolvidos, incluindo os salários dos empregados do Hamas em Gaza e o controle das forças de segurança na costa. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

Forças especiais de Israel invadiram um esconderijo na Cisjordânia na manhã desta terça-feira e mataram dois palestinos suspeitos de sequestrarem e assassinarem três adolescentes israelenses em junho. A morte dos jovens provocou uma série de eventos que levaram ao recente conflito em Gaza.

Militares israelenses entraram no térreo de um prédio de dois andares e mataram Amer Abu Aisheh e Marwan Qawasmeh, membros do Hamas, depois de um tiroteio, informou Peter Lerner, porta-voz do Exército israelense. As tropas confirmaram a morte de apenas um suspeito. Lerner afirmou que o segundo caiu de costas após diversos tiros e acredita que ele esteja morto, ainda que o corpo não tenha sido recuperado.

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De acordo com o porta-voz, um recente avanço na busca liderada pela Yaman, unidade especial de fronteira da polícia israelense, levou ao esconderijo na área de Hebron há cerca de uma semana. Os dois homens foram identificados como suspeitos no começo da busca. Suas conexões com o Hamas são conhecidas e o grupo tem repetidamente tentado recrutar civis e soldados israelenses. Outros três membros, sendo um da família Qawasmeh, foram presos.

"Estamos determinados a fazer justiça com as mortes cruéis de Gilad, Eyal e Naftali", afirmou Lerner. "O sucesso da missão de hoje leva ao fim de uma longa busca e os criminosos não são mais uma ameaça aos civis israelenses", completou.

No Catar, Hussam Badran, porta-voz do líder do Hamas, Khaled Meshal, elogiou os dois militantes em seu perfil no Twitter. "O martírio de Marwan Qawasmeh e Amer Abu Aisheh veio após uma longa vida de sacrifício à jihad. Esse é o caminho da resistência, para o qual todos estamos indo", declarou.

As mortes dos dois suspeitos encerrou uma das maiores caçadas humanas conduzidas pelas forças de segurança israelenses. O Exército nacional tem perseguido os suspeitos desde o sequestro dos três jovens, segundo Lerner. Eyal Yifrah (19 anos), Gilad Shaar (16 anos) e Naftali Fraenkel (16 anos) foram capturados em 12 de junho enquanto viajavam de carona para casa na Cisjordânia e foram mortos logo em seguida.

O Hamas negou envolvimento no episódio durante quatro semanas após o sequestro dos três adolescentes. Contudo, durante o conflito entre o grupo e Israel, um líder exilado do Hamas responsável pelas operações na Cisjordânia reconheceu que o grupo foi responsável pelo sequestro e assassinato dos jovens. Fonte: Associated Press.

O alto líder do Hamas, Musa Abu Marzouk, disse que o grupo está disposto a negociar diretamente com Israel, revertendo declarações anteriores. Em uma entrevista ao canal de televisão palestino Al Quds, a ser transmitida na noite desta quinta-feira, o número dois do Hamas diz que "o grupo está disposto a conversar diretamente com os israelenses" sobre questões incluindo travessias na fronteira da Faixa de Gaza e libertação de prisioneiros.

"Assim como você negocia com armas, você também pode negociar com conversas", afirmou Marzouk, de acordo com uma fita obtida pela agência de notícias Associated Press. "Até agora nossa política foi de não negociação com (Israel), mas outros países devem estar avisados que essa questão não é um tabu."

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A declaração é feita duas semanas depois do fim do conflito na Faixa de Gaza, que o Hamas comanda desde 2007. No final de semana, o grupo criticou o apoio do Ocidente ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, colocando mais pressão na situação, após grandes perdas sofridas durante o conflito.

O porta voz do governo de Israel, Mark Regev, disse que não comentaria as declarações até que elas fossem exibidas no canal de TV. Israel disse diversas vezes que não iria falar diretamente com o Hamas até que o grupo militante islâmico reconhecesse seu direito de existir e renunciasse a atos violentos.

