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A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) concluiu que o Projeto de Lei (5167/09) que visa impedir o casamento homoafetivo no Brasil é inconstitucional. O debate sobre a proposta considerada discriminatória pela instituição está na agenda da Comissão de Previdência da Câmara dos Deputados desta terça (10).

Regulamentada no Brasil há mais de dez anos, a união estável entre pessoas do mesmo sexo também é reconhecida pelos tribunais superiores. No entanto, o relator do PL, deputado Pastor Eurico (PL), entende que a Constituição Federal só reconhece como entidade familiar aquela formada entre um homem e uma mulher.

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“Não é razoável a proibição que referido projeto quer instituir, por ser segregacionista pretender que toda a parcela de uma população seja proibida de exercer o direito ao casamento civil em razão de sua orientação sexual ou identidade de gênero. E nem se diga que não haveria discriminação porque pessoas LGB+ poderiam se casar com pessoa do outro sexo ou gênero como incrivelmente se alega por vezes, porque o que se discute é a discriminação que existe a pessoa que deseja se casar civilmente com pessoa do mesmo sexo e é impedida de fazê-lo”, apontou a OAB, que ainda considerou o projeto como um "desperdício de tempo e dinheiro de contribuintes".

O texto foi escrito pela Comissão Nacional da Diversidade Sexual e de Gênero e subscrito pela Comissão Nacional de Direitos Humanos, com apoio de outras 25 comissões estaduais da diversidade. A iniciativa partiu de um pedido da Aliança Nacional LGBTI+ e da deputada trans Erika Hilton (PSOL).

"Os fundamentos pretensamente ‘constitucionais’ do PL 5167/2009 constituem, na verdade, visão simplória sobre um tema constitucional complexo, porque desconsideram lições basilares de hermenêutica jurídica e a própria jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, enquanto guardião da Constituição (CF, art. 102). Desconsideram a história institucional da jurisprudência constitucional do STF, que têm o dever de respeitar, pela citada imposição constitucional que atribui ao STF a guarda precípua da Constituição. Logo, ao invés de ‘ativismo judicial’, o que vemos aqui é um ‘ativismo legislativo’, por se tratar de Projeto de Lei que visa introduzir no país uma norma flagrantemente inconstitucional no ordenamento jurídico brasileiro. Um desperdício de tempo e dinheiro de contribuintes, pela instrumentalização do Congresso Nacional para discutir algo que, se aprovado, criará uma lei natimorta, por contrariar entendimento da Suprema Corte acerca do tema por mero inconformismo e não por ‘diálogo institucional’ constitucionalmente válido, já que fundado em inépcia constitucional”, frisou a comissão de Diversidade em outro trecho.

Jair Renan Bolsonaro deu sua versão sobre a intimidade da sua relação com o ex-assessor Diego Pupe. Prints expostos por Diego mostram mensagens atribuídas ao filho do ex-presidente em que ele se declara e convida para transar. Em entrevista a Léo Dias, Renan culpou a bebida e levantou a hipótese do envolvimento do PT com a polêmica.

A proximidade entre os dois começou a ser questionada depois que Pupe revelou ter um caso com Renan. Eles moravam juntos e Pupe dormia em um quarto ao lado do filho de Jair Bolsonaro. Após a divulgação de fotos dos dois abraçados, o ex-assessor publicou uma mensagem que teria recebido no WhatsApp.

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"Eu te amo, cara! Mas não termina comigo por conta disso, já não quer transar comigo e agora vem querer terminar, porra?  Vamos dar uma rapidinha antes da minha mãe acordar. Vem aqui no meu quarto, para de show, por favor", disse Renan na conversa.

LeiaJá também: Ex-assessor de Jair Renan afirma: ‘o que tivemos foi real’

Ele explicou que estava alcoolizado no dia da conversa e apontou que Diego pegou seu celular para forjar o envio da mensagem.

"Nesse dia específico eu estava bebendo, do dia 15 para o dia 16 de junho, e eu tomei um porre de me darem banho, me deram banho esse dia. Ele mencionou a Vivian [nas mensagens], a Vivian estava presente no dia, ela sabe do banho que me deram e que em seguida me jogaram na cama e foi aí que eu dormi. Provavelmente ele pegou meu telefone, viu que não tinha senha, fez o que fez, mandou a mensagem”, relatou.

