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O presidente da comissão do impeachment no Senado, Raimundo Lira (PMDB-PB), decidiu não votar, nesta quinta-feira (2), o cronograma de atividades do colegiado para a coleta de provas, discursos da acusação e alegação da defesa. A proposta de trabalho apresentada pelo relator Antônio Anastasia (PSDB-MG) previa, inicialmente, que o julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) acontecesse do dia 2 de agosto. Um novo prazo, aprovado por Lira, prevê a conclusão do processo até o dia 13 de julho. 

A nova data foi proposta pela senadora Simone Tebet (PMDB-MS) e gerou embates entre os parlamentares. Contrários ao encurtamento do prazo, membros da oposição pediram que o assunto fosse analisado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Por isso, Lira anunciou que não votará o cronograma hoje, mas sim quando o ministro der o aval definitivo. 

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Testemunhas de Dilma 

Além de tentar encurtar o prazo do processo de impeachment, os senadores aliados ao presidente em exercício Michel Temer (PMDB) também tentam agora diminuir a quantidade de testemunhas da defesa de Dilma que serão ouvidas pelo colegiado. 

O advogado da petista, José Eduardo Cardozo, apresentou uma com mais de 50 testemunhas para depor. Já o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) pontuou que a presidente afastada deveria trazer apenas 8 testemunhas para cada uma das duas acusações que responde, um total de 16 pessoas.  Raimundo Lira concordou, alegando, entretanto outros assuntos que tratam o pedido de impeachment. Desta forma, segundo ele seriam 48 testemunhas.  

Novos prazos

Se a decisão de Lira em encurtar o prazo para a alegação for mantida por Lewandowski, o relator previu a leitura do parecer para o dia 4 de julho, no dia seguinte seria feita a discussão e no dia 6 o texto seria votado pela comissão especial. A leitura da decisão do colegiado em plenário aconteceria dia 7 de julho e o julgamento final seria realizado no dia 12 ou 13.

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