Tópicos | Hermila Guedes

Pernambuco é um estado rico em belezas naturais, delícias gastronômicas e diversidade cultural. Nesse Estado, não faltam homens e mulheres competentes, originários desta região, que ganharam espaço com seu talento e sotaque característico. São artistas que levam o calor pernambucano em suas atuações mostrando ao resto do país toda a potência de seu berço.

Confira alguns dos atores e atrizes que têm dado muito orgulho a seus conterrâneos com trabalhos no cinema e televisão nacional.

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Patrícia França

Recifense, a atriz Patrícia França é uma velha conhecida do público brasileiro. Ela participou de grandes novelas como Renascer, Suave Veneno, A Escrava Isaura e Sonho Meu, entre outras. Com mais de 30 anos de carreira, ela pode ser considerada uma das pratas da casa de TV Globo, a maior emissora do país.

 

Renato Góes

Nascido no Recife, em 1986, Renato Goés já fez grandes trabalhos na TV e no cinema e, além de provar ser bom ator, acabou ganhando um lugar na lista de galãs brasileiros. Ele também protagonizou um dos maiores espetáculos ao ar livre do país, A Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, em 2018.

 

Jesuíta Barbosa

Natural de Salgueiro, no Sertão pernambucano, Jesuíta Barbosa fez seu nome no cinema. Ele participou de trabalhos como Tatuagem, Serra pelada e Amores Roubados, entre outros. Na televisão, o ator apareceu em Amores Roubados, Onde nascem os fortes, Justiça, Ligações Perigosas e O Rebu.

 

Irandhir Santos

De Barreiros, cidade da Mata Sul de Pernambuco, Irandhir Santos também se consagrou com grandes papéis nas telonas. Ele participou de montagens importantes do cinema brasileiro atual como Tatuagem, Aquarius, A História da Eternidade, Tropa de Elite, O Som ao Redor,  A Febre do Rato e Permanência, entre outros. Na televisão, um dos papéis de destaque do ator foi o vilão Zelão, da novela Meu Pedacinho de Chão.  

 

Fabiana Karla

Nascida no Recife, capital pernambucana, Fabiana Karla ficou famosa por seus personagens humorísticos. A atriz tem passagens pelo cinema e programas de TV de grande audiência, como o Zorra Total. Algumas de suas personagens ficaram marcadas na memória afetiva do público como a Dilmaquinista, a faxineira Lucicreide e a nutricionista Doutora Lorca. 

 

Bruno Garcia

O recifense Bruno Garcia também tem trabalhos memoráveis tanto no cinema quanto na televisão. Ele atuou nos filmes De Pernas pro Ar, Lisbela e o Prisioneiro, O Caseiro, Dom e Chocante. Na TV, ele fez novelas, como Sangue Bom e Boogie Oggie; e séries, como Amorteamo e Sexo Frágil.

 

Aramis Trindade

Com uma carreira sólida, Aramis Trindade atua como produtor, diretor, humorista e ator. O recifense esteve em produções como baile Perfumado, O Auto da Compadecida e Lisbela e o Prisioneiro, importantes filmes do cinema nacional. Na TV, ele trabalhou em Incidente em Antares e A Invenção do Brasil, entre outros.

 

Lívia Falcão

Nascida em Garanhuns, Lívia Falcão tem uma longa história como atriz. Ela trabalhou em filmes como A Máquina e O Homem que Desafiou o Diabo; em novelas como Belíssima e Eterna Magia; e séries como A Grande Família, Louco por Elas e Amorteamo.

 

 

Hermila Guedes

Hermila Guedes é natural de Cabrobó, no sertão pernambucano. Ela é uma das 'jóias' do cinema nacional tendo atuado em importantes filmes como Baixio das Bestas; Cinema, Aspirinas e Urubus; A luneta do tempo; e deserto Feliz. Na TV, ela atuou em Força-Tarefa e integra, atualmente, o elenco da série Assédio.

 

Clarice Falcão

A recifense Clarice Falcão tem uma carreira múltipla, atuando como atriz, roteirista humorista, compositora e cantora. Ela ficou famosa pelos vídeos do canal Porta dos Fundos, no YouTube, além de ter atuado no cinema em Desculpe o Transtorno, Fica Comigo esta Noite e CRomossomo 21. Na música, ela já tem lançados dois discos e, em 2013, foi consagrada a artista revelação do ano no Grammy Latino.

 

Alceu Valença faz sua estreia oficial nos cinemas no dia 24 de março com o filme A Luneta do Tempo. O longa, escrito e dirigido pelo cantor, chega às telonas já tendo passado por importantes festivais como o Cine PE e o festival de Cinema de Gramado - no qual foi premiado nas categorias Melhor Trilha e Direção de Arte - e também pelo Festival de Circo do Brasil, em 2015. A produção é carregada de poesia, história e afetividade num enredo que foge à obviedades.