Renan ainda disse que não excluiu a mensagem, pois não havia mais o trecho da conversa no aplicativo. “No dia seguinte eu acordei e não tinha essas mensagens. Hoje em dia você pode usar o telefone, mandar mensagem, apagar somente para mim e ficar com o print”.

Decepcionado pela exposição feita pelo ex-assessor, ele disse que ainda tenta entender os motivos dos vazamentos e levantou a hipótese do envolvimento do PT para abalar sua imagem. "Eu confiava nele. Ele era meu amigo. Não sei por que ele tá fazendo isso, não sei se é por conta de like, se é por conta de ficar famoso ou algo do tipo", disse.

"Tem um áudio em que ele fala com um conhecido meu falando que trabalha atualmente no governo. Talvez [ele] deve tá fazendo isso a mando do outro lado", indicou. 

Um estudo publicado na edição da Nature Ecology & Evolution dessa segunda (10) analisou o aumento da interação homossexual entre macacos rhesus da ilha de Cayo Santiago, em Porto Rico. O artigo produzido por cientistas do Imperial College London, no Reino Unido, indica possíveis benefícios desse hábito entre os grupos acompanhados. 

Cerca de 1.700 macacos que vivem na região foram monitorados por três anos. Durante o período, foram observadas 1.017 interações sexuais entre indivíduos do mesmo sexo, enquanto as realizadas com o sexo oposto foi de 722. 

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A estimativa é que 72% dos macacos machos acompanhados tiveram algum contato sexual com outro macho, enquanto as interações entre fêmeas do mesmo sexo foram de 46%. No entendimento dos cientistas, os machos que se relacionavam com o mesmo sexo também eram mais propensos a apoiá-los durante conflitos com outros indivíduos. 

O jogador tcheco Jakub Jankto se assumiu homossexual nesta segunda-feira (13), em um vídeo publicado nas suas redes sociais. O meio-campista recebeu apoio do Sparta Praga, clube em que está emprestado pelo Getafe. Após três horas da publicação, o vídeo conta com quase cinco milhões de visualizações.

“Olá, eu sou Jakub Jankto. Como todos, tenho minhas forças, minhas fraquezas. Tenho minha família, tenho meus amigos. Tenho meu trabalho, que há anos faço o melhor que consigo com seriedade, profissionalismo e paixão”, iniciou o meia de 27 anos.

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“Como todo mundo, também quero viver minha vida em liberdade, sem medos, sem violência, mas com amor. Sou homossexual e não quero mais me esconder”, finalizou.

Logo após o anúncio, o Sparta Praga, clube em que Jankto atua emprestado pelo Getafe, compartilhou o vídeo acompanhado de uma mensagem em apoio à decisão do jogador.

“Jakub Jankto falou abertamente sobre sua orientação sexual com a direção do clube, treinador e companheiros de equipe há algum tempo. Todo o resto diz respeito à sua vida pessoal. Sem mais comentários. Sem mais perguntas. Você tem o nosso apoio. Viva sua vida, Jacob. Nada mais importa”, afirmou.

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Em Pernambuco, 1% da população adulta, de 18 anos ou mais, se considera homossexual ou bissexual, o que equivale a 71 mil pessoas. O percentual de habitantes do estado que não sabiam ou se recusaram a responder foi de 0,4%, ou seja, 29 mil pernambucanos.

O levantamento divulgado nesta quarta-feira (25), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) com dados de 2019. Essa foi a primeira vez que o quesito orientação sexual foi considerado.

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Na média das capitais estaduais brasileiras, 2,8% da população acima de 18 anos se considera homossexual ou bissexual. No Recife, esse mesmo índice foi de 2,5%, que representa 31 mil pessoas. Os índices variaram de 5,1% em Porto Alegre a 1,5% em Salvador e Fortaleza.

O IBGE destaca que os percentuais obtidos para os estados e para as capitais não devem ser comparados, pois não são considerados significativamente diferentes entre si em função da margem de erro dessas estimativas.

Já no Brasil, cerca de 2,9 milhões de pessoas se declararam homossexuais ou bissexuais em 2019, o que correspondia a 1,8% da população adulta. 

Os que não quiseram responder somaram 3,6 milhões e 1,7 milhão de brasileiros não sabiam sua orientação sexual. A nível regional, 2,1% das pessoas adultas do Sudeste se declaram homossexuais e bissexuais, 1,9% no Norte e no Sul, 1,7% no Centro-Oeste, e 1,5% no Nordeste.

