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O conclave para eleger o sucessor de Bento XVI, que anunciou, nesta segunda-feira (11), sua renúncia ao papado, será iniciado em meados de março, na Capela Sistina, em um clima diferente, já que, pela primeira vez em sete séculos, acontecerá com o ex-pontífice vivo.

A ausência de homenagens, missas de luto e uma transmissão solene do funeral em todo o mundo, como ocorreu com João Paulo II em 2005, marcará o conclave mais incomum da história recente da Igreja Católica.

"O conclave não pode ter início antes de 15 de março. Pode começar nos dias 15, 16, 17, 18 ou 19", informou nesta quarta-feira o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, que diariamente dá detalhes do processo eleitoral de escolha do novo Papa, com um pontífice que alegou falta de "forças" para continuar a sua missão apostólica.

Os cardeais entram em conclave em no mínimo 15 dias e no máximo 20 dias após a morte ou renúncia de um Papa.

Bento XVI anunciou na segunda-feira que deixará o trono de Pedro no dia 28 de fevereiro.

A data será fixada pelo conclave de cardeais, segundo Lombardi, que admite que precisou consultar especialistas em direito canônico.

Durante seus dois mil anos de história, a Igreja Católica modificou várias vezes as modalidades para a designação de um Papa até chegar tardiamente à fórmula atual do conclave. Nada no Evangelho indica como escolher o sucessor do Santo Padre.

Em 21 de novembro de 1970, Paulo VI definiu as características atuais do colégio eleitoral: a idade limite de um cardeal para participar da eleição é de 80 anos, e no número máximo de cardeis eleitores é 120. João Paulo II confirmou essas regras em fevereiro de 1996 em sua constituição apostólica "Universi Domini Gregis".

Nos últimos anos, a internacionalização crescente do colégio de cardeais tornou cada vez mais aleatória qualquer previsão sobre a escolha do conclave.

A maioria dos 117 cardeais com menos de 80 anos e com direito a voto chegará nos próximos dias a Roma para participar de reuniões fechadas com os cardeais "não eleitores" e sem um limite de tempo.

Entre eles estão os seis novos cardeais nomeados em novembro de 2012.

Na ocasião, o Papa declarou: "Eu quero destacar, em particular, que a Igreja é a Igreja de todos os povos e, portanto, expressa em diferentes culturas de diferentes continentes".

Ao convidar para participar do seleto grupo de candidatos ao trono de Pedro esses religiosos, de países em conflitos graves e fora do velho continente, o Papa alemão indiretamente respondeu às críticas de "eurocentrismo" recebidas no início do ano depois de nomear 22 novos cardeais em fevereiro, 16 deles europeus, dos quais sete são italianos.

Fontes diplomáticas latino-americanas dizem que a eleição do sucessor de Bento XVI será rápida, antes da Missa do Domingo de Ramos, em 24 de março, um dos momentos mais importantes da Semana Santa e do ano litúrgico.

Dos 117 cardeais com poder de voto, 62 são europeus, 28 italianos e 19 da América Latina. Entre eles, estão cinco brasileiros, três mexicanos, dois argentinos, um chileno, um peruano, um boliviano, um cubano, um dominicano, um hondurenho, um venezuelano, um equatoriano e um colombiano.

A eleição acontece na Capela Sistina, com duas votações de manhã e duas à noite. As cédulas de voto são queimadas. O cardeal eleito é aquele que recebe pelo menos dois terços dos votos. Em caso de impasse, uma votação pela maioria absoluta é possível.

Durante o processo de votação, uma espécie de fogareiro é instalado na Capela Sistina para informar a multidão de fiéis, tradicionalmente reunida na Praça de São Pedro junto com o batalhão da imprensa, sobre o resultado da votação. Se a fumaça é preta, não há eleito. Se a fumaça é branca, um novo Papa foi escolhido.

O Papa Bento XVI afirmou nesta quarta-feira (13), durante sua primeira audiência pública após o inesperado anúncio de sua renúncia, que decidiu deixar o posto de sumo pontífice "pelo bem da Igreja".

Comovido e com a fisionomia cansada, diante de 3.500 fiéis do mundo inteiro reunidos na sala Paulo VI do Vaticano, Bento XVI falou sobre sua histórica renúncia ao trono de Pedro.