Na entrevista, Abu Marzouk não deu indicações de que o Hamas estivesse considerando tais passos. Ele insistiu que o motivo da mudança na política reflete crescentes tensões com Abbas, que o Hamas acredita estar tentando assumir o controle de Gaza.

"O Hamas se sente compelido a realizar essa ação (negociar com Israel) já que os direitos naturais das pessoas em Gaza estão sobre pressão da Autoridade Palestina e do governo", afirmou Marzouk.

Israel e Hamas tiveram diversas rodadas de negociações indiretas feitas por mediadores egípcios nos últimos anos, principalmente a respeito de troca de prisioneiros e acordos de cessar-fogo. Fonte: Associated Press.

A Autoridade Palestina está preparando o terreno para uma conferência de doadores no Cairo em outubro com o objetivo de angariar bilhões de dólares para a reconstrução da Faixa de Gaza, disse o primeiro-ministro do país, Rami Hamdallah, nesta quarta-feira (10). Segundo ele, no entanto, o governo tem sido prejudicado pelo Hamas, grupo islâmico que controla a região de Gaza e cuja popularidade aumentou após sete semanas de confronto com Israel.

Em uma entrevista em seu gabinete na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, Hamdallah disse que os problemas com o Hamas só pioraram desde o conflito com israelenses, um embate que não foi aprovado pelo governo central palestino. Ele afirmou que os potenciais doadores internacionais para a reconstrução de Gaza poderão ser dissuadidos pela preocupação com a extensão do controle do Hamas sobre o território - e, consequentemente, sobre o apoio enviado - a não ser que o governo possa tranquilizá-los.

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"Nós não estamos controlando Gaza até este momento. Estamos fazendo nosso melhor para integrar todos os Ministérios, todas as instituições. Nós estamos lidando com dificuldades. Estamos falando aqui de sete anos de separação", lembrou o premiê, referindo-se à captura de Gaza pelo Hamas em 2007 e sua cisão com o Fatah, a facção política que domina a Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

O porta-voz do Hamas Sami Abu Zuhri respondeu que qualquer problema que o primeiro-ministro palestino tenha com o funcionamento do governo é devido à sua própria incapacidade. Segundo ele, doadores não devem ser dissuadidos da ideia de fornecer ajuda para reconstruir a infraestrutura danificada de Gaza.

Mesmo com a Cisjordânia e a Faixa de Gaza se unindo sob o governo de uma administração de tecnocratas, de acordo com um acordo assinado em maio entre o Hamas e a OLP, os principais ministérios em Gaza continuam comandados pelo grupo, disse Hamdallah.

Ele lembrou que uma autoridade do Ministério da Saúde da Cisjordânia foi atacada enquanto visitava Gaza durante o conflito, uma alegação negada pelo porta-voz do Hamas. De acordo com o premiê, a questão da desmilitarização do grupo - uma das principais demandas de Israel e dos países ocidentais - simplesmente "não pode ser solucionada agora", apesar da insistência israelense para que isso aconteça antes do início da reconstrução.

Ainda assim, o ex-professor de inglês, hoje com 56 anos, disse estar otimista quanto ao resultado da conferência do dia 12 de outubro para angariar recursos para Gaza. Ele prometeu que pediria à União Europeia e a países árabes para contribuírem com os custos de reconstrução, estimados em cerca de US$ 7,8 bilhões. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, ameaçou dissolver o novo governo de unidade palestino se o grupo militante Hamas não abandonar o poder na Faixa de Gaza.

Abbas disse a repórteres no Cairo na noite de sábado que não pode aceitar a situação atual em Gaza. Segundo ele, se o Hamas não aceitar uma autoridade central, "não iremos aceitar uma parceria com ele".

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O Hamas controla Gaza desde que derrotou as forças de Abbas em 2007. Em profundo isolamento internacional, o Hamas concordou com a formação de um novo governo de unidade com a Fatah, de Abbas, em junho. Mas ainda não cedeu o poder, mesmo depois de uma devastadora guerra contra Israel.