Em 2019, havia 159,2 milhões de pessoas de 18 anos ou mais no país, das quais 53,2% eram mulheres e 46,8% eram homens. Desse total, 94,8% se declararam heterossexuais; 1,2% homossexuais; 0,7%

"Chocando um total de zero pessoas", como ele mesmo brincou, o ator Marco Pigossi assumiu o relacionamento com o diretor italiano Marco Calvani, que mora em Nova York, nos Estados Unidos. Na foto compartilhada nessa quinta-feira (26), o artista caminha de mãos dadas com o companheiro em uma praia de Los Angeles.

A imagem foi publicada pelo italiano e postada por Pigossi nos Stories do Instagram. "Obrigado por isso", escreveu o Calvani na legenda do registro em celebração ao dia de ação de graças norte-americano. 

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Lançado em 2009 na TV Globo na novela "Caras e Bocas", Pigossi fez sucesso com os bordões "Choquei" e Tô rosa chiclete" do personagem Cássio. Ele participou de outras produções da emissora e recentemente fez o papel de um policial como protagonista da série "Cidade Invisível" da Netflix.

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Dois novos suspeitos, ambos menores, foram presos pela sua relação com o espancamento e assassinato no fim de semana passado de um jovem brasileiro homossexual no norte da Espanha, elevando para seis as detenções por este caso que comoveu o país, anunciou a polícia nesta sexta-feira (9).

"Duas novas detenções, ambos menores de idade e de nacionalidade espanhola, relacionadas ao homicídio de #Samuel, o que eleva a seis o número de detidos até o momento", tuitou a Polícia Nacional.

As detenções ocorrem um dia após uma quarta pessoa, de entre 20 e 25 anos, ser detida na quinta-feira (8), e das três primeiras prisões de três jovens - dois meninos e uma menina - na terça-feira, como supostos autores do crime de Samuel Luiz, um auxiliar de enfermagem de 24 anos que morreu no sábado após um espancamento na cidade de La Coruña.

Samuel Luiz foi encontrado inconsciente perto de uma casa de festas pelas agressões sofridas. Os serviços de socorro tentaram reanimá-lo durante horas, mas ele acabou falecendo no sábado pela manhã.

O jovem, de pai brasileiro e nascido no Brasil, foi agredido na rua por uma "matilha humana" ao longo de 200 metros e, de acordo com os primeiros elementos da autópsia, morreu por um traumatismo cranioencefálico grave causado por um chute na cabeça, informou a imprensa local.

Seu pai, Maxsoud Luiz, disse ao canal espanhol Antena 3 que seu filho se encontrava com três amigas no momento do ocorrido.

Segundo a polícia, os quatro primeiros detidos eram amigos entre si e não conheciam a vítima. As autoridades ainda não se aventuraram a afirmar que foi um crime de homofobia e mantêm todas as hipóteses abertas.

A investigação continua e o caso é mantido em sigilo sumário.

O crime desencadeou uma onda de indignação na Espanha e provocou manifestações em Madri, Barcelona e La Coruña, logo após o fim de semana do Orgulho LGBTQIAP+. Novas manifestações estão previstas para este fim de semana.

Seu círculo mais próximo afirma que os agressores agiram por pura homofobia e o agrediram a gritos de "marica".

Para se defender das acusações de preconceito, Renan Bolsonaro publicou uma homenagem a um homem negro que seria homossexual e teria lhe criado. Ele aproveitou o aniversário do seu 'pai de criação', identificado como Marcelão, e escreveu uma mensagem de agradecimento no domingo (20).

A revelação foi feita em um vídeo publicado na semana passada em que o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é questionado sobre ter preconceito contra negros, gays e nordestinos.

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Ele se distanciou das acusações e fez o anúncio sobre o homem que seria um de seus tutores na infância. “Domingo é aniversário do meu pai de criação. Ele é homossexual negro. Meu pai botou dentro da minha casa, da nossa casa pra cuidar de mim. No domingo é aniversário dele e vocês vão saber”, afirmou.

Como prometido, no último domingo (20), Renan fez o post e desejou felicidades a Marcelão, o qual chamou de apenas ‘grande amigo’.

