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Integrantes do governo Lula trabalham com Angola para que a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) seja considerada uma opção para assumir a operação do novo aeroporto internacional de Luanda.

Uma comitiva da diretoria da Infraero acompanhou a visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e manteve reuniões com autoridades do governo, como parte das atividades da delegação brasileira.

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O objetivo era prospectar parcerias no país, para que a Infraero possa disputar a concessão e assumir a operação do Aeroporto Internacional Agostinho Neto.

Uma opção de início seria estabelecer uma cooperação com autoridades aeroportuárias angolanas, caso a concessão não saia no prazo ideal. Isso porque integrantes do governo avaliam que o processo pode atrasar.

Angola vai conceder a administração do aeroporto, que está em fase final de construção após quase 20 anos, além dos serviços de hotelaria, comissária aérea e carga privada, entre outros.

Segundo diplomatas brasileiros, o governo tem intenção de conceder o novo aeroporto, a cerca de 40 quilômetros de Luanda, até o fim do ano, e a licitação poderia ocorrer em outubro.

Estiveram em Luanda o diretor de Operações e Serviços Técnicos, Eduardo Minoru Nagao, o superintendente de Gestão da Operação, Paulo Eduardo Cavalcante, e o assessor Eduardo Barduco. Eles conversaram com o ministro dos Transportes, Ricardo Viegas D'Abreu, e diretores do ministério.

Com a concessão à iniciativa privada dos principais terminais nacionais, a empresa tem apostado na internacionalização. Representantes da Infraero foram recentemente à África do Sul, em viagem organizada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), e devem visitar outros países, como a Colômbia.

Integrantes do governo brasileiro avaliam que Angola pode ser um hub próximo ao Brasil, de conexão para o restante da África.

SEM VOOS

Lula disse considerar uma "vergonha" o fato de nenhuma linha aérea comercial brasileira ter atualmente voos diretos ligando o País ao continente africano.

A inexistência é vista como um entrave ao turismo e a negócios. Apenas a Latam deve reabrir neste ano uma rota que era operada para a África do Sul, enquanto a Azul estuda voar para Angola, segundo membros do governo. Atualmente, só empresas estatais de países da África como a TAAG e Ethiopian Airlines fazem trajetos diretos.

Lula diz que vai cobrar as empresas em reunião que pretende fazer com o setor aéreo nacional e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) quando voltar ao Brasil.

De Angola, o presidente seguiu ontem para São Tomé e Príncipe, onde participa da cúpula da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), à qual pertencem, além de Brasil e Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal e Timor Leste.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Angola nesta sexta-feira, 25, com o objetivo de reforçar os negócios de empresas brasileiras, entre elas a OEC, que pertence a Novonor (antiga Odebrecht), e a Embraer. Ao lado de 160 empresários, diplomatas brasileiros tentam retomar as relações com países atingidos pela Operação Lava Jato.

A visita de Lula traz à memória o esforço do governo petista para impulsionar a participação de empresas brasileiras em obras públicas no exterior. A Lava Jato desvendou esquemas de pagamento de propinas e lavagem de dinheiro de empreiteiras que atuavam em Angola e Moçambique.

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A Odebrecht pagou propinas a políticos e autoridades nos dois países e o antigo presidente da construtora, Marcelo Odebrecht, solicitou várias vezes que Lula usasse sua influência para favorecer a empresa na África.

Hidrelétrica

O imbróglio jurídico envolveu a empresa Exergia Brasil, de Taiguara Rodrigues dos Santos, irmão da primeira mulher de Lula, que recebeu valores milionários como subcontratada na empreiteira brasileira. A ação penal era relativa ao suposto favorecimento da Odebrecht nas obras de modernização e ampliação da hidrelétrica de Cambambe, sobre o Rio Cuanza, em Angola.

Lula era suspeito de atuar para pressionar a liberação de recursos em favor da obra, entre 2008 e 2015. O processo foi trancado e encerrado, conforme a defesa do presidente. O Ministério Público pediu a absolvição de parte dos crimes dos quais o petista era acusado. Lula sempre negou irregularidades.

A obra envolveu financiamento à exportação de bens e serviços de engenharia com US$ 464 milhões do BNDES. Desde o início da política de financiamento dos serviços de engenharia, Angola figurou como o principal destino de recursos. Segundo diplomatas brasileiros, o governo angolano é considerado um bom pagador e quitou várias parcelas da dívida antecipadamente.

Recursos

Angola é país africano que mais recebeu recursos do BNDES, em financiamentos de obras de engenharia a construtoras brasileiras. O banco destinou US$ 3,2 bilhões para projetos como a hidrelétrica de Cambambe.

Tanto o BNDES quanto o Itamaraty falam em retomar os financiamentos de empresas brasileiras em Angola, mas não há projetos prontos para serem anunciados. Lula também já defendeu o retorno das operações com o banco quando esteve na Argentina, em janeiro.

