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Mais de uma semana já se passou desde que Maui, ilha no Havaí (EUA), foi devastada por incêndios florestais mortais. A busca por sobreviventes continua e o número de mortos segue aumentando. Até esta sexta-feira, 111 mortes foram confirmadas pelo incêndio que iniciou como um incêndio florestal e se espalhou pela cidade de Lahaina, tornando-se uma das tragédias deste tipo mais mortais dos Estados Unidos em mais de 100 anos.

Ao mesmo tempo em que autoridades lutam pela busca e identificação de vítima e sobreviventes tentam se reestruturar, Maiu ainda se depara com uma série de perguntas sem respostas, como a causa do incêndio ter se espalhado de forma tão rápida, a razão para o sistema de sirenes de alerta não ter sido acionado e a real responsabilidade da empresa fornecedora de energia na região perante a tragédia.

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Número de mortes pode duplicar

O número de mortos no incêndio, que já superou os 100, pode dobrar, segundo disse governador do Havaí, Josh Green, para a emissora CNN. O balanço aumenta à medida que as equipes de emergência, com o auxílio de cães farejadores, avançam nos trabalhos de busca entre casas e veículos incendiados.

A zona queimada é grande e a busca por restos mortais tem sido lenta e meticulosa. Cerca de 45% da área havia sido vasculhada até a manhã da quinta, 17.

Cerca de mil pessoas estão desaparecidas, o que não necessariamente equivale ao número de pessoas mortas.

Em incêndios florestais mortais anteriores nos Estados Unidos, o número de pessoas inicialmente desaparecidas superou em muito o número final de mortos.

Seis vítimas identificadas

A identificação dos restos mortais de mais de 100 vítimas está andando a passos lentos em Maui. Até a quinta-feira, seis dos mortos foram identificados publicamente: Donna Gomes, 71; Melva Benjamin, 71; Virgínia Dofa, 90; Alfredo Galinato, 79; Buddy Jantoc, 79; e Robert Dyckman, 74.

A busca ainda está longe de terminar. Os socorristas, com a ajuda de antropólogos e cães farejadores, devem vasculhar um terreno baldio de cinzas e detritos para encontrar restos humanos.

O governo federal disse que enviou médicos legistas, patologistas, técnicos, unidades de raios-X e outros equipamentos para identificar as vítimas e processar os restos mortais. É provável que o processo continue por semanas e talvez meses. "Temos uma chance de fazer isso direito", disse Pelletier em entrevista coletiva na quarta, 16, "e não vou apressar isso".

Chefe dos serviços de emergência renunciou

As sirenes de alerta ao ar livre em Maui permaneceram silenciosas enquanto o incêndio se espalhava por Lahaina. Essa foi uma das maiores críticas que os moradores fizeram ao governo local, afirmando que mais vidas poderiam ter sido salvas.

O chefe da Agência de Gerenciamento de Emergências de Maui, entretanto, disse que não se arrependia de não ter implantado o sistema como um alerta para as pessoas na ilha.

Um dia depois de fazer essa declaração, o administrador Herman Andaya renunciou na quinta-feira. Ele disse que temia que o toque das sirenes durante o incêndio pudesse fazer com que as pessoas fossem "mauka", usando um termo em havaiano de navegação que pode significar em direção às montanhas ou para o interior.

"Hoje, o prefeito Richard Bissen aceitou o pedido de demissão de Herman Andaya, diretor da Agência de Gestão de Emergências do Maui (MEMA)", informou a administração do condado. "Alegando razões de saúde, Andaya apresentou o pedido de demissão com efeito imediato."

Companhia de energia processada

A ausência de sirenes não é a única questão fervorosa que ronda entre os moradores após o incêndio. Advogados e investidores de alguns queixosos culpam a Hawaiian Electric, a maior concessionária de energia do Estado. As linhas de energia e equipamentos da concessionária são uma fonte potencial do incêndio. A empresa está sofrendo, pelo menos, quatro processos até agora.

