Tópicos | A Luneta do Tempo

Pernambuco está representando bem o Brasil nas indicações ao 17º Grammy Latino. O cantor Alceu Valença é um dos indicados à premiação de música latina. Alceu concorre na categoria Melhor Álbum de Música de Raízes Brasileiras, com o CD A Luneta do Tempo. Na mesma categoria está o álbum homônimo, do arranjador e instrumentista Heraldo do Monte.

O CD de Alceu Valença faz parte do filme A Luneta do Tempo, também com roteiro e direção feitos pelo cantor. A 17ª edição do Grammy Latino será apresentada no dia 17 de novembro, em Las Vegas. Os brasileiros foram indicados em 48 categorias, inclusive naquelas não exclusivas às canções do País. Em sua página oficial no Facebook, Valença publicou sua indicação: 

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Confira, abaixo, a lista com todas as indicações dos brasileiros ao 17º Grammy Latino:

GRAVAÇÃO DO ANO

Cuestión de Esperar – Pepe Aguiar

Se Puede Amar – Pablo Alborán

Me Faltarás – Andrea Bocelli

Si Volveré – Buika

Vidas Pra Contar – Djavan

Duele El Corazón – Enrique Iglesias feat. Wisin

Ecos de Amor – Jesse & Joy

Lado Derecho Del Corazón – Laura Pausini

Iguales – Diego Torres

La Bicicleta – Carlos Vives & Shhakira

ÁLBUM DO ANO

Tour terral Tres Noches En Las Ventas – Diego Torres

Cinema – Andrea Bocelli

Mil Ciudades – Andrés Cepeda

Vidas Pra Contar – Djavan

Conexión – Fonseca

Los Duó 2 – Juan Gabriel

Un Besito Más – Jesse & Joy

Donde Están? – José Lugo & Guasábara Combo

Buena Vida – Diego Torres

Algo Sucede – Julieta Venegas

MÚSICA DO ANO

A Chama Verde – John Finbury feat. Marcella Camargo

Bajo El Agua – Manuel Medrano

Céu – Celso Fonseca

Duele El Corazón – Enrique Iglesias feat. Wisin

Ecos de Amor –Jesse & Joy

En Ésta No – Sin Bandera

Es Como El Día – Kevin Johansen + The Nada

Hermanos – Fito Páez & Moska

La Bicicleta – Carlos Vives & Shakira

La Tormenta – Los Fabulosos Cadillacs

MELHOR ARTISTA NOVO (REVELAÇÃO)