"O governo Bolsonaro apagou Angola. É a porta do Brasil para a África", disse o presidente da Apex-Brasil, Jorge Viana. "Sem financiamento, crédito e garantias, não se exporta nada. Precisamos nos reorganizar com o BNDES, a Camex, que as coisas sejam feitas com mais transparência."

Brasil e Angola têm uma cooperação estratégica e desenvolvem parcerias em diversas áreas, como defesa, agricultura, saúde pública e educação. A Força Aérea de Angola tem interesse em comprar quatro aviões KC-390, da Embraer. Como os angolanos dependem da importação de alimentos, o Brasil pode se tornar ainda mais relevante por meio da exportação.

Tecnologia

Angola busca desenvolver tecnologia no campo e tenta replicar a experiência de produção agrícola no Vale do Rio São Francisco, em parceria com a Embrapa, no Vale do Cunene, na fronteira com a Namíbia. O projeto já está em andamento. "Precisa de investimentos e de empresários dispostos a correr riscos", disse o embaixador Carlos Duarte, secretário de África e Oriente Médio do Itamaraty.

Entre os entraves estão a falta de rotas de transporte marítimo frequentes diretas entre os dois países, o que encarece o frete. A comunidade brasileira tem cerca de 20 mil pessoas, grande para os padrões do Brasil no exterior, com variedade de perfis e mão de obra qualificada. Angola é o país que mais atrai brasileiros na África.

Segundo Lula, é necessário atualizar as políticas para o continente. "Seria insuficiente repetir receitas do passado", disse o presidente. Em mais de uma ocasião, Lula prometeu abrir novamente representações diplomáticas na África, a começar pelas que foram fechadas no governo anterior.

Meio ambiente

O presidente também deseja coordenar políticas climáticas com os africanos. Ontem, ele defendeu uma aliança no combate às mudanças climáticas, na desertificação e na preservação das florestas tropicais.

Em outro aceno, Lula disse que vai tentar incluir a União Africana no G-20 e defendeu que um país do continente esteja representado no Conselho de Segurança da ONU. O Brasil busca uma vaga permanente e acaba de obter uma sinalização de apoio da China durante a cúpula do Brics.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ao discursar na Assembleia Nacional de Angola, em Luanda, nesta sexta-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma homenagem à líder quilombola Maria Bernadete Pacífico, de 72 anos. Mãe Bernadete, como era conhecida, foi assassinada a tiros no último dia 17 no Quilombo Pitanga dos Palmares, no município de Simões Filho (BA). 

“Aproveito esta sessão solene, na Assembleia Nacional de Angola, para prestar minha homenagem à grande Bernadete Pacífico, líder quilombola que atuou corajosamente pela defesa de sua comunidade na Bahia. Bernadete foi vítima da intolerância dos que querem calar os mais vulneráveis”, disse Lula.

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Em sua fala, o presidente classificou o combate à escravidão como um dos marcos mais importantes na luta pela liberdade e pelos direitos humanos no Brasil. "Essa chaga em nossa história vitimou milhões de africanos e deixou ao país um nefasto legado de desigualdade social e de preconceito. Combater esse legado é objetivo primordial do meu governo”.

Relação bilateral

Homenageado na Assembleia Nacional de Angola, Lula citou potencialidades na relação bilateral entre os dois países.  “Muito já foi dito sobre o que une Brasil e Angola. Na música, na dança, na capoeira, na gastronomia e no futebol.

Podemos ir além desse extraordinário vínculo cultural. Buscamos o verdadeiro desenvolvimento, que exige combate à pobreza e promoção da inclusão social, educação de qualidade e atenção à saúde de nossas populações. O permanente fortalecimento da democracia e dos direitos humanos, dentro de nossos países e na governança global”, disse.

Mais cedo, Lula se reuniu com o presidente de Angola, João Manuel Lourenço. Os dois países assinaram sete atos de cooperação em diversas áreas, entre eles para o desenvolvimento agrícola do país africano. 

“Queremos inaugurar uma nova agenda de cooperação com Angola. No passado, contribuí com o financiamento de projetos de rodovias, saneamento, abastecimento de água e geração e distribuição de energia elétrica. O Brasil tem condições de voltar a ser um grande parceiro de Angola. Um desenvolvimento fundado no fortalecimento da agricultura e da indústria, no progresso científico e tecnológico, em transição energética e na proteção do meio ambiente e da biodiversidade”, disse Lula.

“O fluxo comercial entre Brasil e Angola voltou a crescer após sete anos de estagnação. Só no primeiro semestre de 2023, foi quase 65% maior em relação ao mesmo período de 2022. Podemos diversificar nosso comércio, ainda muito concentrado em petróleo e bens primários, e a Câmara de Comércio Brasil-Angola, criada em junho, vai contribuir para isso”, acrescentou o presidente.

