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Mohammed Deif, um alto líder do Hamas, está pedindo para que os combatentes do grupo sigam com os ataques contra Israel. Deif, seriamente ferido em um ataque aéreo israelense em 2003, disse que o Hamas "deve investir todos os recursos para erradicar esse agressor de nossa terra", em referência a Israel.

Deif é um dos fundadores do braço militar do Hamas e era o principal comandante do grupo até ser ferido há nove anos. Ele foi substituído por Ahmed Jbari, que foi assassinado por Israel na semana passada no início da operação do país em Gaza.

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O presidente do Egito, Mohamed Morsi, disse neste sábado (17) que seu governo está em contato com israelenses e o grupo palestino Hamas e que há indicações de que os dois lados podem chegar a uma trégua "em breve". "Há algumas indicações de que pode haver um cessar-fogo em breve", disse Morsi em entrevista coletiva ao lado do premiê turco, Recep Tayyip Erdogan. Morsi acrescentou, porém, que "não há garantias" de que isso vá ocorrer.

O chefe da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, irá liderar uma delegação até Gaza para demonstrar solidariedade aos palestinos. Em reunião de emergência neste sábado, ministros de Relações Exteriores de países-membros da Liga Árabe decidiram reconsiderar suas iniciativas no processo de paz com Israel e revisar sua posição em relação ao processo como um todo.

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A reunião foi convocada após uma série de encontros para coordenar uma resposta árabe e turca ao conflito de quatro dias, que já matou mais de 40 palestinos e três israelenses. Segundo Al-Arabi, a delegação viajará até Gaza no domingo ou na segunda-feira.

Em 2002, a Liga Árabe ofereceu reconhecimento diplomático a Israel, em troca de sua retirada de todos os territórios ocupados e de um acordo justo para a questão dos refugiados palestinos.

Em declaração divulgada após a reunião de emergência, os ministros pediram que os países árabes obedeçam às decisões anteriores da Liga de interromper a normalização de relações com Israel. Segundo um diplomata da Liga Árabe, essa recomendação não afeta os acordos de paz com Israel assinados pelo Egito e pela Jordânia.

As informações são da Dow Jones.

Ataques aéreos de Israel atingiram, na madrugada de sábado, a sede do gabinete de governo do Hamas em Gaza após militantes dispararem foguetes contra as cidades israelenses de Tel Aviv e Jerusalém. Israel convocou milhares de reservistas a ficarem de prontidão para uma possível guerra terrestre.

O exército de Israel informou ter isolado todas as estradas principais em torno da fronteira de Gaza, declarando a área como zona militar fechada, no mais recente sinal de que o país está prestes a lançar sua primeira ofensiva terrestre no território desde 2008/09.

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O governo do Hamas disse que a sede do gabinete foi alvejada em quatro ataques. Testemunhas relataram danos ao edifício.

"O IDF (exército) tinha como alvo a sede de Ismail Haniya (primeiro-ministro do Hamas) em Gaza", destacou um porta-voz do Exército israelense à agência AFP. "Nas últimas seis horas, o IDF mirou 85 pontos de terrorismo", informou a conta de Twitter oficial do porta-voz militar.

"A sede foi completamente destruída e casas vizinhas foram danificadas como resultado do bombardeio 'bárbaro' de Israel", afirmou um oficial do Hamas.

Israel intensificou as ações militares em Gaza, bombardeando o quartel-general da polícia do Hamas, no oeste da Cidade de Gaza, e a sede de segurança interna do governo, no norte da cidade.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reiterou o apoio do país ao direito de Israel se defender durante um telefonema ao premiê israelense, Benjamin Netanyahu, sobre o conflito em Gaza.

Ataques aéreos israelenses em Gaza na noite de sexta-feira mataram seis palestinos, elevando o número de mortes em dois dias de violência para 30, disse um porta-voz do ministério da saúde do governo do Hamas.

