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Depois de receber uma avalanche de críticas, um bispo da Igreja católica reconsiderou seus planos de se aposentar em uma casa de 2,3 milhões de dólares no Vale do Silício e optou por uma residência paroquial.

O bispo Patrick McGrath confessou em um comunicado na segunda-feira (27) que teve um "erro de julgamento" quando a diocese de San José comprou a casa de cinco quartos para sua aposentadoria.

"Não considerei adequadamente a crise de moradia neste vale e as lutas de tantas famílias e comunidades à luz desta crise", disse. "Escutei muitas opiniões sobre este tema e decidi que não me mudarei para essa casa".

McGrath disse que a diocese planeja vender a residência de 300 m2 assim que possível e que o lucro será destinado a um fundo de caridade.

"Assumo total responsabilidade por esta decisão e acredito que a venda dessa casa é a ação apropriada", disse. "Quando me aposentar, tenho a intenção de viver na casa paroquial de alguma de nossas paróquias".

Estes investimentos imobiliários milionários contradizem a missão da Igreja de ajudar os pobres, disseram críticos.

A decisão inicial não estava de acordo com o desejo do papa Francisco de uma igreja menos ostentosa.

Após sua eleição em 2013 como papa, o argentino decidiu evitar os grandes apartamentos papais oficiais para viver em uma residência modesta.

Na troca de cadeiras que acontece com a exoneração de aliados do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), que deixam a prefeitura para disputar um cargo na eleição de outubro, um nome convocado para assumir a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos chama a atenção: o vereador João Mendes de Jesus (PRB), que já dirigiu diversas igrejas da Universal na Baixada Fluminense. 

Essa não é primeira pessoa que Crivella convida um bispo para o alto escalão da prefeitura. O ex-vereador Jorge Braz, que comandava o Procon Carioca, é do mesmo grupo. Ele deixou o cargo na semana passada para também ser candidato no pleito deste ano. 

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Crivella, que é bispo licenciado da Universal, não se incomodou nem mesmo com o fato de João Mendes ter sido acusado, em 2006, de participação na chamada Máfia das Sanguessugas, um esquema no qual parlamentares recebiam propinas em troca de emendar para a compra de ambulâncias. A assessoria do bispo afirma que ele é “inocente”. 

Por sua vez, durante a posse, João Mendes falou que assumia a nova responsabilidade com orgulho e emoção. “Somos, por tradição e vocação, treinados e convictos em cooperar com a sociedade, além de fazermos da solidariedade um dínamo de compaixão, amor ao próximo e de misericórdia, pois fazemos isso, somos talhados para isso e servimos aos necessitados, em um mundo muitas vezes feroz e intolerante”, discursou.

Ele chegou a garantir que a prioridade será os moradores de rua. “Que são, em grande parte, dependentes químicos, além de serem pessoas  vítimas de depressão, dentre outros e diferentes segmentos sociais, que necessitam, sem sombra de dúvida, da presença forte da Prefeitura”, disse o novo secretário. 

O governo chinês negou nesta terça-feira (3) a detenção na semana passada por algumas horas de um bispo da Igreja 'clandestina', depois que o Vaticano desmentiu o anúncio de Pequim sobre um acordo iminente acordo para a designação de prelados.

Desde 1951, Vaticano e China, com 12 milhões de católicos, não mantêm relações diplomáticas e atualmente convivem duas igrejas: uma 'patriótica' dirigida pelo regime comunista e uma 'clandestina' que obedece ao papa.

Os difíceis vínculos entre Vaticano e Pequim foram retomados há três anos pelo papa Francisco. Mas a questão sobre a designação dos bispos é o grande obstáculo para um eventual acordo.

A AFP informou que o bispo Vincent Guo Xijin foi detido na segunda-feira passada e obrigado a viajar para a cidade de Xiamen, a 200 km de sua diocese, antes de ser libertado.

"Dizer que sua liberdade é limitada não é coerente com os fatos", afirmou Chen Zongrong, ex-vice-administrador de Assuntos Religiosos do governo, em uma entrevista coletiva.

Guo, bispo da província de Fujian, no sudeste do país, é reconhecido pelo Vaticano, mas não pelas autoridades chinesas.

Uma fonte a par dos detalhes da detenção afirmou à AFP que a visita de Guo a Xiamen "não foi uma escolha dele, mas negociou com os funcionários e recebeu permissão para retornar no sábado, a tempo para oficiar as atividades de Páscoa".

A respeito do acordo, nenhuma parte revelou até o momento o conteúdo do que está sendo preparado, mas consistiria para o Vaticano em reconhecer sete bispos nomeados pelo regime sem o aval da Santa Sé, com a esperança de que, em troca, Pequim admita a autoridade do Papa sobre os católicos do país, informou no mês passado uma fonte próxima às negociações.

O Ministério Público de Goiás (MPGO) deflagrou, nesta segunda-feira (19), a Operação Caifás, contra líderes religiosos acusados de desviarem valores da Diocese da Igreja Católica de Formosa e de paróquias a ela ligadas. Segundo o MP, foram desviados o dinheiro reunido com dízimos, doações, taxas de batismo e casamento, além de arrecadações festivas com apoio financeiro de fiés. 