Angola é o único país do continente, além da África do Sul, com o qual o Brasil tem uma parceria estratégica. O acordo foi assinado em 2010, durante o segundo mandato de Lula.

Agenda

Após o compromisso no Parlamento, Lula participa do encerramento de um seminário com empresários dos dois países. O evento prevê a presença de uma delegação de cerca de 60 representantes de empresas brasileiras dos ramos de alimentos, produtos farmacêuticos, aviação e máquinas agrícolas, entre outros.

O presidente chegou ao continente africano na última segunda-feira (21). A primeira parada foi na África do Sul para a 15ª Cúpula de chefes de Estado do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Hoje e amanhã (26), ele cumpre agenda em Angola e, no domingo (27), estará em São Tomé e Príncipe para participar da conferência de chefes de Estado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O ex-presidente angolano José Eduardo dos Santos faleceu, nesta sexta-feira (8), aos 79 anos, em um hospital de Barcelona (Espanha), onde estava internado desde 23 de junho após uma parada cardíaca, anunciou o governo de Angola.

"O governo angolano informa com grande pesar e consternação o falecimento de Santos", afirma um comunicado divulgado no Facebook.

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O Executivo angolano "curva-se, com o maior respeito e consideração", diante desta figura "histórica" que "presidiu com clareza e humanismo o destino da nação angolana durante anos muito difíceis", acrescenta o comunicado.

O governo decretou cinco dias de luto nacional a partir de sábado para honrar a memória de Santos.

No início da semana, uma de suas filhas, Tchizé dos Santos, apresentou uma denúncia à polícia por uma suposta tentativa de assassinato do pai.

"A filha do ex-presidente de Angola José Eduardo dos Santos, que está hospitalizado na clínica Teknon de Barcelona em coma induzido, apresentou (...) uma denúncia para que se investigue a suposta prática do crime de tentativa de homicídio", informaram os dois escritórios de advocacia de Barcelona que assessoram a filha do ex-presidente.

Tchizé dos Santos apontou como responsáveis pelo agravamento do estado de saúde do pai a mulher do ex-presidente, Ana Paula, e seu médico particular, segundo fontes próximas.

Depois de governar a ex-colônia portuguesa durante 38 anos, José Eduardo dos Santos designou como sucessor em 2017 o ex-ministro da Defensa João Manuel Gonçalves Lourenço. Aquele que foi seu fiel aliado, no entanto, iniciou uma campanha para recuperar os milhões de dólares que Santos supostamente teria desviado para enriquecer sua família.

Uma das filhas de Santos, Isabel, é considerada a mulher mais rica da África e alguns de seus filhos também participaram em negócios lucrativos neste país de 33 milhões de habitantes que, apesar das grandes reservas de petróleo, é um dos mais pobres do continente.

Apesar da carreira consolidada aqui no Brasil, algumas celebridades decidiram mudar - definitivamente o CEP - do nosso país para outro lugar do mundo. Kelly Key, por exemplo, anunciou que vai se mudar para Angola, na África, com toda a família, em 2023.

Nos Stories, a cantora disse:

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"Agora, dia 15 de abril, a gente está indo para Angola. No ano que vem vamos viver todos por lá, fazendo viagens pontuais nos momentos de folga de Tuca [seu filho]. Ele vai estudar lá, em um colégio português. Mas o fãs da artista podem ficar tranquilos que a mudança não será definitiva. Resolvemos planejar a vida assim, ano a ano. Aí, o próximo só Deus sabe".

Key é casada com Mico Freitas desde 2004 e mãe de três filhos: Suzanna, de seu relacionamento com o cantor Latino, Jaime Vitor e Arthur, frutos do casamento com Mico.

Desde dezembro de 2019, a pandemia da Covid-19 vem deixando um rastro de incertezas mundo afora. Pensando em uma forma de colaborar sobre o assunto, Anitta pediu ajuda aos fãs para ver uma forma de como ajudar a população de Angola. Na sua conta do Twitter, a artista disse que gostaria de colaborar com os angolanos.

"Ontem estava comentando com algumas pessoas sobre o show que fiz em Angola e me veio na cabeça uma coisa. Como está Angola em relação à pandemia? Alguma forma que posso ajudar? Doações ou algo? Gostaria de retribuir todo o amor que recebi quando fui. Entrem em contato quero ajudar", escreveu ela, na plataforma.

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Depois de ter feito a publicação da mensagem, Anitta foi exaltada por sua atitude: "É isso aê, Anitta. Sempre atenta aos problemas das sociedades, sempre se preocupando com as pessoas". Em resposta à funkeira, o jornalista Renan Peixoto, do Grupo Globo, contou que a vacinação na Angola ainda continua lenta. Por lá, segundo Renan, "menos de 25% da população tomou a primeira dose".