Ministros israelenses aprovaram a convocação de até 75 mil reservistas enquanto o primeiro-ministro Netanyahu promovia reuniões tarde da noite no Ministério da Defesa, em Tel Aviv, com seu círculo de autoridades mais próximo, relatou o canal de televisão Channel Two.

Depois do ataque a Tel-Aviv, a ala militar do Hamas disse ter disparado um foguete contra Jerusalém. Segundo a polícia local, nenhum foguete causou vítimas ou danos na sexta-feira, mas eles causaram pânico nos dois principais centros populacionais de Israel, desencadeando sirenes de aviso e levando moradores a correr para abrigos. As informações são da Dow Jones.

Os confrontos entre Israel e a Faixa de Gaza tiveram uma escalada perigosa nesta quinta-feira (15), com a morte de pelo menos mais nove palestinos e três israelenses - elevando a 19 o número de pessoas mortas nas últimas 24 horas, quando Israel lançou bombardeios e ataques aéreos contra o território palestino na costa do Mediterrâneo. Militantes do movimento Hamas, que controla a Faixa de Gaza, e da Jihad Islâmica, dispararam mais de 250 foguetes contra Israel nesta quinta-feira. Dois deles caíram em Tel-Aviv, 70 quilômetros ao norte da Faixa de Gaza. Um foguete disparado da Faixa de Gaza atingiu um apartamento na cidade israelense de Kyriat Malachi, matando três pessoas - dois homens e uma mulher - e ferindo duas crianças. Já os bombardeios de Israel mataram hoje pelo menos nove palestinos, dois dos quais eram crianças - uma era um bebê de 11 meses.

Na noite de hoje, pela hora local, Israel começou a deslocar soldados para a fronteira com a Faixa de Gaza, o que pode indicar que uma invasão terrestre é iminente. Pelo menos 12 caminhões foram vistos levando soldados e equipamentos, bem como ônibus que transportavam militares e se dirigiam ao litoral. O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, confirmou que autorizou a convocação dos reservistas para uma possível ação. O Exército de Israel disse que pode mobilizar rapidamente 30 mil soldados.

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"Eu ordenei hoje aos militares que acelerem a mobilização e estejam prontos para qualquer evento", disse Barak. Militares de Israel disseram que a mobilização tem como objetivo uma possível invasão terrestre da Faixa de Gaza, mas afirmam que nenhuma decisão foi tomada.

Os dois mísseis que caíram em Tel-Aviv não deixaram vítimas. Um caiu no mar e outro em um terreno baldio em uma área comercial vazia em Let-zion, ao sul da cidade. Mas o governo alertou a população com alto-falantes e sirenes e muitos moradores correram pelas ruas, uma situação incomum em Tel-Aviv. Alguns moradores diziam: "eu não acredito nisso" e calmamente iam para casa ou abrigos. Em um restaurante, as pessoas deixaram as refeições sobre as mesas e foram embora. Analistas especulam que o Hamas deve ter tido acesso a mísseis iranianos para poder atingir Tel-Aviv.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o exército está pronto para lançar uma ofensiva terrestre se for necessário. "Nenhum governo toleraria essa situação, na qual um quinto da nossa população vive sob a ameaça constante de ser atingida por um míssil. Israel não tolerará essa situação", afirmou o premiê. "É por isso que eu autorizei as Forças de Defesa de Israel (como são chamadas as Forças Armadas) a realizarem ataques cirúrgicos contra a infraestrutura terrorista em Gaza".

Netanyahu fazia referência ao incidente que começou a atual onda de violência, o ataque seletivo que matou Ahmed Jabari, chefe da ala militar do Hamas, na quarta-feira. O carro de Jabari foi explodido por uma bomba lançada por um caça de Israel.