“Marcelo, ao longo desses anos todos, você tem sido um grande amigo para mim. Você me ensinou muito, especialmente a como me tornar uma boa pessoa. Sua empatia e seu carinho são contagiantes, e eu serei eternamente grato a Deus por tê-lo colocado em nosso caminho. Que neste aniversário seu coração possa transbordar com o dobro da felicidade que você trouxe para nossa família! Obrigado por tudo! Parabéns! Felicidades…”, escreveu Renan, que incluiu uma foto dos dois no post.

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A Polícia Civil do Paraná (PCPR) divulgou a foto de um suspeito de três latrocínios contra homossexuais em Curitiba-PR e em Abelardo Luz-SC. Os crimes ocorreram entre 16 de abril e 4 de maio deste ano.

Segundo a Polícia Civil, José Tiago Correia Soroka é responsável pelas mortes de David Júnior Alves Levisio, em 27 de abril, e Marco Vinício Bozzana da Fonseca, em 4 de maio, ambos em Curitiba. Ele também é suspeito do latrocínio de Robson Olivino Paim, em 16 de abril, no município de Abelardo Luz.

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De acordo com a polícia, José Tiago ainda tentou matar outro homossexual em Curitiba. Na ocasião, a vítima conseguiu resistir ao ataque, mas teve alguns bens subtraídos.

"A gente está tratando o caso como o de um serial killer porque ele praticou três homicídios de maneira semelhante e com o mesmo perfil das vítimas em um curto espaço. Ele tem alguns distúrbios psicológicos, segundo informou a família, e tudo isso leva a crer que estamos diante de um assassino em série", disse o delegado Thiago Nóbrega, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), segundo o Uol.

As três pessoas assassinadas eram homossexuais e moravam sozinhas. As vítimas foram encontradas mortas na cama de suas residências com sinais de asfixia e tiveram pertences roubados.

O suspeito marcava os encontros por aplicativos de relacionamento. "Em um primeiro momento, o indivíduo trocava fotos com as vítimas e posteriormente se deslocava até a residência, ao chegar no o local as estrangulava. Após o sufocamento as cobria com cobertas", diz a polícia em nota.

Quem tiver informações sobre o suspeito pode entrar em contato com a Polícia Civil de forma anônima pelos telefones 197, 181 ou pelo 0800 643 1121.

Após ter postado que iria orar para que ator Paulo Gustavo fosse levado para junto de Deus, ou seja, que morresse. O pastor José Olímpio, da Assembleia de Deus de Alagoas, disse que foi mal interpretado ou não soube deixar claro o que queria dizer. Ouvido pelo LeiaJá, o religioso se defendeu das críticas, mas disse não estar arrependido da postagem, mesmo após toda a repercussão.

Nossa reportagem conseguiu contato com José Olímpio no fim da manhã desta quinta (15) e ouviu o pastor sobre a postagem. Segundo ele, a intenção era fazer uma crítica aos que pedem oração ou reza pela saúde de Paulo Gustavo, mesmo este sendo ateu.

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“Foi uma infelicidade. Eu deveria ter complementado para ser mais esclarecedor. Não desejo a morte de ninguém. Mas se você não acredita em Deus, como vai pedir oração para um ser que você não acredita”, justificou.

Nas entrelinhas, José Olímpio deixou claro que sua postagem foi feita com certa raiva do ator, por esse não crer em Deus, o que nunca foi dito com todas as letras por Paulo Gustavo.

“Amigos e parentes estão rogando oração para o ator, que por diversas vezes disse que é ateu e blasfema”, disse.

Por fim, José Olímpio revelou que perdeu familiares para a Covid-19 e reforçou que não deseja a morte de Paulo Gustavo.

“Não desejo a morte de ninguém. Deus é misericordioso para todos, mas Deus é justiça. Não me julgo melhor que ele. Se fosse assim, nós cristãos seríamos imortais. Perdi parentes e amigos bem chegados. Homens sérios e compromissados com a palavra”, disse.

Paulo Gustavo é ateu?

O humorista nunca deixou claro se acredita ou não em Deus, mas tem problemas com as igrejas. Assumidamente homossexual, Paulo é casado com Thales Bretas e já fez críticas porque nenhuma igreja aceita o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

“Quem escreveu essa Bíblia? Está desatualizado isso. Se Jesus Cristo fosse vivo hoje, estava no show de Pablo Vittar… Com certeza! Está todo mundo indo. Quem é que está mandando a gente pra cá? Eu, Pablo Vittar… Hoje em dia está nascendo um monte de bee, cheio de fluido. Quem está mandando os fluidos pra cá? Deus? Então por que não posso casar na Igreja? Tá errado. Casa logo eu, deixa de ser bobo, larga isso”, falou em vídeo postado no Instagram em 2018.