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, na noite desse sábado (27), uma nota técnica complementar que inclui mais quatro países africanos na lista de restrição de voos e desembarque no Brasil. São eles Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia.

Segundo a agência, passageiros que estiveram nesses países podem ser portadores da variante Ômicron do novo coronavírus, que já foi identificada na Europa, mas que ainda não foi amplamente estudada. Para que a restrição de voo seja colocada em prática, a Anvisa depende de portaria conjunta com a Casa Civil, Ministério da Saúde e Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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A Anvisa já havia emitido nota técnica recomendando que visitantes da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue não desembarcassem no Brasil. Outros países, como Estados Unidos, Inglaterra, Holanda e França já estabeleceram medidas similares.

A variante Ômicron segue como alvo de pesquisas aceleradas em centros médicos e universidades da região sul da África, também conhecida como África Austral.

A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) é suspeita de lavar ao menos 120 milhões de dólares por ano em Angola, principal dos 37 países nos quais a instituição está presente no continente africano. A denúncia, que foi feita por bispos locais, é investigada pelas autoridades do país, e aponta prática de racismo, abuso de autoridade e imposições na vida pessoal dos integrantes da religião, como cirurgias de vasectomia. As informações são do UOL.

O império do bispo brasileiro Edir Macedo teria levado, ilegalmente, de Angola para a África do Sul, cerca de US$ 30 milhões a cada três meses, segundo as denúncias. Os valores somados, em real, chegam a aproximadamente R$ 660 milhões, na cotação atual.

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O pastor e ex-diretor da TV Record África Fernando Henriques Teixeira foi apontado como o responsável por essa tarefa. A operação teria se repetido nos últimos 11 anos, desde quando o religioso brasileiro chegou ao país. A denúncia foi feita à polícia angolana por bispos e pastores locais que se rebelaram contra a direção brasileira da Igreja Universal do Reino de Deus, no final de 2019, e confirmada à reportagem.

"A imagem para representar o que acontecia em Angola era a de um saco sem fundo: tudo o que entrava saía", diz o ex-pastor angolano Armando Tavares.

As denúncias apontam que Teixeira atuava nos últimos meses apenas como executivo da TV Record África, mas ele teria obtido o visto e a autorização para entrar e trabalhar em Angola como pastor, segundo os bispos angolanos.

A maior parte do dinheiro ilegal seguia de carro para Johannesburgo, na África do Sul, via estradas da Namíbia, de acordo com os denunciantes. Os dólares estariam escondidos em malas, no forro dos veículos e até em pneus.

A assessoria de imprensa da Universal em Angola, em nota, desmentiu as acusações: "É totalmente falsa esta questão. É totalmente sem fundamento. Isto é uma versão levantada por estes ex-pastores e pastores de dissidências com o objetivo de tomar a igreja. Eles criaram a sua versão a fim de tomar a igreja, uma vez que é um crime. Todas as ofertas da igreja são totalmente declaradas aqui para o Estado e a esta versão que os dissidentes levantaram é totalmente infundada".

Já a Igreja Universal no Brasil afirma que a liberdade religiosa está em risco no país africano.

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, embarcou na tarde desta quarta-feira (14) em um avião com destino à Luanda, capital da Angola. A viagem ocorre quando o presidente Jair Bolsonaro já estava hospitalizado. No final do dia, Bolsonaro foi transferido para o hospital Vila Nova Star, em São Paulo (SP), quando deve passar por uma cirurgia. Exames realizados no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, constataram obstrução intestinal.

Mourão visita o país africano para participar de uma reunião da comunidade dos países que falam a língua portuguesa. Ele está acompanhado do ministro Carlos França, das Relações Exteriores, e do secretário especial de Assuntos Estratégicos da Presidência, Almirante Flávio Rocha.

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"Em conjunto, buscaremos meios de fortalecer e promover a cooperação econômica e empresarial em tempos de pandemia, em prol do desenvolvimento sustentável dos países da CPLP (Comunidades de Países da Língua Portuguesa)", escreveu o vice-presidente em postagem no Facebook.

Em outras ocasiões em que passou por cirurgias, Bolsonaro não se licenciou do cargo. Segundo interlocutores do presidente, ele não confia no seu vice. Os dois já expuseram publicamente o distanciamento. Em entrevista ao Estadão, Mourão contou em junho que não sabe o que se passa no governo.

"É muito chato o presidente fazer uma reunião com os ministros e deixar seu vice-presidente de fora. Eventualmente, eu tenho que substituir o presidente e, se não sei o que está acontecendo, como vou substituir? Não há condições", desabafou na ocasião.

A assessoria do vice-presidente informou que ele não irá cancelar sua agenda no exterior para retornar ao Brasil. Na ausência do presidente e do vice quem assume a presidência da República é o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (Progressistas-AL).