As ações alegam que a empresa foi negligente na operação e manutenção de seus equipamentos. Entre outras coisas, os advogados dizem que a concessionária deveria desligar a energia para evitar que suas linhas iniciassem incêndios durante períodos de vento forte e seca, uma prática empregada na Califórnia.

A atenção voltou-se para a concessionária em parte por causa de imagens postados online que pareciam mostrar fios de energia iniciando incêndios. Além disso, dados da Whisker Labs, empresa privada que monitora a rede elétrica de todo o país, parecem identificar falhas graves em linhas de energia na área onde os incêndios começaram.

A Hawaiian Electric se recusou a comentar em detalhes sobre os incêndios. Mas o CEO da Hawaiian Electric, Shelee Kimura, disse em entrevista coletiva na segunda, 14, que a empresa não tinha um programa que pudesse desligar a energia preventivamente para evitar incêndios florestais e que tal programa exigiria coordenação com equipes de emergência, uma vez que desligamentos de energia impossibilitariam o uso de equipamentos médicos, bombas de água e outros dispositivos essenciais.

Recuperação deve levar meses

Em Lahaina, que já foi a capital real do Havaí, mais de 2.200 estruturas foram danificadas, a maioria das quais residenciais. Mais de 800 hectares foram queimados, de acordo com o Pacific Disaster Center, um centro de pesquisa administrado pela Universidade do Havaí. E uma semana após a tragédia, parte dos moradores ainda lida com a falta de energia elétrica, falta de água e sinal de telefonia instável.

Os hotéis do Havaí que estão abrigando moradores que perderam suas casas estão preparados para recebê-los até pelo menos a próxima primavera, disseram autoridades na quinta-feira. "Poderemos manter as pessoas em hotéis pelo tempo que for necessário para encontrar moradia para elas", disse Brad Kieserman, vice-presidente de operações de desastres da Cruz Vermelha americana, em uma entrevista coletiva.

Os contratos com os hotéis durarão pelo menos sete meses, mas podem ser facilmente estendidos, disse ele. As propriedades serão atendidas por prestadores de serviços que oferecerão refeições, aconselhamento, assistência financeira e outros auxílios. O governador do Havaí disse que pelo menos 1.000 quartos de hotel serão reservados para aqueles que perderam suas casas.

Além disso, a ala sem fins lucrativos do AirBnB fornecerá propriedades para 1.000 pessoas, disse a empresa.

Os moradores ainda temem que uma cidade reconstruída possa se tornar ainda mais voltada para visitantes ricos, de acordo com o nativo de Lahaina, Richy Palalay. Hotéis e condomínios "nos quais não podemos nos dar ao luxo de morar - é disso que temos medo", disse ele no sábado em um abrigo para pessoas que foram retiradas de suas casas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

A polícia identificou oito desaparecidos neste sábado (7) no enorme incêndio florestal Dixie no norte da Califórnia, o terceiro maior da história do estado americano, ainda que as condições climáticas estejam favoráveis aos bombeiros.

No início da semana, o Dixie Fire deixou a pequena e histórica cidade mineradora de Greenville carbonizada e em ruínas, mas nenhuma morte foi relatada.

No entanto, o gabinete do xerife do condado de Plumas, ao qual a cidade pertence, recebeu "relatos de oito indivíduos desaparecidos", escreveu no Facebook.

Também citou essas pessoas por nome e pediu à comunidade "qualquer ajuda que puderem fornecer" para encontrá-las.

Apesar das repetidas ordens de evacuação das autoridades, alguns residentes insistem em combater o incêndio por conta própria, pois não se sentem confortáveis em confiar sua proteção a estranhos.

O incêndio Dixie já devastou mais de 180 mil hectares em quatro condados, contra quase 176 mil no dia anterior, uma área maior do que a cidade de Los Angeles.

Este incêndio excedeu o alcance do grande Bootleg Fire no sul do Oregon.

Mas a área apresentou temperaturas mais amenas e ventos mais suaves durante a noite, dando uma folga aos bombeiros, já bastante cansados, disse a agência estatal Calfire. Essas condições devem continuar até domingo.