Sophia Abrahão

Alex Anwandter

The Chamanas

Esteman

Joss Favela

iLe

Mon Laferte

Manuel Medrano

Morat

Ian Ramil

MELHOR FUSAO / INTERPRETAÇAO URBANA

Una En Um Millón – Alexis y Fido

Cumbia Anthem – El Dusty feat. Happy Colors

Hasta Que Se Seque El Malecón – Jacob Forever

Pra Todas Elas – Tubarão feat. Maneirinho & Anitta

Encantadora – Yandel

MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA URBANA

Energía – J. Balvin

Luz – El B

Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa – Emicida

Visionary – Farruko

Despierta – Arianna Puello

MELHOR ÁLBUM CANTAUTOR

Todavía – Francisco Céspedes

Vidas Pra Contar – Djavan

Arde Estocolmo – Pedro Guerra

Mis Améicas Vol ½ – Kevin Johansen + The Nada

Auténtico – Alejandro Lerner

Manuel Medrano – Manuel Medrano

MELHOR ÁLBUM INSTRUMENTAL

Mercosul – Víctor Biglione

Samba de Chico – Hamilton de Holanda

Donato Elétrico – João Donato

Argentum – Carlos Franzetti

Mosaico – Bruno Miranda

MELHOR ÁLBUM CRISTÃO EM PORTUGUÊS

Graça Quase Acústico – Paulo César Baruk

A Vida Num Segundo – Ceremonya

Deus No Esconderijo Do Verso – Padre Fabio de Melo

Reaprender – Adelso Freire

Deus Não Te Rejeita – Anderson Freire

MELHOR ÁLBUM POP CONTEMPORANEO EM PORTUGUÊS

Tropix – Céu

Troco Likes – Tiago Iorc

Território Conquistado – Larissa Luz

Mundo – Mariza

Leve Embora – Thiago Ramil

MELHOR ÁLBUM DE ROCK EM PORTUGUÊS

Manal – Boogarins

Derivacivilização – Ian Ramil

Éter – Scalene

Canções de Exílio – Jay Vaquer

Distante Em Algum Lugar – Versalle

MELHOR ÁLBUM SAMBA/PAGODE

De Bem Com a Vida – Martinho da Vila

Notícias Dum Brasil 4 – Eduardon Gudin

Tem Mineira no Samba – Corina Magalhães

Na Veia – Rogê & Arlindo Cruz

Samba Para Mangueira – Vários

MELHOR ÁLBUM MPB

Dilúvio – Dani Black

Todo Caminho É Sorte – Roberta Campos

Like Nice –Celso Fonseca

Delírio – Roberta Sá

A Mulher do Fim do Mundo – Elza Soares

MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA SERTANEJA

Amanhecer – Paula Fernandes

Bar do Leo – Leonardo

Adivinha – Lucas Lucco

Baile do Teló – Michel Teló

Sóis – João Victor

MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA DE RAÍZES BRASILEIRAS

No Forró Do Seu Rosil – Lucy Alves & Clã Brasil

Heraldo do Monte – Heraldo do Monte

Cordas, Gonzaga e Afins – Elba Ramalho

AR – Almir Sater & Renato Teixeira

A Luneta e Tempo – Alceu Valença

MELHOR MÚSICA EM PORTUGUES

Amei Te Ver – Tiago Iorc

D De Destino –Almir Sater & Renato Teixeira

Maior – Dani Black feat. Milton Nascimento

Maria da Vila Matilde – Elza Soares

Vidas Pra Contar – Djavan

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Alceu Valença faz sua estreia oficial nos cinemas no dia 24 de março com o filme A Luneta do Tempo. O longa, escrito e dirigido pelo cantor, chega às telonas já tendo passado por importantes festivais como o Cine PE e o festival de Cinema de Gramado - no qual foi premiado nas categorias Melhor Trilha e Direção de Arte - e também pelo Festival de Circo do Brasil, em 2015. A produção é carregada de poesia, história e afetividade num enredo que foge à obviedades.

A Luneta do Tempo mostra as pelejas do bando de Lampião (Irandhir Santos) com a 'volante', grupos dos policiais da época, ao passo que o circo de um sedutor estrangeiro percorre cidades do interior nordestino. A fotografia simples remete à escassez da caatinga e os sons do filme - com os diversos ruídos do sertão - ao longo de toda a narrativa, parece contar uma história à parte; talvez por ter sido produzido por um músico. 

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O próprio tempo do longa transcorre diluído entre os elementos circenses e da cultura popular do Nordeste, como num vai e vem, demonstrando que as histórias (quase) se repetem ao longo das gerações. Talvez um 'carma' deste elemento contabilizado pelo calendário. Sotaques, expressões nordestinas e poesia de cordel dividem as cenas com uma trilha sonora marcante, toda composta pelo próprio Alceu. 

A Luneta do Tempo lança mão da simplicidade plástica e beleza nos diálogos. Talvez não seja um filme para os que preferem o modelo 'início, meio e fim', de ritmo compassado e previsível. Mas, certamente, uma boa pedida para aqueles interessados em conhecer um sertão e, sobretudo, uma lenda viva como Lampião, envoltos por afeto e rima. 


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Mais circo, impossível. Este é o mote do Festival de Circo do Brasil (FCB) que começa sua edição de 2015 na próxima sexta (30). O evento promove, até o dia 8 de novembro, 40 apresentações/intervenções, além de oficinas, exposição fotográfica, lançamento de livro e exibição do documentário Circo Debre Brehan e do filme de Alceu Valença, A Luneta do Tempo. A programação será realizada em ruas, parques e teatros do Recife e Região Metropolitana durante as duas próximas semanas. 

Abrindo o FCB, o campeão mundial de 'close-up magic' (truques com as mãos), o francês Yann Fricsh, apresenta Oktobre no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, às 21h da sexta (30). Na mesma noite, às 20h, o fotógrafo Toinho Melcop inaugura exposição com cliques dos bastidores das gravações do longa A Luneta do Tempo, na Galeria Janete Costa, também no Dona Lindu. Já o filme, dirigido por Alceu valença, será exibido gratuitamente no cinema da Fundação Joaquim Nabuco do Derby, no dia 3 de novembro. 