O presidente costuma reagir irritado quando perguntado sobre licença do cargo. Em dezembro, questionado pela imprensa se iria se afastar durante estadia no Guarujá, onde passaria a virada do ano, respondeu assim: "Eu sou presidente até pelado tomando banho em casa."

O bispo Honorilton Gonçalves e mais três líderes da Igreja Universal do Reino de Deus foram acusados e indiciados pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Angola por lavagem de dinheiro associação criminosa. As informações são do UOL.

Além de Honorilton, conhecido por ser uma pessoa de confiança do bispo Edir Macedo, o bispo angolano Antonio Pedro Correia da Silva, ex-presidente da igreja no país, e os pastores Valdir de Sousa dos Santos e Fernando Henrique Teixeira, ambos brasileiros, também são réus. Teixeira é ex-diretor da TV Record África.

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Os conflitos em Angola começaram quando a maioria líderes religiosos do país passaram a acusar dirigentes brasileiros de vários crimes, entre eles racismo, fraudes, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, expatriação de capitais e imposição de vasectomia aos pastores. 

Segundo o UOL, o bispo Felner Batalha, porta-voz da chamada Reforma angolana, chegou a enviar uma carta a Edir Macedo relatando os problemas e pedindo providências, mas não obteve respostas. Em decorrência disso, em junho de 2020, o grupo assumiu o controle de quase 400 templos da Universal Angola. 

Em 19 de abril deste ano, a Record teve suas atividades suspensas no país africano, a razão apontada foi o fato da emissora ser dirigida por um extrangeiro, Fernando Teixeira, ao contrário do que prevê a lei local que exige que a função seja legalmente exercida por um angolano.

Tentativa de fuga

Honorilton Gonçalves, que foi vice-presidente artístico da Record no Brasil até 2013, é enxergado como o principal dirigente da igreja Universal Angola. Ele teria tentado fugir do país em setembro do ano passado, mas foi impedido por autoridades migratórias. A Universal do Brasil nega a informação.

Ainda de acordo com o UOL, o fundador da igreja Universal do Reino de Deus e proprietário da Record TV, Edir Macedo, chegou a pedir ajuda ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para tentar interceder junto às autoridades de Angola. Bolsonaro teria enviado uma carta ao presidente angolano João Lourenço reivindicando um “tratamento adequado” aos brasileiros e à Universal, mas não obteve resultado. O governo angolano tem sido favorável a religiosos locais.

Conforme publicado pela agência portuguesa de notícias Lusa, a justiça angolana determinou o encerramento e apreensão de todos os templos da Igreja Universal do Reino de Deus no país. Estima-se que só na capital Luanda sejam cerca de 200 templos encerrados.

Neste domingo (20), quatro templos foram fechados enquanto realizavam-se os cultos. Segundo a Lusa, a Igreja Universal do Reino de Deus se disse 'surpresa' com a ordem "desproporcionada e excessiva", mas o motivo do fechamento foi explicado. 

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"Por despacho do Ministério Público, todos os templos da IURD em território nacional estão apreendidos e encerrados, só que o processo de selagem está a ser feito de forma gradual", disse uma fonte ligada às forças de segurança angolana a Lusa. “Por conseguinte, enquanto decorre o processo não podem realizar cultos”, completou. 

A motivação da ação foi uma apreensão da polícia angolana em agosto a sete templos da IURD por suspeitas de práticas de associação criminosa, fraude fiscal e exportação ilícita de capitais.

A justiça angolana ordenou o fechamento e apreensão de todos os templos da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Angola. O encerramento vem sendo realizado de forma gradual, em diferentes regiões do país. Segundo a agência portuguesa Lusa, que realiza cobertura das comunas vinculadas a Portugal, policiais encerraram nesse domingo (20) as atividades nos prédios das comunas de Kilamba, Estalagem, KM 30 e Samba.

“Por ordem do Ministério Público, todos os templos da IURD em Angola estão apreendidos e encerrados, mas o processo de conclusão será feito de forma gradual”, disse a fonte policial a Agência Lusa, acrescentando que existem 211 templos só na capital angolana, Ruanda. 

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Em Agosto, a PGR angolana apreendeu sete templos da IURD em Ruanda (Alvalade, Maculusso, Morro Bento, Patriota, Benfica, Cazenga e Viana), no âmbito de um processo criminal por alegados crimes de associação criminosa, fraude fiscal e exportação ilegal de capitais.

A IURD em Angola disse no domingo (20) ter ficado surpresa com a ordem de fechar quatro dos seus templos durante o serviço, dizendo que nenhum deles se encontrava nos sete edifícios apreendidos pela Procuradoria-Geral da República em agosto e classificou a operação policial como “desproporcional e excessiva”. A igreja alegou ainda que os oficiais não apresentaram qualquer mandado ou documentação de apoio.

Este é o primeiro fim de semana em que os cultos religiosos são retomados em Luanda desde março, quando o estado de emergência foi declarado em Angola devido à pandemia de Covid-19.