"Eu não queria mentir". Myo Min Tun é candidato às eleições de 8 de novembro em Mianmar e decidiu não esconder sua homossexualidade em um país onde as relações entre pessoas do mesmo sexo ainda são ilegais, embora a mentalidade dos cidadãos esteja evoluindo a esse respeito.

O partido de Aung San Suu Kye, a Liga Nacional para a Democracia (LND), não fez praticamente nada pelos direitos da comunidade homossexual desde que chegou ao poder em 2015, de acordo com várias associações.

A lei herdada da era colonial britânica, que pune as relações homossexuais com até dez anos de prisão, não é mais estritamente aplicada, mas ainda está em vigor e é amparada por inúmeras atitudes de discriminação e de assédio, segundo seus críticos.

Myo Min Tun decidiu se lançar na vida política quando seus amigos transexuais lhe contaram sobre a "humilhação e violência da polícia" que estavam sofrendo.

"Percebi que não havia ninguém no Parlamento para falar sobre tudo isso", disse o candidato à AFP.

Em plena campanha eleitoral para renovar o Parlamento e as assembleias regionais, este florista de 39 anos, que aspira a um cargo de vereador em Mandalay (centro), decidiu então mostrar abertamente sua homossexualidade.

"Estou fazendo isso para abrir caminho, para que todas as pessoas LGBT saibam que podemos ser o que quisermos ser", diz o candidato, que também se dedica ao combate à aids em uma ONG.

No ano passado, o suicídio de um bibliotecário, suposta vítima de assédio homofóbico em seu local de trabalho, causou um profundo choque na comunidade homossexual.

A investigação livrou seus patrões de qualquer tipo de responsabilidade e acabou descrevendo o jovem como "fraco mentalmente", o que mostra os preconceitos neste país conservador.

No clero budista, por exemplo, ser gay é visto como punição pelos pecados cometidos em uma vida anterior.

- Fim progressivo dos tabus -

Mianmar está atrás de outros países asiáticos, como a Índia, por exemplo, onde a homossexualidade foi descriminalizada em 2018, embora o tabu esteja caindo lentamente na sociedade.

A Miss Mianmar Swe Zin Htet, representante do país no concurso Miss Universo 2019, teve a coragem de assumir publicamente sua homossexualidade no ano passado, poucos dias antes do concurso.

Em fevereiro, mais de 10.000 pessoas participaram de várias manifestações em Yangun para exigir que a homossexualidade não fosse mais considerada um crime.

Mas, para Myo Min Tun, é prematuro travar essa batalha, e é melhor se limitar - por enquanto - às discriminações sofridas no dia a dia.

O candidato soube que era gay aos 14 anos, quando se apaixonou por um colega de classe. Seu pai, já falecido, nunca aceitou a ideia.

"Sempre estive envolvido na minha comunidade", diz o candidato, que se recusou a ser candidato pelo LND, embora a formação política tenha muitas possibilidades de permanecer no poder após as eleições. A votação foi mantida, apesar do aumento de casos de coronavírus.

O candidato preferiu concorrer com o Partido dos Pioneiros do Povo (PPP), que se opõe à "discriminação e trabalha pela juventude", diz.

Criado há um ano, esse movimento ainda é cauteloso, porém, em todas as questões relacionadas à orientação sexual.

"Pode haver muitas reações negativas, se apostarmos na descriminalização da homossexualidade. Não é algo que preocupa as pessoas", disse a líder do partido, Thet Thet Khine.

Efetivamente, "temos um longo caminho a percorrer", reconhece Myo Min Tun.

A 17ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte-MG condenou uma churrascaria a indenizar ex-empregada que foi desrespeitada no local de trabalho por ser homossexual. Segundo a ação, a proprietária do estabelecimento dizia que a funcionária tinha um jeito de andar "igual homem" e sugeria que usasse maquiagem e mudasse as roupas.

A mulher trabalhava como atendente e exercia suas atividades no salão da churrascaria. Ela relatou que a proprietária a envergonhava na frente dos colegas de trabalho.

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Uma testemunha confirmou as alegações da atendente. Ela relatou ter presenciado a dona da churrascaria sugerir a ex-empregada a "mudar o seu jeito de se vestir e andar, pois os clientes estavam reclamando dela".

