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Pesquisa feita pelo advogado Fernando Fernandes e pelo historiador Carlos Fico, titular de História do Brasil da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), trouxe à luz 10 mil horas de gravações de sessões do Superior Tribunal Militar (STM). Em algumas delas, juízes relatam práticas de tortura durante o período da ditadura militar no Brasil. 

Os áudios foram revelados pela jornalista Miriam Leitão, do jornal O Globo, em sua coluna deste domingo (17). Segundo ela, as gravações mostram como os ministros do STM não só sabiam como falavam abertamente sobre a tortura de presos políticos. Entre as práticas estavam abortos causados por agressões à prisioneiras, surras com métodos "sádicos" e violência psicológica, entre outras.

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As sessões, inclusive as secretas, foram gravadas de 1975 a 1985. Nos registros, alguns ministros alegam duvidar das torturas, já outros, pedem apuração dos fatos. O acesso ao material se deu após o advogado Fernando Fernandes acionar o Supremo Tribunal Federal, em 2011. A liberação foi dada em 2015, quando Fernando digitalizou centenas de fitas com as gravações. 

Em entrevista à ConJur, o advogado disse que a audição das gravações resultou em dois livros: 'Voz Humana' e 'Poder e Saber, Campo Jurídico e Ideologia'. Ele também pretende montar um site que tornará o arquivo acessível à população. "A divulgação dos arquivos dos julgamentos de presos políticos é essencial para conectarmos as arbitrariedades e entendermos a tortura de 1964 e a moderna de Guantánamo e de Curitiba. A luta pela abertura dos arquivos sonoros dos julgamentos de presos políticos de 64 durou 20 anos".

Notícia maravilhosa para os fãs de Chaves e Chapolin: ambas as séries irão entrar oficialmente na grade de programação do Multishow a partir do dia 21 de maio. Pois é, segundo informações do próprio canal, chegarão mais de 500 episódios dos seriados, sendo que mais de 100 são inéditos na televisão brasileira.

Os direitos foram comprados pelo Multishow e o telespectador poderá escolher entre assistir o áudio original, em espanhol, ou em português. Além disso, os episódios também estarão disponíveis na plataforma Multishow Play logo após a exibição na TV.

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Protagonizado por Roberto Gómez Bolaños, mais conhecido como Chespirito, Chaves é um programa Mexicano que foi exibido entre 1972 e 1979. No Brasil, a série é exibida desde 1984, pelo SBT. Já Chapolin, também protagonizado por Robert Bolaños, foi exibido entre 1970 e 1979.

Um conjunto de fitas analógicas perdidas por mais de 40 anos de Bob Marley foram restauradas, depois de serem encontradas no porão de um hotel em Londres, no Reino Unido. As gravações exibem shows do cantor, na capital britânica e em Paris, entre 1974 e 1978, em um total de 13 unidades, com dez fitas recuperadas, sendo duas vazias e apenas uma com perda total.

De acordo com o jornal britânico ‘The Guardian’, o processo de resgate do material foi realizado pelo empresário Joe Gatt, que também é fã de Marley, em uma duração de 12 meses de trabalho e exigência de técnicas mais tecnológicas, sob um custo de R$ 100 mil. Entre as faixas que sobreviveram ao tempo, encontram-se as clássicas "Jamming", "I shot the sheriff", "Exodus" e "No woman no cry".

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Ainda segundo o jornal, os shows foram gravados no Lyceum (1975), no Hammersmith Odeon (1976) e no Rainbow (1977), além do Pavilion de Paris (1978). Foram todos gravados pelo único estúdio móvel de 24 faixas no Reino Unido naquela época. O equipamento foi emprestado a Marley pelos Rolling Stones.

Famoso por disseminar o gênero do reggae pelo mundo, Robert Nesta Marley, mais conhecido com Bob Marley, morreu em 1981, vítima de um câncer e completaria 72 anos nesta segunda-feira (6). O cantor chegou a vender mais de 75 milhões de discos.