"Renuncio com plena liberdade pelo bem da Igreja".

Recebido por uma multidão entusiasmada, que o aplaudiu e gritou seu nome, o Papa alemão, de 85 anos, parecia cansado.

"Eu rezei muito" e "examinei perante Deus minha consciência, consciente da gravidade de tal gesto", disse.

Depois de ouvir os gritos de "Bento, Bento!", o pontífice agradeceu pela calorosa recepção.

"Agradeço a todos por vosso amor e vossas orações", afirmou.

Na segunda-feira, com um anúncio inédito na história da Igreja moderna, Bento XVI renunciou, a partir de 28 de fevereiro, ao pontificado, alegando razões de saúde e idade. A partir desta data terá início o processo para a eleição de seu sucessor.

O Papa reconheceu que não tem "as forças necessárias" para governar a Igreja e que sua energia diminuiu nos últimos meses.

O surpreendente anúncio da renúncia do Papa Bento XVI é destaque nas primeiras páginas dos jornais de todo o mundo, que analisam o impacto da decisão para a Igreja católica e especulam sobre o nome do sucessor do Santo Padre, que pela primeira vez pode não ser europeu.

A renúncia do Sumo Pontífice de 85 anos aparece na primeira página de todos os jornais britânicos, que elogiaram as qualidades pessoais de Bento XVI e tentaram antecipar o continente do sucessor.

O Guardian publica uma foto de Bento XVI e destaca que "a renúncia do papa transtorna a Igreja". "Teologicamente e politicamente era a prolongação de João Paulo II, com suas qualidades e defeitos".

"Estou muito frágil para continuar", cita o Times, ao mencionar uma frase do Papa, cuja renúncia revela, segundo o jornal londrino, as imensas mudanças que se perfilam no horizonte do papado no século XXI.

O jornal considera a decisão do Papa "digna e desinteressada", mas afirma que seu sucessor deverá fazer da Igreja católica "uma instituição mais colegiada".

Para o Daily Telegraph, que publica uma enorme foto de Bento XVI com uma vela sobre um fundo escuro, a renúncia do papa "transtorna o mundo inteiro".

"Posto vacante: se busca um novo líder para 1,2 bilhão de católicos", destaca o jornal The Independent, para o qual o anúncio do papa deixou a Igreja sob uma "tormenta".

"Auf Wiedersehen, Pope", escreve o Sun ao lado de uma foto de Bento XVI saudando uma multidão.

"Virá um Papa da América, Ásia ou África?", pergunta o jornal argentino Clarín em um editorial publicado em seu site, no qual destaca que com a renúncia de Bento XVI se abre a possibilidade de que "um cardeal, já não italiano, inclusive um não europeu, seja eleito pontífice".

Segundo o jornal, "não se trata de uma disputa geográfica, e sim de fundo". "A Europa – de onde sempre saíram os papas - tem um catolicismo praticamente em retirada", enquanto em contrapartida, completa, "África e Ásia têm regiões onde o cristianismo romano se expande com vigor. E a América Latina, apesar de ter claros-escuros, contêm mais de 40% dos católicos do mundo".

No Brasil, o jornal Folha de S. Paulo destacou em seu site: "Brasileiros, italianos e um africano estão entre os possíveis sucessores de Bento XVI"

O jornal destaca que na lista de "favoritos" estão dois brasileiros: João Braz de Aviz, 65 anos, e Odilo Pedro Scherer, de 63.

Todos os jornais franceses destacaram a renúncia do papa.

O católico La Croix afirma que a "decisão de Bento XVI é uma surpresa pela metade. Em várias oportunidades, durante seu pontificado, havia anunciado que não hesitaria em renunciar no caso de padecer uma incapacidade física, psicológica ou espiritual para cumprir com as tarefas de sua função".

"É um homem de fé que decidiu retirar-se com a consciência de ter dado tudo o que podia pelo bem da Igreja", completa o jornal.

O Figaro publica uma edição especial na qual elogia a "humildade" de Bento XVI que "afirmou que os desafios da Igreja contemporânea excediam suas forças".

"Esta decisão abre uma era inédita na história da Igreja católica moderna: o próximo conclave acontecerá enquanto o papa está vivo".

"Papus interruptus": esta é a manchete do Libération, que escreveu em latim seu editorial sobre a renúncia do papa na página 3 e sua tradução ao francês na página 11.

