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O bispo dom Valdir Mamede, da Diocese de Catanduva, no interior de São Paulo, renunciou à função episcopal. O pedido de renúncia foi aceito pelo papa Francisco, conforme boletim divulgado nesta quarta-feira, 1º, pelo serviço de imprensa do Vaticano. Até que um novo bispo seja nomeado, o administrador apostólico da diocese será dom Luiz Carlos Dias, bispo de São Carlos.

O Vaticano não divulgou os motivos da saída de dom Valdir, que respondia pela diocese desde julho de 2019. Em fevereiro deste ano, sob seu bispado, a Diocese de Catanduva foi condenada a pagar R$ 210 mil de indenização por danos morais a uma jovem, supostamente abusada sexualmente por um padre quando tinha 11 anos de idade. A condenação ao pagamento atingiu também o padre.

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Na época, o bispo teria proposto que os 47 padres da diocese contribuíssem mensalmente com uma parte de suas remunerações para pagar a indenização. A medida causou descontentamento no clero. De acordo com o advogado Ribamar de Souza Batista, que defendeu o padre, a acusação inicial de estupro de vulnerável foi desclassificada para importunação ofensiva ao pudor, que prevê somente pena de multa.

Isso deu margem para que sentença envolvendo a indenização também fosse reformada no Tribunal de Justiça de São Paulo. Em agosto deste ano, a 7.ª Câmara de Direito Privado do TJ reduziu o valor da indenização a ser paga pelo padre e pela diocese a R$ 20 mil. Segundo o advogado, houve recurso especial contra essa decisão, que ainda não foi julgado.

A reportagem entrou em contato com dom Valdir Mamede, mas ele não retornou às ligações. A Diocese de Catanduva informou que não comentaria a decisão pessoal do bispo. O Estadão pediu informações sobre a renúncia do prelado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e à Nunciatura Apostólica, que representa o Vaticano no País, e ainda aguarda retorno.

O Vaticano anunciou neste sábado (15) que o papa Francisco ratificou a nomeação pela China do novo bispo de Xangai, a maior diocese católica do país, embora tenha lamentado a decisão unilateral contrária a um acordo histórico, que prevê um processo comum.

"O Santo Padre nomeou o bispo de Xangai, na China continental, S.E. Monsenhor Giuseppe Shen Bin, da diocese vizinha de Haimen", informou o Vaticano em um comunicado.

Em outubro de 2022, o Vaticano e o regime comunista de Pequim renovaram por dois anos o acordo histórico assinado em 2018 sobre a delicada questão da nomeação dos bispos na China, em um cenário de tensão a respeito da situação dos católicos no país.

No fim de novembro, no entanto, o Vaticano revelou sua "surpresa e pesar" com a nomeação de um bispo em uma diocese na China não reconhecido pela Santa Sé, por considerar que violava o acordo de 2018, renovado pela primeira vez em 2020.

Em seguida, a China decidiu nomear o Monsenhor Shen Bin em Xangai, sempre sem o acordo do Vaticano.

O acordo Vaticano-China, cujo conteúdo não foi divulgado publicamente, tem o objetivo de reunir os católicos chineses - divididos entre as Igrejas oficial e clandestina - e dar ao Papa a última palavra na nomeação dos bispos.

Em um comunicado separado divulgado neste sábado, o chefe da diplomacia do Vaticano, Pietro Parolin, justificou a decisão do pontífice papa com base em seu desejo de não piorar as relações com Pequim.

"Estas duas nomeações foram decididas sem a participação da Santa Sé. Este forma de procedimento não corresponde ao espírito de diálogo e colaboração estabelecido entre o Vaticano e a China", declarou.

O papa, no entanto, "decidiu regularizar a anomalia canônica criada em Xangai para o bem da diocese e o melhor exercício do ministério pastoral do bispo. Isso permitirá ao Monsenhor Shen Bin trabalhar com maior serenidade", acrescentou.

O Vaticano, destacou Parolin, deseja agora que as duas partes trabalhem para "prevenir de modo conjunto as situações de dissensão que criam divergências e mal-entendidos" e se esforcem para respeitar "o princípio fundamental do consenso nas decisões que afetam os bispos".

Desde a assinatura do acordo entre Vaticano e China em 2022, o texto recebe críticas dentro da Igreja: alguns o consideram um controle do governo chinês sobre os quase 10 milhões de católicos do país, onde templos foram destruídos, creches religiosas foram fechadas e a restrição das liberdades religiosas continua sendo um tema crucial.

A imprensa da Nicarágua, citando fontes diplomáticas, disse nesta quarta (5) que o bispo Rolando Álvarez, a voz da Igreja Católica mais crítica contra a ditadura de Daniel Ortega, teria sido libertado após negociações entre o regime, o Vaticano e a Conferência Episcopal, mas preso novamente horas depois.

