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Manifestantes antigovernamentais ocuparam o salão principal do Parlamento de Hong Kong nesta segunda-feira, picharam suas paredes e exibiram uma bandeira da era colonial britânica no plenário.

O governo de Hong Kong imediatamente denunciou a "violência extrema" dos manifestantes.

"Manifestantes radicais invadiram o Complexo do Conselho Legislativo com extrema violência", dizia o comunicado oficial.

"Esses manifestantes comprometeram seriamente a segurança dos policiais e membros parlamentares. Tais atos violentos são inaceitáveis para a sociedade".

Dezenas de manifestantes mascarados invadiram o plenário depois de invadirem o prédio, quebrando janelas de vidro, gritando slogans e pintando o brasão da cidade de preto.

A polícia deu um ultimato aos manifestantes que ocuparam o parlamento alertando que em breve vão usar da "força apropriada".

"Em pouco tempo a polícia irá para a área do parlamento para limpá-lo. Se encontrar obstrução ou resistência, a polícia usará a força apropriada", disse um porta-voz da polícia em um vídeo postado na página da força no Facebook.

As atuais manifestações refletem o temor dos moradores de Hong Kong ante a crescente influência do governo da China, com a ajuda dos líderes do mundo das finanças na cidade.

Na madrugada desta segunda-feira, jovens encapuzados ocuparam e bloquearam as três principais avenidas de Hong Kong com grades de metal.

O movimento, que nasceu da rejeição ao projeto de lei sobre extradições, ganhou força e passou a denunciar as ações do governo local, depois que muitos cidadãos de Hong Kong perderam a confiança ao considerar que o Executivo tem permitido a erosão de suas liberdades.

Hong Kong foi transferida do Reino Unido para a China em 1997, mas o território ainda é administrado sob um acordo conhecido como "um país, dois sistemas".

Desta maneira, os habitantes do território desfrutam de direitos raramente vistos na China continental. Muitas pessoas, no entanto, sentem que lentamente Pequim vai deixando o acordo de lado.

A cada aniversário da retrocessão, os ativistas locais organizam grandes manifestações para exigir direitos democráticos, incluindo a possibilidade de escolher o Executivo local por sufrágio universal.

Em anos recentes, os ativistas conseguiram mobilizar grandes multidões - incluindo uma ocupação de dois meses em 2014 -, mas não conseguiram qualquer concessão importante por parte de Pequim.

Os protestos deste ano, no entanto, acontecem após três semanas de manifestações contra o polêmico projeto de lei que permitiria a extradição de detidos em Hong Kong para processo na justiça da China continental.

Os manifestantes também exigem a renúncia da chefe de Governo local, Carrie Lam, assim como a retirada das acusações contra as pessoas detidas nos protestos das últimas semanas.

A China inaugurou, nesta terça-feira (23), a maior ponte marítima do mundo. Com 55 quilômetros de extensão, a ponte liga as cidades de Hong Kong e Macau a Zhuhai, na China continental.

A obra teve a conclusão atrasada em dois anos e já foi ligada a escândalos devido ao alto custo e utilização para fins políticos. A estrutura conta com trechos de estrada, três pontes, ilhas artificiais e túnel subaquático. A ideia é promover uma integração econômica de 11 cidades.

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O equipamento será aberto ao púbico na quarta-feira (24). Apesar de ser considerada uma grande obra para engenharia, a ponte não agrada muitas pessoas em Honk Kong. É que a região, que foi colônia britânica, se considera política e culturalmente distante da China continental, preferindo, assim, a autonomia ao invés da integração.

Os custos do megaprojeto chegaram a R$ 27 bilhões. O alto custo teria sido causado por problemas não previstos, como as condições do mar e o aumento do valor dos materiais e mão de obra. Para atravessar a Ponte Honk Kong-Zhuhai-Macao será exigida uma habilitação especial.

Desde o início da construção, nove trabalhadores morreram e outros 200 ficaram feridos. Seis empresas foram multadas por colocar seus empregados em risco.

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