"Ninguém saberá jamais se Bento XVI cedeu à fadiga física ou metafísica. Se o corpo não dá suporte à força que a tarefa necessita. Ou se a alma que já não acredita", afirma o jornal.

A decisão do Papa Bento XVI de renunciar ao posto de sumo pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana anunciada, nesta segunda-feira (11), apesar de ter surpreendido os católicos do mundo todo, pode não ter sido tomada recentemente. Ao menos é o que defende o diretor do jornal oficial do Vaticano, o "L'Osservatore Romano", Giovanni Maria Vian. Em editorial escrito hoje para a publicação, Vian afirma que a definição foi feita há cerca de um ano, quando Bento XVI viajou para o México e Cuba.

"A decisão do Pontífice foi tomada há muitos meses, depois da viagem ao México e Cuba (entre 23 e 29 de março de 2012), e numa confidência que ninguém pôde infringir, depois 'de ter repetidas vezes examinado' a própria consciência 'diante de Deus', por causa da idade avançada. Bento XVI explicou, com a clareza que lhe é própria, que as suas forças 'já não são apropriadas para exercer de modo adequado' a tarefa imane exigida a quem é eleito 'para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho'", afirma Vian no editorial intitulado "O futuro de Deus".

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O editorial diz ainda que a decisão de renunciar ao cargo é um acontecimento "sem precedentes" na história e ressalta que o atual Papa - que deixará o cargo no dia 28 de fevereiro - "não procurou de modo algum a eleição ao pontificado". "Por isso, Bento XVI nunca se sentiu sozinho, numa relação autêntica e diária com quem amorosamente governa a vida de cada ser humano e na realidade da comunhão dos santos, apoiado pelo amor e pelo trabalho dos colaboradores, e amparado pela oração e estima de muitíssimas pessoas, crentes e não crentes. Nesta luz deve ser lida também a renúncia ao pontificado, livre e sobretudo confiante na providência de Deus".

A decisão papal de deixar o cargo também foi descrita como "humilde" e de "lucidez". "Não se sentindo mais capaz de 'administrar bem' o ministério que lhe foi confiado, (o Papa) anunciou a sua renúncia. Com uma decisão humana e espiritualmente exemplar, na plena maturidade de um pontificado que, desde o início e por quase oito anos, dia após dia, nunca deixou de fazer admirar e deixará um vestígio profundo na história".

Após o choque com o anúncio da renúncia do Papa Bento XVI, nesta segunda-feira (11), a primeira em 600 anos, começa a especulação de quem será seu sucessor e muitos acreditam que o novo Supremo Pontífice poderá ser o primeiro não-europeu a assumir o posto em cerca de 1.300 anos. "É possível vermos um papa asiático, africano, sul-americano, pois a igreja está crescendo muito nessas áreas", afirmou o padre Aaron Kuhn, dos Estados Unidos.

A Igreja Católica já teve papas de fora da Europa, da África (Victor I, Miltiades e Gelasius) e do Sudoeste Asiático, mais especificamente da Síria (Sissinnius, Constantinus e o último teria sido Gregorius III, que governou de 731 a 741), mas nunca das Américas.

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No ano passado, Bento XVI nomeou seis cardeais não-europeus para fazer parte do Corpo da Igreja que irá escolher seu sucessor, alegando que isso mostrava a diversidade da Igreja Católica.

As informações são do site da AlJazeera, CBS e agências internacionais.

O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Leonardo Steiner, afirmou que a notícia da renúncia do Papa Bento XVI foi recebida com surpresa pelos católicos brasileiros.

"Surpresa é a expressão para dizer que não esperávamos um gesto tão importante dentro da Igreja, apesar de sabermos que não é o primeiro papa que renuncia. Mas, em plena atividade, ele dizer que não tem mais condições físicas e, nos tempos atuais, isso exige uma presença mais forte, mais viva já que tudo corre rapidamente", afirmou Steiner.

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Para o religioso, Bento XVI entrará para a história como o "Papa do amor". "Se dissemos que João Paulo II foi o Papa da paz, provavelmente o futuro no dirá que Bento XVI foi o Papa do amor. Ele muitas vezes falou da civilização do amor, falou aos jovens da necessidade de amar, de testemunhar a fé como caridade, como amor", disse.