Álvarez foi condenado no ano passado a 26 anos de prisão por "traição à pátria". O episódio de ontem foi cercado de mistério. O bispo teria sido removido da penitenciária La Modelo - onde estava detido desde fevereiro após passar um período em prisão domiciliar - na segunda-feira. Posteriormente, teria sido colocado sob a proteção da Conferência Episcopal, segundo o jornal Confidencial, que cita diversas fontes diplomáticas e eclesiásticas.

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Indefinição

A liberação teria ocorrido após negociações e discussões sobre um possível exílio do bispo em Roma, segundo a ativista de direitos humanos Bianca Jagger. No entanto, fontes citadas pela agência EFE disseram que o bispo teria voltado para a prisão após se recusar a deixar o país.

Já o cardeal Leopoldo Brenes afirmou ontem que a notícia sobre a libertação do bispo era pura especulação e garantiu que ele sequer foi solto.

Em meio às diversas teorias sobre o paradeiro de Álvarez, as negociações sobre um possível exílio despertam especial atenção, já que ele sempre rejeitou a possibilidade de deixar a Nicarágua, como exige a ditadura de Ortega. Em fevereiro, sua recusa em sair do país foi descrita pelo papa Francisco como "um ato de coragem".

"Monsenhor Rolando Álvarez não quer deixar a Nicarágua. Quer ser livre, sem condições, em seu país", escreveu ontem em sua rede social o bispo hondurenho José Antonio Canales, que vem acompanhando a situação de seu colega.

A indefinição sobre o destino de Álvarez ocorre em meio à pressão do Vaticano e após a declaração do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula Silva, em visita a Roma no mês passado, de que pediria a liberdade do bispo para Ortega. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após aceitar o pedido de renúncia de dom Fernando Saburido, nesta quarta-feira (14), o Papa Francisco nomeou o novo arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife. O atual representante metropolitano da Igreja Católica é dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, agora ex-bispo de Garanhuns, no Sertão, e segundo-vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). 

Como determina o Direito canônico, ao completar 75 anos, no dia 10 de junho do ano passado, dom Fernando encaminhou o pedido de renúncia ao Vaticano e aguardava a posse do sucessor para deixar o cargo.  

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"Uma pessoa que conhece profundamente todo Regional Nordeste 2 e pode dar uma grande contribuição para a nossa Igreja. Quero dar, em nome de toda nossa arquidiocese, as boas-vindas a Dom Paulo que ele se sinta muito feliz entre nós, que Deus abençoe muito a sua nova missão", anunciou dom Fernando. 

LeiaJá também: Dom Fernando será homenageado na Câmara do Recife

Natural do Cabo de Santo Agostinho, Antônio Fernando Saburido iniciou seu governo como arcebispo de Olinda e Recife em agosto de 2009. Com a chegada de Dom Paulo, ele se torna arcebispo emérito. 

Logo após ser informado sobre a escolha do seu nome, dom Paulo agradeceu ao antecessor e pediu orações para guiar sua nova missão. "É com muita alegria que recebo essa missão da Igreja e, ao mesmo tempo, com a responsabilidade de ser pastor de uma arquidiocese de quatro milhões de habitantes, com toda a complexidade de Olinda e Recife. Peço que vocês orem por mim, que o Espírito Santo possa guiar esse caminho bonito que se abre a partir de agora", disse. 

Nascido em São José de Espinharas, na Paraíba, Paulo Jackson Nóbrega de Sousa tem 54 anos e liderou por oito a Diocese de Garanhuns. Em 2019, foi eleito presidente do Regional Nordeste 2 da CNBB, que compreende os estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, para o quadriênio de 2019 a 2023. No mesmo ano, ele se envolveu em uma polêmica durante o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) e foi atacado por bolsonaristas.

Um bispo italiano protagonizou uma situação inesperada na véspera de Natal: ele "perdeu a hora" e não celebrou a Missa do Galo por causa de um despertador mal ajustado.

O caso, que deixou os fiéis preocupados, ocorreu no último sábado (24), com o monsenhor Corrado Pizziolo, bispo de Vittorio Veneto, na província de Treviso.

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"Ontem à noite, quase tive um 'choque'. Eu tinha missa meia-noite, às 21h eu tinha acabado de comer alguma coisa e me sentei numa poltrona, e disse a mim mesmo para colocar um despertador. Porém, em vez de colocar às 22h50, eu coloquei 10h50 da manhã, então não tocou", contou Pizziolo aos fiéis na missa do último domingo (25).

De acordo com o bispo italiano, em um determinado momento, ouviu uma batida na porta, e um assistente foi até ele porque estava preocupado que tivesse sofrido um derrame.

Os fiéis riram da história e aplaudiram o bispo, que se desculpou e disse que ninguém deve "ficar horrorizado com nosso sono e nossas fraquezas".

A Missa do Galo chegou a ser celebrada por pelo diretor do escritório litúrgico diocesano, dom Mirco Miotto.

Da Ansa

O papa Francisco expressou sua "preocupação" neste domingo (21) com as crescentes tensões entre o governo da Nicarágua e a Igreja Católica, dois dias após a prisão do bispo de Matagalpa, Rolando Álvarez, crítico do presidente Daniel Ortega.