O fogo, agora 21% contido, também arrasou a pequena cidade de Canyondam, segundo o Los Angeles Times.

O mesmo jornal noticiou que moradores armados se recusaram a cumprir a ordem das autoridades locais de evacuar o local. Nesses casos, a polícia pede aos residentes os nomes dos parentes mais próximos, para avisá-los caso o incêndio acabe os matando.

Ironicamente, o movimento do Dixie Fire em direção ao nordeste diminuiu em parte porque ele alcançou o que o site CalFire chama de "cicatriz" de um incêndio anterior, o Moonlight Fire, de 2007.

Mais de 5 mil pessoas lutam atualmente contra o incêndio Dixie, que está expelindo enormes nuvens de fumaça que são facilmente visíveis do espaço.

O número de hectares queimados na Califórnia aumentou mais de 250% desde 2020, o pior ano de incêndios florestais na história moderna do estado.

Uma seca prolongada que, segundo os cientistas, é causada pela mudança climática, deixou grande parte do oeste dos Estados Unidos ressecado e vulnerável a incêndios altamente devastadores.

Dezoito bombeiros e um guarda florestal morreram em um grande incêndio na província de Sichuan, sudoeste da China, anunciaram as autoridades locais nesta terça-feira (31).

O incêndio começou na segunda-feira (30) na região montanhosa de Sichuan com uma ameaça direta à segurança da cidade de Xichang, que fica a 2.2 quilômetros de Pequim, informou a prefeitura.

As imagens exibidas nos canais de TV mostram enormes colunas de fumaça sobre as montanhas que cercam a cidade de meio milhão de habitantes. Até o momento as autoridades não anunciaram as circunstâncias exatas das mortes.

O governo municipal informou que quase 900 bombeiros participam no combate às chamas e que 1.200 moradores abandonaram suas residências. Também foram mobilizados quatro helicópteros e mais de 140 veículos do corpo de bombeiros.

A luta contra o fogo prosseguia nesta terça-feira.

Vários incêndios foram registrados nos últimos dias no sul Sichuan, assim como na província vizinha de Yunnan, segundo a agência estatal Xinhua.

Em abril de 2019, 27 bombeiros morreram em um incêndio florestal na mesma região, quando uma mudança repentina na direção do vento criou uma bola de fogo que avançou contra os trabalhadores.

Um incêndio florestal deu ares "apocalípticos" ao céu de uma cidade australiana a cem quilômetros do foco das chamas. Nesta sexta-feira (31), os moradores de Hobart, capital do estado da Tasmânia, se surpreenderam ao ver as nuvens tingidas de laranja e preto.

Mesmo com o incêndio de larga escala, nenhuma vítima fatal ou ferido foi confirmado. De acordo com a BBC, o fogo atingiu mais de oito mil hectares. As chamas destruíram parte da Área do Patrimônio Mundial da Região Selvagem da Tasmânia e deixou várias comunidades próximas em alerta.

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Segundo publicado pela BBC, os estados do Sul passaram por um calor extremo nesta sexta-feira. Em Melbourne, a segunda área mais populosa da Austrália, a temperatura superou 42°C. Nas redes sociais, internautas descreveram o céu como "apocalíptico" e "sinistro".

Uma usuária do Twitter publicou uma fotografia com a vista do seu escritório. "Fui cumprimentado por esta cena na volta do surfe na Praia de Clifton com a minha filha. Céu apocalíptico em Hobart", publicou outro usuário.

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A polícia descartou a hipótese das chamas chegarem à Hobart. Ainda assim, alerta sobre os problemas respiratórios que podem ser causados através da inalação da fumaça tóxica.

Menino ou menina? Mais do que revelar o possível sexo do seu futuro bebê, um homem causou um maciço incêndio florestal nos Estados Unidos.

É cada vez mais popular neste país organizar festas para descobrir o sexo de um bebê que está a caminho e, neste caso, o futuro pai no Arizona (oeste) decidiu fazê-lo de forma bastante infeliz, ao disparar em um alvo que tinha as palavras "MENINO" e "MENINA".

