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Uma festa que deveria ser um momento de lazer para a população de Cajazeiras, na Paraíba, acabou em confusão. Jogadores de futebol do Clube Atlético de Cajazeiras  e o vereador Neguinho do Mondrian (PSD) são acusados de agredir um homossexual que diz ter sido alvo de homofobia. 

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“Eu estava em uma partida de futebol do time quando disse para minha amiga se valorizar, pois ela estava dando mole para os jogadores. Ela não gostou do que eu falei e comentou para os jogadores que eu espalhava ter ficado com todos eles. Essa afirmação inverídica não foi bem aceita pelos jogadores e eu comecei a ser ameaçado”, explicou Widemir Moraes Torres, o Tim. 

Ele aponta que as ameaças foram cumpridas durante uma festa na cidade, na madrugada do domingo (5). “Na festa eu fui cumprimentar os jogadores e um deles disse que não iria prestar se eu ficasse lá. Quando dei as costas para ir embora, começaram as agressões e eu nem vi quem iniciou”, detalha. 

Segundo a vítima, foi necessária a presença da polícia e o uso de spray de pimenta para apartar a briga. Outra vítima, Lila Melo, amiga de Tim, também foi agredida ao tentar ajudar. “Eles enfrentavam a polícia e o tempo todo faziam ameaças. Hoje nós tememos pela nossa segurança porque, se eles fizeram isso diante dos policiais, imagina na rua quando estivermos sozinhos?”. 

Segundo Tim, um Boletim de Ocorrência foi feito, mas não foi incluído todos os detalhes ditos pelas vítimas. Ele também alega haver envolvimento do vereador Neguinho do Mondrian na confusão.

O político explicou que o caso não aconteceu deste modo. Ele afirma terem sido provocados por Tim durante a festa e, daí começaram as agressões. Neguinho do Mondrian ainda alega não haver ligação com homofobia na ocasião. “Brigar com gay não é homofobia, mas bater é”, alega apontando não ter havido agressão contra o homossexual. O vereador informou estar tomando todas as providências cabíveis para o caso.

A palavra se repete várias vezes: medo. Se antes era difícil para uma pessoa sair do armário, com Donald Trump no poder o temor se multiplica.

Desde que o magnata republicano foi eleito, em novembro, os telefones da Trevor Project, uma organização que ajuda jovens LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexuais) em situação de depressão ou suicida, não param de tocar.

No dia seguinte à eleição, eles receberam 400 contatos, entre ligações e mensagens em suas plataformas virtuais - o maior número registrado em um mesmo dia.

"Antes da campanha, desta eleição, as pessoas se sentiam empoderadas, porque o caminho traçado depois [da aprovação] do casamento gay era de mais abertura e mais segurança em termos de leis e políticas públicas", explicou à AFP Steve Mendelson, diretor-executivo interino da Trevor Project, que atende cerca de 100.000 pessoas por ano, a maioria jovens com menos de 25 anos.

"Agora há um discurso que leva a comunidade a ter medo, a pensar que não podem sair do armário", acrescentou.

E com um Congresso republicano aos pés do novo governo conservador, o temor na comunidade LGBTI é generalizado.

Reverter o casamento homossexual? Terapia de conversão para mudar a orientação sexual de crianças? Mais discriminação?

"Esta vai ser a luta de nossas vidas, estaremos na resistência", advertiu Camilla Taylor, conselheira sênior para a Lambda Legal, uma ONG dedicada à defesa dos direitos civis da comunidade LGBTI.

- Terapia de conversão -

"Farei tudo que estiver ao meu alcance para proteger nossos cidadãos LGBTI da violência e da opressão de uma ideologia estrangeira de ódio", prometeu Trump na campanha, pouco depois do atentado de junho de 2016 a uma casa noturna gay em Orlando, no qual morreram 49 pessoas.

Mas o discurso foi eclipsado pelas nomeações para seu gabinete.

"Penso que devemos julgar quem ele é e no que ele acredita baseados no que ele faz, e o que ele fez até agora foi nomear o gabinete mais cheio de ódio e anti-gay que se pode imaginar", disse Taylor à AFP.

O vice-presidente Mike Pence, por exemplo, sempre votou no Congresso contra o casamento gay e contra leis de combate à discriminação de homossexuais. E, embora ele negue, há relatos de que o republicano apoia a terapia de conversão.