Ismail Radwan, líder do Hamas, criticou os comentários de Abbas, afirmando que eles contradizem o espírito da nova parceria. Fonte: Associated Press.

Um líder do grupo Hamas, Ismail Haniyeh, rejeitou nesta sexta-feira um pedido para que a organização se desarmasse como uma condição para encerrar o longo bloqueio na Faixa de Gaza e permitir a abertura de portos e aeroportos no território costeiro.

Haniyeh disse a uma multidão nas proximidade próxima à Cidade de Gaza que "não podemos aceitar ou negociar qualquer decisão internacional para desarmar a resistência", referindo-se ao Hamas e a outros grupos militantes palestinos.

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Israel tem dito que vai pressionar pelo desarmamento do Hamas em conversas indiretas realizadas no Cairo com o objetivo de chegar a uma solução para a situação de Gaza após uma guerra de 50 dias que matou mais de 2 mil pessoas, quase todas palestinas. O conflito acabou em 26 de agosto.

O Hamas faz pressão para abertura de um portos e um aeroportos na densamente povoada faixa litorânea e pelo levantamento do bloqueio israelense imposto em 2007.

Israel diz há algum tempo que precisa restringir a importação de cimento, canos e outros materiais de construção porque militantes usam esses materiais para construir foguetes, abrigos e túneis utilizados para realizar ataques em território israelense. Diferentemente da Autoridade Palestina, apoiada pelo Ocidente e sediada na Cisjordânia, o Hamas não aceita o direito de Israel existir. Fonte: Associated Press.

Um graduado líder do Hamas disse que o grupo está por trás do sequestro e morte de três adolescentes israelenses na Cisjordânia em junho. Trata-se da primeira vez em que um integrante do grupo militante faz tal afirmação. O sequestro dos jovens está na origem da atual guerra na Faixa de Gaza.

Salah Arouri disse, durante uma conferência na Turquia na quarta-feira, que o Hamas realizou os sequestros com o objetivo mais amplo de dar início a uma nova rebelião palestina. "Foi uma operação dos jovens irmãos das Brigadas al-Qassam", disse ele, referindo-se ao braço militar do Hamas.

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O grupo elogiou várias vezes os sequestros, mas Arouri, líder exilado do Hamas na Cisjordânia, é o primeiro membro do Hamas a assumir a responsabilidade pelo que aconteceu com os adolescentes.

Os sequestros deram início a uma repressão contra os palestinos que levaram a uma série de eventos que, por sua vez, culminaram na guerra travada atualmente. Fonte: Associated Press.

O Hamas informou nesta quinta-feira (21) que três chefes militares do grupo foram mortos em um ataque aéreo de Israel na Faixa de Gaza. Segundo o movimento, Mohammed Abu Shamaleh, Mohammed Barhoum e Raed al-Attar morreram no bombardeio que atingiu a cidade de Rafah, no sul da região, na manhã de hoje.

A polícia palestina e autoridades de saúde informaram que seis pessoas foram mortas pelo ataque e cerca de 12 pessoas continuam presas nos escombros do prédio de quatro andares que foi atingido na operação do exército israelense. Fonte: Associated Press.

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O braço armado do movimento palestino Hamas afirmou nesta quarta-feira (20) que as negociações para um cessar-fogo entre israelenses e palestinos terminaram após um ataque aéreo israelenses que matou a mulher e o filho do chefe do grupo militar Brigadas Ezzedine Al Qassam, Mohammed Deif.

“Apelamos à delegação palestina para sair imediatamente de Cairo [palco de negociações indiretas promovidas pelas autoridades egípcias] e não regressar”, disse o porta-voz das Brigadas Ezzedine Al Qassam, Abu Obeida, em uma transmissão da televisão Al Aqsa TV, que tem ligações com o Hamas. “Uma iniciativa [para um cessar-fogo] surgiu como um natimorto e foi enterrada com o mártir Ali Deif", filho de Mohammed Deif.