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Ainda no parque de Boa Viagem, neste primeiro fim de semana de festival (31/10 e 1º/11), será montada uma estrutura para vivências circenses e slackline, praça de alimentação de food trucks e duas arenas para apreentações de espetáculos. Durante o FCB também será lançado o livro Cravo na Carne - Fama e Fome, de Alberto de Oliveira e Alberto Camarero, que conta a história de 11 mulheres-faquir que viveram no Brasil entre os anos 1920 e 1950. Ao todo, passarão pelos palcos e picadeiros do evento 16 grupos de Curitiba, São Paulo, Brasília, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espanha, Inglaterra e França. A programação completa pode ser conferida no site oficial do festival.  

Serviço

Festival de Circo do Brasil

De 30 de outubro a 8 de novembro

Recife e Região Metropolitana

Gratuito (exceto para apresentações em teatros)

(81) 3441-1241

 

O cantor Alceu Valença esteve no Cinema São Luiz, nesta sexta (8), para receber uma homenagem do festival Cine PE e estrear seu filme A Luneta do Tempo. Alceu ganhou o troféu Calunga de Ouro e fez questão de reunir parte da equipe do longa para participar com ele da ocasião.

Ele subiu ao palco fazendo graça: "Alô, minha gente que esperou tanto tempo para ver este filme", em referência ao longo período de 15 anos que levou para realizar o longa. Ele também agradeceu pela homenagem recebida: "Este troféu é de todos que participaram do filme", disse dedicando o prêmio aos colegas de trabalho. 

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A luneta do tempo aborda histórias e tempos diversos do cangaço, numa espécie de cordel cantado em rimas que mistura as linguagens do cinema e do circo. O filme estreou em 2014 no Festival de Gramado e levou os prêmios de melhor trilha e direção de arte. Destaque também para as atuações de Irandhir Santos (lampião) e Hermila GUedes (Maria Bonita) no elenco. A estreia em telas recifenses era bastante aguardada pelo público e nesta noite, segundo o próprio diretor Alceu: "A lenda se realizou". 

O músico revelou que está trabalhando em um outro projeto para o cinema, agora um documentário, mas fez questão de deixar bem claro: "Não tenho nada a ver com entretenimento, eu sou cultura". 

O momento é de mudança. Não é fácil manter a realização de um festival de cinema por tanto tempo, como os realizadores Sandra e Alfredo Bertini mantêm o Cine PE Festival Audiovisual, que chega a sua 19ª edição entre os dias 2 e 8 de maio. E, após os problemas (principalmente com a quantidade reduzida de público) das últimas edições, o Cine PE quer se reinventar.

A primeira mudança na nova fase do festival é de casa. Após deixar uma marca como o evento de cinema de maior público do Brasil, chegando a lotar o gigantesco Teatro Guararapes (com mais de 2 mil lugares) em várias ocasiões, o destino é o Cinema São Luiz, localizado no Centro do Recife. Foi nesta sala que o Cine PE realizou sua primeira edição, em 1997, e o retorno tem algo de simbólico.

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"A gente se adaptou a uma nova realidade", explica Alfredo Bertini. "Tudo tem fases, e a gente teve um momento de ápice quando tinha menos festivais, os problemas de mobilidade não eram tão grandes", afirma, completando: "Vamos testar esse modelo".

"Eu sou louca pelo Cine PE e acredito no projeto que faço. O festival é de Pernambuco, que não pode perder um evento como este", afirma Sandra Bertini, quando questionada se foi pensada a possibilidade da não realização desta edição do Cine PE. "Será um excelente festival", arremata.

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Apesar do novo momento, o formato do festival não mudou. Serão realizadas a Mostra Especial, com os filmes hors concours; mostra competitiva de Longas-Metragens; Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Nacionais; e Mostra de Curtas PE, além da Mostra Infantil, fora de competição.

A curadoria dos filmes, pela segunda vez seguida, ficou sob a responsabilidade do crítico de cinema Rodrigo Fonseca. O curador contou com o apoio de Diogo Mendes, que escolheu os curtas-metragens que estão na programação.

O festival

Quem abre a 19ª edição do Cine PE é o longa-metragem O exótico Hotel Marigold 2 - fora de competição -, do diretor Jonh Madden, que virá conferir a estreia brasileira do filme. Para encerrar a programação, também como hous concours, será exibido o filme do músico Alceu Valença, ainda inédito em Pernambuco, A luneta do tempo.