Além de Pence, o procurador-geral e a secretária de Educação de Trump também têm uma longa trajetória anti-LGBTI, ressaltam os ativistas.

Jim Obergefell, o viúvo que liderou o processo coletivo que levou à legalização do casamento homossexual em 2015, disse que é difícil que a Suprema Corte reverta sua decisão. Para isto, seria necessário uma "tempestade perfeita", que é muito improvável.

Contou, porém, que teme que sejam criadas políticas que afetem a comunidade ou que as leis antidiscriminação sejam invalidadas.

- Coisas em comum -

A Trevor está aberta o ano todo, 24 horas por dia. A operação se divide entre Los Angeles e Nova York, com voluntários especialmente treinados.

A maioria das ligações vêm do sul do país (34%), muito conservador e onde a religião ainda tem um grande peso.

"Ninguém liga pela política em si, mas pelo efeito da retórica que é usada na política", disse David W. Bond, psicoterapeuta e vice-presidente de projetos desta organização.

Os meninos buscam apoio, alguém que os deixe desabafar. "Se tivessem um amigo ou um avô que os escutasse, não precisariam ligar para um desconhecido", acrescentou.

Desde a eleição, a Lambda e outras organizações, como o Centro LGBTI de Los Angeles, intensificaram sua assistência legal a pessoas transgênero que queriam mudar sua identidade antes do novo governo Trump, que vai tomar posse na sexta-feira.

E quando Trump já estiver no poder, uma minissérie sobre a luta pelos direitos homossexuais nos Estados Unidos será transmitida com sinal aberto: "When we rise" (Quando nos levantamos), de Dustin Lance Black, ganhador do Oscar pelo roteiro do aclamado filme "Milk".

A série, de sete episódios e que será emita a partir de 27 de fevereiro, é uma adaptação da autobiografia de Cleve Jones, ativista dos direitos dos homossexuais e da luta contra a Aids.

"A escrevi para essa outra América, para que possa dizer 'ei, temos mais em comum do que vocês pensam'", disse Black, que nasceu em uma família conservadora.

O bispo de Grantham se converteu no primeiro da poderosa Igreja anglicana da Inglaterra a revelar sua homossexualidade, em uma entrevista publicada neste sábado (3) no jornal britânico The Guardian. Nicholas Chamberlain explica que tomou a decisão de falar em público de sua orientação sexual porque um jornal cujo nome não mencionou ameaçava revelá-la.

"Não foi minha decisão tornar uma grande história esta saída do armário", declarou. "As pessoas sabem que sou gay, mas não é a primeira coisa que eu digo às pessoas. Minha sexualidade forma parte de mim, mas é em meu ministério que quero me concentrar".

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Chamberlain esclarece que a Igreja estava ciente quando o designou para o cargo, em novembro do ano passado. "Eu era eu mesmo. Os que me nomearam sabiam da minha identidade sexual". Justin Welby, arcebispo da Igreja de Canterbury e líder espiritual dos anglicanos de todo o mundo, ressaltou em um comunicado que "sua sexualidade não tinha nenhuma relação com suas funções".

"Estou perfeitamente ciente da relação que o bispo Nick mantém há muitos anos", afirmou. "Sua indicação como bispo de Grantham foi decidida com base em suas qualidades e sua capacidade de servir à Igreja".

Um porta-voz eclesiástico acrescentou que seria injusto excluir os aspirantes ao episcopado em função de sua orientação sexual. Na entrevista, o bispo de Grantham descreve seu parceiro: "É leal, carinhoso e pensamos da mesma forma. Desfrutamos a companhia do outro e compartilhamos nossas vidas", afirmou.

A saída do armário do monsenhor Chamberlain é um ato de "incrível coragem", celebrou no Twitter Ruth Hunt, responsável da Stonewall, uma organização de defesa dos direitos das pessoas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais).

A Igreja da Inglaterra é a mãe da comunidade anglicana, que conta com 85 milhões de fiéis em todo o mundo. Em 2005, autorizou os homens e mulheres homossexuais unidos no civil a se tornarem sacerdotes e em 2013 acabou com a proibição de que fossem ordenados bispos.