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A segunda mulher do líder militar do Hamas, Widad, de 27 anos, e o seu filho de 7 meses, Ali, morreram na noite de terça-feira em um ataque aéreo que destruiu um edifício de seis andares no bairro Sheikh Radwan na cidade de Gaza. Hoje, o movimento islâmico palestino Hamas confirmou que o líder militar está vivo. Nos ataques israelenses feitos ontem, 18 pessoas morreram e 120 ficaram feridas. Durante o conflito na Faixa de Gaza, morreram 2.030 palestinos e 10.300 foram feridos. Do lado israelense, desde o início da ofensiva em 8 de julho, morreram 67 pessoas (64 soldados e três civis).

Na transmissão na Al Aqsa TV, o porta-voz do braço armado do Hamas lançou um aviso para as companhias aéreas internacionais que queiram utilizar o aeroporto israelense de Tel Aviv a partir de amanhã.
“Alertamos as companhias aéreas internacionais e incentivamos as companhias que deixem de entrar no Aeroporto Ben Gurion a partir das 6h [meia-noite em Brasília] de quinta-feira”, alertou o representante. O porta-voz não deu mais pormenores sobre o aviso, mas o aeroporto de Tel Aviv tem sido alvo de tiros de foguetes disparados da Faixa de Gaza.

As tréguas respeitadas desde 11 de agosto entre o Hamas e Israel foram violadas na terça-feira quando foram disparados foguetes do território palestino atingindo o Sul de Israel, o que levou os israelenses a responderem com novos ataques, que acabaram por interromper as negociações entre as duas partes que estavam sendo promovidos pelo governo do Cairo.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu que o Hamas irá "pagar um preço intolerável" se continuar disparando foguetes contra Israel. Ele deu a entender que irá reavaliar suas operações na Faixa de Gaza, após as tropas israelenses terem destruído túneis construídos pelo Hamas na fronteira entre Israel e Gaza.

Em pronunciamento televisionado, Netanyahu disse que Israel prefere uma solução diplomática para o conflito recorrente com o Hamas, mas vai manter todas as opções militares em aberto para restaurar a segurança aos civis israelenses.

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Os comentários do líder israelense foram feitos depois de 26 dias de lutas, que já deixaram ao menos 1.650 palestinos mortos, a maioria civis, segundo funcionários de saúde palestinos. Do lado israelense, foram 66 mortes, sendo três de soldados.

O Hamas adotou um tom desafiador durante todo o conflito, dizendo que não vai suspender fogo, a menos que haja garantias seguras de que Israel e Egito irão suspender o bloqueio à Faixa de Gaza, que já dura sete anos. "Vamos continuar a resistir até alcançarmos nossos objetivos", disse o porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum, depois do discurso de Netanyahu. Fonte: Associated Press.

Depois do colapso do cessar-fogo entre Israel e Hamas da sexta-feira (1), será difícil chegar a um acordo que leve à suspensão do combate, disse o presidente dos EUA, Barack Obama, em entrevista na Casa Branca. Segundo ele, o sequestro de um oficial israelense - o tenente Hadar Goldin, de 23 anos - pelo grupo ou outra facção palestina reduz a possibilidade de que a comunidade internacional e o governo de Israel confiem em compromissos assumidos pelo Hamas.

O cessar-fogo de 72 horas anunciado ontem acabou 90 minutos depois de iniciado, na manhã de sexta-feira, quando dois soldados israelenses morreram e um terceiro foi sequestrado em um dos túneis construídos pelo Hamas entre Gaza e Israel. "Se eles são sérios em relação a resolver essa situação, o soldado deve ser libertado imediatamente e de maneira incondicional", declarou Obama. O presidente ressaltou que o Hamas disse estar representando todas as facções palestinas de Gaza quando aceitou o cessar-fogo.

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Dilema

Obama disse que há um "dilema" entre o direito de Israel de se defender e a preservação da vida de civis em Gaza, colocadas em risco pela prática do Hamas de lançar foguetes de áreas densamente povoadas.

