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O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, reafirmou hoje que nenhum funcionário da entidade será demitido em função da privatização dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília, realizada hoje.

Ele disse que nos primeiros seis meses após a assinatura do contrato todos permanecerão onde trabalham hoje e, após esse prazo, a concessionária poderá escolher com quais funcionários deseja permanecer. "Os demais serão realocados nos 63 aeroportos que continuam sob gestão da Infraero. Não contrataremos novos funcionários até que todos esses profissionais sejam realocados", afirmou Vale.

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O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, ressaltou ainda que, pelas regras do edital, as tarifas não vão poder subir livremente. Marcelo Guaranys, presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) complementou dizendo que as tarifas estabelecidas são tarifas-teto. "Estamos inserindo a concorrência nos aeroportos brasileiros. Os consórcios podem cobrar tarifas menores do que as tarifas-teto."

Os investimentos da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) somaram R$ 1,145 bilhão no ano passado. Em 2010, a execução orçamentária de investimentos da empresa havia alcançado a marca de R$ 645 milhões. Houve, portanto, um crescimento de 77,5%. Em 2012, os investimentos devem chegar a R$ 2 bilhões, informa o superintendente de Controladoria da Infraero, Elismar Lopes.

Ao aplicar R$ 1,145 bilhão em investimentos no ano passado, a Infraero conseguiu executar 76% do orçamento revisado para essa área, que era de R$ 1,513 bilhão. Já o orçamento de custeio da empresa, no ano passado, foi de R$ 3,254 bilhões.

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Do total investido em 2011, parcela de R$ 457,1 milhões envolveu recursos próprios, R$ 500 mil de convênios e R$ 687,5 milhões de verba do Adicional de Tarifa Aeroportuária (Ataero), que incide sobre tarifas como taxas de embarque, pouso e permanência. Do total de Ataero arrecadado, fatia de 41,5% segue para a Infraero. O dinheiro deve - obrigatoriamente - ser aplicado em melhorias da infraestrutura aeroportuária.

De acordo com Lopes, o aumento do volume de recursos investidos em 2011 reflete não apenas a necessidade de ampliação de obras nos terminais aéreos brasileiros, mas também resultados de aprimoramentos internos implantados ao longo do ano. Ele explica que as áreas de execução e de elaboração de projetos foram separadas, o que agilizou trabalhos nas duas atividades. Também houve reestruturação na área jurídica, com mudanças nos setores de contratos e licitações.

"Áreas que estavam sendo demandadas foram reforçadas", afirma o superintendente. No ano passado, a Infraero recebeu o reforço de 321 novos empregados. Com isso, a empresa conta atualmente com 13.831 funcionários.

A Infraero explica que, do total de recursos aplicados em investimentos no ano passado, R$ 845,4 milhões foram para obras e serviços de engenharia e R$ 299,6 milhões, em equipamentos, móveis, utensílios e terrenos. A empresa destaca a instalação de cinco módulos operacionais nos aeroportos de Viracopos (SP), Guarulhos (SP), Vitória (ES), Goiânia (GO) e Cuiabá (MT). Os investimentos envolveram, por exemplo, compra de mobiliário para as novas salas de embarque e desembarque.

Dos R$ 2 bilhões previstos para investimentos em 2012, há verba que originalmente seria destinada a projetos nos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Campinas. Como essas três unidades estarão sob processo de concessão, passando a contar com participação da iniciativa privada, haverá uma "sobra" de recursos, o que permitirá à Infraero aumentar investimentos em outros aeroportos, explica Lopes. A navegação aérea é uma área que ganhará reforço nos investimentos, destaca.

Parte dos projetos de investimento de 2012 será contratada por meio do Regime Diferenciado de Contratações (RDC), o novo sistema que atende obras da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. "Com o RDC, conseguimos encurtar o processo de contratação", argumenta Lopes. Ou seja, a agilidade do novo sistema promete garantir que o volume de recursos investidos seja realmente ampliado em 2012.

O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou o espólio do ex-senador e ex-presidente da Empresa de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) Carlos Wilson, morto em abril de 2009, a devolver aos cofres públicos, juntamente com o ex-diretor comercial da estatal, Fernando Brendaglia de Almeida, R$ 19,5 milhões por gestão "temerária e ruinosa". O dano total, pelos cálculos do tribunal, foi de R$ 26,8 milhões, mas quando se trata de pessoa morta a lei prevê que o ressarcimento não ultrapasse o valor da herança.

Auditoria do TCU realizada em 2007 constatou que os dois favoreceram a empresa FS3 Comunicação e Sistemas, que explorava os serviços de mídia dos aeroportos brasileiros, em um contrato sem licitação nem justificativa técnica, que "não produziu os resultados esperados e causou danos ao patrimônio da estatal", segundo anotou o relator do processo, ministro Raimundo Carreiro. A Infraero alegou que pareceres técnico e jurídico recomendaram a assinatura do contrato. Agora vai aguardar a notificação do TCU para recorrer.

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O contrato entre a Infraero e a FS3, firmado em 2003, previa o fornecimento e instalação do software conhecido por Media Plus Advantage v.2, destinado a gerenciar e comercializar espaços publicitários nos 65 aeroportos brasileiros. Implantado em 2005, o sistema deveria produzir lucros, mas foi suspenso com menos de um ano, quando já acumulava prejuízos. Numa primeira inspeção, em 2007, o TCU já detectara vícios no contrato desde a origem, como ausência de licitação e prática de ato antieconômico.