A questão, no entanto, segue dividindo esta Igreja, opondo os setores mais liberais, nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, e os mais conservadores, majoritários em países como Quênia, Nigéria ou Uganda, que ameaçaram se desligar da Igreja da Inglaterra se ela continuar pressionando contra a lei anti-homossexualidade ugandesa.

A Marinha de Guerra americana batizará um de seus navios com o nome de Harvey Milk, pioneiro da causa homossexual assassinado em 1978 em San Francisco.

Harvey Milk é apelidado de "Martin Luther King gay" por seu papel de catalizador e organizador na luta contra as discriminações e pelo direito dos homossexuais de viver sua identidade publicamente.

Ele foi vivido por Sean Penn no filme "Milk, a voz da igualdade", que ganhou o Oscar de melhor ator em 2009. "Posso confirmar que a Marinha informou ao Congresso sobre sua intenção de batizar um novo petroleiro reabastecedor de esquadra como USNS Harvey Milk", declarou uma fonte da instituição, confirmando informações do site USNI News.

O prefixo USNS significa que o navio pertence à Marinha americana, mas que se trata de um barco de apoio, dotado em geral de uma tripulação civil, invés de um navio de combate.

Segundo o USNI News, site de informações marítimas, o atual secretário da Marinha, Ray Mabus, quer dar os futuros petroleiros de reabastecimento os nomes de líderes dos direitos civis do país.

O primeiro barco desse tipo recebeu o nome de John Lewis, ex-companheiro de luta de Martin Luther King, que agora é representante do estado da Geórgia no Congresso americano.

O Parlamento italiano aprovou nesta quarta-feira com um voto de confiança a lei que legaliza a união civil entre casais homossexuais, um direito que já existe na maioria dos grandes países da Europa ocidental. A lei foi aprovada por 369 votos a favor e 193 contra na Câmara dos Deputados, depois de ter sido aprovada em fevereiro pelo Senado, convertendo-se definitivamente em lei do Estado.

A nova lei estabelece um status para os que convivem - tanto heterossexuais quanto homossexuais - e cria para os casais homossexuais uma união civil particular classificada de "formação social específica". O texto estabelece ajuda recíproca moral e material, a pensão de sobrevivência, o visto de residência para o cônjuge estrangeiro e também a possibilidade de adquirir o sobrenome do companheiro.

Depois de dois anos de negociações e de semanas de intenso debate no Senado, o governo decidiu submeter a lei ao voto de confiança e evitar qualquer mudança no texto. "Hoje é um dia de festa para muitas pessoas. Sobretudo para aquelas que se sentem finalmente reconhecidas, para todas aquelas que, depois de muitos anos, contam com direitos civis, de verdade civis", comentou o primeiro-ministro, Matteo Renzi, no Facebook.

"Escrevemos outra página importante para a história da Itália que queremos. Por isso submetemos a lei ao voto de confiança, não era possível adiar novamente após anos de tentativas frustradas", comentou.

O projeto foi impulsionado pelo governo de centro-esquerda liderado por Renzi, que se comprometeu a levar adiante a lei, mesmo com o preço de cortar a medida que permite que o casal gay adote filhos.

Colton Haynes é um dos grandes nomes no mundo do entretenimento jovem. Ele estourou como o Jackson Whittemore de Teen Wolf e acabou migrando para o elenco de Arrow, onde vivia Roy. Ambos papéis lhe trouxeram muita notoriedade, mas, mesmo assim, ele escolheu se afastar um pouco do meio.

Em entrevista à Entertainment Weekly, Colton explicou que estava sentindo sua saúde deteriorar e quis dar prioridade à isso. Colton conta que chegou à ir para a rehab. "Eu pedi para me afastar porque me importo mais com a minha saúde mental e física do que com a minha carreira. Eu tive ansiedade minha vida toda. Me sinto fisicamente doente, desmaiando. Eu tenho 27 anos e tenho uma úlcera, está na hora de dar um passo para trás."

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Além disso, Colton decidiu abrir o jogo sobre sua vida pessoal e assumiu ser homossexual. Apesar de rumores já circularem na mídia há um bom tempo, o ator ainda não tinha se sentido pronto para falar sobre o assunto. "Eu deveria ter feito um comentário ou soltado um comunicado, mas não estava pronto. Eu sentia que não devia nada para ninguém. [...] As pessoas que julgam aqueles que são gays ou diferentes não percebem que atuar por 24 horas por dia é a coisa mais cansativa do mundo", disse.