De acordo com juiz Luiz Evaristo Osório Barbosa, que assinou a sentença, os fatos alegados causaram dor, sofrimento e humilhação. Para o magistrado, é clara a violação, tendo em vista a situação de angústia e o estado de abalo moral e psíquico ao qual a autora da ação se submetia. Ele condenou a churrascaria a indenizar a ex-funcionária em R$ 1,5 mil por danos morais. Não houve recurso ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e a sentença transitou em julgado.

A pesquisa divulgada nesta quinta-feira (27) pelo Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+) sobre a população LGBT e soropositiva nas unidades prisionais da Região Metropolitana do Recife (RMR) também apresenta um recorte sobre religião. Segundo o levantamento, os privilégios da religião evangélica muitas vezes consiste em problemas para a população LGBT encarcerada, que é taxada de promíscua. Foram levantados dados socioeconômicos de 110 presos.

O estudo aponta que grande parte da população entrevistada (35,3%) não adota uma religião e 23,5% tem o exercício religioso prejudicado, dos quais 12,9% corresponde a pessoas que adotam o candomblé. Os seguidores do candomblé são majoritariamente mulheres trans e travestis. A maior parte (41,2%) segue o cristianismo.

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"É muito comum nos presídios você encontrar pessoas andando com Bíblia, uma igreja, espaço para realização de culto", diz o advogado Lucas Enock, coordenador da pesquisa. "Existe uma predominância da religião de base cristã, principalmente evangélica e de linhas radicais, que preconizam a discriminação perante aquelas pessoas que não fazem parte daquele padrão heteronormativo. É comum os entrevistados falarem 'não posso exercer minha religião, porque sou chamado de macumbeiro, dizem que vão me agredir'", comenta Enock.

O GTP+ também verificou o acesso à hormonioterapia para pessoas trans e travestis. O grupo destaca que o tratamento hormonal é um importante instrumento garantidor da identidade de gênero e se relaciona com o direito à saúde, fisiológica e mental. 

De acordo com a organização, há diversas violações quanto ao direito do tratamento hormonal, como o não custeio do Estado para quem não pode bancar o tratamento e o impedimento de entrada dos medicamentos. "Diante desses percalços, as pessoas são obrigadas a custear os medicamentos, inserir o hormônio de forma autônoma no corpo sem qualquer acompanhamento médico. Ademais, é necessário introduzir os insumos medicamentosos de forma clandestina para dentro do estabelecimento penal", diz o texto.

Mais de 80% dos homens trans não recebem o tratamento. Cerca de 34,3% da população de homens trans, mulheres trans e travestis entrevistada responderam não fazer uso.

Sobre prevenção ao HIV e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), o levantamento indica que não há problemas em relação à quantidade de preservativos destinados aos presos. O problema é que nem todos possuem livre acesso ao setor de saúde das unidades, geralmente necessitando de autorização de chaveiros e profissionais concessionados.

Quase 40% dos entrevistados informaram não utilizar preservativos regularmente. Muitos disseram não fazer uso de preservativo com seus companheiros, baseados em relação de confiança. Outros alegaram não gostar de utilizar. Outra questão ligada à transmissão do HIV é a livre realização de tatuagens pelos próprios presos, feita sem utilização de material adequado e descartável.

No tópico de emprego, as pessoas LGBT entrevistadas reclamaram da ausência de oportunidades. Essa população geralmente consegue atividades domésticas, como faxina e lavagem de roupas. Muitas dessas pessoas, principalmente mulheres trans e travestis, também se prostituem. Além dessas atividades não contarem para diminuição de pena, as retribuições costumam ser mínimas, servindo algumas vezes para troca por materiais de higiene e droga.

O ministro da Saúde de Israel, Yaakov Litzman, foi diagnosticado com a Covid-19 após declarar que a pandemia era um "castigo" para os homossexuais. O líder também é acusado de violar as recomendações de distanciamento social da sua própria pasta para participar de cultos. Sua esposa também foi testada positivo.

Litzman também é o principal representante do partido ultra-ortodoxo do Judaísmo da Torá Unida. Três dias após a proibição dos serviços internos, testemunhas relataram que o viram realizando orações na casa de outro membro, de acordo com o The Times of Israel.

