Tópicos | impeachment de Trump

A presidente da Câmara de Representantes, a democrata Nancy Pelosi, disse nesta segunda-feira (23) que não está pronta para nomear a equipe que participará do julgamento político do presidente Donald Trump no Senado americano por acusações de abuso de poder e de obstrução do Congresso.

"A Câmara não pode escolher nossos delegados até sabermos que tipo de julgamento o Senado conduzirá", tuitou a líder da maioria democrata na Casa. A equipe da Câmara de Representantes se encarregará da acusação contra Trump no Senado, onde os republicanos são maioria, em um julgamento que deve começar em janeiro.

Trump foi acusado de abusar de seus poderes por pedir à Ucrânia que investigasse seu possível rival eleitoral em 2020, o ex-vice-presidente Joe Biden, e por bloquear os esforços dos legisladores em investigar suas ações.

Pelosi ainda não enviou as acusações aprovadas na semana passada pela Câmara, pois está em disputa com o líder do Senado, o republicano Mitch McConnell, sob a forma do julgamento.

Os democratas querem que quatro funcionários e ex-funcionários testemunhem. Trump impediu que os quatro testemunhassem anteriormente na Câmara, mas a oposição acredita que os depoimentos consolidariam o caso no Senado.

"O presidente Trump bloqueou suas próprias testemunhas e seus documentos, da Câmara e do povo americano, com queixas falsas sobre o processo", disse Pelosi. "Agora, qual é a sua desculpa?", questionou a democrata.

Em entrevista hoje ao programa Fox & Friends desta emissora conservadora, McConnell afirmou que Pelosi aparentemente acredita que pode dizer a eles como "lidar com o julgamento".

"Não descartamos testemunhas", acrescentou McConnell, explicando que queria aplicar as mesmas regras que no julgamento político contra Bill Clinton, duas décadas atrás.

Nas referências ao processo de julgamento político, a Constituição dos EUA é muito sucinta e deixa toda a organização para o Senado no que diz respeito à duração e à modalidade do processo.

Parlamentares republicanos invadiram nesta quarta-feira uma audiência fechada na qual prestava depoimento uma testemunha no processo de impeachment do presidente Donald Trump.

Ao menos 20 parlamentares entraram em uma sala de reunião fechada do Capitólio, conhecida como SCIF, retardando o depoimento de uma funcionária do Pentágono sobre o suposto abuso de poder de Trump para que o governo da Ucrânia investigasse Hunter Biden, filho de seu adversário político democrata Joe Biden.

O acesso sem autorização a uma sala SCIF - espaço especialmente desenhado para impedir espionagem eletrônica - é uma violação do regimento da Câmara de Representantes.

Na invasão, os republicanos entraram no local com seus telefones celulares, o que constitui uma violação grave das normas de segurança.

Ao que parece, alguns parlamentares publicaram mensagens em suas contas no Twitter a partir do interior da SCIF, onde prestava depoimento Laura Cooper, funcionária do departamento de Defesa encarregada da política para a Ucrânia.

"ÚLTIMA HORA: Liderei 30 colegas até a SCIF onde [o presidente do Comitê de Inteligência da Câmara de Representantes] Adam Schiff tomava o depoimento para o impeachment de forma secreta. Ainda dentro - seguem mais detalhes", escreveu no Twitter o representante republicano Matt Gaetz, um aguerrido defensor de Trump.

Os democratas qualificaram a invasão de manobra publicitária.

Todos os integrantes dos três comitês encarregados do processo de impeachment - tanto democratas como republicanos - estão autorizados a presenciar os depoimentos e interrogar as testemunhas.

Alex Mooney, um dos parlamentares que entrou na SCIF com Gaetz, revelou que quando Schiff viu o grupo "pegou a testemunha e saiu da sala, porque se nega a realizar uma audiência de forma transparente".

Os republicanos contrários ao impeachment parecem ter adotado uma nova estratégia para combatê-lo: atacar o processo em si, alegando que é inválido porque a Câmara não votou o início da investigação e o processo carece de transparência.

A ação ocorre dois dias após Trump alentar seu partido a "ser mais firme e lutar" contra o processo de impeachment.

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