Entre os presos estão o bispo de Formosa, Dom José Ronaldo, quatro padres e um monsenhor, conforme informações do G1. As investigações começaram em 2015, quando fiéis denunciaram os desvios, segundo o Correio Braziliense. 

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Estão sendo cumpridos 13 mandados de prisão e 10 mandados de busca e apreensão em residências, na cúria da Diocese de Formosa, em paróquias de Planaltina de Goiás, Posse-GO e um mosteiro. O prejuízo estimado é de R$ 2 milhões.

Um padre de Itambé, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, foi afastado das suas funções por se envolver em um relacionamento amoroso com uma mulher. O anúncio do afastamento foi feito na última segunda-feira (25) pelo bispo Diocesano de Nazaré, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena.

Segundo o comunicado, o padre Severino José da Silva Filho se envolveu com uma mulher de Pedra de Fogo, na Paraíba. O próprio sacerdote, que se encontrava de férias, informou o bispo. 

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O padre Severino, que é pároco da Paróquia Nossa Senhora do Desterro, em Itambé, está agora proibido de celebrar missas e demais sacramentos em qualquer diocese. "A Diocese de Nazaré já está tomando as providências caíeis, do ponto de vista canônico", diz o texto.

 

A Diocese de Nazaré já arrumou um substituto para a igreja de Itambé. A partir do dia 5 de outubro, o padre Genilson Sousa da Silva assumirá a função de Administrador Paroquial.

 

Igreja Universal do Reino de Deus completou 40 anos de existência em meio a polêmicas como a entrega de dízimos. Já houve casos em que a igreja teve que devolver, por determinação da Justiça, as ofertas entregues por fiéis.  Em entrevista concedida ao LeiaJáo bispo William Brigido, que faz parte da Universal há 32 anos, questionado sobre as críticas e entrega de dízimos, é categórico: “É bíblico, nós estamos obedecendo o que está escrito”, declarou. 

“Nós podemos até fazer um desafio a qualquer pessoa que esteja ouvindo esse recado sobre as doações: pense quantas vezes, nesses 40 anos, já teve alguma vez que chamamos alguém que está bem, que está feliz, uma pessoa que está prosperando, uma vida digna para vir à igreja? Nós trabalhamos com que está sofrendo. Se você entrar na internet e buscar todos os vídeos da Universal, nós só trabalhamos com quem está sofrendo, com quem está separando, quem quer morrer, que está doente, que está desenganado, no presídio, dormindo na rua, aí nós vamos ajudar. Esse é o trabalho da Universal”, justificou o bispo. 

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Brigido declarou que as críticas são feitas por quem não entende e que é com o dízimo que a Universal sobrevive. “E quando as pessoas falam, elas falam daquilo que não entendem. A bíblia, nós temos que obedecer. É a ordem de Deus, não é nossa: ensinar o dízimo, ensinar a ofertas e dar a contribuição. Todas as religiões têm e a Universal faz parte disso e é com essas contribuições que nós sobrevivemos nesses 40 anos e estamos seguindo em frente”. 

Ele que recebeu, na noite de ontem, uma placa comemorativa da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) em homenagem à data afirmando que foi uma honra. “Um dia presenciamos no passado, inclusive foi passado aqui no telão, a imagem da igreja sendo fechada. Eu estive aqui nessa época, há 27 anos, mais ou menos, e teve a época em que ela foi fechada e hoje voltamos na casa da autoridade onde aqui são tomadas decisões do estado todo e receber uma homenagem é uma prova de que, um dia, foi um plano e hoje a Universal é um fato. Ela existe, ela é real”. 

 

William Brigido ainda falou que é um trabalho árduo e de muita dedicação. “São 40 anos de existência e lutas nós temos, vivemos e estamos vivendo e sabemos que vamos viver, mas sabemos com quem estamos e temos certeza da nossa vitória. É realmente um trabalho árduo, é um trabalho de muita dedicação feita por um exército de pessoas. São mais de 15 mil jovens de Pernambuco ajudando e mais de sete mil obreiros ajudando as pessoas que chegam necessitadas. Quando juntamos esse exército, é a Igreja Universal. Um trabalho real, verdadeiro e autêntico”, reforçou. Ao todo, Pernambuco possui cerca de 300 igrejas e quase mil pastores aqui no estado.

 

 

 

 

 

 

O prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal Gehrard Muller, declarou nesta sexta-feira, 3, no Vaticano que nenhum católico é obrigado a acreditar na autenticidade de aparições nem a visitar os locais onde tenham ocorrido, mesmo que a Igreja as tenha apoiado, como no caso dos santuários de Fátima e Lourdes. O cardeal fez essa declaração dois dias após d. Ratko Peric, bispo de Mostar Duvno, diocese de Bosnia-Herzegovina, na antiga Iugoslávia, ter afirmado em artigo que a Virgem Maria não apareceu em Medjugorje.

Cerca de 40 milhões de devotos, ou mais de 1 milhão por ano, visitaram Medjugorge desde 1981, quando seis jovens anunciaram que estavam vendo Nossa Senhora em repetidas aparições, no alto de uma colina. Os bispos da região desconfiaram do relato dos videntes e mantiveram o Vaticano sempre informado sobre o fenômeno, enviando mensagens diretas aos papas João Paulo II, Bento XVI e Francisco.