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No entanto, assessoria nega que ele tenha quebrado as próprias determinações de distanciamento social. Após confirmada a infecção, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e parte do governo israelense precisaram entrar em quarentena por 15 dias.

Durante um discurso em março, o ministro declarou que o novo coronavírus "é um castigo divino contra a homossexualidade". Em 2016, ele já havia reforçado seu conservadorismo ao votar contra demandas de inclusão à população LGBT, entre elas: o casamento e uniões civis, adoção de crianças ou recebimento de benefícios após a morte do companheiro.

Em um livro-entrevista publicado na Itália nesta terça-feira (11), o papa Francisco critica a "teoria de gênero" que, segundo afirma, "quer minar a humanidade em todas as variações educacionais possíveis". Além disso, Francisco se coloca em sintonia com o pensamento do papa polonês João Paulo II no que diz respeito ao ensinamento sobre o celibato na igreja. 

Marcado como um papa nada tradicional, Francisco afirma no livro "San Giovanni Paolo Magno" que suas observações sobre a "teoria de gênero" não se referem de maneira alguma aos homossexuais, que são bem-vindos à Igreja Católica. 

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"Minha referência é mais ampla e se refere a uma perigosa raiz cultural. Ela se propõe, de forma implícita, a destruir o projeto de Deus para a criação que Deus quis para cada um de nós: a diversidade, distinção. Quer converter tudo em homogêneo, neutro. É um ataque à diferença, à criação de Deus e a homens e mulheres", esclarece o pontífice.

Francisco continua sua avaliação sobre o assunto dizendo que "na teoria de gênero se quer impor uma ideia à realidade, de maneira sutil. O objetivo é minar a base da humanidade em todos os âmbitos e em todos os programas educativos possíveis, e está se convertendo em uma imposição cultural que, em vez de nascer de baixo é imposta do alto por alguns Estados como único caminho cultural possível a se adequar", declara Francisco.

Sobre o celibato, a Gazeta do Povo mostra que o líder máximo da Igreja Católica se referiu à condição como uma "graça". "Estou convencido de que o celibato é um dom, uma graça e, seguindo os passos de Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI, sinto fortemente a obrigação de pensar no celibato como uma graça decisiva que caracteriza a Igreja Católica Latina. Repito: é uma graça", pontua o papa.

Um homem identificado como Célio Santos, de 26 anos, denunciou um motorista de aplicativo à Polícia Civil por homofobia. A vítima relata que quando o carro chegou, o condutor perguntou perguntou se o rapaz era homossexual. "Ele perguntou: você é gay? Eu disse que era e ele então falou: não carrego gay no meu carro. Ele fechou o vidro saiu e me deixou falando sozinho", revela Célio.

O caso aconteceu em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, na última sexta-feira (8). A vítima aponta que entrou em contato com a empresa responsável pelo serviço, que o orientou a registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil. "Nunca imaginei que eu fosse passar por uma situação dessa", disse o jovem ao G1.

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O site aponta que a empresa que presta o serviço afirmou que recebeu o relato do rapaz e que o motorista foi suspenso. Além disso, o aplicativo de transporte de passageiros salienta que não compactua com a discriminação e que está disposta a colaborar com as investigações da polícia.

Depois que um vídeo íntimo entre um casal gay repercutiu nas redes e os internautas apontarem que Jerry Smith seria uma das pessoas no vídeo, o cantor procurou a delegacia para prestar queixa. A assessoria de imprensa do funkeiro aponta que os advogados de Jerry já foram acionados e já estão tomando todas as medidas judiciais cabíveis. O vídeo em questão mostra dois homens gays transando e a aparência de um deles com o Jerry fez com que o nome do cantor ficasse entre os assuntos mais comentados nesta última sexta-feira (24).

A assessoria do artista enviou um comunicado sobre o assunto ao jornal O dia. "O cantor Jerry Smith repudia veementemente qualquer tipo de discriminação, em especial, relacionada a opção sexual das pessoas. Entretanto, tem sido veiculada por uma pequena parcela da imprensa sensacionalista e não comprometida com a verdade, um vídeo onde dois homens se relacionam intimamente, sugerindo que um deles seria o cantor Jerry Smith, o que, não é verdade. Trata-se de fake News", afirma a assessoria.

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Além disso, a equipe do cantor aponta na nota que "tão importante quanto a liberdade de expressão, também é o direito a intimidade de qualquer cidadão que, neste momento  em relação ao cantor Jerry Smith, tem sido sórdida e covardemente devassada pela proliferação de um vídeo atribuído a ele, que não condiz com a verdade".