A expectativa de Steiner é que o próximo pontífice dê sequência ao diálogo ecumênico com outras religiões e povos em conflito. "O atual Papa vivia um momento de diálogo importante com os anglicanos, as igrejas ortodoxas, e não só igrejas, mas também com os muçulmanos, os hebreus. Ele prezava muito isso. Creio que o novo Papa dará continuidade a esse diálogo, a essa sensibilidade, e terá também muita sensibilidade para a realidade que estamos vivendo", pontuou.

O Papa Bento XVI anunciou a renúncia alegando idade avançada e "por não ter mais forças" para o cargo. O alemão Joseph Ratzinger, de 85 anos, assumiu o comando da Igreja Católica em 19 de abril de 2005, aos 78 anos. As informações são da Agência Brasil.

A Arquidiocese do Rio de Janeiro manterá a realização das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), previstas de 23 a 28 de julho, apesar do inesperado anúncio de renúncia do Papa Bento XVI, confirmou nesta segunda-feira à AFP um porta-voz.

"As Jornadas serão mantidas, a demissão do Papa não altera nada", declarou à AFP Adionel da Cunha, porta-voz da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

O arcebispo do Rio, Orani Tempesta, também confirmou que, apesar da renúncia do Papa, o evento será mantido, e será encabeçado pelo sucessor de Bento XVI.

"O próprio Bento XVI sempre disse que a Jornada Mundial da Juventude será realizada no Rio por ele ou por seu sucessor. Rezamos pela saúde do Papa, assim como pela de todos os idosos e enfermos neste dia de Nossa Senhora de Lurdes", assinalou Tempesta durante uma cerimônia, citado pelo site G1.

"Não se considera uma eventual ausência do Papa nas JMJ", insistiu. "É tradição que os Papa assistam, mesmo depois de uma mudança recente", explicou.

São Paulo, 11/02/2013 - O Papa Bento VXI vai renunciar a seu pontificado no próximo dia 28 de fevereiro, anunciou nesta segunda-feira o Vaticano. Leia abaixo a íntegra do anúncio da renúncia do Papa:

"Caríssimos irmãos,

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Convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando.

Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.

Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.

Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.

BENEDICTUS PP XVI"

A Justiça Federal em São Paulo abriu ação penal contra três empresários acusados de integrar organização especializada em crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, evasão de divisas e falsidade ideológica.

O grupo criou uma igreja fantasma - com registro no papel, mas sem templo e fiéis - pela qual movimentou R$ 400 milhões, segundo a Operação Lava Rápido, deflagrada pela Polícia Federal em 2012. A decisão, do juiz Márcio Ferro Catapani, da 2.ª Vara Criminal Federal, acolhe denúncia da Procuradoria da República, apresentada em dezembro.

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A acusação, subscrita pela procuradora Karen Kahn, revela que Antonio Honorato Bérgamo, Wagner Renato de Oliveira e Antônio Carlos Balbi constituíram empresas de fachada e atuavam em duas frentes, uma para remessa ilegal de divisas ao exterior "com a finalidade de ocultação e dissimulação de recursos de terceiros", outra para emissão de notas fiscais frias para "fornecer suporte a empresa que sonegavam tributos".

A PF apurou que 687 pessoas, sem nenhuma renda declarada, receberam recursos da "igreja", que funcionou entre 2005 e 2009. No local indicado como endereço da igreja havia uma academia de ginástica. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Enraizada na cultura religiosa brasileira, a segunda Igreja mais antiga de Pernambuco e terceira do Brasil, celebra, nesta sexta (1) e sábado (2), 473 anos. A igreja, que fica localizada no distrito de Matriz da Luz, na Região Metropolitava do Recife (RMR), foi fundada em 1540 e é um dos templos religiosos que poderá integrar, a partir deste ano, o Circuito das Igrejas – Roteiro Histórico-Cultural organizado pela Secretaria de Turismo de Pernambuco.

Durante o fim de semana serão realizadas procissões e missas por representantes católicos de vários municípios do estado de Pernambuco, a partir das 18h. O encerramento, que acontece no domingo (3), contará com duas celebrações eucarísticas, a primeira às 10h e a segunda, após a procissão de encerramento, que acontece às 16h, e percorre as ruas do distrito.