Os realizadores ressaltam uma presença de filmes pernambucanos inédita nas mostras competitivas. São longas como Permanência, de Leonardo Lacca, Mães do Pina, de Leo Falcão, e O gigantesco ímã, de Petrônio Lorena e Tiago Scorza, além do curta-metragem documentário Bajado, sobre o artista plástico olindense, de Marcelo Pinheiro.

Ao todo, serão exibidos 27 filmes, de vários Estados do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Ceará, Santa Catarina e Minas Gerais. Também compete o longa-metragem português Cavalo Dinheiro, de Pedro Costa, outra presença confirmada no 19º Cine PE.

Os ingresso terão preço populares de R$ 4 e R$ 2 (meia), e toda a renda do festival será revertida para a manutenção do próprio Cinema São Luiz. Todos os custos desta edição foram garantidas com o aporte de patrocinadores. "Conseguimos manter os mesmos patrocinadores, mas com um aporte menor de recursos", diz Alfredo.

Os produtores ressaltam que contratarão vigilância privada para garantir a segurança de quem estiver na fila para entrar, que no caso do São Luiz se forma na calçada. Também foi solicitado reforço de policiamento, e está em curso uma tentativa de acordo com os donos de estacionamentos privados da região para que abram até mais tarde nos dias do festival, para garantir vagas aos espectadores.

O Cine PE 2015 renderá homenagens a Helena Inês, atriz de cinema e teatro que fez seu primeiro filme com Glauber Rocha, em 1959, e atuou em vários filmes do chamado Cinema Novo. Alceu Valença, que estreia no cinema com A luneta do tempo, também será homenageado. Completam as efemérides, em memória, Ariano Suassuna e Eduardo Campos.

Seminários

O festival do audiovisual promoverá também dois seminários abertos ao público, sem necessidade de inscrição prévia. Os debates, realizados com o apoio isntitucional da Fundação Gilberto Freyre, em convênio com a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, estão marcados para os dias 29 e 30 de abril.

O primeiro trará à tona a discussão 'Os desafios da política cultural', com ênfase para o audiovisual, com a participação prevista do ministro da Cultura Juca Ferreira, do presidente da Ancine Miguel Rangel, do secretário estadual de Cultura Marcelino Granja e da deputada federal Luciana Santos, da Frente parlamentar da Cultura, dentre outros. Também é eperada a presença de representações sindicais e de entidades de produtores, trazendo diferentes iolhares à questão.

No segundo seminário, o foco é o papel do direito autoral na economia da cultura. Em tempos digitais, o debate sobre direitos autorais tem sido cada vez mais denso, e necessário. Dentre os debatedores estão Paulo Rosa, Presidente da Associação Brasileira Produtores Discográficos; Cláudio Lins de Vasconcellos, Advogado e Representante da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual; José Carlos da Costa Netto, Presidente da Associação Brasileira do Direito Autoral e Edson Vismona, Presidente do Fórum Nacional de Combate à Pirataria.

Filmes

Mostra Especial (Hors concours)

O EXÓTICO HOTEL MARIGOLD 2 (REINO UNIDO/EUA) –Ficção – 122’

Direção: John Madden

A LUNETA DO TEMPO (BRASIL/RJ) – Ficção – 100’

Direção: Alceu Valença

Mostra Competitiva de Longas-Metragens 

-AQUI DESTE LUGAR (BRASIL – SP) – Documentário – 87’

Direção: Sérgio Machado e Fernando Coimbra

-CAVALO DINHEIRO (PORTUGAL) – Ficção – 104’

Direção: Pedro Costa

-MÃES DO PINA (BRASIL – PE) –Documentário – 86’

Direção: Leo Falcão

-O AMULETO (BRASIL – SP) – Ficção – 85’

Direção: Jeferson De

-O GIGANTESCO ÍMÃ (BRASIL - PE) – Documentário – 72’

Direção: Petrônio Lorena e Tiago Scorza

-O VENDEDOR DE PASSADOS (BRASIL – RJ) – Ficção – 85’

Direção: Lula Buarque de Hollanda

-PERMANÊNCIA (BRASIL – PE) – Ficção – 84’

Direção: Leonardo Lacca

Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Nacionais

-ALEGRIA (PR) – Ficção – 15’