Apesar das dificuldades, ele afirmou que seu governo continuará a trabalhar na busca de um cessar-fogo e de um acordo de longo prazo que coloque fim ao conflito entre israelenses e palestinos. Também disse que fará "tudo o que puder" para reduzir o número de vítimas civis em Gaza, onde pelo menos 1,4 mil pessoas morreram desde o início do conflito, no dia 7 - início da operação Limite Protetor lançada por Israel.

O presidente defendeu o secretário de Estado, John Kerry, e disse que ele foi alvo de "críticas injustas" em razão de sua atuação na negociação de um cessar-fogo, na semana passada. A atuação de Kerry foi atacada duramente por Israel, que considerou suas propostas favoráveis ao Hamas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A trégua de 72 horas entre Israel e o Hamas, resultado de enorme esforço diplomático dos Estados Unidos e da ONU, durou 90 minutos. Israel voltou a castigar a Faixa de Gaza com disparos de tanques, depois que o Hamas matou dois soldados israelenses e capturou um terceiro, segundo militares.

O dia da trégua fracassada acabou com 62 palestinos mortos - mais do triplo da véspera, quando haviam morrido 17 - e 350 feridos. As negociações podem ser retomadas amanhã, no Egito.

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Conforme havia avisado, Israel manteve as operações de destruição dos túneis que ligam a Faixa de Gaza a seu território. E foi justamente em um desses túneis que a trégua sucumbiu: combatentes do Hamas, um deles suicida, emboscaram soldados israelenses na saída de um túnel no sul da Faixa de Gaza.

De acordo com o tenente-coronel Peter Lerner, porta-voz do Exército israelense, um dos combatentes detonou o colete com explosivos que levava. Seguiu-se troca de tiros, dois soldados foram mortos e um terceiro, identificado como o tenente Hadar Goldin, de 23 anos, foi levado pelos combatentes. Lerner disse que o Exército estava fazendo um "esforço extenso" para localizar o oficial. O Hamas negou ter capturado o militar israelense.

O confronto eleva para 61 o número de soldados israelenses mortos desde o início da ofensiva, no dia 7. Outros três civis, dois israelenses e um tailandês também morreram, atingidos por foguetes do Hamas. Do lado palestino, segundo o Ministério da Saúde em Gaza, foram 1.509 mortos - a grande maioria, civis - e mais de 8.300 feridos.

A trégua foi anunciada na noite de quinta-feira pelo secretário de Estado americano, John Kerry, e pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. A madrugada de ontem (1) foi de intensa atividade da artilharia israelense. O repórter do Estado ouviu também o disparo de ao menos dois mísseis. A trégua entrou em vigor às 8 horas locais (2 horas em Brasília).

Famílias carregando colchões e outros pertences, de carro ou a pé, começaram a voltar para suas casas nas áreas atingidas pelos bombardeios. Mohamed Abu Halim, de 25 anos, que morava em um prédio ao lado de uma mesquita, ambos destruídos, disse ao Estado que no dia 23 à noite estava em casa quando o bombardeio começou. Cerca de 50 pessoas moravam no prédio e todas fugiram, sem ninguém ficar ferido, disse Halim, funcionário do Ministério da Economia.

Enquanto ele falava, chegou a notícia de que Israel tinha voltado a bombardear. Halim e outros moradores saíram correndo. O repórter seguiu para o extremo leste da Cidade de Gaza e viu os tanques do Exército israelense disparando contra alvos dentro da Faixa de Gaza. Somente no mercado de Rafah, 40 pessoas foram mortas e 250 feridas em um ataque israelense após a emboscada no túnel.

Politicamente, a captura de soldados israelenses é mais dramática do que sua morte, pois dá início a um debate interno, sobre se Israel deve negociar com o inimigo, e em que termos. Em 2011, o soldado Gilad Shalit foi solto pelo Hamas, após cinco anos de cativeiro, em troca da libertação de 1.027 palestinos. A captura de Goldin confirma um dos maiores temores de Israel: de que a rede de 31 túneis seria usada com esse fim, além de ataques-surpresa contra os kibutzim (fazendas coletivas). As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O movimento islâmico Hamas negou nesta terça-feira (29) ter aceitado um acordo para um cessar-fogo de 72 horas, contradizendo o secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina, Yasser Abed Rabbu, que havia proposto uma trégua após um suposto acordo entre o Hamas e a Jihad Islâmica.