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Um missa marcará a inauguração e reabertura da Igreja Nossa Senhora do Pilar, no Bairro do Recife. O templo ficou fechado por cinco anos enquanto passava por obras de reforma. O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, presidirá a solenidade nesta sexta-feira (11), às 9h. 

De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o restauro do imóvel tombado desde 1965 custou um pouco mais de R$ 1 milhão. A igreja foi erguida em 1680 sobre o antigo Forte de São Jorge e matériais da fortaleza como as muralhas, tijolos e pedras foram usados na construção. A capela-mor tem o formato de uma abóbada semi-esférica, e é revestida de azulejos portugueses.  

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O papa Bento XVI ordenou, neste domingo (6), quatro novos bispos, entre eles seu secretário particular, o alemão Georg Ganswein, e os núncios apostólicos na Nicarágua e na Guatemala, durante uma missa celebrada na Basílica de São Pedro do Vaticano.

Paralelamente, o novo bispo Georg Ganswein foi elevado à categoria de arcebispo e nomeado Prefeito da Casa Pontifícia, indicou um comunicado da Santa Sé.

Esta nomeação, que havia sido anunciada há um mês pelo Vaticano, demonstra a confiança que o Papa deposita em seu secretário particular.

A Casa Pontifícia se ocupa, entre outras tarefas, da agenda de audiências papais.

Segundo o jornal italiano La Stampa, esta nomeação sem precedentes representa um reconhecimento do Papa pelo trabalho realizado, assim como um sinal de estima.

Na mesma cerimônia, Bento XVI ordenou como bispos o nigeriano Fortunatus Nwachukwu, ex-chefe de protocolo e novo núncio na Nicarágua, o francês Nicolas Thevenin, nomeado no sábado núncio na Guatemala, e o italiano Vincenzo Zani, secretário da Congregação para a Educação Católica.

Dez pessoas morreram, incluindo quatro crianças, e 120 ficaram feridas no dia 31 de dezembro em Luanda em um tumulto na entrada de um estádio onde era organizada uma vigília da Igreja Universal do Reino de Deus para o Ano Novo, indicou nesta terça-feira a agência angolana Angop.

Segundo o porta-voz da Defesa Civil, Faustino Sebastião, citado pela Angop, as dez vítimas morreram pisoteadas e asfixiadas pela multidão na entrada do estádio Cidadela Desportiva, que teve apenas dois de seus quatro portões abertos.

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Doze feridos ainda estava hospitalizados nesta terça-feira.

"Esperávamos 70.000 pessoas, mas esse número foi amplamente superado", admitiu nesta terça à Angop Ferner Batalha, pastor da igreja pentecostal.

Segundo Batalha, a Igreja Universal havia alertado as autoridades e pedido a colaboração da Cruz Vermelha para organizar sua vigília.

O diretor dos serviços clínicos do hospital Americo Boavida, Lina Ali, confirmou que as vítimas morreram de asfixia, e ressaltou que setenta pessoas envolvidas no incidente tinham sido hospitalizadas na noite do Ano Novo.

A polícia de Newtown, no estado norte-americano de Connecticut, esvaziou a igreja católica St.Rose of Lima neste domingo (16), depois de um telefonema anônimo que dizia haver uma bomba no local. Segundo a oficial de polícia Deborah Metz, policiais revistaram o local e os prédios vizinhos, mas não encontraram nenhuma bomba.

A igreja St. Rose of Lima era frequentada por Adam Lanza, o jovem que matou 20 crianças e seis adultos em uma escola de Newtown na última sexta-feira. Sua mãe e oito das crianças mortas no ataque de sexta também eram frequentadoras dessa igreja.

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Cerca de 800 pessoas compareceram à missa das 9h neste domingo na igreja St. Rose of Lima. "Vocês não vão se lembrar do que eu disser, e isso se tornará desimportante. Mas vocês vão ouvir, lá no fundo, aquela palavra que finalmente trará paz e alegria, Essa é a palavra pela qual vivemos, Essa é a palavra pela qual esperamos e essa é a palavra pela qual amamos", disse em seu sermão o padre Jerald Doyle.