O primeiro-ministro da Faixa de Gaza, Ismail Haniyeh, do Hamas, elogiou Jabari em discurso na televisão local. "Que dia glorioso e que martírio! Parabéns. Descanse em paz. Se sinta abençoado", disse Haniyeh. O premiê do Hamas disse que a Faixa de Gaza aguentou 22 dias de bombardeios de Israel em 2009 e poderá aguentar muito mais.

Milhares de pessoas, incluídos alguns funcionários do Hamas, participaram nesta quinta-feira do funeral dos restos mortais de Jabari em Gaza. Muitos levavam armas automáticas e disparavam para cima. "Queremos matar em nome de Deus", gritava a multidão furiosa. "O inimigo (Israel) começou a batalha e agora precisará aguentar as consequências", disse o parlamentar Mushir al-Masri, do Hamas.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Subiu a 18 o número de mortos nos confrontos entre Israel e a Faixa de Gaza nas últimas 20 horas, informaram autoridades médicas do território palestino e do governo de Israel. Israel voltou a bombardear a Faixa de Gaza nesta quinta-feira, matando mais cinco palestinos - entre eles duas crianças, um dos quais um bebê de 11 meses, Ahmad. O Hamas disparou foguetes contra Israel e um deles atingiu um apartamento em Kyriat Malachi, no Sul de Israel, matando dois homens e uma mulher, além de ferir duas crianças. Ataques terrestres e aéreos de Israel contra a Faixa de Gaza deixaram mais de cem feridos.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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Palestinos na Cisjordânia votaram nas eleições municipais, neste sábado (20), o primeiro pleito em seis anos e que agravou a disputa entre os dois principais partidos políticos locais. Os resultados devem ser anunciados neste domingo.

A estimativa é de que 10% dos eleitores tenham votado nas primeiras três horas. A modesta participação reflete, em parte, anos de desilusão tanto com o Fatah, o partido do presidente Mahmoud Abbas, quanto com o Hamas, dos militantes islâmicos da Faixa de Gaza, que bloquearam os locais de votação e boicotaram o pleito.

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Os dois partidos não conseguiram se reconciliar depois de uma divisão de cinco anos.

O Hamas e outros palestinos dizem que as eleições na Cisjordânia são capazes de aprofundar as divisões e fazer com que a Autoridade Palestina faça eleições parlamentares em separado.

A autoridade palestina, com apoio dos EUA e dominada pelo Fatah, elogiou o pleito como um estímulo para a democracia na Palestina. Se o número de eleitores, de fato, ficar baixo poderia ser constrangedor para o Fatah.

A última vez que os palestinos tiveram eleições foi para voto parlamentar em 2006. As eleições para presidente e para municípios foram feitas em 2005. Os mandatos de todos os políticos expiraram há anos.

A eleição está sendo ofuscada, em parte, pela crise crônica orçamentária da Autoridade Palestina.

Diversos observadores nesta eleição, apesar das condições não ideais, argumentam que o fato de os palestinos conseguirem ter uma eleição depois de anos de paralisia é significativo. As informações são da Dow Jones.

A mídia estatal da Síria moveu um violento ataque contra o líder do grupo palestino Hamas, Khaled Meshal, ao qual acusou de trair o presidente sírio Bashar Assad, ser ingrato e ignorar seu protetor em um momento difícil. Em editorial levado ao ar na noite da segunda-feira, a televisão estatal síria disse que Meshal, que retirou o quartel-general do Hamas de Damasco após mais de uma década na cidade, abandonou o movimento da resistência palestina contra Israel e os Estados Unidos. O editorial mostrou o grau de inimizade que existe atualmente entre o governo sírio e o Hamas, antes aliados comprometidos.

"Lembre-se quando você era um refugiado que vivia a bordo de aviões. Damasco lhe deu abrigo. Ninguém queria apertar a sua mão, como se você fosse um cão raivoso", disse o editorial, lembrando o ano de 1999, quando Meshal, que tem cidadania jordaniana, teve que fugir de Amã acusado de "atividades ilícitas" e buscou refúgio na Síria. Nenhum país quis dar abrigo a Meshal, com exceção da Síria.