Já bastante comentado nas redes sociais, o brother Renan, do Big Brother Brasil, deixou mais uma vez uma dúvida no ar sobre sua sexualidade. Segundo o blog Observatório da Televisão, em conversa com o amigo Daniel, na madrugada da segunda-feira (25), ele contou que já sentiu atração por homens.

“Na real, eu já senti atração por homens, mas uns 5, 6 anos atrás”, comentou Renan. Daniel ficou visivelmente assustado com a revelação do amigo. “Eu nunca senti, mas respeito”, cravou rapidamente.

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Na internet, a sexualidade do brother já foi bastante questionada. “Acho que ele tava querendo ver como que ia ser a reação do Daniel já que ele parece estar interessado nele”, comentou um internauta. “O Renan do BBB aquele modelo mara é lindo porém acho que dá ré no kibe”, escreveu outra.

Legging

Até mesmo dentro da casa os participantes estão duvidosos quanto à preferência sexual do modelo. Na manhã desta quarta-feira (27), Renan resolveu malhar utilizando uma calça legging. A dançarina Juliana brincou: “Isso não é normal, não”. Porém, o brother se justificou, dizendo  que a calça justa é mais confortável. “É bem melhor mesmo”, explicou.

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--> Pela segunda vez, Munik mostra demais no BBB

A Justiça de São Paulo condenou a nove anos de prisão Jonathan Lauton Domingues, acusado de participar de um ataque a um grupo que caminhava na Avenida Paulista em novembro de 2010. Na ocasião, Domingues e três adolescentes agrediram Luís Alberto Betonio e um dos jovens chegou a bater nele com uma lâmpada fluorescente. O crime teria sido motivado por homofobia e a sentença foi divulgada nesta quarta-feira (21).

De acordo com a decisão do júri popular, que foi conduzido pela juíza Renata Mahalem da Silva Teles, Domingues foi condenado por tentativa de homicídio por motivo torpe, com emprego de asfixia e dificultando a defesa da vítima. Betonio recebeu socos e pontapés, além de ser imobilizado pelos agressores. Outros três amigos dele também foram agredidos, mas não tiveram ferimentos graves.

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A sentença diz que houve "clara conotação descriminatória". "O réu e seus comparsas praticaram o delito por nutrirem verdadeiro ódio por homossexuais, instilado, portanto, pela homofobia, sendo intolerantes à opção sexual da vítima, tanto que as agressões se concentraram na região do rosto, com nítido intuito de hostilizá-la", diz o texto.

Ainda segundo a decisão, o réu ficará preso, inicialmente, em regime fechado.

O caso motivou uma série de mobilizações de movimentos que lutam pela causa LGBT. No ano passado, um ato batizado como "A Revolta da Lâmpada" relembrou a agressão.

Trauma

Advogado da vítima, Felipe Mello de Almeida diz Betonio comemorou a sentença. "Ela foi recebida com muita alegria. A resposta da Justiça para um fato tão bárbaro foi adequada, é para demonstrar que os crimes de ódio não são mais aceitos nos dias de hoje."

Ele diz que a vítima, atualmente com 28 anos, vai poder se recuperar do trauma da agressão. "Ele parou de estudar e ficou sem sair de casa por um longo período de tempo. Isso serve para virar a página."

A reportagem entrou em contato para verificar se o defensor público que defende o réu pretende entrar com recurso, mas a Defensoria Pública não se posicionou até as 16h25.

Os Simpsons chegou em sua 27ª temporada, nos Estados Unidos, e apesar de já ter rolado muita história ao longo desses anos, o seriado de desenho animado mais querido das telinhas, continua a nos surpreender. Cuidado ao continuar ler esta nota, pois ela contém spoilers!

Dessa vez, finalmente, um personagem da história irá se revelar homossexual. Isso mesmo, se você pensou no secretário de Mr. Burns, acertou! Em entrevista ao TV Line, o produtor executivo da série Al Jean, revelou que Waylon Smithers é gay.