“Acompanho de perto com preocupação e dor a situação criada na Nicarágua, que envolve pessoas e instituições”, disse o pontífice após a oração do Angelus.

Francisco expressou sua "convicção e esperança de que, por meio de um diálogo aberto e sincero, ainda possam ser encontradas as bases para uma convivência respeitosa e pacífica".

Segundo um porta-voz do chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, o bloco econômico "está acompanhando a situação de perto e com preocupação".

Ele reiterou a posição da UE ao declarar que "os nicaraguenses devem encontrar uma solução pacífica e diplomática para sua crise política, através do diálogo".

Rolando Álvarez, crítico do presidente nicaraguense Daniel Ortega, foi preso na sexta-feira e transferido para a residência de sua família em Manágua, onde permanece privado de liberdade, no mais recente episódio do confronto entre o governo e a Igreja Católica.

A Polícia especificou que tomou a decisão de transferir Álvarez porque ele persistiu em suas atividades "desestabilizadoras e provocativas".

Álvarez, 55 anos, estava sitiado na cúria de Matagalpa pela polícia desde 4 de agosto como parte de uma investigação por "organizar grupos violentos" e incitar "ódio" para "desestabilizar o Estado da Nicarágua".

O bispo denunciou o fechamento pelas autoridades de cinco emissoras católicas e exigiu que o governo de Daniel Ortega respeite a "liberdade" religiosa.

O cardeal canadense Marc Ouellet, que ocupa um alto cargo no governo do Vaticano, foi acusado de abuso sexual em uma ação coletiva envolvendo mais de 80 membros da diocese de Quebec, tornada pública nesta terça-feira (16).

O clérigo, atual prefeito da Congregação para os Bispos, é acusado de ter tocado de maneira inadequada uma estagiária entre 2008 e 2010, enquanto era arcebispo de Quebec, segundo documentos da ação legal, admitida pelo Tribunal Superior dessa província francófona em maio.

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As revelações são divulgadas três semanas após uma visita do Papa Francisco ao Canadá, durante a qual ele se desculpou pelos abusos perpetrados por membros da Igreja em internatos para indígenas.

Procurada pela AFP, a diocese de Quebec afirmou ter "tomado nota das acusações contra o cardeal Marc Ouellet" e não querer "fazer absolutamente nenhum comentário sobre o tema".

As acusações estão entre os depoimentos de 101 pessoas "que foram agredidas sexualmente" por membros do clero e funcionários leigos entre junho de 1940 e os dias atuais, apontam os documentos judiciais.

No caso de Marc Ouellet, uma mulher identificada pela letra "F." afirma ter sido abusada várias vezes pelo cardeal. Segundo sua denuncia, Ouellet supostamente a "beijou" e "deslizou a mão" por suas costas "até as nádegas" em 2010.

Em fevereiro, durante um importante simpósio no Vaticano que contou com a presença do Papa Francisco, o cardeal Ouellet fez alusão ao "drama dos abusos sexuais cometidos por clérigos" e criticou os "comportamentos criminosos encobertos durante muito tempo para proteger a instituição". "Estamos todos divididos e humilhados por essas questões cruciais, que nos desafiam todos os dias como membros da Igreja", disse na época.

Apesar de ter anunciado renúncia recentemente, o arcebispo de Recife e Olinda e presidente do Regional Nordeste II da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Fernando Saburido, segue ministrando as atividades arquidiocesanas, enquanto o processo de renúncia é avaliado pelos superiores do clero católico.

Ao LeiaJá, Saburido comentou o anúncio da sua renúncia, feito na última sexta-feira (10). “Eu renunciei no dia 10 de junho, meu aniversário de 75 anos. Mandei a carta para o Santo Padre e ele vai acolher a renúncia. Ou não. Depois, começa o processo da escolha do sucessor, mas daqui para a frente, eu não sei. Vai depender da Igreja. Se for comigo, será uma alegria, se não for, estarei presente como bispo emérito. Com muito prazer”, disse o líder religioso, momentos antes de presidir a solenidade de Corpus Christi no bairro do Recife, nesta quinta-feira (16).

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O título de bispo emérito é conferido a um bispo diocesano cuja renúncia foi aceita. Normalmente o bispo diocesano apresenta a renúncia após completar 75 anos de idade. No Brasil, há mais de 160 bispos nessa condição. Eles continuam sendo bispos, uma vez que receberam a ordenação episcopal, e podem seguir ativos, mas já não têm propriamente um ofício para exercer, como o comando de uma diocese.

De acordo com dom Fernando, ele seguirá presidindo as atividades da Arquidiocese de Recife e Olinda normalmente, e deve estar à frente do Congresso Eucarístico deste ano, bem como da procissão fluvial, que devia ter acontecido neste dia de Corpus Christi.

