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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, diz acreditar que sua missão de emergência ao Oriente Médio resultará no fim dos combates entre Hamas e Israel "em um futuro muito próximo".

Por videoconferência a partir de Ramallah, na Cisjordânia, ele disse ao Conselho de Segurança que não podia revelar publicamente detalhes "neste momento altamente sensível". Quando Ban Ki-moon começou a falar, uma sirene podia ser ouvida ao fundo. "É minha esperança e crença de que essas negociações levarão a resultados e colocarão fim ao conflito em um futuro muito próximo", disse. Ele advertiu, porém, que "é claro que existem muitos obstáculos e complexidades".

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O chefe da ONU, que visitou também Qatar, Kuwait, Cairo e Jerusalém, afirmou que ainda irá à Jordânia e à Arábia Saudita, no que ele chamou de "missão de solidariedade e paz". Nos últimos três dias, Ban Ki-moon se reuniu com o chefe da Liga Árabe, os líderes árabes, palestinos e israelenses, além do secretário de Estado americano, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores da Noruega. Ele ainda conversou com o presidente francês, François Hollande. Fonte: Associated Press

O principal líder do Hamas na Faixa de Gaza, Ismail Haniyeh, indicou nesta segunda-feira (21) que o grupo militante islâmico não vai concordar com um cessar-fogo incondicional com Israel, afirmando que o objetivo do atual confronto é encerrar o bloqueio ao território costeiro palestino, que já dura sete anos.

As declarações de Haniyeh foram feitas no momento em que o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, e o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, se encaminham para o Cairo, onde intensificarão os esforços diplomáticos para um cessar-fogo.

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Pelo menos 540 palestinos e 20 israelenses foram mortos nas duas últimas semanas de confrontos. O bloqueio foi imposto por Israel e pelo Egito depois de o Hamas tomar o controle de Gaza em 2007. No último ano, o Egito intensificou as restrições, o que levou o Hamas a uma profunda crise financeira.

Em discurso transmitido pela televisão, nesta segunda-feira, Haniyeh disse que "não podemos voltar atrás, não podemos voltar ao silêncio da morte" do bloqueio.

Segundo ele, os 1,7 milhão de moradores de Gaza compartilham dessa exigência. "Gaza decidiu encerrar o bloqueio por seu sangue e sua coragem", afirmou. "Este cerco, este cerco injusto, deve ser levantado." Fonte: Associated Press.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, parte neste sábado rumo ao Oriente Médio para ajudar a mediar as negociações referentes ao conflito na Faixa de Gaza, envolvendo Israel e o Hamas. A informação foi dada pelo subsecretário-geral para Assuntos Políticos das Nações Unidas, Jeffrey Feltman, que participou hoje de reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para tratar do assunto.

Segundo ele, o cessar-fogo é "indispensável" para que os urgentes esforços humanitários sejam bem-sucedidos. Para Feltman, a agência de refugiados da ONU já está em seu limite.

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O embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, ameaçou recorrer à entidade e aos tribunais internacionais - o que provavelmente inclui o Tribunal Penal Internacional - se o Conselho de Segurança da ONU não agir para proteger os civis palestinos dos ataques de Israel e acabar com o conflito em Gaza.

Para Mansour, a "selvagem" agressão de Israel na Faixa de Gaza "não pode ser justificada por qualquer meio". "Isso não é auto-defesa", enfatizou. "Isso é uma agressão militar vingativa e intencionalmente planejada", disse. Ele ainda acrescentou que a campanha israelense é projetada para destruir "a unidade palestina e colocar em colapso o governo de consenso nacional".

O embaixador israelense, Ron Prosor, por sua vez, afirmou que o Hamas estava usando ambulâncias com crianças "para mover seus terroristas ao redor de Gaza". Segundo ele, o Hamas "vive pela violência e celebra a morte". "Eu quero ser claro, nossas forças estão lutando em Gaza, mas eles não estão lutando contra o povo de Gaza.", destacou. Fonte: Associated Press

Moradores de Gaza lotaram bancos, mercados e lojas nesta quinta-feira para aproveitar o breve cessar-fogo que deu a eles a primeira trégua dos ataques israelenses em dez dias de pesados confrontos entre o Hamas e Israel.