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- Agora, em Springfield, a maioria das pessoas sabe que ele é gay, mas, obviamente, Mr. Burns não sabe. A gente, na verdade, tem muito do Smithers esse ano, ele se cansa de não ter seu trabalho reconhecido por Burns e começa a considerar outras opções - explicou o produtor, informando que a história irá aparecer em algum dos episódios da nova temporada.

Aliás, para os fãs que estavam desesperados sobre os rumores da separação de Homer e Marge, podem ficar tranquilo. De acordo com Al Jean, tudo não passará de um sonho de Homer. Ufa hein?

Apesar disso, os dois ficaram afastados por um longo período, já que Marge irá ficar presa por um tempo, em um episódio que se chama Orange is The New Yellow.

Um memorial em homenagem ao cofundador da Apple, Steve Jobs, foi desmontado em São Petersburgo, na Rússia, logo depois que o atual presidente-executivo da empresa, Tim Cook, assumiu ser gay.

O monumento em forma de um iPhone gigante ficava localizado do lado de fora de uma universidade de São Petersburgo e foi erguido em janeiro de 2013 por um grupo russo de empresas chamado ZEFS.

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Em comunicado, o conglomerado reforçou que respeita a lei que combate a “propaganda gay” no país. “Na Rússia, propaganda gay e outras perversões sexuais entre menores de idade são proibidos por lei”.

A Rússia, onde a homossexualidade era considerada um crime até 1993 e como uma doença mental até 1999, adotou no ano passado uma lei que pune qualquer ato de “propaganda” homossexual e pedofilia diante de menores com multas e prisão.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, no entanto, afirma que não há discriminação contra os homossexuais no país e que a lei é necessária para proteger os jovens. 

Confira a desmontagem:

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A 13ª edição da Parada da Diversidade acontece neste domingo (21), com concentração no Parque Dona Lindu, na Zona Sul do Recife. As atrações musicais estavam previstas para começar às 9h, mas o público só começou a se formar por volta das 10h, ainda assim com uma presença baixa. Apesar disso, a expectativa dos organizadores do evento é que 600 mil participem do evento cujo tema deste ano é "Onde houver ódio, que eu leve amor".

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O clima geral é de otimismo. A coordenadora Íris de Fátima representa o colegiado lésbico do Fórum LGBT de Pernambuco. Segundo ela, a causa conseguiu uma série de conquistas recentes. “Entre outras coisas, temos centros de referência estadual e municipal”, ela cita. “Uma conquista muito importante foi a comunicação. Tivemos mais espaço, o que deixou a conscientização mais tranquila”, diz. Para Thiago Rocha, do colegiado gay, passar a mensagem está mais fácil, a dificuldade é recebê-la. “A sociedade como um todo é ensinada a ser machista. Temos que continuar fazendo o nosso trabalho, para tentar reverter isto”, comenta Rocha.

No pátio, em frente ao palco, o clima é de irreverência. Pessoas em roupas coloridas, fantasias, ou simples adornos – como chifres de diabo ou quepe policial -, aproveitam a oportunidade de celebrar sem serem discriminados. “Curtição!”, disse Chachai, em uma fantasia rosa choque de gata, enquanto definia o principal motivo para participar de todas as edições. “Eu não sinto preconceito. Acho que essa questão melhorou muito”, ela disse.

O gastrônomo Ademir Santos e o aposentado Johnny Max são casados há cinco anos – mesmo tempo também que prestigiam a Parada da Diversidade. Ao contrário de Chachai, eles conseguem relatar situações em que a orientação sexual resultou em preconceito. “Já tentamos alugar duas casas e não conseguimos. Em uma das situações, disseram que não alugam casa para pessoas ‘assim’”, comenta Ademir. “Para que essa mentalidade mude vai demorar. Espero que mude, mas vai demorar”, lamenta Johnny.

Sarita Metálica se intitula a drag queen “mais badalada”. É outra que sempre está presente. Nesta edição, ela veio carregando um cartaz com o papa Francisco. “Ele é o primeiro papa em defesa dos homossexuais”, Sarita explica.  Ao contrário de Metálica, a estudante Meridge Ariens, que é lésbica, participa da parada pela primeira vez. “Não vejo tantas situações de homofobia contra mim. Acho que o cenário tem melhorado”.