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Até agora, Roma não tomou posição sobre a autenticidade das aparições. Há duas semanas, Francisco nomeou o bispo polonês Henryk Hoser seu enviado especial para estudar Medjugorje com um objetivo pastoral, não de Investigação.

D. Ratko Peric aponta, em seu artigo, vários indícios de que, conforme avalia, podem comprovar que as aparições não são autênticas. O bispo adverte que, no relato dos videntes, Nossa Senhora aparece como uma figura ambígua, uma figura feminina que "se comporta de maneira muito diferente da verdadeira Virgem". É uma figura que "ri de maneira estranhas, desaparece diante de certas perguntas e depois volta, obedece aos videntes e não se sabe exatamente por quanto tempo aparecerá".

Segundo o bispo, as mensagens da Virgem de Medjugorge são "estranhas", porque "não há um objetivo nessas aparições, não se justifica a aparição, não foi deixada alguma mensagem específica para os videntes e para os frades (da paróquia), nem para os fiéis e para o mundo". E mais: "Coisa muito inusitada e grave: a aparição permite que não só eu alguns da multidão pisoteiem o seu véu

estendido na terra, mas também que toquem seu corpo". Para d. Peric, "tais histórias de tocar o corpo da Virgem, seu vestido, de poder pisar no seu véu geram em nós uma sensação e convicção de que se trata de algo indigno, inautêntico".

Ao comentar as declarações do bispo de Mostar, o cardeal Müller advertiu que o futuro da Igreja não depende nem de Medjugorje nem de conhecidos santuários, como Fátima e Lourdes. "Podem ajudar a fazer mais presente a mensagem da penitência para o mundo de hoje, mas a fé é aquela que se vive no dia a dia, na família, no trabalho, na paróquia", disse o cardeal. "Deus é sempre livre para conceder a nós alguns carismas, mesmo especiais, mas nós devemos concentrar-nos na presença de Deus, que se revelou em Jesus Cristo", afirmou.

A posição de d. Peric contrária às supostas aparições, disse o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, "deveria ser considerada a convicção pessoal do bispo, que tem o direito de se expressar como bispo ordinário da diocese, mas que é e continua sendo a sua opinião". A palavra final será do papa, que tem em mãos o relatório da Comissão de Investigação sobre Medjugorge presidida pelo cardeal italiano Camillo Ruini, nomeada no pontificado de Bento XVI para investigar o assunto.

Próximo de fechar o elenco, o Náutico está acertando com mais uma novidade para o meio de campo. O nome não é familiar porque o volante Bispo começou a carreira nas divisões de base do Vitória e esteve no futebol espanhol nas duas últimas temporadas. O time baiano emprestou o atleta para o Real Sociedad e depois ao Getafe, pouco depois de ter sido promovido ao time profissional.

Na noite desta quarta-feira (18), o Timbu anunciou que Bispo já está passando por exames médicos para então assinar o contrato. O volante de 22 anos é natural de Irará-BA e começou nas divisões de base do Vitória, onde não teve chances de atuar e acabou emprestado ao Real Sociedad, time que disputa a elite no futebol espanhol, em 2015. No ano seguinte, permaneceu na Espanha, mas atuou pelo Getafe, também da primeira divisão.

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Darlan Bispo Damasceno costuma jogar de meia central e volante. O clube alvirrubro ainda irá anunciar detalhes sobre a duração do contrato e integrar o atleta ao elenco após a assinatura do vínculo.

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Bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), nomeou outro bispo da mesma igreja para a presidência do Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor, conhecido como Procon Carioca. Trata-se de Jorge Braz de Oliveira, de 63 anos, que foi vereador no Rio durante três mandatos e não conseguiu se reeleger na última eleição. O decreto de nomeação foi publicado nesta quarta-feira, 11, no Diário Oficial do Município.

Durante a campanha eleitoral, umas das críticas a Crivella era o suposto interesse dele em distribuir cargos municipais entre os bispos da Universal, igreja fundada por seu tio, Edir Macedo. Crivella sempre negou essa intenção e afirmou que escolheria técnicos para compor seu governo.

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Questionada pela reportagem sobre a qualificação do novo presidente do Procon Carioca na área de defesa do consumidor, a Prefeitura do Rio informou que Braz foi "um importante interlocutor do prefeito durante a transição, tem conhecimento do serviço público e participou de importantes comissões da Câmara, como as de Direitos Humanos, Defesa dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência e Meio Ambiente".

Braz é identificado como bispo da Universal em redes sociais e publicações na internet. No Facebook, Braz costuma publicar vídeos e fotos de eventos da Universal. Na madrugada de 1º de janeiro, veiculou foto do "prefeito Crivella sendo abençoado na Vigília da Virada".

Um dos projetos que Braz apresentou e conseguiu aprovar enquanto vereador foi a lei 5.652/2013, que incluiu no calendário oficial do município o Dia do Obreiro Universal, homenagem a quem atua voluntariamente na igreja. A data é comemorada no terceiro domingo de agosto. Filiado ao PRB só em novembro passado, antes Braz integrou outros partidos, como o PTdoB e o PSB, pelo qual se candidatou à reeleição em 2016.