Mas a trégua foi colocada em dúvida quando militantes de Gaza dispararam três morteiros na direção de Israel pouco depois do início da interrupção do conflito, às 10h (horário local, 4h00 em Brasília), mas o episódio parece ter sido um incidente isolado e Israel não respondeu.

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A Cidade de Gaza, que foi um local virtualmente fantasma nos últimos dez dias, voltou à normalidade minutos depois do início da trégua. As ruas estavam cheias, motoristas tocavam suas buzinas e a polícia do Hamas organizava o tráfego em cruzamentos movimentados.

Filas com centenas de pessoas se formavam do lado de fora dos bancos, com pessoas de acotovelando e gritando para chegar aos caixas eletrônicos. Numa feira livre, os consumidores enchiam sacolas plásticas com frutas, vegetais e frangos recém abatidos.

A corrida para comprar comida e pegar dinheiro nos bancos indica que os moradores do território costeiro não esperam que o conflito com Israel vá se encerrar logo. O Egito fez uma nova proposta para um cessar-fogo, depois do fracasso da primeira delas no início da semana, mas as exigências de Israel e do Hamas são chegam a um denominador comum.

"A situação deve piorar porque não há uma saída clara", disse Moussa Amran, de 43 anos, doleiro que trabalha no centro da Cidade de Gaza.

A trégua temporária desta quinta-feira, intermediada pela Organização das Nações Unidas (ONU), aconteceu depois de Israel ter realizado cerca de 2 mil ataques aéreos contra Gaza nos últimos 10 dias e de o Hamas ter disparado mais de 1.300 foguetes contra Israel. Os confrontos mataram, até agora, mais de 230 palestinos e um israelense.

Os confrontos continuavam na manhã desta quinta-feira pouco antes do cessar-fogo. O Exército israelense informou ter impedido um ataque de 13 militantes que entraram em Israel por meio de um túnel saindo de Gaza. Aviões israelenses atacaram os militantes na boca do túnel, cerca de 250 metros dentro do território de Israel, perto de um kibutz.

Segundo o tenente-coronel Peter Lerner, porta-voz militar, o Exército acredita ter matado pelo menos um militante e que os demais voltaram para Gaza pelo túnel.

Imagens divulgadas pelos militares mostram algumas pessoas rastejando lentamente por o que parece ser um buraco no chão. Outras imagens mostram a explosão provocada pelo ataque na entrada do túnel. Lerner disse que os militantes estavam armados com "armas pesadas", que incluíam granadas propelidas por foguete. Fonte: Associated Press.

A busca de três adolescentes judeus sequestrados no dia 12 na Cisjordânia resultou na prisão de pelo menos 355 palestinos - segundo a imprensa israelense - na semana passada. Na última sexta-feira (21), dois palestinos foram mortos a tiros pelas forças de Israel, que vasculhavam o território ocupado. Por trás da operação, Israel admite haver um objetivo mais abrangente: destruir a infraestrutura do Hamas na Cisjordânia.

Somente na última quarta-feira, foram presos quase 70 palestinos libertados em 2011 durante uma troca que o Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza, fez com o governo pelo soldado Gilad Shalit. Aproximadamente 1.500 soldados foram mobilizados. Na escola onde um dos desaparecidos estudava, uma sala improvisada serviu para alguns jornalistas estrangeiros conversarem com o porta-voz do Exército, Peter Lerner.

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As operações de busca impossibilitaram a chegada do militar, que falou por meio de um link na internet. "Temos duas operações paralelas, a primeira para trazer de volta os garotos e a segunda para dar um golpe importante nas infraestruturas e instituições terroristas do Hamas", explicou, acrescentando trabalhar com a esperança de que os jovens ainda estejam vivos.