O evento também atrai pessoas que não são LGBT. A empresária Adriana Silva é heterossexual. Ela não só veio prestigiar o evento, mas também trouxe a filha Gabriela, de seis anos. “É importante para ensiná-la a não ter preconceitos no futuro”. O casal carioca Giovani e Roseli Tulice deram o passeio pelo local do evento. Apesar de heterossexuais, eles têm amigos próximos de orientação distinta e sabem o preconceito que eles sofrem. “Infelizmente tudo que é diferente sofre preconceito. Mas a diversidade está aí para ser conhecida”, comenta Roseli.

O senhorzinho Luciano Lopes é comerciante do bairro de Santo Amaro, na área central do Recife, mas vende seus produtos em todos os eventos. Desse em particular, ele gosta bastante. “É um pessoal lutando por sua independência, é bom de ver”, comenta Luciano.

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João Antônio Donati, de 18 anos, foi assassinado em Inhumas, região metropolitana de Goiânia. As investigações indicam que trata-se de crime homofóbico. O corpo do jovem, que era homossexual, foi encontrado anteontem; ele havia desaparecido na terça-feira.

Segundo a polícia, indícios mostram que ele foi asfixiado com uma sacola plástica e papéis colocados em sua boca. Havia sinais de espancamento e luta, além de ferimentos no rosto. A informação de que nos papéis havia bilhete com ameaças homofóbicas foi desmentida pelo delegado Humberto Teófilo. Ele também não confirmou que o jovem teve o pescoço e as pernas quebrados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A juíza Aline Luciane Quinto utilizou a Lei Maria da Penha para conceder medidas de proteção a um rapaz que foi agredido por seu ex-companheiro na cidade de Primavera do Leste, a 231 quilômetros o sul de Cuiabá (MT). Com a decisão, o agressor está proibido de se aproximar do rapaz "ou de qualquer lugar onde ele esteja, devendo manter distância mínima de 200 metros". O réu também está proibido de ter contato com a vítima por qualquer meio de comunicação.

Segundo a decisão judicial, a vítima conviveu por quatro anos com o agressor. Eles se separaram há um mês. Com o fim do relacionamento, o rapaz alegou que "vem sofrendo ameaças de morte e está sendo perseguido em seu trabalho e na instituição de ensino que frequenta". Ele afirmou ainda que o réu é "extremamente agressivo, possessivo e de comportamento instável".

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Ao analisar o caso, a magistrada entendeu que as providências de proteção previstas na Lei Maria da Penha "podem ser aplicadas aos participantes de relações homoafetivas que, em face de espécie de violência doméstica, estejam vulneráveis".

A juíza Aline Quinto afirma ainda que as medidas previstas na Lei Maria da Penha podem ser aplicadas em favor de qualquer pessoa vítima de violência em âmbito doméstico, familiar ou de relacionamento íntimo - não podendo falar em vedação de analogia prevista em Direito Penal.

Luxemburgo autorizou nesta quarta-feira o casamento e a adoção para casais homossexuais, seguindo a tendência de outros países europeus. O projeto de lei, que estabelece que "duas pessoas de sexos diferentes ou do mesmo sexo podem se casar", foi aprovado por uma ampla maioria de 56 votos contra quatro.

Ele também permite que casais do mesmo sexo adotem crianças, o que era um dos pontos mais polêmicos do texto. "Luxemburgo vai se tornar mais inclusivo e justo", declarou após o debate na Câmara dos Deputados o ministro da Justiça Felix Braz.

Esse país de tradição católica, que em 2004 reconheceu o direito à união civil para casais do mesmo sexo, é o 11º europeu a reconhecer o casamento para todos, depois da Holanda (2001), Bélgica (2003), Espanha (2005), Suécia e Noruega (2009), Portugal e Islândia (2010), Dinamarca (2012) e França e Grã-Bretanha (2013). Os primeiros casamentos entre pessoas do mesmo sexo devem ser celebrados no início de 2015, já que a lei entrará em vigor seis meses após a votação.

O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, afirmou nesta terça-feira (25) estar pronto a apoiar um projeto de emenda constitucional que define o casamento como a união de um homem e de uma mulher, tornando impossível o casamento homossexual no país.