A IURD esteve envolvida em várias polêmicas em Angola depois que um grupo de dissidentes se retirou da liderança brasileira em novembro do ano passado. As tensões aumentaram em junho com a tomada de templos pela ala reformista, formada em uma Comissão para a Reforma dos Pastores Angolanos, com uma troca de acusações mútuas de atos ilícitos.

Os angolanos, liderados pelo bispo Valente Bezerra, disseram que a decisão de romper com a representação brasileira em Angola chefiada pelo bispo Honorilton Gonçalves, fiel ao fundador Edir Macedo, se deveu às práticas contrárias à religião, como a exigência do exercício da vasectomia, castração química, práticas racistas, discriminação social, abuso de autoridade, além de evasão de divisas para o exterior.

As alegações são negadas pela IURD Angola, que por sua vez acusa os dissidentes de ataques xenófobos e agressões a pastores, e que também instaurou processos judiciais contra os dissidentes.

A Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) trancou nesta terça, 1º, ação penal que acusava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de corrupção e lavagem de dinheiro em suposto esquema de propinas da Odebrecht em troca de influência sobre contratos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltados para financiamento de obras em Angola.

A denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal havia sido parcialmente rejeitada no ano passado pelo juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. À época, o magistrado recusou 17 imputações a Lula e seu sobrinho, Taiguara Batista, por crimes de lavagem de dinheiro, mantendo outros atos classificados no mesmo crime.

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Taiguara recorreu ao TRF-1 em junho, que arquivou a ação penal contra o sobrinho de Lula por unanimidade. A defesa do petista recorreu, pedindo uma extensão do entendimento para o caso de Lula. O habeas corpus foi atendido pela Quarta Turma, também por unanimidade.

Em nota, o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula, afirmou que o Ministério Público Federal 'fez uma acusação precária, sem qualquer suporte probatório mínimo e sem sequer especificar as condutas atribuídas a Lula'. Segundo a defesa do petista, esta é a quinta ação penal contra o ex-presidente que foi trancada.

"Sempre que foi julgado por um órgão imparcial e independente - fora da Lava Jato de Curitiba - Lula foi absolvido ou a acusação foi sumariamente rejeitada", apontou Zanin.

Mais cedo, a defesa do petista não conseguiu emplacar nenhum dos diversos recursos apresentados ao Superior Tribunal de Justiça para anular ou reduzir a sentença imposta a Lula no caso do tríplex do Guarujá. Neste processo, o ex-presidente foi condenado a oito anos, dez meses e 20 dias de prisão.

Um dos agravos interpostos pela defesa de Lula pedia a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro e dos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região Carlos Eduardo Thompson Flores e João Pedro Gebran Neto.

Outro pedido buscava o acesso do petista aos autos da Operação Spoofing, que mirou os hackers que invadiram as contas de diversas autoridades brasileiras, como a do procurador Deltan Dallagnol, então coordenador da Lava Jato em Curitiba. Mensagens divulgadas pelo portal The Intercept Brasil levantaram questionamentos sobre a conduta do procurador à frente dos casos envolvendo Lula e sua proximidade com Moro.

Preocupado com a integridade dos membros da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Angola, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) solicitou ao gestor do país africano, João Manuel Lourenço, que proteja pastores e integrantes da congregação. O documento enviado pelo brasileiro lamenta a presença das autoridades em templos e aponta que membros chegaram a ser agredidos.

Em cumprimento da operação que investiga relação da igreja fundada pelo bispo Edir Macedo com crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, na última sexta-feira (10), agentes do Serviço de Investigação Criminal (SIC) da Polícia Nacional de Angola apreenderam computadores, câmeras de segurança, livros de contabilidade e documentos bancários em templos e nas residências de pastores. As autoridades também procuraram cofres e fundos falsos nos locais, segundo o Uol.

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A carta publicada pelo filho do presidente e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL), indica que a perseguição é proveniente de "disputas internas" e ressalta que 65 dos cerca 500 líderes da Igreja são brasileiros. "Meu apelo a Vossa Excelência é para que, sem prejuízo dos trâmites judiciais, com seu tempo próprio, se aumente a proteção de membros da IURD, a fim de garantir sua integridade física e material e a restituição de propriedades e moradias, enquanto prosseguem as deliberações nas instâncias pertinentes", pediu Jair Bolsonaro.

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A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), controlada pelo bispo Edir Macedo, tem investido em expansão internacional (10 mil templos espalhados em mais de 100 países) e está no centro de uma série de acusações que incluem evasão de divisas na ordem de 100 milhões de dólares (R$ 548 milhõs na cotação atual), racismo e vasectomias forçadas a membros da igreja em Angola. 