À reportagem, o porta-voz do Exército afirmou: "As operações não vão parar mesmo que encontremos os garotos na situação que for. Queremos destruir a estrutura do Hamas na Cisjordânia". Peter insistiu que o Hamas está por trás do desaparecimento. "Temos provas disso, temos confiança nos fatos, mas ainda não posso dar evidências". Questionado sobre para onde os garotos teriam sido levados, o militar disse que provavelmente estão na Cisjordânia. Nove brigadas combatem o Hamas em todos os níveis. Elas prenderam parlamentares e líderes do grupo islâmico. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um tribunal egípcio proibiu nesta terça-feira as atividades do grupo militante palestino Hamas, que governa a vizinha Faixa de Gaza e ordenou que os ativos da organização sejam confiscados, informou uma fonte judicial. A medida deve alimentar as tensões entre o governo egípcio, apoiado pelos militares, e o grupo islâmico.

As relações entre o Egito e o Hamas se deterioraram bastante desde que as Forças Armadas derrubaram Morsi, em julho do ano passado. O governo interino egípcio afirma que o Hamas tem um importante papel na insurgência de militantes na região da Península do Sinai, que faz fronteira com Gaza e Israel.

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Em Gaza, Izzat Rishq, graduado integrante do Hamas, condenou a decisão judicial, dizendo que o movimento vê a ação como uma "decisão política" contrária ao povo palestino e à sua resistência. As declarações foram feitas por meio de comunicado enviado por e-mail.

A decisão deste terça-feira, tomada pelo Tribunal de Assuntos Urgentes, foi resultado de um caso aberto por um advogado egípcio que quer que o Hamas seja considerado uma organização terrorista e a suspensão de todas as relações com o grupo. A decisão judicial, porém, não declara diretamente o grupo como uma organização terrorista.

O ministro de Relações Exteriores do Egito, Nabil Fahmy, disse em coletiva de imprensa previamente marcada, que não estava ciente da decisão, mas afirmou que "qualquer um que tome ações que tenham implicações em nossa segurança representa uma preocupação para nós", respondeu ele quando perguntado sobre as relações entre Egito e Hamas.

As autoridades egípcias também destruíram muitos dos túneis abertos sob a fronteira entre Egito e Gaza que são usados pelos palestinos do território para contrabandear um grande quantidade de bens do Egito, dentre eles gasolina e medicamentos.

O Hamas tem fortes relações com a Irmandade Muçulmana e os dois grupos estreitaram suas ligações durante o período em que Morsi esteve no poder.

Morsi e muitos de seus companheiros da Irmandade estão presos e são acusados de uma série de crimes, muitos dos quais podem levá-los a pena de morte. Dois dos casos envolvem membros do Hamas, acusados de ajuda Morsi e outros integrantes da Irmandade de escapar da prisão em 2011. O ex-presidente e seus companheiros também são acusados, em outro processo, de vazar segredos de Estado para o Hamas.

O advogado que abriu o caso, Samir Sabry, disse que a decisão significa que qualquer integrante do Hamas que esteja no Egito perdeu toda a proteção legal para sua permanência e deve detido. Fonte: Associated Press.

O braço armado do Hamas, no poder na Faixa de Gaza, acusou nesta quinta-feira o Twitter de aplicar um "duplo golpe" a favor de Israel por ter suspenso sua conta em inglês.

"O Twitter aplica um duplo golpe ao permitir que o exército sionista use o terrorismo contra os inocentes e utilize sua conta para proferir ameaças, violando de forma flagrante as normas desta rede social", declarou o porta=voz das Brigadas Ezedin al Qasam, Abu Obeida.

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O Twitter suspendeu a conta em inglês destas brigadas, que são o braço armado do Hamas.

Indagado pela AFP sobre os motivos desta suspensão, um porta-voz do Twitter respondeu que a rede "não faz comentários sobre contas privadas por razões de privacidade e de segurança".

O Hamas, grupo fundamentalista islâmico da Palestina que controla a Faixa de Gaza, em Israel, comemorou a morte do ex-premiê Ariel Sharon. "Vamos lembrar de Ariel Sharon como o homem que matou, destruiu e causou o sofrimento de várias gerações de palestinos', disse um dos líderes do Hamas, Khalil Al Hayya.