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No mês passado, Meshal fechou o escritório do Hamas em Damasco e agora passa a maior parte do tempo no Catar, país que é inimigo jurado de Assad e fornece armas e dinheiro aos insurgentes sírios.

Quando a revolta popular contra Assad estourou em março de 2011, os 500 mil palestinos que vivem na Síria como refugiados primeiro tentaram se manter à margem do conflito civil. Mas nos últimos meses, jovens palestinos tem começado a protestar e alguns até se juntaram aos rebeldes sírios que tentam derrubar Assad.

Nesta terça-feira, ativistas reportaram confrontos entre tropas do governo e insurgentes perto do campo de refugiados palestinos de Yarmouk, nos subúrbios de Damasco, bem como nos bairros de Qadam e Assaly. O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo opositor sediado em Londres, disse que pelo menos cinco pessoas foram mortas e várias ficaram feridas quando tropas do governo atiraram contra o campo de refugiados palestinos de Naziheen, perto da cidade de Deraa, no sul da Síria.

As informações são da Associated Press.

O Barcelona convidou nesta sexta-feira três palestinos para acompanhar no Estádio Camp Nou o clássico contra o Real Madrid, marcado para o dia 7 de outubro e válido pelo Campeonato Espanhol. A ação foi uma resposta ao Hamas, que defendeu um boicote ao clube depois que o time espanhol deu um ingresso para um soldado israelense.

Em um comunicado, o Barcelona anunciou que aceitou o pedido de ingressos da embaixada da Palestina para o jogador de futebol Mahmoud Al Sarsak, que permaneceu em uma prisão israelense por três anos até ser liberado neste ano depois de realizar uma greve de fome, e também para o presidente União Palestina de Futebol Jibril Rajoub e o embaixador da Autoridade Palestina.

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O clube espanhol também disse que convidou Gilad Schalit, o soldado israelense que foi mantido em cativeiro entre 2006 e 2011 por militantes do Hamas na Faixa de Gaza, depois de receber uma solicitação de um ingresso para ele.

O primeiro-ministro do governo do Hamas em Gaza, Ismail Haniya, anunciou uma reforma em seu gabinete neste domingo (2), com a troca de sete ministros. Segundo Haniya, a reforma foi "um procedimento normal após seis anos de trabalho de alguns ministros para atingir resultados específicos no período".

A mudança foi aprovada numa reunião de integrantes do parlamento palestino, conhecido como Conselho Legislativo Palestino. No entanto, o encontro incluiu apenas integrantes do Hamas, o que ajudou a aprofundar a divisão com o governo palestino da Cisjordânia.

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O Hamas tem controlado a Faixa de Gaza desde que expulsou as forças leais ao presidente Mahmud Abbas em 2007. Repetidas tentativas de reconciliar os dois territórios sob um único governo têm fracassado.

O novo gabinete, assim como o anterior, está formado apenas por integrantes do Hamas. Em maio, o governo do presidente Mahmoud Abbas, na Cisjordânia, também reformou seu gabinete, trazendo sete novos ministros, o que foi fortemente criticado pelo Hamas. Na ocasião, o grupo disse que a reforma provava que Abbas não estava comprometido com a formação de um governo de unidade nacional.

Haniya afirmou que continuava pronto "para tomar as medidas necessárias para formar um governo de coalizão se surgirem condições apropriadas".

As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Um ataque aéreo de Israel matou o comandante de um grupo militante responsável pelo sequestro do soldado Gilad Shalit e também outro militante na Faixa de Gaza nesta sexta-feira. Os militares de Israel confirmaram a morte de Zuhair al-Qaissi, comandante do braço armado do Comitê de Resistência Popular, grupo palestino alinhado ao movimento Hamas. Populares palestinos que estavam no sul de Gaza disseram ter visto aviões teleguiados, ou drones, nos céus, pouco antes da explosão do carro onde estava al-Qaissi, também conhecido pelo codinome de Abu Ibrahim.