As informações foram dadas por Dinis Bundu, obreiro da IURD em Angola há 18 anos e porta-voz de um movimento de pastores locais contra o domínio de Edir Macedo e seus representante direto no país, Honorilton Gonçalves. Em entrevista concedida à revista Veja, Bundu conta que o levante começou por discriminações sofridas pelos pastores que não são brasileiros e se agravou com exigências feitas a eles, como a realização de vasectomias. 

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“São muitas razões, que vão desde recebermos metade do salário pago aos religiosos nascidos no Brasil até não ter acesso às casas dos condomínios da igreja. Mas há coisas mais graves. O Honorilton Gonçalves exige a castração de pastores, a vasectomia como forma de todos viverem exclusivamente para a Universal. Para ele, tem de aguentar tudo calado”, afirmou o obreiro, que também fez relatos de perseguição a bispos angolanos que se insurgiram e lideram o movimento. 

Atualmente, o movimento dos pastores locais em Angola já tomou o controle de 110 igrejas, o que corresponde à metade do total existente no país. Como reação ao que foi classificado por Edir Macedo como “golpe”, Dinis Bundu conta que a Igreja Universal começou a vender patrimônio e enviar grandes quantias de dinheiro não declarado para o Brasil. 

“Desde que iniciamos as reivindicações no ano passado, o Honorilton passou a vender casas, condomínios e terrenos da Universal. Por que acabar com o patrimônio da igreja? Há também o problema da evasão  de divisas. Só no ano passado, foram enviados ao Brasil 100 milhões de dólares sem declaração alguma ou registro”, disse o porta-voz do movimento. 

Questionado sobre o faturamento da igreja em Angola, Bundu afirmou que a quantia arrecadada é muito maior. “Tem pastores que compram casas, condomínios, carros… Ou seja, essa quantia poderia ser maior e nem tudo vai para o Brasil”. afirmou o religioso, que tem expectativa de ver mais pastores se insurgirem contra o domínio central da Igreja Universal no país. 

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Um grupo de bispos e pastores da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola romperam com o Bispo Edir Macêdo e assumiram o controle de 85 templos, sendo 35 em Luanda e 50 em outras províncias do país. Os líderes religiosos angolanos acusam a direção brasileira de evasão de divisas, expatriação ilícita de capital, racismo, discriminação, abuso de autoridade e imposição da prática de vasectomia aos pastores.

A confusão entre as lideranças se tornou pública em novembro do ano passado, quando os pastores e bispos angolanos denunciaram as situações vividas. Segundo eles, as melhores igrejas sempre foram designadas aos brasileiros, que seriam beneficiados também com melhores salários e carros modernos.

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Segundo reportagem da BBC, o controle da Universal em Angola será assumido a partir de agora pelo bispo Valente Bezerra Luiz e a igreja passará a se chamar Igreja Universal de Angola. A Igreja Universal do Reino de Deus, liderada pelo bispo Edir Macedo, tem 10 mil templos espalhados em mais de 100 países e reúne cerca de 500 mil fiéis só em Angola.

Classificada antecipadamente às oitavas de final do Mundial Sub-17, a seleção brasileira fechou a sua participação na primeira fase com 100% de aproveitamento e na liderança do Grupo A. A campanha perfeita foi confirmada com a vitória por 2 a 0 sobre Angola, nesta sexta-feira, no Estádio Olímpico de Goiânia.

O Brasil, portanto, foi o líder do Grupo A, com nove pontos, e nas oitavas de final terá pela frente um dos quatro melhores terceiros colocados, sendo que o seu adversário virá das chaves C, D ou E. O próximo compromisso da seleção no Mundial será na próxima quarta-feira, no Bezerrão, no Gama.

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Mesmo derrotada, Angola ficou na segunda posição, com seis pontos. No outro jogo da rodada, a Nova Zelândia superou o Canadá por 1 a 0, somou os primeiros três pontos e agora aguarda o fim das outras chaves para saber se avançará em terceiro lugar - já os canadenses, sem pontuar, estão eliminados.

Embora tenha vencido Angola, o Brasil encontrou dificuldades no primeiro tempo do duelo desta sexta-feira. A equipe nacional até teve mais posse de bola, mas pouco criou e viu os africanos terem as principais chances, parando na boa atuação do goleiro Donelli.

Na etapa final, diante de 8.203 espectadores, a seleção deslanchou e assegurou a vitória. Aos 22 minutos, Gabriel Veron cobrou escanteio na área, Henri cabeceou na altura da segunda trave e a bola desviou em Talles Magno, colocando a seleção em vantagem.

O segundo gol do Brasil foi lindo. Aos 31, Gabriel Veron pegou a bola no meio-campo, avançou em velocidade e driblando quatro jogadores até tocar na saída de Cambila, definindo o triunfo da seleção por 2 a 0.