"Depois de oito anos, ele está indo na mesma direção que outros tiranos e criminosos cujas mãos estavam cobertas de sangue palestino", completou. O ex-primeiro ministro de Israel deixou o cargo em 2006, após sofrer um derrame. Desde então, Sharon permaneceu em estado vegetativo. Ele morreu neste sábado por volta das 14h25, no horário de Israel. Fonte: Associated Press

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A chefe da Organização das Nações Unidas para direitos humanos, Navi Pillay, pediu nesta quarta-feira que os militantes do grupo Hamas ("Movimento de Resistência Islâmica") suspenda uma série de execuções planejadas após o fim do muçulmano de Eid al-Fitr.

"Eu estou profundamente preocupada com a possibilidade de que as execuções possam ser feitas durante as próximas semanas em Gaza e peço com urgência para as autoridades de fato que não sigam em frente com as sentenças de morte", disse Pillay em um comunicado.

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O feriado de Eid al-Fitr, que marca o fim do mês do Ramadã, terminou no domingo.

Durante o mês do Ramadã, autoridades do Hamas haviam dito que as execuções ocorreriam depois do feriado, mas não deram uma data específica.

Pillay descreveu o processo judicial em Gaza como algo severamente problemático. "Estou preocupada com o processo pelo qual as sentenças de morte foram impostas por tribunais militares e civis na Faixa de Gaza", disse ela.

"Sérias preocupações também têm sido levantadas sobre maus-tratos e tortura durante os interrogatórios de pessoas, mais tarde condenadas à morte."

Pillay também afirmou que a legislação internacional de diretos humanos exige um padrão rigoroso para tribunais sobre caso onde a sentença de morte é aplicada. "Uma exigência absoluta é que a pena de morte só pode ser imposta depois de um julgamento justo. Atualmente, isso não é possível em Gaza, nem legalmente, nem na prática", disse ela. Fonte: Dow Jones Newswires.

Azzam al-Ahmed, autoridade do Fatah, disse nesta terça-feira que os grupos rivais Fatah e Hamas concordaram em formar um governo de unidade nacional em três meses. Ele afirmou que ambos os lados chegaram a um acordo sobre um calendário que começa com a criação de leis para reger as eleições.

Al-Ahmed deu as declarações no Cairo, capital do Egito, após encontrar-se com uma delegação do Hamas liderada por Moussa Abu Marzouk. A reunião desta terça-feira foi intermediada por autoridades de inteligência egípcias.

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O grupo militante Hamas controla a Faixa de Gaza, enquanto a Autoridade Palestina, apoiada pelo Ocidente, governa áreas autônomas na Cisjordânia. Os territórios estão politicamente divididos desde 2007. As informações são da Associated Press.

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O Centro Palestino para os Direitos Humanos afirma que muitos jovens foram forçados a raspar a cabeça pela polícia do grupo militante islâmico Hamas. Segundo a ONG, o motivo seria porque o corte de cabelo dos jovens seria considerado "indecente" por parte do Hamas, que governa a Faixa de Gaza.

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"Estava indo comprar pão. Meu cabelo era normal, como de qualquer jovem da minha idade (…). Um jipe da polícia parou e me disseram para entrar", afirmou o jovem Tarek Alnakeeb, que teve o seu cabelo raspado.

A polícia confirmou que alguns rapazes foram obrigados a corta o cabelo, mas informou que a medida foi tomada por causa de um comportamento inadequado de grupos que estariam assediando mulheres nas ruas. O porta-voz do governo negou as informações de que tenha havido brutalidade policial, entretanto, não deixou clara as circunstâncias da ação.

O grupo militante palestino Hamas confirmou a reeleição de seu antigo líder, Khaled Meshal, em votação realizada no Cairo. Em comunicado divulgado nesta terça-feira, o grupo disse que a eleição ocorreu após a votação de líderes de Gaza, na Cisjordânia, no exílio e daqueles que estão em prisões israelenses.