A oposição cristã-democrata e outros países de centro-direita que redigiram o projeto de emenda precisam do apoio do partido do premier - Smer, social-democrata - para obter a maioria dos dois terços necessários para modificar a Constituição.

"O Smer está pronto a apoiar a emenda em troca do apoio da oposição para uma emenda que permitirá mudanças no sistema judiciário", declarou Fico à imprensa.

"A alteração sobre o casamento não trará mudanças radicais. Ela introduz na Constituição o que já foi definido pela lei em vigor", justificou Fico, cujo partido é membro da bancada socialista do Parlamento Europeu.

Nenhuma forma de união civil de pessoas do mesmo sexo é legal na Eslováquia, país com 5,4 milhões de habitantes onde mais de 70% da população se declara cristã - segundo censo feito em 2011.

Na contramão, de acordo com uma pesquisa feita em 2012, 47% dos eslovacos apoiam a ideia de uma união civil para casais do mesmo sexo, enquanto 38% se dizem contra a união homossexual.

O Parlamento eslovaco deve discutir o projeto de emenda durante a sessão que começa em 18 de março.

O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, promulgou nesta segunda-feira uma lei que transforma a homossexualidade em crime passível de ser punido com prisão perpétua, ignorando críticas e pressões internacionais.

"O presidente Museveni assinou finalmente a lei antigay", afirmou uma porta-voz da presidência em Entebbe.

O parlamento ugandense aprovou em 20 de dezembro de 2013 por ampla maioria uma lei que aumenta consideravelmente a repressão contra os homossexuais e que prevê a prisão perpétua para reincidentes, considerados culpados de "homossexualidade agravada". Os defensores dos direitos humanos e os governos ocidentais, em especial os Estados Unidos, criticaram duramente a lei.

O presidente americano Barack Obama chamou de "passo atrás" a lei, cuja aprovação "complicaria" a relação entre Uganda e Washington. O prêmio Nobel da Paz sul-africano Desmond Tutu pediu no domingo a Museveni que não promulgasse a lei, por considera que legislar contra o amor entre adultos recorda o nazismo e o apartheid. "Uganda é um país soberano e suas decisões devem ser respeitadas", disse à AFP nesta segunda-feira um porta-voz do presidente, Tamale Mirundi.

Os trechos mais polêmicos da lei, que previam a pena de morte em caso de reincidência, relações com menores ou para as pessoas com Aids, finalmente não foram contemplados no texto.

O presidente de Uganda, no poder desde 1986, indicou em um primeiro momento que não promulgaria a lei, mas finalmente mudou de opinião depois de consultar um grupo de cientistas que, segundo ele, explicaram que a homossexualidade "não era uma conduta genética". As influentes igrejas evangélicas estimulam a homofobia em Uganda, onde os ataques contra os homossexuais são frequentes.

Ellen Page, a estrela do sucesso independente "Juno", assumiu em uma coletiva de imprensa sua homossexualidade. "Estou aqui hoje porque sou gay", afirmou a atriz de 26 anos em um evento para adolescentes homossexuais realizados em Las Vegas, dentro de uma campanha da Human Rights em prol dos direitos gays.

"Estou cansada de me esconder e estou cansada de mentir por omissão. Sofri por anos porque tinha medo de sair do armário. Meu espírito sofria, minha saúde mental sofria e meus relacionamentos sofriam", declarou.

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Page disse que é sua "obrigação pessoal e responsabilidade social revelar que é gay". "Nós merecemos experimentar o amor pleno, igualitário, sem sentir vergonha", acrescentou.

Em seu discurso, Page também elogiou outras celebridades que assumiram sua homossexualidade como o astro do futebol universitário Michael Sam, que se torou o primeiro gay assumido na Liga de Futebol Americano. A atriz canadense foi indicada ao Oscar por seu papel de adolescente grávida em "Juno".

Um tribunal russo condenou nesta segunda-feira (3) a severas penas de prisão três homens de Kamchatka (extremo oriente) que esfaquearam e espancaram um homem que achavam ser gay e depois atearam fogo em seu corpo.

Os três, com idades variando entre os 18 e os 26 anos e residentes no mesmo povoado, mataram sua vítima em maio passado porque estavam convencidos de "sua orientação sexual não tradicional", segundo um comunicado da promotoria. Foram condenados a 12 anos e 6 meses, 10 anos e seis meses e 9 anos de prisão em um campo de trabalhos forçados com regime severo.