“A preocupação foi realmente com o tempo, a previsão era de chuva, mas nós não desistimos da ideia, não. Acredito que lá para setembro, outubro, nós iremos fazer a procissão fluvial da Eucaristia, porque é uma coisa bonita. É algo que já aconteceu no Congresso Eucarístico de 1939, e que a gente quer repetir no Congresso que acontece em novembro”, continuou Saburido.

- - > LeiaJá também: ‘Dom Fernando celebra Corpus Christi no Recife Antigo’

O apóstolo Valdemiro Santiago, dono da Igreja Mundial do Poder de Deus, perdeu o seu irmão, o bispo Vanderley Santiago, 53 anos, para a Covid-19. A morte aconteceu na última segunda-feira (28), em São Carlos, São Paulo. 

Vanderley foi atendido no último domingo (27), no Centro de Triagem do Ginásio Milton Olaio Filho, precisando ser transferido para a Unidade de Pronto Atendimento de Santa Felícia, onde sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu.

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O bispo chegou a receber a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus no dia 16 de junho, mas acabou sendo infectado antes de completar a imunização. Segundo o jornal Correio Braziliense, Vanderley foi enterrado nesta terça-feira (29), no Cemitério Nossa Senhora do Carmo, em São Carlos.

O Papa Francisco nomeou dom Fernando Barbosa dos Santos como o novo bispo da Diocese de Palmares, na Mata Sul de Pernambuco, nesta quarta-feira (9). O religioso assume o posto deixado por dom Henrique, que morreu por Covid-19 no ano passado.

Nascido em Sertânia, no Sertão do estado, há sete anos dom Fernando é bispo da Prelazia de Tefé, no Amazonas. Aos 57, ele será o quarto bispo da história da Diocese de Palmares.

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Ele assume o posto de dom Henrique Soares da Costa, que morreu por Covid-19 em 18 de julho do ano passado, com a mesma idade do seu sucessor.

Desde então, a igreja era administrada pelo padre Norberto Penzkofer e tinha como bispo emérito dom Genival Saraiva de França.

Sacerdote há 26 anos da Congregação da Missão, dom Fernando concluiu a faculdade de teologia no Instituto Regional de Pastoral, em Belém, no Pará, onde foi diretor do seminário de Teologia São Vicente de Paulo.

Em sua trajetória, foi vigário paroquial na Diocese de Quixadá, no Ceará, e administrou a paróquia da Arquidiocese de Fortaleza.

Ele chegou a ser Superior Provincial da Província Lazarista de Fortaleza e deixou o cargo após ser nomeado anteriormente pelo Papa Francisco como bispo da Prelazia de Tefé.

Diocese de Palmares

Criado em 1962, o território diocesano de Palmares inclui 18 cidades da Mata Sul, entre elas eles Catende, Ribeirão e Tamandaré. A área eclesiástica tem uma população estimada de quase 500 mil habitantes e o padroeiro é o Sagrado Coração de Jesus.

O bispo Honorilton Gonçalves e mais três líderes da Igreja Universal do Reino de Deus foram acusados e indiciados pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Angola por lavagem de dinheiro associação criminosa. As informações são do UOL.

Além de Honorilton, conhecido por ser uma pessoa de confiança do bispo Edir Macedo, o bispo angolano Antonio Pedro Correia da Silva, ex-presidente da igreja no país, e os pastores Valdir de Sousa dos Santos e Fernando Henrique Teixeira, ambos brasileiros, também são réus. Teixeira é ex-diretor da TV Record África.

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Os conflitos em Angola começaram quando a maioria líderes religiosos do país passaram a acusar dirigentes brasileiros de vários crimes, entre eles racismo, fraudes, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, expatriação de capitais e imposição de vasectomia aos pastores. 

Segundo o UOL, o bispo Felner Batalha, porta-voz da chamada Reforma angolana, chegou a enviar uma carta a Edir Macedo relatando os problemas e pedindo providências, mas não obteve respostas. Em decorrência disso, em junho de 2020, o grupo assumiu o controle de quase 400 templos da Universal Angola. 

Em 19 de abril deste ano, a Record teve suas atividades suspensas no país africano, a razão apontada foi o fato da emissora ser dirigida por um extrangeiro, Fernando Teixeira, ao contrário do que prevê a lei local que exige que a função seja legalmente exercida por um angolano.

Tentativa de fuga

Honorilton Gonçalves, que foi vice-presidente artístico da Record no Brasil até 2013, é enxergado como o principal dirigente da igreja Universal Angola. Ele teria tentado fugir do país em setembro do ano passado, mas foi impedido por autoridades migratórias. A Universal do Brasil nega a informação.

Ainda de acordo com o UOL, o fundador da igreja Universal do Reino de Deus e proprietário da Record TV, Edir Macedo, chegou a pedir ajuda ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para tentar interceder junto às autoridades de Angola. Bolsonaro teria enviado uma carta ao presidente angolano João Lourenço reivindicando um “tratamento adequado” aos brasileiros e à Universal, mas não obteve resultado. O governo angolano tem sido favorável a religiosos locais.

O papa Francisco aceitou a renúncia do bispo da diocese de Victoria, no México, Antonio González Sánchez nesta terça-feira (30), informou a Santa Sé.