Israel afirma que al-Qaissi planejava um ataque dentro de Israel, semelhante a outro desfechado por seu grupo em agosto do ano passado que matou oito pessoas e feriu 40. Em comunicado, os militares de Israel advertiram o Hamas sobre a possibilidade de qualquer ataque de retaliação.

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O porta-voz do Comitê de Resistência Popular, de codinome Abu Mujahid, confirmou a morte de al-Qaissi e identificou o segundo militante morto como Mahmoud Hanini, natural da Cisjordânia e que ficou cinco anos em uma prisão de Israel, sendo depois deportado à Faixa de Gaza.

"Os sionistas covardes cometeram um crime feio e sabem o preço que pagarão por isso", disse Mujahid. "Pedimos aos nossos combatentes que respondam com todas as forças contra os sionistas. Nós precisamos vingar nosso líder e a resposta será igual ao crime hediondo", afirmou.

Os militares de Israel disseram não desejar uma escalada no conflito com os palestinos mas afirmaram que estão preparados para "defender os israelenses". Eles acusaram o Hamas de usar outros grupos para conduzir ataques e alertaram que o movimento palestino, que controla a Faixa de Gaza, "sofrerá as consequências dessas ações" se houver uma escalada.

As informações são da Associated Press.

As facções rivais palestinas Hamas e Fatah concordaram em se encontrar na capital do Qatar, neste domingo, para discutir a realização de eleições presidenciais e legislativas no curto prazo. O presidente palestino, Mahmud Abbas e o chefe do Hamas, Khaled Meshaal se encontrariam hoje para explorar a formação de um comitê interno palestino para planejar as preparações para as eleições e a implementação de um acordo de reconciliação. "Nós concordamos com a realização de eleições rapidamente e para isso temos que remover qualquer obstáculo que possa atrasar o pleito", disse o porta-voz do Fatah, Azzam al-Ahmad.

Ele disse também que as negociações, que estão sendo mediadas pelo emir do Qatar, Hamad bin Khalifa al-Thani, foram positivas e que os dois lados chegaram a um acordo para as questões mais importantes, como a reconciliação, a formação de um governo de transição feito por independentes. As informações são da Dow Jones.

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Os movimentos palestinos Hamas e Fatah deram o primeiro passo nesta terça-feira para realizar eleições gerais, ao reabrirem um escritório para registro dos eleitores na Faixa de Gaza. Os palestinos planejam realizar eleições parlamentares e presidenciais mais tarde no primeiro semestre deste ano, embora não tenham fixado uma data precisa.

As eleições estão no centro das tentativas de reconciliação entre o Hamas e o Fatah. O Fatah é o movimento do presidente palestino Mahmoud Abbas, que chefia a Autoridade Nacional Palestina (ANP).

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O Hamas venceu as eleições parlamentares em 2006 e em 2007 tomou à força o controle da Faixa de Gaza. O escritório de registro eleitoral na Faixa de Gaza foi então fechado. A atualização eleitoral em Gaza é considerada uma parte essencial do projeto preparatório das eleições.

As informações são da Associated Press.

Dezenas de milhares de moradores de Gaza saíram às ruas nesta quarta-feira para celebrar o aniversário do Hamas, grupo islâmico que governa o território palestino. A comemoração é também uma demonstração de força do movimento, antes das eleições gerais palestinas, marcadas provisoriamente para maio.

A comemoração anual vem se tornando um exercício cada vez mais elaborado de encenação, desde que o Hamas tomou o controle da Faixa de Gaza em 2007 após confrontos internos com forças leais ao presidente palestino Mahmoud Abbas, que conta com o apoio do Ocidente.