A Luneta do Tempo mostra as pelejas do bando de Lampião (Irandhir Santos) com a 'volante', grupos dos policiais da época, ao passo que o circo de um sedutor estrangeiro percorre cidades do interior nordestino. A fotografia simples remete à escassez da caatinga e os sons do filme - com os diversos ruídos do sertão - ao longo de toda a narrativa, parece contar uma história à parte; talvez por ter sido produzido por um músico. 

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O próprio tempo do longa transcorre diluído entre os elementos circenses e da cultura popular do Nordeste, como num vai e vem, demonstrando que as histórias (quase) se repetem ao longo das gerações. Talvez um 'carma' deste elemento contabilizado pelo calendário. Sotaques, expressões nordestinas e poesia de cordel dividem as cenas com uma trilha sonora marcante, toda composta pelo próprio Alceu. 

A Luneta do Tempo lança mão da simplicidade plástica e beleza nos diálogos. Talvez não seja um filme para os que preferem o modelo 'início, meio e fim', de ritmo compassado e previsível. Mas, certamente, uma boa pedida para aqueles interessados em conhecer um sertão e, sobretudo, uma lenda viva como Lampião, envoltos por afeto e rima. 


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O longa-metragem A luneta do tempo, do músico e compositor Alceu Valença e o curta-matragem História natural, de Júlio Cavani, são os únicos representantes pernambucanos no 42º Festival de Cinema de Gramado, um dos mais importantes do país. A luneta do tempo mostra três gerações de uma família perturbadas pela discórdia entre dois irmãos. A fantasia é representada pelas presenças de Maria Bonita (Hermila Guedes) e Lampião (Irandhir Santos). O Rei do Cangaço encontra a luneta do tempo que o faz ver o passado, o presente e o futuro.

O longa tem um olhar contemporâneo e afetivo sobre elementos que formam a identidade cultural brasileira, além de propor um regresso às origens como quem observa o mundo por uma luneta em transformação. Já História natural tem um roteiro desencadeado por uma descoberta: um homem encontra um misterioso objeto orgânico no topo de uma árvore. O 42° Festival de Cinema de Gramado acontece entre os dias 8 e 16 de agosto na Serra Gaúcha. A mostra competitiva nacional tem 15 curtas e oito longas-metragens. O festival também contempla filmes latino-americanos e selecionou cinco longas-metragens da Argentina, Uruguai, Venezuela e Chile.

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Veja a lista de selecionados para as mostras competitivas:

Longas-metragens nacionais

A despedida (SP)

A estrada 47 (RJ)

A luneta do tempo (RJ/PE)

Esse viver ninguém me tira (DF)

Infância (RJ)

O segredo dos diamantes (MG)

Os senhores da guerra (RS)

Sinfonia da necrópole (SP)

Curtas-metragens nacionais

O que fica (SP)

História natural (PE)

Carranca (BA)

La llamada (SP)

A pequena vendedora de fósforos (RS)

Max Uber (MG)

Sem Título #1: dance of leitfossil (SP)

Compêndio (SP)

Carta a uma jovem cineasta (SC)

O clube (RJ)

Contínuo (PB)

Castillo y el armado (RS)

Brasil (PR)

Se essa lua fosse minha (RS)

O coração do príncipe (SP)

Longas-metragens latino-americanos

Algunos dias sin musica (Argentina/Brasil)

El critico (Argentina)

El lugar del hijo (Uruguai)

Esclavo de dios (Venezuela)

Las analfabetas (Chile)

O Coletivo Angu faz temporada do espetáculo que o consagrou a nível nacional,  Angu de Sangue, no Teatro Eva Herz, no Shopping Rio Mar a partir desta sexta (27), até o dia 3 de novembro. De autoria de Marcelino Freire, a peça conta dez histórias interligadas com cenas através de vídeo com textos monólogos para falar sobre a realidade urbana nas grandes cidades.

Angu de Sangue foi o primeiro espetáculo do Coletivo Angu de Teatro e está há dez anos em cartaz. Na trajetória, o grupo realizou 288 apresentações em 40 cidades de todas as regiões do país. Nessa comemoração do Coletivo Angu o elenco segue original. A atriz Gheuza Sena retorna ao Recife após anos morando no exterior e a atriz Hermila Guedes, que deu à luz sua segunda filha Stela há um mês, compõe o elenco. A produção é de Tadeu Gondim, da Atos Produções.

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Serviço

Angu de Sangue

Sexta (27) até 3 de novembro (exceto dias 18,19 e 20 de outubro)

Sextas e sábados às 20h | domingos às 19h

Teatro Eva Herz (Livraria Cultura - Shopping RioMar)

R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)

Quando o assunto é arte, muitas vezes a reação do público é muito distante da opinião dos críticos. Não são raros os casos de obras artísticas que se tornam sucessos estrondosos de público enquanto são execradas pela crítica, bem como de outras elevadas aos céus pelos críticos e imprensa especializada que causam quase nenhum impacto para os apreciadores de arte. Quando uma obra artística encontra, portanto, reconhecimento tanto de críticos quanto de público, não costume ser à toa.