O mexicano ficou famoso no país ao pregar contra o uso de máscaras de proteção facial para evitar a transmissão do coronavírus Sars-CoV-2, indo contrariamente às recomendações do Vaticano de seguir as regras sanitárias contra a Covid-19 determinadas por cada governo.

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"Usar a máscara significa não confiar em Deus", disse em uma das celebrações que realizou na cidade, afirmando ainda que a pandemia não acabou porque os fiéis "não estão rezando bastante".

O Vaticano não especificou o motivo da renúncia, mas o fato é que ela ocorreu dois anos antes do previsto. Por regra, um bispo se aposenta compulsoriamente quando completa 75 anos, mas Sánchez tem 73. 

Da Ansa

O bispo Dom José Ruy Gonçalves Lopes, da Diocese de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, emitiu uma nota sobre as eleições de 2020 orientando os fiéis a votarem contra o comunismo. "A Igreja Católica possui grande simpatia pela Democracia e grande aversão ao comunismo,  diz a sua doutrina (DSI, 160). Por isso o voto consciente é a melhor forma não apenas de reivindicar, mas de determinar o futuro da sociedade", diz a nota pública.

Apesar de o bispo justificar o posicionamento em um documento católico, o tópico 160 da Doutrina Social da Igreja, citado por ele, não trata do comunismo ou tem qualquer relação com posicionamento ideológico. Ainda na nota, o bispo diz que a Igreja Católica não possui partidos políticos e não apoia candidatos.

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A nota pública gerou críticas de setores mais progressistas da igreja. Na publicação do texto no Facebook pela Diocese, um internauta que se identifica como padre de Minas Gerais criticou a parcialidade da mensagem. "O número dois dessa nota omite que a igreja também combate o liberalismo. Está bastante parcial nesse quesito, dando a entender que se deve votar em partidos de direita", ele escreveu.

Dom José Ruy tomou posse como quinto bispo da Diocese de Caruaru em setembro de 2019. Em 2014, quando estava à frente da Diocese de Jequié, na Bahia, publicou um texto criticando o PT por projeto da "questão de gênero". No artigo, o bispo diz que "vem se manifestar peremptoriamente contrária a esta ideologia do partido que governa a nação que deseja ‘impor’ pela maioria de sua base aliada um projeto que quer eliminar a ideia de que os seres humanos se dividem em dois sexos, afirmando que as diferenças entre homem e mulher não correspondem a uma natureza fixa, mas são produtos da cultura de um país, de uma época. Algo convencional, não natural, atribuído pela sociedade, de modo que cada um pode inventar-se a si mesmo e o seu sexo". 

O religioso diz que a tal 'ideologia de gênero' é baseada na análise marxista da história como luta de classes, dos opressores contra os oprimidos, "sendo o primeiro antagonismo aquele que existe entre o homem e a mulher no casamento monogâmico". Ele diz que as pessoas devem se atribuir o real valor que possuem, mesmo que seja politicamente incorreto e contrarie o "modismo imposto pela mídia e pelo governo". Também em 2014, Dom José Ruy voltou a dizer que a Igreja Católica restringe e censura o marxismo, citando dessa vez a encíclica Centesimus annus, escrita por João Paulo II um ano e meio após a queda do Muro de Berlim.

Um bispo francês que se encontrou com o papa Francisco no último dia 9 de março testou positivo para a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Emmanuel Delmas, chefe da Diocese de Angers, esteve no Vaticano para uma visita "ad Limina Apostolorum", a viagem que todos os bispos têm de fazer a cada cinco anos para se encontrar com o Papa e ir aos túmulos dos apóstolos São Pedro e São Paulo.

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O boletim da Sala de Imprensa do Vaticano divulgado em 9 de março confirma que Francisco recebeu naquele dia uma série de bispos da Conferência Episcopal da França, incluindo o monsenhor Delmas.

Segundo a Diocese de Angers, o bispo sentiu os primeiros sintomas durante sua estadia em Roma, mas sua condição "não suscita preocupação no momento". Jorge Bergoglio chegou a cancelar audiências no fim de fevereiro e no início de março por causa de um resfriado, e o encontro com os prelados franceses marcou a retomada de sua agenda de reuniões.

Da Ansa

O bispo da prelazia do Marajó (PA), dom Evaristo Spengler, rebateu nesta terça-feira, dia 1º, a tese de integrantes do governo Jair Bolsonaro segundo os quais o Sínodo da Amazônia, assembleia especial convocada pelo papa Francisco, pode ameaçar a soberania nacional. Para o bispo, a Igreja e o governo falam "em campos opostos", e as iniciativas de Bolsonaro é que deixam "em risco" a soberania do País.

Um dos integrantes da comitiva brasileira que viaja ao Vaticano na próxima semana, o bispo Spengler criticou o acordo entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos para exploração comercial da base de lançamentos espaciais de Alcântara (MA) e a procura do presidente por parceiros internacionais "do primeiro mundo" para explorar riquezas minerais em terras indígenas.