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A multidão foi recebida por um enorme palco no formato de um navio, para simbolizar a jornada palestina a todo território entre o rio Jordão e o Mediterrâneo, o que inclui o que atualmente é o Estado de Israel.

Uma grande réplica da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, construída sobre as ruínas de templos judaicos bíblicos, foi o pano de fundo. "Oh Jerusalém, estamos chegando", podia-se ler em uma das faixas.

O legislador do Hamas Mushir al-Masri disse aos participantes da festa que o Hamas "está mais perto de libertar a terra santa e os templos sagrados e mais perto de outra grande vitória nas próximas eleições".

Como parte de seu comunicado de aniversário, o Hamas disse que seus militantes dispararam mais de 11 mil foguetes e morteiros na direção de Israel desde 2000 e que o grupo matou mais de 1.300 israelenses em vários ataques desde sua fundação.

Em seu comunicado, o Hamas disse que vai manter "todas as formas de resistência contra a ocupação até a libertação, independência e o retorno dos refugiados palestinos".

Segundo o grupo, 350 mil pessoas participaram das celebrações desta quarta-feira. A estimativa não pôde ser confirmada de forma independente, mas o local da comemoração, uma grande área aberta, estava lotado e uma multidão se espalhava pelas ruas próximas.

A manifestação aconteceu uma semana antes de mais uma rodada de negociações de reconciliação entre Abbas e o principal líder do Hamas no exílio, Khaled Mashaal. As informações são da Associated Press.

Israel transferiu 477 presos palestinos dos centros de detenção e os levou à Faixa de Gaza e à Cisjordânia, onde foram libertados nesta terça-feira. Eles foram saudados por dezenas de milhares de habitantes dos dois territórios, que levavam as bandeiras verdes do movimento Hamas. A libertação também foi comemorara com passeatas pacíficas nos campos de refugiados palestinos de Sabra, Chatila, Bourj al-Barajneh e Ein el-Hilweh, no Líbano. O vice-líder do Hamas em Damasco, Mussa Abu Marzuk, afirmou que Israel irá suavizar o bloqueio à Faixa de Gaza como parte do acordo. Marzuk pediu que Israel liberte mais prisioneiros além dos 1.027 do acordo. Foi a captura do soldado israelense Gilad Schalit, em 2006, um dos motivos determinantes para Israel montar o sítio à Faixa de Gaza, que se intensificou após o Hamas tomar o controle do território do movimento Fatah em 2007.

Na cidade de Gaza, um palanque foi montado em uma área central, onde dezenas de milhares de pessoas lembraram o ataque que capturou Schalit em 2006. A multidão pediu aos militantes que capturem mais soldados israelenses para futuras trocas. Os restantes 550 prisioneiros palestinos serão libertados em dois meses.

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Para aplacar temores de Israel com a segurança, o Hamas concordou que 200 prisioneiros que seriam soltos na Cisjordânia fossem libertados na Faixa de Gaza. Outros 40 serão deportados para a Jordânia, Catar, Síria e Turquia. O governo turco concordou em receber 10 militantes libertados e reivindicou um papel de destaque tanto na preservação da vida de Schalit quanto no acordo firmado entre Israel e o Hamas. O Hamas, que negociou a troca dos 1.027 palestinos por Schalit, governa a Faixa de Gaza desde 2007. A Cisjordânia é governada pelo presidente palestino Mahmoud Abbas, da Autoridade Nacional Palestina (ANP), rival do Hamas. O Hamas tornou a libertação uma demonstração de força do movimento islâmico na Faixa de Gaza.

Milhares de partidários foram às ruas com as bandeiras verdes do Hamas, embora um número menor de simpatizantes do Fatah, que forma a base da ANP, também tenham exibido bandeiras nas ruas de Gaza. Os prisioneiros fizeram o caminho a partir da fronteira do Egito para o centro de Gaza. Foram aplaudidos por milhares de moradores enquanto caminhavam na estrada para o centro da cidade.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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