"As crianças estão com os anjos? Elas vão viver com os anjos?", perguntou à mãe Jennifer Waters, de 6 anos, mesma idade de várias das vítimas do massacre. A mãe, Joan, 45, respondeu que sim e pediu que Jennifer ficasse quieta durante a missa.

As autoridades locais disseram que Lanza matou a tiros sua mãe, Nancy, em casa, antes de dirigir-se à escola elementar Sandy Hook no carro dela. As três armas que ele levou para cometer o massacre também eram de propriedade de sua mãe, inclusive o rifle semiautomático que ele usou para matar as 12 meninas, os oito garotos e as seis funcionárias da escola.

Segundo o médico-legista da polícia de Newtown, dr. H. Wayne Carver, todas as vítimas foram baleadas mais de uma vez com o mesmo rifle. Lanza se matou com um tiro quando os primeiros policiais chegavam à escola.

A explosão de dois carros-bomba em uma igreja protestante na Nigéria deixou pelo menos 11 mortos e cerca de 30 feridos na cidade de Jaji, no centro norte do país, neste domingo, informam autoridades locais.

"A maioria das vítimas era da comunidade religiosa da igreja de Santo André. Os feridos foram encaminhados a hospitais com vários graus de lesões", disse o general Bola Koleosho, porta-voz do exército nacional.

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Não houve reivindicações imediatas pela responsabilidade do incidente, mas uma seita islâmica radical conhecida como Boko Haram vem atacando instituições nigerianas.

Este novo ataque acontece dois dias depois do anúncio de uma doação de US$ 1,8 milhão para financiar recompensas para informações que levem à prisão de membros da Boko Haram.

A cidade de Jaji é um alvo simbólico, já que é sede de um comando local das Forças Armadas e de uma importante academia militar. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

O novo líder espiritual da Igreja da Inglaterra, Justin Welby, assegurou nesta quinta-feira que a instituição irá aceitar, cedo ou tarde, a presença de bispas, apesar da rejeição da medida esta semana, bloqueada por uma minoria tradicionalista.

"Está claro que as mulheres se tornarão bispas da Igreja da Inglaterra (...) não há dúvida sobre isso", declarou em Abuja, capital da Nigéria.

O bispo Welby, ex-líder de uma companhia de petróleo que será o novo arcebispo de Canterbury e líder dos anglicanos em todo o mundo, participa com o ex-primeiro-ministro britânico, Tony Blair, de uma conferência na capital nigeriana para melhorar as relações entre muçulmanos e cristãos naquele país.

O atual arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, havia proposto a ordenação de mulheres, uma medida rejeitada a última terça por uma pequena parcela do colégio laico da igreja. O colégio episcopal e o clero votaram a favor.

As igrejas anglicanas, que reúnem 85 milhões de fieis em todo o mundo, têm independência entre si, o que já possibilitou a ordenação de mulheres nos Estados Unidos, Austrália, Canadá e também na África.

O patriarca da Igreja Ortodoxa búlgara, Maxime, o mais velho dos líderes religiosos ortodoxos da Europa, faleceu nesta terça-feira aos 98 anos, anunciou o Santo Sínodo.

Em uma entrevista à rádio pública BNR, o metropolita Nikolai pediu aos búlgaros que "rezem pela alma do patriarca Maxime", cujo nome verdadeiro era Marin Minkov.

Em 1971 ele foi eleito, quando tinha 56 anos, para comandar a Igreja Ortodoxa búlgara, em pleno regime comunista, e atuou durante mais de 40 anos como a principal autoridade na igreja búlgara.

Nos anos 1990, após o colapso do bloco comunista no leste da Europa, enfrentou uma tentativa de secessão de líderes religiosos reformistas, que designaram um patriarca "alternativo".

Os reformistas criticavam o fato de Maxime ter sido representante da Igreja Ortodoxa búlgara em Moscou de 1950 a 1955, sua "passividade e complacência" com o regime comunista.

O Partido Comunista, que promovia o ateísmo, tolerava a religião desde que as igrejas aceitassem a supremacia do partido.

Aos poucos, Maxime, com o apoio do ex-rei da Bulgária Simeão de Saxe-Coburgo, conseguiu reconstituir a unidade da Igreja Ortodoxa búlgara, a qual pertencem 80% dos 7,4 milhões de habitantes do país.