Troca

Outra nomeação publicada no Diário Oficial do Município nesta quarta-feira foi a de Virgínia Salemo Soares para a presidência da Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio (CET-Rio). Ela já trabalhava na instituição e tem experiência na área - fez mestrado em Engenharia de Transportes no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ) e é doutora em Engenharia de Produção pela mesma instituição.

A nomeação de Virgínia seria corriqueira se outra pessoa já não houvesse sido anunciada para o mesmo cargo. O engenheiro de transportes e professor da Coppe-UFRJ Paulo Cezar Ribeiro foi convidado para assumir a função pelo secretário municipal de Transportes e vice-prefeito, Fernando Mac Dowell. Ribeiro começou a trabalhar no órgão, e nesta terça foi informado por jornalistas da nomeação de Virgínia.

Crivella afirmou que Ribeiro havia sido diagnosticado com uma doença grave e pedira para se afastar. A informação do prefeito foi negada pelo engenheiro. "Isola! Graças a Deus, estou muito bem de saúde. Mas depois desta declaração do prefeito, vou fazer até um check up extra. Fui desconvidado, sem sequer falar com o prefeito e com o Mac Dowell, que havia me convidado", afirmou Ribeiro ao jornal "O Globo".

Questionado pela reportagem sobre a declaração do prefeito e o real motivo da substituição de Ribeiro por Virgínia, a assessoria de imprensa de Crivella informou que a questão seria respondida pela assessoria da Secretaria Municipal de Transportes. Isso não ocorreu até as 17h40 desta quarta.

O bispo de Grantham se converteu no primeiro da poderosa Igreja anglicana da Inglaterra a revelar sua homossexualidade, em uma entrevista publicada neste sábado (3) no jornal britânico The Guardian. Nicholas Chamberlain explica que tomou a decisão de falar em público de sua orientação sexual porque um jornal cujo nome não mencionou ameaçava revelá-la.

"Não foi minha decisão tornar uma grande história esta saída do armário", declarou. "As pessoas sabem que sou gay, mas não é a primeira coisa que eu digo às pessoas. Minha sexualidade forma parte de mim, mas é em meu ministério que quero me concentrar".

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Chamberlain esclarece que a Igreja estava ciente quando o designou para o cargo, em novembro do ano passado. "Eu era eu mesmo. Os que me nomearam sabiam da minha identidade sexual". Justin Welby, arcebispo da Igreja de Canterbury e líder espiritual dos anglicanos de todo o mundo, ressaltou em um comunicado que "sua sexualidade não tinha nenhuma relação com suas funções".

"Estou perfeitamente ciente da relação que o bispo Nick mantém há muitos anos", afirmou. "Sua indicação como bispo de Grantham foi decidida com base em suas qualidades e sua capacidade de servir à Igreja".

Um porta-voz eclesiástico acrescentou que seria injusto excluir os aspirantes ao episcopado em função de sua orientação sexual. Na entrevista, o bispo de Grantham descreve seu parceiro: "É leal, carinhoso e pensamos da mesma forma. Desfrutamos a companhia do outro e compartilhamos nossas vidas", afirmou.

A saída do armário do monsenhor Chamberlain é um ato de "incrível coragem", celebrou no Twitter Ruth Hunt, responsável da Stonewall, uma organização de defesa dos direitos das pessoas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais).

A Igreja da Inglaterra é a mãe da comunidade anglicana, que conta com 85 milhões de fiéis em todo o mundo. Em 2005, autorizou os homens e mulheres homossexuais unidos no civil a se tornarem sacerdotes e em 2013 acabou com a proibição de que fossem ordenados bispos.

A questão, no entanto, segue dividindo esta Igreja, opondo os setores mais liberais, nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, e os mais conservadores, majoritários em países como Quênia, Nigéria ou Uganda, que ameaçaram se desligar da Igreja da Inglaterra se ela continuar pressionando contra a lei anti-homossexualidade ugandesa.

A prelazia do Xingu tem um novo líder católico. Frei João Muniz Alves, maranhense de 54 anos, substitui dom Erwin Krautler, austríaco naturalizado brasileiro e um dos mais atuantes religiosos daquela conflituosa área do Pará, palco da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, que renunciou ao cargo, por idade avançada (completou 76 anos).

Dom Erwin esteve à frente da Diocese por 34 anos e se tornou um símbolo da luta contra grileiros, latifundiários e em defesa das populações indígenas da região. Preside o CIMI (Conselho Indigenista Missionário) e atuou com irmã Dorothy Stang, assassinada por pistoleiros, na luta pelos direitos das comunidades camponesas e indígenas e pela preservação ambiental na região amazônica. Ao longo da vida, denunciou a exploração sexual de adolescentes por políticos e práticas de trabalho escravo e de destruição ambiental e condenou a obra de Belo Monte.

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Dom Erwin vem sendo ameaçado e agredido inúmeras vezes há muitos anos devido à sua atuação. Em 1987, um acidente de carro suspeito quase lhe tirou a vida numa rodovia, e provocou a morte do padre Salvatore Deiana, que o acompanhava. Suspeita-se que o acidente tenha sido forjado. Dom Erwin Krautler vive sob a proteção de policiais militares do Estado do Pará. Sua atuação também foi reconhecida por diversas entidades internacionais por meio de prêmios de direitos humanos e títulos doutor honoris causa que recebeu.