Meshal, de 56 anos, lidera o grupo desde 1996. Ele é considerado relativamente pragmático e contra com o apoio de potências regionais como Turquia, Egito e Catar. A expectativa é que Meshal enfrente a questão da reconciliação com o presidente Mahmoud Abbas, que governa a Cisjordânia.

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O Hamas assumiu o controle de Gaza em 2007. Deste então, os governos rivais estabeleceram administrações separadas nos dois territórios. De acordo com duas autoridades do Hamas, Meshal não teve opositores na votação ocorrida na segunda-feira, conquistando o apoio a maioria do Conselho Shura do Hamas, que tem cerca de 60 integrantes. As informações são da Associated Press.

O grupo islâmico Hamas reelegeu Khaled Meshal como seu líder nesta segunda-feira, informaram duas fontes na facção política palestina.

Meshal, de 56 anos, dirige o Hamas do exílio desde 1996 e era considerado favorito. Ele conta com o apoio de potências regionais como Turquia e Egito e está atualmente exilado no Catar.

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Analistas consideram que sua reeleição pode resultar na retomada dos esforços de reconciliação entre o Hamas e o Fatah, facção do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmud Abbas.

As fontes disseram que a maioria dos integrantes do Conselho Shura do Hamas votou em Meshal, mas não forneceram mais detalhes. As informações são da Associated Press.

Israel reabriu nesta quinta-feira os entroncamentos na fronteira com a Faixa de Gaza que haviam sido fechados depois de milicianos palestinos terem disparado foguetes em direção ao sul israelense durante a visita, na semana passada, do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, à região.

Os foguetes disparados na direção de Sderot causaram danos, mas não deixaram vítimas. Os disparos levaram Israel a fechar o único entroncamento comercial do sitiado território palestino litorâneo e a restringir o fluxo de civis somente a casos humanitários. Israel também diminuiu o trecho do litoral que pode ser usado por pescadores palestinos.

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Hoje, Israel reabriu o entroncamento comercial e voltou a permitir que palestinos com autorização para atravessar a fronteira entrassem em seu território. As restrições à pesca, no entanto, foram mantidas.

Também nesta quinta-feira, o exército informou a detenção, na véspera, de cinco líderes do Hamas na Cisjordânia, entre eles o deputado Mohammed Jamal Natshe. Ao longo dos últimos anos, Israel tem prendido repetidamente legisladores do Hamas, considerado "terrorista" pelo governo do país. As informações são da Associated Press.

O líder do Hamas, Khaled Meshal, rejeitou neste sábado (8) ceder sequer "uma polegada" do território palestino a Israel ou reconhecer o Estado judeu. As declarações foram feitas durante um discurso em Gaza, parte das comemorações do 25º aniversário de fundação do grupo islamita.

"A Palestina é nossa terra e nossa nação compreende o território que vai do Mar Mediterrâneo até o rio Jordão, de norte a sul, e nós não podemos ceder uma polegada ou qualquer parte dele", disse Meshal a respeito do território ocupado por Israel e pela Autoridade Nacional Palestina (ANP).

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"A resistência é a forma correta de recuperar nossos direitos, assim como todas as formas de luta - política, diplomática, legal e popular - mas todas são sem sentido sem a resistência", disse ele durante sua histórica visita a Gaza.

Ao falar sobre a unidade palestina, ele afirmou que "somos uma única autoridade, uma única referência e nossa referência é a Organização pela Libertação da Palestina (OLP), que queremos unida".

A OLP é, aos olhos da comunidade internacional, o único organismo que pode falar por todo o povo palestino. O Hamas não pertence à OLP, cujo principal dirigente é o presidente palestino Mahmoud Abbas, mas um ano atrás Meshal disse que seu grupo e outras facções estavam "no caminho para se integrar" à organização.

Suas declarações podem ser vistas como a mais recente tentativa do Hamas se unir à OLP e consolidar as fileiras palestinas. Em 2006, o Hamas venceu a eleição geral por maioria dos votos, derrotando o Fatah, partido de Abbas.