Um russo que havia entrado com um processo contra a Apple por danos morais, argumentando que um aplicativo do iPhone o tornou homossexual, retirou sua denúncia nesta quinta-feira (17) depois de uma primeira audiência em Moscou, a fim de preservar seu anonimato.

O autor da ação havia pedido uma indenização de cerca de US$ 15 mil por danos morais e psicológicos, depois de ter recebido uma criptomoeda chamada "GayCoin" por meio de um aplicativo do smartphone, no lugar dos bitcoins que havia comprado.

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Após uma primeira audiência realizada a portas fechadas e na qual o denunciante não esteve presente, a advogada anunciou que seu cliente retirava a denúncia em razão do interesse midiático.

"Concluímos que era necessário encerrar o caso, porque a próxima audiência seria pública e suas informações pessoais seriam divulgadas", afirmou a advogada à AFP.

Em sua denúncia, o homem explicava que fez o download de um aplicativo de criptomoedas na Apple Store e recebeu uma transferência de 69 "GayCoins" com uma mensagem que dizia "Não julgue antes de testar".

"Decidi testar as relações sexuais. Dois meses depois, iniciei uma relação íntima com uma pessoa de mesmo sexo e agora não consigo voltar atrás", explicou. "Tenho um namorado estável e não sei como explicar isso a meus pais. Minha vida mudou para pior e nunca mais voltará a ser normal", acrescentou.

Os representantes da Apple na Rússia ainda não responderam aos contatos da AFP. A Rússia se caracteriza pela homofobia e pelos frequentes ataques contra membros da comunidade LGTBIQ. Em 2013, foi aprovada uma lei contra "a propaganda gay".

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nomeou nesta quarta-feira (5) o deputado do Likud Amir Ohana, abertamente homossexual, à frente do Ministério da Justiça.

É a primeira vez na história do país que uma pessoa abertamente homossexual chega a um cargo ministerial no país.

Israel é considerado um país pioneiro na defesa dos direitos de gays e lésbicas, embora a homossexualidade continue sendo um tabu em meios religiosos, importantes parceiros do governo de Benjamin Netanyahu.

Os israelenses irão às urnas novamente em 17 de setembro, diante da impossibilidade de Netanyahu de formar um governo. As pesquisas de opinião voltam a dar vantagem aos conservadores.

"O deputado Amir Ohana é um jurista que conhece perfeitamente o sistema judiciário", diz o comunicado oficial que anuncia sua nomeação.

Jerusalém abriga nesta quinta-feira à noite a 18ª edição da parada do "Orgulho Gay", sob um forte esquema policial.

A marcha de 2015 foi ofuscada pelo assassinato de um adolescente de 16 anos, esfaqueado por um judeu ultraortodoxo.

O corpo de um jovem, que era homossexual, foi encontrado esquartejado nessa terça-feira (29), dentro de um saco, em um açude na zona rural do município de Presidente Médici, Região Oeste do Maranhão. Ele estava desaparecido desde a madrugada do último sábado (26). 

De acordo com as autoridades, o corpo de Ildivan Silva Farias, conhecido como Nensin, foi encontrado sem a cabeça. A vítima teve que ser identificada por familiares, que o reconheceram pelas roupas que vestia. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML), em São Luís, capital do Estado. 

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As informações da polícia ainda apontam que o suspeito, identificado como Valber Bezerra, conhecido como Seu Jorge, segue foragido e foi visto com a vítima em um bar da localidade, na noite dessa sexta-feira (25). As investigações tentam descobrir a motivação do crime.

Confira a nota da prefeitura

Em nome da Prefeitura Municipal de Presidente Médici, a prefeita, Ilvane Freire Pinho, o vice-prefeito, Jack Sandro Pinheiro Aroucha, e toda equipe Administrativa se solidarizam com a família e amigos pela tragédia e barbaridade que levou a morte do jovem Ildivan Silva Farias, mas conhecido como Nensin, ocorrido na madrugada de sábado do dia 26 de janeiro, na cidade de Presidente Médici, Maranhão.

Neste momento de dor, nos solidarizamos com seus familiares externando nosso voto de pesar pela grande perda do jovem.

Em face dessa inestimável perda, a gestão, informa que estar de prontidão para atender a família no que for necessário.

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