“A declaração de Yasser Abed Rabbu sobre o Hamas ter concordado com um cessar-fogo durante 24 horas não é correta e não tem nada a ver com a postura da resistência”, disse o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri. “Vamos considerar um cessar-fogo quando Israel se comprometer com isso, observando as garantias internacionais”, completou.

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Minutos antes da declaração de Abu Zuhri, líderes palestinos haviam declarado que estavam “preparados” para um cessar-fogo humanitário imediato durante 24 horas prorrogáveis por mais 48 horas.

Já são1.191 palestinos mortos desde o início da recente ofensiva de Israel contra Gaza. Os ataques da artilharia israelense se intensificaram desde ontem (28) à noite, especialmente nas zonas de Bureij (centro), Jabaliya (norte) e Rafah (sul). Além disso, o exército israelense anunciou hoje ter matado cinco combatentes palestinos num túnel no interior da Faixa de Gaza.

Mais de sete mil pessoas ficaram feridas em três semanas de conflitos. Israel também registou baixas militares ontem, com a morte de 10 soldados. O número de soldados israelenses mortos chega a 53, o maior desde a ofensiva contra o movimento xiita libanês Hezbollah, em 2006.

Jerusalém, 27/07/2014 - O Hamas anunciou há pouco concordar com um novo cessar-fogo de 24 horas, depois de ter rejeitado proposta de Israel e o conflito ter sido reiniciado no começo deste domingo. O porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, disse que o cessar-fogo poderia ser iniciado às 7h (de Brasília) de hoje. Amanhã ou terça-feira, dependendo da visão da lua nova, começam as comemorações de três dias do Eid al-Fitr, que encerra o feriado mais longo feriado muçulmano Ramadan.

O porta-voz do exército de Israel, coronel Peter Lerner, não confirmou se Israel suspenderá o bombardeio contra a Faixa de Gaza a partir desse horário, mas afirmou que seu exército continuará demolindo os túneis militares do Hamas.

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O Hamas pedia a suspensão do bloqueio de Israel e do Egito no território e a liberação de prisioneiros como condição para um novo cessar-fogo, seguindo-se ao de sábado. Mesmo assim, Israel havia decidido, unilateralmente, dar prosseguimento ao cessar-fogo até às 17h (de Brasília) deste domingo, advertindo que responderia militarmente a qualquer foguete vindo de Gaza e que, de qualquer forma, seguiria demolindo os túneis entre fronteiras utilizados pelos militantes para ataques.

No entanto, nesta manhã Israel retomou sua ofensiva, dando por encerrada uma extensão unilateral de cessar-fogo humanitário, após militantes palestinos terem atirado vários foguetes contra o sul de Israel.

O exército de Israel disse que aproximadamente uma dúzia de foguetes foram atirados contra Israel desde a meia noite, sem causar mortes ou prejuízos, e que, por isso, "retomaria as atividades aéreas, navais e por terra na Faixa de Gaza". Fonte: Associated Press.

Beit Hanoun, Faixa de Gaza, 26/07/2014 - Um representante do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, disse que o grupo rejeitou a prorrogação de quatro horas no cessar-fogo anunciada mais cedo por Israel. Sami Abu Zuhri enviou uma mensagem de texto a jornalistas na noite deste sábado, dizendo que "não há acordo para prorrogar a trégua por mais quatro horas".

Israel estabeleceu seus próprios termos para o cessar-fogo, dizendo que continuará destruindo túneis secretos usados pelo Hamas na fronteira com a Faixa de Gaza. Enquanto isso, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e a comissária de Relações Exteriores da União Europeia, Catherine Ashton, estão em Paris discutindo como transformar a trégua de 12 horas que começou na manhã deste sábado em um cessar-fogo sustentável. Fonte: Associated Press.

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