Quadros até agora desconhecidos, como um Marc Chagall e um autorretrato de Otto Dix, se encontram entre as obras encontradas na Alemanha, no apartamento de um octogenário, revelou nesta terça-feira (5) uma especialista em história da arte. No total, foram descobertas 1.406 obras, acrescentou a promotoria em uma coletiva de imprensa em Augsburgo (sul). A mais antiga remonta ao século XVI. As obras incluem desenhos, gravuras e telas, e entre elas há criações de Toulouse-Lautrec, Renoir e Picasso.

Meike Hoffmann, historiadora de arte da Universidade de Berlim, enfatizou que a tela desconhecida de Chagall, que representa uma cena alegórica e que data provavelmente da metade dos anos 1920, "têm um valor histórico particularmente alto". Sua procedência ainda não foi determinada.

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Reinhard Nemetz, procurador-geral de Augsburgo, assegurou que uma parte das obras pertencem ao que os nazistas consideravam como "arte degenerada", e que foram roubadas de famílias judias. Hoffmann enfatizou que as investigações sobre a origem das obras são complexas e levarão muito tempo. Também garantiu que as obras estão em bom estado.

As autoridades da Alemanha tentam organizar a gigantesca tarefa de estabelecer a origem de 1.500 obras encontradas em um apartamento repleto de lixo em Munique. As autoridades admitiram que trabalham há vários meses no caso, que foi revelado no domingo pela revista Focus. A Focus calculou que o valor total dos 1.500 desenhos, esboços e quadros pode superar um bilhão de euros.

O governo alemão reconheceu que estava a par há vários meses da descoberta feita pela Alfândega. O serviço de alfândega alemão encontrou, no início de 2011, os desenhos e quadros, que em sua maioria eram considerados perdidos para sempre, em um apartamento de Munique repleto de lixo e latas de conserva com validade vencida, algumas há quase 30 anos.

O apartamento pertencia a Cornelius Gurlitt, um octogenário evidentemente afetado por uma transtorno obsessivo de comportamento que leva ao acúmulo compulsivo de objetos. Em setembro de 2010, Cornelius Gurlitt foi parado por fiscais da alfândega em um trem que viajava da Suíça para a Alemanha. Ele estava com 9.000 euros em espécie em um envelope.

Apesar do transporte da quantia ser considerado legal, os investigadores decidiram seguir uma intuição e, alguns meses depois, conseguiram autorização para revistar o apartamento do idoso. Segundo os primeiros elementos da investigação, Cornelius Gurlitt vivia há décadas sem um registro legal e sem trabalho na Alemanha. Ele ganhava a vida com a venda ocasional de obras reunidas em seu apartamento a proprietários de galeria de arte pouco escrupulosos a respeito da origem das peças.

Gurlitt herdou as obras de seu pai, Hildebrand Gurlitt, um colecionador de arte falecido em 1956 em um acidente de automóvel. Hildebrand Gurlitt, que inicialmente foi ameaçado pelos nazistas, sobretudo porque tinha uma avó judia, se tornou mais tarde indispensável para o regime de Hitler, ao qual ajudava a vender obras roubadas ou apreendidas no exterior.

As autoridades da Alemanha também optaram pelo sigilo o maior tempo possível em consequência do gigantesco desafio de identificar as obras, assim como de buscar a origem ou os herdeiros.

Desde o dia 6 de fevereiro, a exposição Roberto Burle Marx: a figura humana na obra em desenho está no Centro Cultural Correios, localizado no Bairro do Recife, e vai até o dia 28 de abril. A mostra retrata um lado pouco conhecido do maior paisagista brasileiro do século XX com uma seleção de 121 desenhos produzidos pelo artista entre 1919, quando ele tinha 10 anos de idade, e a década de 1940.

Dentre as peças em exposição, 15 obras são produzidas em técnica pastel sobre a figura humana na paisagem pernambucana, em bairros e localidades recifenses em 1932, quando Burle Marx voltou de férias da Alemanha. 

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Serviço

Roberto Burle Marx: a figura humana na obra em desenho  

Até 28 de abril

Terça a sexta, das 9h às 18h | Sábados e domingos, das 12h às 18h

Centro Cultural Correios (Av. Marques de Olinda, 262 -  2º. Andar -  Bairro do Recife) 

3224 5739

Gratuito

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