Em abril deste ano, em entrevista à revista Época, dom Erwin disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não cumpriu o prometido no que se refere a Belo Monte e que a presidente Dilma Rousseff não dialoga sobre o assunto. “Estive com o presidente Lula duas vezes, em 2009. Do que o Lula me prometeu, nada foi cumprido. Ele prometeu que não empurraria o projeto goela abaixo, que haveria diálogo. Não houve. Disse que não repetiríamos o monumento à insanidade que era Balbina, que o Brasil tem uma grande dívida com os atingidos por barragens e que essa dívida tem de ser paga. Quero ver onde já pagou. E disse que o projeto só sairia se fosse do agrado de todos. Isso é impossível. Tudo o que ele falou foi simplesmente para agradar ao bispo, e pronto. Fiquei muito magoado.”

Em documento assinado como presidente do CIMI, dom Erwin aponta as “tensões e preocupações, angústias e luto e, por cima de tudo, a indignação e revolta diante da inoperância, negligência e, muitas vezes, aberta omissão dos poderes constituídos caracterizam os anos 2014 e 2015”. Segundo ele, os desafios na luta em favor dos mais pobres são diários. “Não nos dão trégua, mas podemos afirmar que com a graça de Deus estivemos e estamos lado a lado com os povos indígenas no enfrentamento ao mais violento dos ataques aos seus direitos na história recente do país”, escreveu.

Para dom Erwin, a razão profunda de todas as aversões e agressões de que os povos indígenas são vítimas é a discriminação sutil ou aberta que é sempre consequência de um desprezo aparentemente congênito de muitos em relação aos índios. “Os congressistas em Brasília e grande parte da sociedade brasileira ainda não entranharam os parâmetros da Constituição de 1988 que consagra os direitos dos povos indígenas. Ao contrário, continuam em voga padrões ultrapassados de constituições anteriores”, anotou.

Frei João Muniz Alves nasceu em dia 8 de janeiro de 1961, em Santa Rita, Maranhão. Foi ordenado sacerdote em 4 de setembro de 1993. É graduado em Teologia e Filosofia pelo Instituto Católico de Estudos Superiores do Piauí (Icespi); mestre e doutor em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade Lateranense (PUL), em Roma; mestre em Filosofia pelo Pontificium Athenaeum Antonianum (PUA), em Roma.

De 1993 a 1994, frei João Muniz realizou seus trabalhos como vigário da paróquia São José, em Lago da Pedra (MA). De 1995 a 1998, exerceu a função de pároco da paróquia São Francisco das Chagas em Bacabal (MA). Entre 1995 e 2001, foi promotor da Pastoral Vocacional da província; mestre e guardião do Postulantado, membro do Conselho Presbiteral e do Colégio dos Consultores da diocese de Bacabal. De 2007 a 2013, exerceu a função de ministro provincial da província Franciscana Nossa Senhora da Assunção, no Maranhão e no Piauí. Em 2014, foi visitador geral na custódia autônoma Santa Clara de Assis em Moçambique, na África.

Atualmente, João Muniz é professor de Teologia Moral no Instituto de Estudos Superiores no Maranhão (Iesma), vigário paroquial na Fraternidade Franciscana de Nossa Senhora da Glória em São Luís (MA) e guardião e formador de estudantes de Filosofia e Teologia.

Com informações da CNBB.

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O Papa Francisco assinou neste sábado um decreto que autoriza a beatificação do monsenhor Melki, bispo da Igreja Católica síria assassinado por sua confissão em 1915, na Turquia, anunciou o Vaticano.

O Pontífice autorizou que a Congregação para a Causa dos Santos reconheça o "martírio do servo de Deus Flavien Michel Melki", primeira etapa para uma beatificação rápida, afirmou o Vaticano.

O bispo, nascido no ano de 1858, em Kaalat Mara (na atual Turquia), e membro da Fraternidade de Santo Efrém, morreu "por ódio à confissão, em Cizre (Turquia), em 29 de agosto de 1915", assinalou.

Segundo o portal de informações religiosas ACI, após ele ter sido nomeado cura pela Igreja Católica síria, a paróquia de Melki foi saqueada e incendiada nos massacres de 1895. Após isso, ele foi nomeado bispo de Mardin e Gazarta (atual Cizre).

Quando começaram os massacres de autoridades otomanas contra as minorias armênias, assírias e gregas, o bispo se negou a fugir. Foi detido em 28 de agosto, com o bispo caldeu Jacques Abraham, e ambos foram obrigados a se converter ao islamismo, o que se negaram a fazer.

O monsenhor Abraham foi assassinado com um tiro, e o monsenhor Melki foi agredido até perder os sentidos, antes de ser decapitado, segundo a mesma fonte.

A Turquia nega que o Império Otomano tenha organizado um massacre sistemático de sua população armênia, e rejeita o termo genocídio, usado na Armênia, por historiadores, e por 20 países.

Um bispo foi ordenado no sul do Chile em meio a protestos de vítimas de abuso sexual sobre um suposto acobertamento de crimes feitos por um de seus mentores.

O papa Francisco escolheu Juan Barros como bispo da cidade de Osorno. Centenas de fiéis vestidos de preto estavam protestando do lado de fora da catedral de Osorno, que está sendo fortemente vigiado pela polícia.