Ao longo do patriarcado, viveu à margem da vida pública e política. Mesmo quando a imprensa búlgara, no início do ano, revelou que 11 dos 15 principais bispos ortodoxos haviam pertencido à polícia secreta comunista, preferiu manter anonimato. Seu nome não figurava na lista.

A Polícia Federal deflagrou na quarta-feira (31/10) em São Paulo a Operação Lava Rápido para desarticular organização criminosa especializada em crimes contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e subtração de procedimentos fiscais da Secretaria da Fazenda estadual.

Segundo a PF, o inquérito teve início em março passado após a constatação de que "uma pequena igreja" havia movimentado em suas contas quase R$ 400 milhões em operações financeiras. A igreja usada para a fraude só existia no papel, ou seja, tinha registros nos cadastros do Fisco apenas para acobertar as atividades ilícitas de empresas do grupo. Não havia templo nem fiéis.

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A PF cumpriu 6 mandados de prisão e 12 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Atibaia e Valinhos. A operação foi desencadeada com autorização da 2.ª Vara Criminal Federal de São Paulo, especializada em ações contra crimes financeiros.

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A PF cumpriu mandado de busca e apreensão no edifício-sede da Secretaria da Fazenda do Estado. A equipe da PF, composta por um delegado, um escrivão e dois agentes, investigavam suspeitas de colaboração de três funcionárias administrativas no desvio de processos.

A Fazenda destacou dois membros da Corregedoria da Fiscalização Tributária (Corcat) para acompanhar os agentes federais e dar todo apoio à ação. "Os agentes da PF efetuaram busca nas estações de trabalho das funcionárias e apreenderam material que será analisado na investigação", informou a Fazenda.

Cinquenta policiais federais vasculharam também escritórios comerciais, empresas e endereços residenciais. A Secretaria da Fazenda foi decisiva para o êxito da operação, informou a PF. Entre os presos estão um ex-agente fiscal da Fazenda estadual e quatro servidores da pasta que recebiam comissões por "serviços prestados" à quadrilha em valores que variavam de R$ 500 mil a R$ 1 milhão.

Um empresário foi preso em flagrante por posse ilegal de armas. Ele já estava com sua prisão preventiva decretada pela Justiça Federal. Os investigados responderão, de acordo com suas atuações, pelos crimes contra o sistema financeiro, subtração de processos, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, lavagem de dinheiro, quadrilha, falsidade ideológica e sonegação fiscal, cujas penas somadas podem atingir 28 anos de prisão.

Os servidores davam sumiço em processos tributários e excluíam os dados do sistema informatizado. Quando os processos eram volumosos demais, faziam a retirada "em pedaços", transportando os papéis em mochilas e bolsas.

Em partes

"Os documentos eram levados em partes e entregues aos chefes da quadrilha que os entregavam para os empresários envolvidos", relata o delegado Isalino Giacomet, da Delegacia de Combate a Crimes Financeiros (Delefin).

Giacomet assinala que a "igreja" era uma empresa que jamais teve existência física. "A associação religiosa foi criada por gozar de imunidade tributária, o que diminuiria as probabilidades de fiscalização, na visão dos integrantes do grupo."

Empresas de fachada faziam parte de um esquema para sonegação fiscal e evasão de divisas que contava com dois modos de atuação.

No primeiro, empresas de fachada eram criadas para que atuassem ficticiamente, recebendo recursos de empresas reais e depois remetendo os valores para o exterior por meio de doleiros. Essas empresas de fachada eram utilizadas por um período curto para "melhor desviar a atenção da fiscalização". No segundo modo, o grupo servia empresas devedoras do Fisco estadual. Essas empresas já haviam sido autuadas ou haviam tido seus recursos administrativos julgados improcedentes. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O Papa Bento XVI canonizará neste domingo sete pessoas, entre elas a primeira ameríndia convertida pelos jesuítas no final do século XVII e considerada um exemplo para a Igreja Católica do continente americano.

A cerimônia solene será celebrada na Praça de São Pedro e terá a presença dos 262 padres provenientes de todo o mundo para participar no Sínodo dos Bispos sobre a nova evangelização, que quer reativar o papel da Igreja na sociedade moderna.