Direção: Hsu Chien Hsin

-ATÉ A CHINA (RJ) – Animação – 15’

Direção: Marão

-BAJADO (PE) – Documentário – 19’ 30”

Direção: Marcelo Pinheiro

-COMO SÃO CRUÉIS OS PÁSSAROS DA ALVORADA (SP) – Ficção – 22’

Direção: João Toledo

-FIM DE SEMANA (CE) – Documentário – 25’

Direção: Pedro Diógenes e Ivo Lopes Araújo

-O SEGREDO DA FAMÍLIA URSO (SC) –Ficção – 20’

Direção: Cíntia Domit Bittar

-PALACE HOTEL (MG) – Documentário – 5’

Direção: Cao Guimarães

-SIMULACRO (RJ) – Ficção – 09’15”

Direção: Miguel Moura

-VESTIBULAR (SP) – Ficção – 22’

Direção: Toti Loureiro e Ruy Prado

Mostra Competitiva de Curtas- Metragens Pernambucanos (Mostra Curta PE)

-BRÓCOLIS (PE) –Ficção – 13’

Direção: Valentina Homem

-ENCANTADA (PE) – Ficção – 11’18”

Direção: Lia Letícia

-HISTÓRIA NATURAL (PE) – Ficção – 12’

Direção: Júlio Cavani

-O GAIVOTA (PE) –Animação – 07’

Direção: Raoni Assis

-O POETA AMERICANO (PE) – Documentário -10’

Direção: Lírio Ferreira

-SALU E O CAVALO MARINHO (PE) – Animação – 13’35”

Direção: Cecília da Fonte

-XIRÊ(PE) -  Ficção -  16’28’’

Direção: Marcelo Pinheiro

Mostra de Cinema Infantil 

-AMAZÔNIA - Ficção Infantil -  2014, 78’,  Brasil 

Direção: Thierry Ragobert 

-MINHOCAS – Ficção Infantil -  2015, 81’, Brasil

Direção: Arthur Nunes e Paolo Conti

Serviço

19º Cine PE Festival do Audiovisual

2 a 8 de maio

Cinema São Luiz (Rua da Aurora, 175 - Boa Vista)

R$ 4 e R$ 2 (meia)

www.cine-pe.com.br

festival@bpe.com.br

(81) 3461 2765

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A organização da 38ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo divulgou a programação completa do evento, que acontece entre os dias 15 e 29 de outubro na capital paulista. Duas semanas exibindo mais de 300 filmes e diversos curtas de todo o mundo em mais de 29 espaços pela cidade.

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O grande homenageado da edição é o cinema espanhol. Na programação, uma retrospectiva de Pedro Almodóvar (que criou a arte do cartaz), exposição de Luis Buñel e a apresentação da filmografia de Victor Erice.

Como todo grande evento de cinema, homenagens e convidados internacionais têm lugar na 38ª edição. O diretor, produtor e distribuidor Marin Karmitz, da francesa MK2, ganha retrospectiva com 30 títulos e recebe o Prêmio Humanidade.

Já o brasileiro Walter Salles estreia mundialmente o filme Jia Zhangke, Um Homem de Fenyang documentário sobre o diretor chinês.  Entre os convidados especiais desta edição, Laurent Cantet, Mania Akbari, Guillermo Arriaga, Marianne Slot, Marin Karmitz, Walter Salles, Jia Zhangke, Jean-Michel Frodon, Luis Miñarro, Mariana Rondon, Geraldine Chaplin, Luís Urbano e Fernando Castets. 

A Mostra se compõe de cinco seções: Competição Novos Diretores, Júri Internacional, Perspectiva Internacional, Apresentações Especiais e Mostra Brasil. A abertura do evento será dia 15 no Auditória Ibirapuera com a exibição do filme argentino Relatos Selvagens, do diretor Damián Szifrón. O filme concorreu À Palma de Ouro e bateu todos os recordes do cinema argentino em sua primeira semana em cartaz.

Pernambuco

O cinema pernambucano marca presença no evento. Entre os longas presentes, A Luneta do Tempo de Alçeu Valença; Sangue Azul de Lírio Ferreira, A História da Eternidade de Camilo Cavalcanti, Prometo um Dia Deixar essa Cidade de Daniel Aragão e Ventos de Agosto de Gabriel Mascaro.