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Os principais líderes da Igreja Católica do Chile estavam ausentes, ao alegarem que eles tinham compromissos anteriores. Vítimas de abuso acusam Barros de encobrir o abuso sexual cometido pelo reverendo Fernando Karadima nas décadas de 1980 e 1990. Barrios nega as acusações. Fonte: Associated Press.

A Diocese de Nova Friburgo informou nesta sexta-feira (20) à Nunciatura Apostólica, consulado do Vaticano em Brasília e responsável pela ordenação de religiosos, sobre a sagração promovida no município de Nova Friburgo (Região Serrana do Rio) na quinta-feira pelo bispo britânico d. Richard Williamson, de 75 anos. No Mosteiro de Santa Cruz, o adepto da corrente de católicos tradicionalistas nomeou bispo o padre francês Jean-Michel Faure, de 73 anos.

O ato cometido é motivo para excomunhão imediata dos dois envolvidos, como está previsto no Código de Direito Canônico. A Diocese informou que o mosteiro "não é vinculado à Igreja Católica, muito menos agora com esta situação". "Trata-se de uma comunidade cismática", divulgou a Diocese. Procurada pela reportagem, a Nunciatura Apostólica respondeu que o núncio Giovanni d'Aniello encontra-se no exterior. Informou ainda que "não pode responder por pessoas que não estão em comunhão com a Igreja Católica" e tudo "já foi feito através da Diocese" e que não há "mais nada a comentar".

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"Não há nenhum problema (em sermos excomungados), porque entendemos que é uma reação perfeitamente inválida. Para nós não surte nenhum efeito", disse Faure, logo após a cerimônia de sagração, totalmente celebrada em latim e de costas para o público. "É provável que haja alguma reação do Vaticano, mas não temos preocupação nenhuma, porque há meses pensamos sobre a situação e tomamos essa decisão", acrescentou o religioso.

O Vaticano será desobedecido por Williamson mais uma vez no sábado, quando às 9h será ordenado padre o nicaraguense André Zelaya de León, um dos nove monges que vivem no mosteiro. Mesmo com a dupla infração, o teólogo e professor da PUC-SP Fernando Altemeyer destaca que o papa Francisco está "acima da lei" e pode perdoar os religiosos, contrariando o direito canônico. "A maior parte das palavras dele são de compaixão. Acho que ele vai tentar um diálogo, o problema é um diálogo sobre o leite derramado."

Os católicos tradicionalistas, corrente à qual pertencem Williamson e Faure, defendem a manutenção de ritos e práticas anteriores ao Concílio Vaticano II, concluído em 1965, quando houve uma reforma na Igreja Católica. A dissidência foi fundada pelo arcebispo francês Marcel Lefebvre (1905-1991), adversário de mudanças na Igreja Católica. Em junho de 1988, sem o consentimento do papa João Paulo II, Lefebvre, líder da Fraternidade Sacerdotal Pio X, ordenou bispos Williamson e mais três padres. Os cinco foram excomungados. Em 2009, o então papa Bento XVI cancelou a decisão.

Excomungado da Igreja Católica em 1988 pelo papa João Paulo II e readmitido em 24 de janeiro de 2009 pelo papa Bento XVI, o bispo tradicionalista inglês d. Richard Nelson Williamson, de 75 anos, ordenará bispo, à revelia do Vaticano, o religioso André Zelaya de León. A solenidade acontecerá às 9h de sábado no Mosteiro da Santa Cruz, em Nova Friburgo, cidade na Região Serrana do Rio.

O ato reacenderá um cisma na Igreja Católica e, conforme o Código de Direito Canônico, implicará na excomunhão automática de Williamson e do religioso que será ordenado bispo. Em nota, o bispo da Diocese de Nova Friburgo, Edney Gouvêa Mattoso, classifica o ordenamento como "desobediência em matéria gravíssima" e conclama os fiéis a "não apoiarem de modo algum essa ilegítima ordenação episcopal e as consequências que dela advirão". "A ilegítima ordenação episcopal ora em causa será uma desobediência ao papa em matéria gravíssima, num tema de importância capital para a unidade da Igreja, a ordenação dos bispos, mediante a qual é mantida sacramentalmente a sucessão apostólica. Tal ato ilegítimo leva a uma rejeição prática do Primado do Romano Pontífice, constituindo mesmo um ato cismático, com pena de excomunhão automática", afirma d. Edney.

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Na nota, o bispo de Nova Friburgo diz que o Vaticano será informado caso a ordenação se realize. "Penso poder garantir em nome de todo o clero, religiosos e fiéis leigos ao (...) papa Francisco, o primeiro a quem compete a tutela da unidade da Igreja, a nossa filial união e obediência, em especial nesse doloroso momento. Para tanto, enviarei uma carta para Sua Santidade." Ordenado padre em 1976, Williamson, de 75 anos, integra a corrente católica que foi liderada pelo arcebispo francês Marcel Lefebvre (1905-1991), resistente às reformas instituídas pelo Concílio Vaticano II, entre 1961 e 1965. Em 1970, Lefebvre fundou a Fraternidade Sacerdotal São Pio X, que segue a doutrina católica anterior ao Concílio. Em 30 de junho de 1988, sem consentimento do papa João Paulo II, ele ordenou bispos Williamson e mais três padres. O ato foi considerado ilícito pelo Vaticano, que excomungou os cinco.