Cerca de 18 meses mais tarde, o Hamas depôs as forças do Fatah em Gaza após várias semanas de confrontos de rua e o grupo islamita passou a governar o território. Como resultado, atualmente Abbas comanda apenas a Cisjordânia, ocupada por Israel.

Meshal cruzou a fronteira do Egito com Gaza na sexta-feira, em sua primeira visita aos territórios palestinos desde 1975, na companhia de seu vice, Mussa Abu Marzuk.

Ele discursou durante um evento que, segundo os organizadores, reuniu mais de 100 mil partidários no complexo Al-Qitaba, a oeste da Cidade de Gaza, local que foi transformado num mar de bandeiras verdes do Hamas.

As celebrações ocorrem pouco mais de duas semanas depois de uma trégua, negociada pelo Egito, ter interrompido oito dias de sangrentos confrontos com Israel, que deixaram 174 palestinos mortos. As informações são da Dow Jones.

O Irã deveria reconsiderar seu apoio ao governo da Síria se não quiser alienar a opinião pública árabe, advertiu nesta segunda-feira Mussa Abu Marzuk, vice-líder do Hamas, movimento palestino apoiado pelo Irã.

"A posição do Irã no mundo árabe não é mais uma boa posição", disse Marzuk, cujo movimento havia mantido uma base em Damasco, durante uma breve entrevista coletiva concedida em sua nova sede no Cairo, a capital do Egito.

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O Hamas, que governa a Faixa de Gaza, realocou sua liderança de Damasco para o Catar e o Egito após uma desavença com o presidente sírio, Bashar Assad, por causa da brutal repressão do governo aos protestos iniciados em março do ano passado, que em pouco tempo se converteu em guerra civil.

Como resultado, o grupo islâmico Hamas já não é mais tão próximo quanto antes de Teerã, que fornece armas a militantes palestinos. "O Irã pediu que o Hamas adotasse uma posição mais próxima da Síria. O Hamas se recusou, e isso tem afetado o relacionamento com o Irã", comentou Abu Marzuk. As informações são da Dow Jones.

O governo do Hamas na Faixa de Gaza decidiu perdoar os 22 membros do Fatah que estão presos no território.

Segundo Taher al-Nunu, porta-voz do Hamas, o governo criou uma comissão para implementar esta decisão e estabelecer uma nova etapa de reconciliação com os presos envolvidos com a divisão interna das facções, que existe desde 2006.

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O anúncio acontece três dias depois de o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmud Abbas, ter telefonado para o primeiro-ministro de Gaza, Ismail Haniye, para parabenizá-lo "pela sua vitória e oferecer condolências para os mártires" do conflito israelense-palestino.

As tensões entre o Hamas e o Fatah têm se intensificado desde 2006, quando o movimento islâmico venceu as eleições legislativas em Gaza. O Hamas assumiu o poder no ano seguinte, ao repelir uma tentativa de golpe da facção rival. A crise pôs fim a um acordo de partilha do poder entre os grupos. As informações são da Dow Jones.

O bombardeio de oito dias de Israel contra a Faixa de Gaza pode custar mais de US$ 1,2 bilhão em danos diretos e indiretos, afirmou neste domingo Taher al-Nunu, porta-voz do grupo islâmico Hamas.

Em entrevista coletiva concedida na Cidade de Gaza, ele disse que os danos diretos causados pelos ataques aéreos israelenses provocaram custo de US$ 545 milhões, enquanto os custos indiretos já somam US$ 700 milhões.

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Segundo Nunu, a operação israelense destruiu 200 casas e danificou cerca de 8 mil residências, além de destruir 42 edifícios não residenciais, incluindo a sede do governo da facção islâmica.

De acordo com o Ministério de Saúde do Hamas, o conflito deixou 166 moradores de Gaza mortos, a maioria civis, e outras 1.235 pessoas feridas. Em Israel, o lançamento de foguetes a partir de Gaza matou seis israelenses e deixou mais de 240 feridos. As informações são da Dow Jones.