A História da Eternidade conta a vida de um pequeno vilarejo no Sertão, onde três histórias de amor e desejo revolucionam a paisagem afetiva de seus moradores. Esse é o primeiro longa de ficção do diretor pernambucano Camilo Cavalcante  e ganhou os prêmios de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator (Irandhir Santos); Melhor Atriz (Marcélia Cartaxo, Zezita Matos e Debora Ingrid) e Júri ABRACINE – Associação Brasileira de Críticos de Cinema no 6º Paulínia Film Festival.

Sangue Azul, filme com roteiro de Lírio Ferreira, traz um elenco atores conhecidos no cinema nacional: Daniel de Oliveira, Matheus Nachtergaele e ainda a participação de Ruy Guerra e Paulo César Pereio. O filme foi gravado na Ilha de Fernando de Noronha e retrata a vida de Zolah, um artista circense perdido em seu passado e que não consegue amar plenamente. "Sangue Azul faz um paralelo entre o cinema e o circo para falar de mar, arte e amor" diz o comunicado oficial do filme. 

Confira a programação completa no site oficial do evento.

Há um momento de A Luneta do Tempo em que Cauby Peixoto canta no rádio, no filme de Alceu Valença. Depois, nos créditos, estão listadas 57 músicas na trilha que ele próprio criou, mas não aparece o nome do ídolo da música romântica. Na coletiva, Valença não precisou nem explicar. Ele cantou exatamente como Cauby no filme. Letra, música e voz são dele. Não é a menor das surpresas de A Luneta do Tempo. Um pouco influenciado por Glauber Rocha, e por Sérgio Ricardo - o compositor de Deus e o Diabo na Terra do Sol, que o dirigiu em A Noite do Espantalho -, Valença viaja na brasilidade.

É um barroco. E um louco que fala compulsivamente. Há método na sua ‘loucura’, como na de Glauber. Explicou que A Luneta foi o filme que quis fazer por 14 anos. Há 10, decidido de que deveria dirigir, começou a estudar cinema. Na quarta-feira à noite, 13, ao apresentar seu filme, ele disse, no palco do Palácio dos Festivais, que tinha uma boa e uma má notícia. Começou pela má, a morte do presidenciável Eduardo Campos, a quem apoiava. Saudou o homem, o político, o administrador como exemplares. A boa nova foi que, finalmente, estava mostrando A Luneta.

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O filme tem uma primeira parte deslumbrante. Lampião e Maria Bonita, Irandhyr Santos e Hermila Guedes. O mito do cangaço, ação, perseguições, tiroteios e uma música de ópera. Só que Valença não é nem quer ser Sergio Leone, que esticava as cenas ao som da música de Ennio Morricone. Quando o espectador começa a viajar na beleza visual e sonora, ele corta. As cenas não duram tanto quanto talvez devessem, para o deleite estético. É estilo, mas essa descontinuidade - que se cria - não deixa de remeter a Glauber. Valença soma o circo, o cordel, e cria um universo mágico - uma nova caravana Rólidei - permitindo que seu filho Ceceu, como dono do circo, roube a cena. Impossível, dirá o leitor. Ninguém rouba a cena de Irandhyr Santos. Espere para ver e depois a gente conversa.

O 42.º Festival de Cinema Brasileiro e Latino encaminha-se para o final. Nesta sexta-feira, 15, serão exibidos os últimos longas concorrentes. Neste sábado, 16, à noite, ocorrerá a premiação. Temos tido bons filmes brasileiros, bons filmes latinos, os ‘estrangeiros’. Do Chile veio Las Analfabetas, de Moises Sepúlveda, com Paulina García, a Glória do filme de mesmo nome. As Analfabetas baseia-se numa peça que Paulina e Valentina Muhr representaram no teatro por mais de dois anos. O diretor não se importa que se diga que seu filme é teatral. Existem sutilezas dentro dos planos longos. Uma construção do olhar, uma maneira diferente de Paulina e Valentina se moverem e que é diferente do teatro.

Las Analfabetas não chega a ser bom como El Critico e Esclavo de Dios, os mais fortes concorrentes estrangeiros, até agora. Mas algo ali hay. Uma vontade de discutir carências. Uma mulher não sabe ler nem escrever. A outra, mais jovem, que pretende ensiná-la, é analfabeta afetiva. Tem sido um tema forte aqui em Gramado. A carência afetiva, como um espelho torto das relações no mundo (pós)moderno, que vive de aparências. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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