Rompida com o Vaticano, a Fraternidade Sacerdotal continuou funcionando como entidade religiosa, tendo Williamson como um de seus bispos. Hoje, a instituição está presente em 31 países. Além de combater o Concílio, Williamson é famoso pelas frases polêmicas: ele nega o número de judeus mortos na 2ª Guerra Mundial e diz que os ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA foram obra do próprio governo norte-americano.

Em 2009, liderado por Bento XVI, o Vaticano se reaproximou da Fraternidade Sacerdotal e anulou as excomunhões de 1988. Williamson resgatou a condição de bispo, mas sem o poder de realizar atividades inerentes ao bispado católico, como as ordenações. O bispo d. Fernando Arêas Rifan, membro da Administração Apostólica Pessoal S. João Maria Vianney, em Campos dos Goytacazes (município no Norte Fluminense), também condena a ordenação. Ele se autointitula representante da doutrina tradicional. "Estou em comunhão com o bispo d. Edney. O Mosteiro de Santa Cruz está sob a jurisdição do bispo de Friburgo. Está errada essa atitude de d. Richard. Ele está em uma atitude cismática."

De 1991 a 2002, o grupo de sacerdotes do qual Rifan faz parte permaneceu em situação episcopal irregular por ter sido ordenado por bispos ligados a Williamson. No papado de Bento XVI, a divisão foi sanada e os sacerdotes estão integrados à Diocese de Campos, embora mantenham práticas tradicionais da Igreja, como celebrar missas em latim. Segundo Rifan, o mosteiro em Friburgo é um dos poucos redutos tradicionalistas, que aceitam uma ordenação irregular como a que será praticada por Williamson.

Libby Lane se tornou nesta segunda-feira a primeira mulher bispo da Igreja da Inglaterra, anglicana, em uma cerimônia de ordenação realizada na grande catedral gótica de York, no norte.

Elizabeth Jane Holden Lane, de 48 anos, é a nova bispa de Stockport, e a primeira mulher a assumir esta função desde 1534, quando o rei Henry VIII fundou a Igreja da Inglaterra, a primeira da Igreja anglicana.

A Igreja da Inglaterra nomeou nesta quarta-feira (17) Libby Lane a primeira mulher para o cargo de bispo em 500 anos de história. O anúncio da escolha de Lane para a função aconteceu cinco meses depois de a igreja encerrar uma longa discussão, resolvida pelo voto, que permitiu que mulheres atuem como bispos.

Lane, que qualificou sua promoção a bispo de Stockport "uma alegria inesperada", marcou seu primeiro ato após a nomeação liderando uma oração pelas vítimas do massacre do Taleban numa escola no Paquistão. "Estou muito consciente de todos os que vieram antes de mim, mulheres e homens, que por décadas esperaram por este momento", declarou.

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O arcebispo da Cantuária, Justin Welby, que conseguiu elevar a participação das mulheres na liderança da igreja, disse estar "absolutamente encantado" como a indicação. O primeiro-ministro David Cameron declarou que se trata de "uma nomeação histórica e um passo importante para a igreja na direção de maior igualdade em posições importantes".

Lane foi ordenada em 1994 e foi uma das primeiras mulheres a se tornar clérigo da igreja anglicana. Sua biografia, no site da igreja St. Peter's Hale, onde ela atua, diz que seus interesses incluem "aprender a tocar saxofone, torcer para o Manchester United, ler e fazer palavras cruzadas".

A comunidade mundial anglicana, composta por 80 milhões de fiéis e cujos integrantes englobam desde evangélicos conservadores a partidários do casamento gay, é bastante dividia a respeito do papel da mulher na liderança da igreja.

A Igreja Episcopal dos Estados Unidos foi a primeira integrante desta comunidade a ter uma mulher atuando como bispo e atualmente é liderada por uma mulher.

A assembleia nacional da Igreja Anglicana, o Sínodo Geral, votou e aprovou a medida em julho, após o fracasso de uma tentativa anterior realizada dois anos antes. Lane será ordenada no mês que vem como bispo sufragâneo, ou seja, subordinada a um bispo diocesano. Fonte: Associated Press.

O bispo de Bauru, dom Caetano Ferrari, recorre aos santos e orienta os padres de sua diocese para rezarem pedindo chuva para a região. A campanha de oração já está sendo seguida pelos padres há dois dias. A previsão é de que a chuva continue nos próximos dias na região, segundo os meteorologistas.

Bauru e outras três cidades próximas convivem com o racionamento de água. Em Bauru, 130 mil de 150 bairros abastecidos pelo rio Batalha - responsável por 40% da cidade, de 360 mil habitantes - recebem água dia sim, dia não. E o desabastecimento também atinge outros bairros, na parte mais alta da cidade, onde até estabelecimentos comerciais estão fechando por falta de água.

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Na noite desta segunda-feira, moradores interditaram a Avenida Castelo Branco, colocando fogo em madeira e pneus, para protestar contra o desabastecimento. "A situação em Bauru está dramática, os fiéis têm reclamado muito, por isso, estamos pedindo aos padres de nossas 41 paróquias que promovam orações e orientem seus fiéis a rezarem pedindo a bênção da chuva", contou dom Caetano.