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"Levanta-se uma suspeita: se o sínodo ameaça a soberania nacional. Minha pergunta: quem é que está entregando a base de Alcântara? Quem é que está chamando mineradoras norte-americanas e estrangeiras para vir explorar a Amazônia? Não é a Igreja. Então quem está colocando a soberania em risco não é a Igreja. Talvez seja esse governo que está colocando a soberania do Brasil em risco", afirmou d. Evaristo Spengler, durante audiência na Câmara dos Deputados.

"A Igreja, pelo contrário, defende os povos que vivem na Amazônia, defende os povos indígenas, e quer a relação do ser humano com o meio ambiente seja de harmonia, não de destruição. Então, estamos falando em campos opostos. E a Igreja mantém e reafirma a sua decisão de dizer que a soberania é brasileira, mas nós queremos defender o meio ambiente, porque isso foi criado por Deus e nós somos corresponsáveis por tudo que Deus criou."

O clérigo reconheceu que, apesar de não ser um fórum internacional de governantes, mas uma assembleia interna, o sínodo terá repercussões "para fora". Atualmente, a maior preocupação do governo, sobretudo de diplomatas e militares, são com as resoluções do pontífice após o sínodo. O presidente já disse que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitora a preparação do encontro, que, para ele "tem muita influência política".

O secretário executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Cleber César Buzatto, disse que o papa Francisco sugere, com o sínodo, a criação de uma alternativa à sociedade do consumo capitalista e também criticou o governo Bolsonaro.

"O papa Francisco nos propõe que construamos um novo modelo de sociedade, onde a sobriedade feliz seja a razão de existência e do futuro, uma sociedade do bem viver como alternativa à sociedade do consumo, do acúmulo sem fim, da desigualdade absoluta, sociedade esta produzida pelo sistema capitalista e seu modelo neoliberal, ao qual o governo Bolsonaro é subserviente. Por isso que o governo discursa e age com essa intencionalidade de destruir a vida e os projetos de futuro dos povos da Amazônia, a fim de atender a interesses financeiros de corporações empresariais internacionais da mineração, do agronegócio e outros setores financistas."

Martha Bispo, secretária executiva da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) Nordeste 5, no Maranhão, fez críticas a um sistema "que destrói e mata a Amazônia" e defendeu que as comunidades locais sejam ouvidas pelo governo para "administrar melhor o Brasil". Ela rejeitou interferências estrangeiras na floresta.

"Não queremos uma Amazônia dos Estados Unidos, não queremos uma Amazônia europeia. Queremos uma Amazônia brasileira, território brasileiro, gestado a partir de nossas vidas", disse a leiga católica. "Nós apelamos para um jeito de governar e de fazer política dos povos indígenas, dos quilombolas, das quebradeiras de coco. Por que não vamos atrás de outro modelo?", questionou.

 A Igreja Católica da Austrália pagará 1 milhão de dólares australianos (cerca de R$2,8 milhões) a uma das vítimas do padre Gerald Ridsdale, religioso que abusou de 65 crianças ao longo de 30 anos.

A decisão foi tomada após as partes chegarem a um acordo na última sexta-feira (27) antes que o caso fosse julgado no Supremo Tribunal de Victoria, conforme revelado por Judy Curtin, advogada de defesa da vítima, identificada apenas pelas iniciais JCB.

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O padre, que permanece na prisão depois de ter sido condenado por vários crimes de pedofilia, abusou sexualmente de JCB, na época com nove anos de idade, em setembro de 1982, na cidade de Mortlake, no estado de Victoria.

Ridsdale está detido desde 1994. Ele se declarou culpado de pelo menos cinco acusações por abuso de menores entre 1961 e 1988, enquanto era sacerdote no sul da Austrália. Além disso, segundo as investigações, foi descoberto que o religioso fazia parte de uma rede de pedofilia em Ballarat, nos anos 1970.

A vítima JCB também chegou a processar o atual bispo de Ballarat, Paul Bird, por negligência em referência aos bispos falecidos James O'Collins e Ronald Mulkearns, que eram superiores de Ridsdale no período do episódio. A Igreja Católica, por sua vez, só admitiu no início deste mês, em documentos judiciais, que teve conhecimento das acusações contra o padre pedófilo.

Esta foi a primeira vez que a autoridade expressou responsabilidade legal pelos crimes. O acordo cria um precedente crucial e pode ser exemplo para que outras pessoas violentadas por Ridsdale entre com um processo de compensação pelo crime.

No anos 1970, o padre viveu em um seminário junto com o cardeal australiano George Pell, ex-tesoureiro do Vaticano condenado a seis anos de prisão por cinco casos de pedofilia.

Nova York - A ex-juíza federal norte-americana Barbara Jones revelou nesta segunda-feira (30) que a Arquidiocese de Nova York pagou US$67 milhões a 338 vítimas de abusos sexuais em casos envolvendo religioso e outras pessoas da Igreja. A declaração foi dada durante coletiva de imprensa conjunta com o arcebispo de Nova York, Timothy Cardinal Dolan, para apresentar as conclusões de uma auditoria.