A agência florestal dos Estados Unidos revelou esta semana o vídeo no qual Dennis Dickey iniciou o fogo que acabou consumindo quase 20.000 hectares em abril de 2017.

O alvo estava localizado em um campo cheio de matagal. Dickey disparou, gerando primeiro uma explosão de confete azul que, rapidamente, se converteu em chamas. As autoridades disseram que Dickey - um agente de patrulha fronteiriça - usou uma substância altamente explosiva.

"Comecem a recolher!", ouve-se uma voz gritando assim que o incêndio se inicia. Em setembro, um tribunal ordenou a Dickey, que se declarou culpado pelo ocorrido, a pagar 8,2 milhões de dólares em restituição e o condenou a cinco anos em liberdade condicional.

O primeiro pagamento foi de 100.000 dólares e deve continuar com cotas mensais até completar o montante. Dickey disse ao juiz que foi um "completo acidente". Assim que o fogo começou, reportou aos bombeiros, que precisaram de uma semana para controlá-lo.

Nesta popular tradição, alguns futuros pais batem em uma bola de golfe que explode em rosa ou azul, ou cortam um bolo cujo recheio é da cor representativa do sexo, ou brindam com bebidas coloridas.

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Após dias de incêndio, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) informou na manhã desta quinta-feira (27) sobre a contenção das chamas de três incêndios florestais em Portugal. Desde o último domingo (23) alguns lugares estão sendo castigados pelo fogo que se espalhou e destruiu diversas áreas. 

Depois de muitos trabalhos por terra e ar, o fogo que atingia a Sertã e se alastrou para Proença a Nova e Mação, atingindo os distritos de Castelo Branco e Santarém, foi controlado às 11h25 da manhã em Portugal. Apesar da boa notícia, as autoridades informaram que todos os dispositivos continuarão no local pelas próximas horas para conter qualquer chama que ressurja. 

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No entanto, outros três incêndios continuam ativos e preocupam o órgão de proteção civil. É o caso dos focos registrados em Portalegre e Penacova. 

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--> Cinco incêndios em Portugal podem ter causa criminosa

Desde o último domingo (23), um incêndio florestal de grandes proporções atingiu a cidade de Vila Velha de Ródão, em Portugal. Com as grandes proporções, cinco pontos foram atingidos e permanecem em queimada ainda nesta quarta-feira (26), conforme a imprensa local. Em tempo, as investigações estão sendo realizadas e uma mulher foi detida, suspeita de provocar o incêndio que se espalhou para cinco pontos. 

De acordo com a imprensa local, os órgãos responsáveis pela operação de apagar as chamas consideram como estando ativos cinco incêndios. Para debelar, Patrícia Gaspar, adjunta da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), explica que foram mobilizadas 1.672 pessoas, 536 meios terrestres e 14 meios aéreos.

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O incêndio que atingiu a Vila Velha de Ródão tem mais profissionais no combate às chamas, somando 1247 pessoas e oito meios aéreos. Após seu foco principal, o incêndio se alastrou para as cidades de Proença-a-Nova e Mação. Nesses locais, está havendo muitas reativações de focos e, por isso, a atenção continua permanente neste local, necessitando haver recolocação de meios para apagar o fogo.

Outra equipe trabalha no Vale do Coelheiro, em Castelo Branco. Estão mobilizadas 400 pessoas, 142 meios terrestres e quatro meios aéreos. Já em Nisa, o órgão aponta como uma “evolução favorável” o trabalho de debelar as chamas. 

Prisão

Uma doméstica, de 50 anos, foi detida suspeita de provocar o incêndio florestal em terreno com pasto seco e pinheiros. Segundo informações da imprensa local repassadas pela Polícia Judiciária, ela havia ateado fogo utilizando um isqueiro. A mulher foi ouvida e as providências cabíveis serão aplicadas. Conforme informações, ela havia praticado o crime no último domingo, por volta das 17h55.

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