"Estamos pedindo a São Pedro, que tem as chaves, para abrir as portas e nos enviar uma boa chuva. E também pedimos a Santa Terezinha para que nos façam merecedores das graças da natureza e nos mande chuva para acabar com esta seca terrível", comentou.

Segundo o bispo, os padres já iniciaram neste fim de semana as orações e cabe a cada um fazê-las da maneira como quiser. "Eles escolhem o tipo de liturgia que mais lhes agradam", diz. Dom Caetano está animado: "Parece que já está dando resultado, porque as nuvens escureceram e vem chuva boa por aí".

Previsão

O Instituto de Pesquisas Meteorológicas, da Universidade Estadual Paulista (Ipmet/Unesp), prevê que esta sexta-feira seja um dia chuva. "Deve chover entre 30 e 40 milímetros o dia todo em todo o município", diz o meteorologista do Ipmet José Carlos Figueiredo. "A chuva deve chegar entre a noite e a madrugada e durar o dia todo", completa. Segundo ele, uma das causas da estiagem foi a falta de chuva nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro deste ano. "Estamos há dez anos recebendo chuva abaixo da média anual", diz.

Enquanto os religiosos recorrem aos céus, vereadores de Bauru pedem a decretação de estado de emergência, mas a proposta foi rejeitada pelo prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB). Segundo a Prefeitura, o sistema de abastecimento precisa de obras que deveriam ter sido feitas anos atrás.

O bispo Max Davis, representante sênior da Igreja Católica na Austrália, renunciou a seu cargo após ser acusado de abusar sexualmente de um aluno em 1969, informou o Ordinariado Militar Católico da Austrália. Na época, ele lecionava na escola católica St. Benedict, e atualmente chefia a diocese militar da igreja na Austrália.

A polícia local se limitou a informar que acusou um homem de 68 anos na sexta-feira por assediar sexualmente um garoto de 13 anos. Sem identificar o homem, a polícia disse que o acusado enfrenta três acusações por tratamento indecente a crianças com menos de 14 anos.

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Davis negou as acusações e renunciou ao cargo enquanto o tribunal lida com o caso. Ele comparecerá a um tribunal de Perth em 25 de julho. Fonte: Associated Press.

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Decidir qual carreira irá seguir é um desafio para muita gente. Nem sempre aquilo que se escolhe acaba sendo o melhor caminho. Nas faculdades, é comum casos de desistência, ou pessoas que já tentaram várias graduações sem saber o que os deixam realmente felizes. Mas e quando acontece de alguém decidir abrir mão de uma carreira consolidada para se tornar padre? Por mais inusitado que pareça, é comum nos seminários ouvir a história de pessoas que deixaram família, trabalho e estudos, para se dedicar a vida religiosa. 

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Paulo deixou a vida de advogado para se dedicar ao sacerdócio

Paulo Dutra tem 32 anos e é formado em direito. Chegou a trabalhar em consultórios de advocacia e na Secretaria de Turismo do Estado como assessor, mas percebeu que, apesar de sempre gostar da área judicial, não se sentia completo. Foi na religião que Paulo se encontrou. “Você enxerga que onde está não é feliz, então eu atendi ao chamado. É uma busca de plenitude, de sentido”, conta. No Seminário de Olinda, no Alto da Sé, onde mora há dois anos, Paulo convive com outros jovens que desejam seguir uma vida arquidiocesana. “Meu caso é o que chamamos de vocação tardia. Aqui tem gente que chega com 12, 13 anos para começar uma preparação. Mas muitos aqui também deixaram a carreira, até noivados, para se dedicar ao sacerdócio”, comenta. 

Diferentemente de apenas trocar de profissão, a pessoa que deseja se tornar padre deve iniciar uma nova vida. “A igreja exige uma postura muito diferente. Você sai de casa, deixa a família. É uma decisão muito difícil. Mas não deixamos de manter contato, eu ainda torço pelo meu time, o Sport”, brinca Paulo. Para ele, a família apresentou resistência à escolha de seguir a vida da igreja. “Normalmente as pessoas acham bonito ter alguém na família que se torne padre, mas ela também espera uma descendência. Minha mãe foi contra a minha escolha”, diz.

Paulo também relata que há uma desistência muito grande, apontando que de cada três seminaristas, dois não se tornam padres. “O seminário é um momento de formação intelectual e de discernimento. Muitos desistem quando percebem que não estão no lugar certo”, conta.

Paulo na Missa dos Santos Óleos

Na tradicional Missa dos Santos Óleos, realizada sempre na quinta-feira da paixão, que abre a Semana Santa, Paulo participou do ritual. O momento é uma porta de entrada naquele mundo que pode ser seu futuro. Abdicar do luxo, dos prazeres seculares, para se tornar um padre é uma decisão muito corajosa, que exige muita reflexão. “Eu não sei por que estou aqui, mas eu preciso. Há uma frase de Dom Bosco que resume nosso pensamento. Ele dizia, ‘eu não disse que seria fácil, eu disse que valeria a pena’”, finaliza, antes de entrar para auxiliar o arcebispo em mais um momento litúrgico.

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