Da Ansa

As declarações do bispo Edir Macedo, Líder da Igreja Universal e dono da Rede Record, vem dando o que falar nas redes sociais. Durante um culto, diante de centenas de fiéis, Macedo declarou que as suas filhas, e consequentemente as mulheres, devem ser submissas aos homens para que possam servir à Deus. "Não existe família, não existe casamento, não existe felicidade com a mulher 'cabeça' e o homem 'corpo’. É fracasso (sic)", dispara o bispo.

Edir Macedo diz que quando foi morar nos Estados Unidos com a sua família comunicou que suas filhas só fariam 'high school', que corresponde ao ensino médio. O líder da Igreja Universal aponta que a sua esposa apoiou a decisão e que o problema foram os parentes. Como justificativa, ele diz: "Porque se você (mulher) se formar em uma determinada profissão você vai servir a si mesmo, mas eu não quero isso porque vocês vieram para servir à Deus”, diz.

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Para “melhor” exemplificar, Macedo usa uma de suas filhas que estava no palanque da igreja. "Se a Cristiane fosse doutora, tivesse um grau de conhecimento elevado e encontrasse um rapaz que tivesse um grau de conhecimento baixo ele não seria o cabeça, ela seria. E se ela fosse a cabeça não serviria para Deus”, pontua. 

O dono da Rede Record fala ainda que sua esposa queria que suas filhas casassem com um americano por achar que eles são mais cordiais. “Se casar com um americano ele vai abrir a porta do carro. Eu falei não. Quero que minhas filhas casem com um ‘macho”, assevera Edir Macedo. Sem nenhuma interrupção da plateia, que simplesmente responde com ‘amém’, o líder finaliza dizendo que só com as mulheres submissas ao homem que é possível uma família feliz.      

Confira o discurso:

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"Só tenho um juiz que é o Senhor", afirmou recentemente o cardeal francês Philippe Barbarin. Na segunda-feira (7), o arcebispo de Lyon (centro-leste) comparecerá perante a Justiça dos homens, acusado de esconder os crimes de pedofilia de um padre.

Com ele, cinco ex-membros desta diocese - incluindo o atual arcebispo de Auch (sudoeste) Maurice Gardès e o bispo de Nevers (centro) Thierry Brac de la Perrière - são convocados perante o tribunal penal até quarta-feira (9), por não denunciarem as agressões sexuais cometidas contra jovens escoteiros antes de 1991.

Até o momento, dois bispos foram condenados na França em casos semelhantes: o bispo de Bayeux-Lisieux, em 2001, e o ex-bispo de Orleans, em 2018.

O cardeal Barbarin, de 68 anos, radicado em Lyon desde 2002, encarna na França a crise de uma Igreja confrontada em todo mundo aos crimes de uns e ao silêncio de outros.

O escândalo veio à tona em 2015 com o indiciamento do padre Bernard Preynat por abusos cometidos um quarto de século antes. Como ele estava ciente dessas ações passadas, as vítimas também denunciaram o bispo Barbarin, considerando que ele próprio deveria ter denunciado o padre à Justiça.

Após seis meses de investigação e dez horas de interrogatório do cardeal pela polícia francesa, o Ministério Público de Lyon rejeitou o caso no verão de 2016.

Mas as vítimas apresentaram um procedimento de citação direta, o que permite, na França, que uma vítima acione diretamente o tribunal penal.

"Esperamos, desta vez, uma decisão que seja clara para todos", disse François Devaux, cofundador da associação La Parole Libérée, fonte das revelações.

A defesa confia, por sua vez, no julgamento para "restaurar um certo número de verdades, porque não se repara uma injustiça com outra", segundo um advogado do cardeal, Jean-Félix Luciani.

Além de Philippe Barbarin, Maurice Gardes e Thierry Brac de la Perrière, foram convocados o ex-responsável de um grupo de escoteiros vítimas do padre, bem como o ex-diretor de gabinete do cardeal e um vigário que foi o superior do padre Preynat.

O cardeal espanhol Luis Ladaria Ferrer, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé em Roma, também foi indiciado, mas o Vaticano pediu imunidade. As vítimas o acusam de cumplicidade uma vez que, consultado por Barnarin sobre o caso do padre em 2015, ele o aconselhou a abafar a situação discretamente: "todos sabiam, e ninguém denunciou".

No auge do escândalo, Barbarin reconheceu erros e pediu perdão às vítimas de padres pedófilos. Mas com a proximidade do julgamento, parece querer se proteger, evocando instruções recebidas do Vaticano em 2015: "Eu implementei o que me foi dito por Roma. Depois, todos caíram em cima de mim", disse ele à margem da última assembleia de bispos em Lourdes (sudoeste), entrevistado pela Rádio Notre-Dame.

O papa Francisco aceitou, nesta quarta-feira (19), a renúncia do bispo auxiliar de Los Angeles, Alexander Salazar, suspeito de "conduta inapropriada com um menor" de idade, segundo comunicado publicado pelo Vaticano.