A peça Essa febre que não passa, baseada no livro de contos homônimo da jornalista Luce Pereira, tem conseguido essa façanha. A montagem do coletivo Angu de teatro venceu o prêmio de melhor espetáculo tanto pela votação do júri quanto pelo voto popular no Janeiro de Grandes Espetáculos deste ano, além de vários outros prêmios do festival. As apresentações de Essa febre – que começaram ano passado – precisaram muitas vezes de sessões extras para dar conta do número de pessoas interessadas em assistir a peça.

“O projeto inicial da peça previa vinte sessões e foram feitas mais de quarenta”, afirma um dos diretores da peça, André Brasileiro. André é ator e assina pela primeira vez a direção de uma peça. O outro diretor é o experiente Marcondes Lima, que dirigiu todos os espetáculos anteriores do coletivo Angu. A idéia de adaptar o livro de Luce Pereira surgiu em 2010 e desde então o grupo mergulhou em pesquisa e experimentação para conceber o espetáculo, escolhendo cinco contos do livro para a montagem final.
 
Para a autora Luce Pereira foi uma ótima surpresa assistir a transformação de seus contos em um espetáculo cênico. “Eu fiquei muito impactada quando assisti a estreia e fiquei muito deslumbrada com o resultado, pela concepção cênica redonda que eu achei espetacular”, pontua. Luce, que preferiu não se envolver no processo de montagem da peça, deixando o coletivo muito à vontade, também comenta que o Angu “foi muito respeitoso com o texto, que está quase na íntegra no espetáculo”.

O texto é de fato, um ponto fortíssimo de Essa febre que não passa.  Às vezes leve, outras tenso, mas sempre intenso, conduz o espectador a um mergulho nas relações humanas. Seja na história de Clóvis, o gato que deveria salvar um relacionamento amoroso, ou na convivência de duas irmãs muitos diferentes; na revolta da pintora Maria do Ó com o próprio nome e com a própria vida. Na triste vida de Bernarda, uma senhora que pela primeira vez encontra o mar, ou na depressão de Dora, trocada por outra mulher, afundada em sua banheira no último dia do ano, o pano de fundo é sempre o se relacionar com o outro e os conflitos e nuances da vida cotidiana de cada um.

No aspecto cênico, o uso de cortinas transparentes que são abertas e fechadas de acordo com as cenas, combinado com a projeção de imagens, confere uma delicadeza estética complementada pela ótima iluminação da peça. Outra característica que salta aos olhos é ressaltada por Marcondes Lima. “A expressão corporal das atrizes é o aspecto mais forte da peça”, afirma o diretor. A música eloquente – em parte executada ao vivo pela violoncelista Josi Guimarães – confere ainda mais força ao espetáculo. 



As atrizes Ceronha Pontes, Hermila Guedes, Hilda Torres, Márcia Cruz, Mayra Waquim e Nínive Caldas ressaltam o processo de criação do espetáculo. “Trabalhamos de forma muito coletiva”, avisa Hilda. A construção do espetáculo incorporou depoimentos reais delas à peça. “Sempre me emociono com o momento do meu depoimento, e ele me ajuda a entrar na personagem Dora”, afirma Hermila. Já Nínive aponta a presença do gestual e da sonoridade do tango como um dos fios condutores da peça.

A preparação da montagem incluiu um encontro com a autora Luce Pereira. “A gente achou importante falar com ela. Estávamos nos encontrando com as personagens que ela criou e queríamos saber dela um pouco sobre essas personagens”, lembra Mayra. “Foi muito emocionante ouvir de Luce histórias sobre as personagens”, completa Márcia Cruz. Para se chegar aos cinco contos escolhidos para a encenação, o processo foi longo, mas o critério simples, como explica Ceronha Pontes: “Escolhemos os contos que nos tocaram”.  O elenco ainda conta com Helijane Rocha e Quitéria Kelly, que substituem eventualmente Hermila Guedes e Márcia Cruz, respectivamente.

Um espetáculo tocante, que desvenda um pouco da alma feminina e oferece um passeio pelos conflitos cotidianos e profundos dos relacionamentos de cada um. Essa febre que não passa é uma peça que merece o reconhecimento que tem alcançado e os aplausos em pé do público. “É um espetáculo que toca as pessoas”, resume Luce Pereira.

Essa febre que não passa continua sua curta temporada no Teatro Apolo com apresentações neste domingo (11), e no próximo sábado e domingo, sempre às 20h. Em seguida, se apresenta no Teatro Glauce Rocha, no Rio de Janeiro, entre os dias 22 e 25 de março. O espetáculo também foi chamado para participar no Festival de Teatro de Curitiba, que acontece entre março e abril.

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