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Em 30 de maio de 2013, os agressores levaram seu vizinho de 29 anos para uma floresta, onde o esfaquearam no tórax, rosto e pescoço. Depois jogaram gasolina e o queimaram dentro de seu próprio carro.

Na Rússia, a homossexualidade era considerada até 1993 um crime que podia ser punido com até oito anos de prisão, e até 1999 como uma doença mental. Segundo diversas pesquisas, a população russa continua sendo majoritariamente hostil aos homossexuais.

Todo mundo sabe que a cor azul é considerada uma cor fria. Mas no longa do cineasta franco-tunisiano Abdellatif Kechiche, Azul é a cor mais quente, a cor ganhou um novo significado, nada frio ou melancólico, nem tranquilo, mas a Palma de Ouro no Festival de Cannes. O azul no filme representa o amor, o casamento, o sexo, entre duas mulheres, tudo com uma intensidade e sensibilidade rara de se ver no cinema, além de mostrar uma janela rica sobre a vida dos jovens na França atual.

Baseado na graphic novel homônima Le Bleu Est une Couleur Chaude, da autora francesa Julie Maroh, o filme acompanha o amadurecimento de Adèle (Adèle Exarchopoulos), uma adolescente de 17 anos, ainda na escola, com descobertas da idade, que adora ler, sonha em ser professora e, por conta da pressão social, descobre o sexo com um garoto da escola, mas tem medo de assumir suas escolhas (homossexuais) e passa por uma rápida crise de identidade.

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Mas Emma (Léa Seydoux), uma estudante de belas artes mais velha, bem resolvida, com os cabelos e olhos azuis e que não esconde de ninguém sua homossexualidade, chama atenção de Adèle. As duas se esbarram por acaso na rua e o espectador acompanha durante as três horas do filme como aquele azul do cabelo de Emma começa a percorrer os sonhos de Adèle e como elas se encontram, até transformar um amor à primeira vista num relacionamento sólido. Com a diferença de idade, anseios profissionais diferentes e a solidão da jovem, a relação começa a declinar.

Durante o filme, a cor azul se faz presente o tempo inteiro, em vários elementos que aquece as cenas (o colchão de Adéle, a unha da colega da faculdade, casacos e até o cano da cena final). Em relação à linguagem cinematográfica, os planos fechados são capazes de traduzir a sensibilidade do filme, além de explorar os traços das personagens. As polêmicas cenas de sexo (explícito) entre Adèle e Emma funcionam como explosões da personalidade de Adèle que dão vazão ao que está reprimido. Uma das cenas tem mais sete minutos.

Apesar da temática homossexual, o filme conta uma história de amor que independe do gênero. A surpresa diante do despojamento das imagens é semelhante a da personagem Adèle, que tenta aprender com o universo adulto o que ela não esperava de uma relação amorosa. Um dos filmes mais comentados do ano, Azul é a cor mais quente é a quinta produção de Kechiche e estreia nesta sexta (6) no Brasil.

 

Policiais da Divisão Especial de Apuração de Homicídios (DEAH) prenderam dois homens pela prática de um assassinato no município de Jaqueira, Zona da Mata Sul de Pernambuco. Wellington Aureliano da Silva, de 26 anos, o Carioca, e Aldair Laércio da Silva, 18, o Odair, foram presos em flagrante no último sábado (20).

De acordo com a polícia, a dupla é acusada de executar Kesse Jhones da Silva, 18. No dia do crime, o trio teria passado toda a madrugada bebendo no Bar da Pisadinha. Um dos autores confessou que os três saíram para um lugar mais afastado, com a intenção de manterem relação sexual, alegando que a vítima era homossexual. 

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Na ocasião, houve uma discussão e a dupla acabou assassinou Kesse. Apesar da confissão, a polícia ainda investiga a motivação para o crime, já que existe a possibilidade de que o homicídio tenha sido premeditado por vingança.

Wellington e Aldair foram autuados em flagrante por homicídio qualificado e encaminhados ao Presídio Rorenildo da Rocha Leão, na cidade de Palmares, também na Zona da Mata Sul do Estado.

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