Um comitê que investigou esta acusação na Califórnia considerou a denúncia "crível", ressalta um comunicado da arquidiocese de Los Angeles divulgado pelo Vaticano.

Em 2005, um ano depois de sua ordenação como bispo, a arquidiocese tomou conhecimento de informações sobre uma conduta inapropriada com um menor, remontando à década de 1990, quando ele era um simples padre de uma paróquia.

Uma investigação aberta pela justiça civil em 2002 não conduziu a um julgamento, mas a arquidiocese de Los Angeles decidiu submeter o caso ao Vaticano.

A Congregação para a Doutrina da Fé, encarregada de examinar tais casos no Vaticano, impôs "medidas de precaução" ao bispo Salazar, que sempre negou qualquer má conduta.

O arcebispo de Los Angeles, José Gomez, explica em seu comunicado que recebeu permissão para submeter o caso a uma comissão independente de inquérito criada pela arquidiocese, que finalmente considerou a denúncia como "credível".

"Essas decisões foram tomadas por causa de uma profunda preocupação pela cura e reconciliação das vítimas de agressões sexuais e pelo bem da missão da Igreja", escreveu ele.

"Devemos nos aproximar das vítimas sobreviventes de agressões através de nossas orações e ações", acrescentou Gomez.

Alexander Salazar, de 69 anos, nasceu na Costa Rica e emigrou com a família para os Estados Unidos. Foi ordenado padre em 1984 na arquidiocese de Los Angeles e bispo auxiliar em 2004.

No auge de uma série de escândalos em várias arquidioceses dos Estados Unidos, o gabinete do Procurador do estado da Pensilvânia emitiu em meados de agosto um relatório aterrador, detalhando os crimes sexuais perpetrados ao longo de várias décadas por mais de 300 padres contra mais de 1.000 crianças.

O relatório retratou uma hierarquia que trabalhou ativamente para abafar os casos de agressão sexual e para proteger os responsáveis desses ataques.

Desde então, várias dioceses criaram comissões de inquérito para apurar as denúncias de agressões sexuais, e algumas publicaram listas de religiosos declarados inaptos para o cargo.

Confrontado a uma crise de credibilidade sem precedentes na Igreja Católica, o papa Francisco convocou uma cúpula para o final de fevereiro sobre a "proteção de menores".

Seus organizadores pediram, na terça-feira, que os participantes encontrem pessoalmente vítimas de abusos sexuais cometidos pelo clero.

Por meio desta abordagem, os organizadores esperam que as vítimas ocupem o centro dos pensamentos dos cerca de 180 participantes, principalmente os presidentes das conferências episcopais, mas também especialistas.

O aguardado encontro deverá abordar questões como a responsabilidade dos bispos e a transparência da Igreja Católica.

Um pastor, identificado como Danilinho Bernassi, foi expulso da Igreja Renascer por não pregar a favor do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL). Um áudio vazado à imprensa mostra a discussão entre o pastor e o bispo da Renascer, Phillip Guimarães, que tenta enquadrar Danilinho por ter compartilhado nas suas redes sociais imagens do também candidato, e evangélico, Cabo Daciolo (Patriotas). 

As gravações da discussão foram enviados ao site Vice, nesta última sexta-feira (5). No primeiro áudio, o pastor Danilo reclama de estar sendo perseguido pelo bispo por conta das divergências políticas, o que ele considerou inaceitável. "Eu sou a favor de Cristo e não da política. Não era para envolver política com igreja, bispo", ressaltou Danilo.

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O pastor pregava em São Bernardo do Campo, São Paulo. O, agora, ex-Renascer também afirma no áudio que Bolsonaro vai contra tudo o que Deus pregava e está escrito na bíblia. "Eu nunca vi, na história do evangelho igreja discutir por conta de política", afirma o pastor Danilo.

O bispo rebate dizendo para o seu "subordinado cristão" que não vai ser do jeito que ele quer e que não vai aceitar o comportamento do Dan, como ele chama o pastor. "O jeito que você quer é você andando do lado de lá, não do lado de cá", ameaçou Phillip Guimarães.

No segundo áudio, aparentemente em outro lugar (possivelmente a igreja), o bispo Phillip concretiza o que havia falado no primeiro áudio e confirma a expulsão do pastor Danilinho Bernassi. "Está decidido, você está desligado da Igreja Renascer", diz o bispo. "Depois de 18 anos eu sou um lixo", desabafa o pastor. O site tentou contato com os envolvidos na polêmica, mas os dois não quiseram se pronunciar

É proibido por lei

De acordo com a Lei Eleitoral 9504/97, a propaganda eleitoral no interior das igrejas é expressamente proibida, pois os templos constituem bens de uso comum, sendo neles vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza. As multas, no caso de descumprimento, vão de R$ 2.000 a R$ 8.000. Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral classifica propaganda eleitoral vinda de igrejas como “abuso do poder econômico”.

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