Quem entra na Faixa de Gaza pela fronteira israelense, primeiro passa pelos entulhos da guerra de 2008-2009 para, depois, começar a ver os sinais da ofensiva militar da última semana. A palavra "reconstrução" aqui tem sentido mais profundo: do aspecto físico, de recolocar tijolos e reerguer lugares arrasados, a uma dimensão econômica e espiritual, de retomar a vida como um dia ela foi.

No entanto, após o último ciclo de violência entre Hamas e Israel, boa parte dos moradores de Gaza parece "menos pessimista" ao falar sobre o futuro. Primeiro, em razão da solidariedade vinda de governos vizinhos durante os oito dias de conflito - Gaza recebeu um premiê e vários ministros do mundo islâmico -, algo impensável na guerra de quatro anos atrás, antes da Primavera Árabe. Segundo, o acordo de cessar-fogo prevê um abrandamento do bloqueio israelense, ainda que não esteja claro o que isso significa exatamente.

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Apesar da chuva, o tradicional mercado de peixes, na sexta-feira, estava cheio. Ontem, Israel relaxou as restrições a pescadores em Gaza como parte do cessar-fogo intermediado pelo Cairo. Agora, eles podem pescar a uma distância de 6,9 quilômetros, em vez de 4,8 quilômetros - o que ainda é pouco, segundo os palestinos. Em águas rasas demais, eles só trazem sardinhas, camarões e caranguejos. Os peixes maiores vêm do Egito.

"Esse mar é farto, costumava pegar até lagostas, mas preciso de pelo menos 20 milhas náuticas (pouco mais de 37 quilômetros)", reclama Ismail Ahlam, que desistiu de pescar e hoje revende em um carrinho peixes dos colegas. "Navios israelenses abrem fogo contra os pescadores - nos últimos meses, três foram mortos. Eu fiquei com medo e parei."

Fronteira aberta. A situação no Hospital Shifa, o maior de Gaza, também era bem diferente da vivida na guerra de quatro anos atrás. Shifa tem 500 leitos, mas atende uma área onde vive mais de um milhão de pessoas, explica o doutor Ahmad Jarou, um dos responsáveis pela UTI.

"Aqui, faltam sempre produtos descartáveis, como seringas, além de medicamentos. Nossos aparelhos de tomografia e ressonância magnética não funcionam há meses, pois não encontramos peças para eles."

Nos oito dias da ofensiva, o presidente do Egito, Mohamed Morsi, abriu a fronteira e todos os pacientes em estado crítico foram levados a hospitais egípcios. Na sexta-feira, a UTI de Shifa abrigava apenas oito vítimas da violência.

"Agora, nós não temos mais aquela situação de corredores lotados com feridos, embora a nossa infraestrutura médica ainda seja bastante precária." A chave para melhorar o atendimento em Gaza, de acordo com o doutor Jarou, é a construção de mais hospitais.

Decadência. A indústria dos túneis clandestinos que ligam o território ao Egito já estava enfraquecida desde que Israel abrandou o bloqueio ao território, sobretudo após o incidente com a flotilha turca, há dois anos. Se o Egito ampliar o comércio, os contrabandistas devem decretar de vez a falência.

Um relatório da ONU publicado este ano sob o título de Gaza: um lugar onde será possível viver em 2020? alerta que dois fenômenos nefastos prejudicam a reconstrução: o desemprego, de 35% a 65%, que atinge principalmente jovens, e o fim da indústria local - 97% das fábricas fecharam ou operam com mínima capacidade desde o início do bloqueio. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

A chancelaria do Egito anunciou na tarde desta quarta-feira que um cessar-fogo entre Israel e o movimento Hamas, que controla a Faixa de Gaza, entrará em vigor às 17h desta quarta-feira (hora de Brasília; 19h, no horário internacional). A emissora Al Jazeera, do Catar, confirmou com fontes palestinas na Faixa de Gaza que uma trégua foi firmada. Um funcionário palestino no Cairo disse à Associated press que o Egito será o fiador da trégua.

As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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