Além da primeira santa ameríndia, Kateri Tekakwitha, serão canonizados a espanhola Carmen Salles y Barangueras (1848-1911), fundadora da Congregação Irmãs da Imaculada Conceição, a alemã Marianne Cope of Molokai (1838-1918), que estabeleceu um sistema de cuidados para os leprosos no Havaí, filipino Peter Calungsod, laico e mártir (1672), o padre jesuita francês, Jacques Berthieu, martirizado em 1896, o padre italiano Giovanni Battista Piamarta (1841-1913), fundador da Sagrada Família de Nazareth, e a alemã laica Anna Schaffer (1882-1925), que aceitou seus sofrimentos como forma de santificação.

Cerca de 1.500 peregrinos canadenses, majoritariamente aborígenes, chegaram a Roma para assistir à canonização da primeira santa ameríndia, algonquina por parte de mãe e mohawk por parte de pai, que morreu aos 24 anos enquanto vivia em um território perto de Montreal atualmente pertencente aos Estados Unidos.

O Papa Bento XVI lançou nesta quinta-feira o "Ano da Fé" coincidindo com o aniversário de 50 anos do histórico Concílio Vaticano II, que modernizou a Igreja católica, e convidou os 1,2 bilhão de católicos do mundo a recuperar a "tensão positiva" daquela ocasião.

Centenas de bispos provenientes de todas as partes do mundo fizeram uma procissão pela Praça de São Pedro, num ato parecido com o realizado em 11 de outubro de 1962, quando teve início o Concílio Vaticano II.

Ao se aproximar do altar na esplanada, os bispos entoaram um hino composto especialmente para o "Ano da Fé".

Quatorze dos 70 religiosos que participaram no Concílio Vaticano II (1962-65), entre eles o monsenhor Leonardo Felice, de 97 anos, ex-arcebispo de Cerreto (Itália), estavam na procissão.

Também se encontravam presentes o patriarca ortodoxo de Constantinopla, Bartolomeu I, e o chefe da Igreja Anglicana, o arcebispo Rowan Williams.

A cerimônia inaugural deste "Ano da Fé", que será celebrado até novembro de 2013, foi marcada pela recordação do Concílio que modernizou a Igreja depois da convocação do Papa João XXIII, que reuniu então 2.250 bispos provenientes de todos os continentes.

Bento XVI aproveitou o lançamento do "Ano da Fé" para fazer um apelo aos católicos para que se inspirem nos documentos do Concílio Vaticano II, "uma expressão luminosa da fé", e para que recuperem a "tensão positiva" de então.

Lamentou, no entanto, o "deserto que a fé atravessa em alguns países", mas assegurou que "também no deserto se pode voltar a descobrir o valor que é essencial para viver".

Por sua parte, o patriarca da Igreja ortodoxa de Constantinopla, Bartolomeu I, parabenizou o diálogo dentro da Igreja católica.

"Nossa presença aqui mostra nosso compromisso para lançar a mensagem de salvação para nossos irmãos mais humildes: os pobres, os marginalizados", explicou.

Ao final da cerimônia, o Papa mandou várias "mensagens ao povo de Deus", como fez Paulo VI em 1965, no encerramento do Concílio Vaticano II.

Segundo os estudiosos, para o Papa alemão, o Concílio Vaticano II sofreu inúmeros desvios e não deu todos os frutos que deveria, mas continua sendo para a Igreja Católica o principal acontecimento das últimas décadas.

O 21º Concílio da história católica permitiu a abertura de uma instituição imóvel em relação às realidades do mundo e permitiu um "aggiornamento" ("modernização") sem precedentes da Igreja, segundo o termo escolhido pela pessoa que o convocou, João XXIII.

Dirigido pelo chamado "Papa Bom" e depois por Paulo VI, o Concílio trouxe consigo várias mudanças, entre elas a missa em idiomas vernáculos, a liberdade religiosa, a colaboração com outros credos cristãos e o respeito absoluto de outras religiões.

Cinquenta anos depois deste encontro que reuniu 2.251 bispos em Roma, hoje a Igreja está em crise com uma deserção em massa de fiéis, dificuldades de transmitir a mensagem evangélica, crise vocacional e a existência de inúmeros escândalos de corrupção e pedofilia.

As correntes conservadoras da Igreja atribuem tudo isso a uma interpretação errônea do Concílio, pois, para elas, as pessoas deixaram de falar de Deus e a religião não é mais ensinada corretamente.

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