OUTROS JOGOS - Mais cedo, pelo Grupo B, a Nigéria, classificada antecipadamente às oitavas de final, perdeu por 2 a 1 para a Austrália. Botic marcou os dois gols da equipe, que avançou como um dos quatro melhores terceiros colocados. Já o Equador fez 3 a 2 na Hungria. Assim, se classificou em segundo lugar, com os mesmos seis pontos da Nigéria, que garantiu a primeira posição pelos critérios de desempate.

Em depoimento ao juiz federal Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles negou ter conhecimento de fatos relacionados à denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva referente a supostas propinas de R$ 40 milhões da Odebrecht ao PT decorrente de linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à Odebrecht para obras em Angola.

Meirelles, que foi presidente do Banco Central durante todo o governo do ex-presidente, entre 2003 e 2011, foi arrolado como testemunha de defesa de Lula. Ele foi questionado, em depoimento, pelo Ministério Público Federal, se tinha conhecimento sobre uma suposta solicitação de propinas do ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, também réu nesta ação, ao empresário Marcelo Odebrecht.

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"Como eu mencionei, da mesma maneira que foi feito durante a gestão do presidente Temer e quando eu era ministro da Fazenda, entre as coisas que eu fiz questão de preservar foi o Banco Central. Eu fui presidente do Banco Central e eu dizia que sou autônomo e não aceitava opinião, nem de ministro da Fazenda, nem de qualquer outro ministro. Eu, de fato, participava muito menos de demais ministérios e não sei do que se trata essa questão referente ao ministro Paulo Bernardo", disse Meirelles.

Segundo Marcelo Odebrecht, em delação premiada, o ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento) pediu US$ 40 milhões para ampliar para R$ 1 bilhão uma linha crédito do BNDES à Odebrecht, para obras em Angola.

Marcelo relatou ter repassado o dinheiro e descontado o valor da conta de propina "Italiano", controlada pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci em benefício do PT e do ex-presidente Lula e que chegou a ter R$ 200 milhões de saldo.

Segundo as investigações, parte desse valor teria abastecido a campanha de Gleisi Hoffmann ao governo do Paraná, em 2014.

Segundo o suposto rastro da propina, as autoridades conseguiram áudios de funcionários do doleiro Álvaro Novis encaminhando as entregas de dinheiro com o então marqueteiro de Gleisi, Bruno Martins. Os emissários da suposta propina chegaram a ser fotografados e registrados na portaria da agência de publicidade que fez a campanha.

O juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, decidiu hoje (24), absolver o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da acusação de organização criminosa e lavagem de dinheiro em um dos processos que apuram o suposto favorecimento da Odebrecht em contratos em Angola (África). O sobrinho do ex-presidente Taiguara Rodrigues dos Santos também foi absolvido de parte das acusações.

Na decisão, o magistrado entendeu que parte das acusações já foram feitas em outra denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), que também envolve contratos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o governo de Angola. Vallisney também entendeu que não foram apresentadas provas de que o ex-presidente teria vínculo com um contrato da Obebrecht Angola e a empresa Exergia, uma das acusações que constava na denúncia.

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"Diante dessa litispendência parcial, deve ser absolvido sumariamente o acusado Luiz Inácio Lula da Silva do delito de participação em organização criminosa", decidiu o juiz.

A defesa de Lula sustenta que o ex-presidente "jamais solicitou ou recebeu qualquer vantagem indevida antes, durante ou após exercer o cargo de presidente da República".

 

Um levantamento divulgado na última semana aponta que os refugiados no Brasil trabalham e têm nível de escolaridade acima da média da população brasileira. O estudo foi realizado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e pela Cátedra Sergio Vieira de Mello.

Entre junho de 2018 e fevereiro de 2019, pesquisadores de oito instituições brasileiras entrevistaram 487 refugiados em 14 cidades de oito estados (Amazonas, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal) que acolhem 94% dos refugiados. Atualmente cinco mil pessoas estão refugiadas no país.

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Dos entrevistados, 83% entraram no país em 2010, mais de 70% vieram de países como Síria (31,4%), República Democrática do Congo (23,8%), Angola (8,6%) e Colômbia (7,3%). Venezuelanos não foram incluídos, pois não são considerados refugiados pelas autoridades brasileiras.

Dos que informaram, 48% são homens e 23% são mulheres. A pesquisa também apontou que 34% deles concluíram o ensino superior, porém, apenas 14 conseguiram ter seus diplomas reconhecidos e validados no Brasil.

Quase metade, 57,5%, estão trabalhando; 19,5% estão procurando emprego; e 5,7% dos entrevistados estão desempregados e não estão procurando emprego. Em relação a condição financeira, 67% disseram que não conseguem cobrir as despesas. De acordo com a pesquisa, 79,5% têm renda familiar inferior a R$ 3 mil.

O estudo apontou que 96,3% dos refugiados querem obter nacionalidade brasileira, 84% querem ficar definitivamente e 57% desejam trazer suas famílias para o país.

 

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