Pelos termos do contrato, a empresa prometia alavancar os lucros da Infraero com a exploração dos espaços publicitários dos aeroportos. O Ministério Público considerou que havia vícios graves e vantagens excessivas à FS3, recomendando tomada de contas especial pelo TCU, que constatou a inexistência de estudos que justificassem a dispensa de licitação. A estatal, segundo o voto do relator, não pesquisou sequer a existência de similares do produto no mercado.

O TCU considerou que o contrato, além de nocivo economicamente, deixou a Infraero "refém da FS3, na condição de suposta fornecedora exclusiva". Para o tribunal, foi uma decisão temerária porque, em vez de firmar contrato com terceiros, a estatal deveria buscar o desenvolvimento de software por meios próprios, "visto que o sistema é de baixa complexidade" e a Infraero possui parceria com a CTIS para, entre outros objetivos, desenvolver e implantar sistemas desse tipo.

Ouvido em 2007, Carlos Wilson alegou ter assinado o contrato "respaldado em manifestações técnicas e jurídicas", uma vez que não detinha conhecimento da área da contratação. Brendaglia, por sua vez, negou favorecimento à empresa e vínculos pessoais com seus dirigentes. Alegou também que a aquisição recente de um software semelhante ao Advantage pela Infraero, "comprova o acerto da decisão" de contratar a FS3.

Hoje, o ex-diretor comercial não foi localizado para comentar a nova decisão do TCU, cujo acórdão foi publicado em 15 de dezembro passado. Além de ter de pagar solidariamente o valor da indenização, Brendaglia foi condenado a uma multa de R$ 195 mil. Ele ficará também inelegível por oito anos, período em que não poderá exercer qualquer cargo em comissão na administração pública. Os valores da condenação aos dois ainda estão sujeitos a atualização monetária.

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) registrava às 14 horas de hoje cerca de 10% de voos domésticos com atrasos de mais de meia hora em todo o País. Do total de 1.542 voos programados para o período, 146 (9,5%) decolaram com atrasos. Outros 17 (1,1%) estavam atrasados entre as 13 horas e 14 horas e 41 (2,7%) foram cancelados.

No Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, oito voos foram cancelados e quatro tiveram alteração de horários entre os 126 previstos para o período. No Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, entre os 137 programados, 11 tiveram atrasos e cinco foram cancelados.

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O governo federal assinou ontem (6) acordo com sindicato para garantir alguns direitos, como estabilidade de emprego por cinco anos, aos trabalhadores da Infraero que forem transferidos para os concessionários que vencerem os leilões dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília.

O presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportos (Sina), Francisco Lemos, disse à Agência Estado que o acordo, que deverá constar nos editais de concessão, também prevê a realização de um programa de incentivo à transferência ou à aposentadoria. Segundo ele, a empresa que vencer o leilão não poderá terceirizar serviços como nas áreas de segurança e operação, assim como do terminal de cargas.

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Além do sindicalista, participaram do encontro os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República), e Wagner Bittencourt (Secretaria de Aviação Civil -SAC) e dirigentes da Infraero.

O movimento de passageiros nos Aeroportos de Congonhas, na zona sul da capital paulista, e no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, estava normal para um feriado prolongado, segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

Boletim das 13 horas da Infraero mostra que em Congonhas, entre os 109 voos previstos para o período, 16 tiveram atrasos de mais de meia hora e 26 foram cancelados. Em Cumbica, do total de 111 voos programados, 18 tiveram atrasos e dois foram cancelados.

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A Infraero assinou hoje contrato com três empresas para a instalação de máquinas de venda de alimentos e bebidas em 12 aeroportos relacionados à Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas, além dos Terminais de Congonhas, em São Paulo, Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e da Pampulha, em Belo Horizonte. Serão distribuídos, ao todo, 143 pontos-de-venda pelos saguões e salas de embarque e desembarque doméstico e internacional. A estimativa é de que os equipamentos entrem em funcionamento ainda em 2011 para atender a demanda da alta temporada. As máquinas foram distribuídas em oito lotes, arrematados pelas vencedoras em pregão eletrônico realizado em agosto deste ano.

As máquinas oferecerão bebidas não alcoólicas, como refrigerantes, sucos e água, salgadinhos e sanduíches, além de opções de café e chás. O contrato prevê que todas as máquinas deverão ter duas opções para pagamento.

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O objetivo da Infraero é diversificar a oferta de produtos e serviços na área de alimentação nos aeroportos e com isso promover maior concorrência com as lanchonetes, para oferecer preços mais baixos aos passageiros e usuários.

Entre os aeroportos que receberão as máquinas de venda estão: o de Recife (PE), Fortaleza (CE), Guarulhos (SP), Viracopos (SP), Confins (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Manaus (AM), Salvador (BA), Galeão (RJ), Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR); além dos aeroportos de Congonhas (SP), Santos Dumont (RJ) e Pampulha (MG).

A semana que começou com voos cancelados por conta das cinzas do vulcão chileno Puyeche promete mais transtornos para os brasileiros que passarem pelos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Campinas. Hoje, os funcionários da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) aprovaram uma greve de 48 horas a partir de quinta-feira contra o modelo de privatização adotado pelo governo para os aeroportos.

Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Francisco Lemos, é preciso alertar a sociedade para os riscos da transferência para a iniciativa privada de atividades como a segurança aeroportuária. "A quem a população vai cobrar se os serviços oferecidos forem precários? Hoje, a sociedade pode cobrar do governo", argumentou.

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Para Lemos, o governo deveria privatizar apenas a área comercial dos aeroportos, deixando o segmento de infraestrutura nas mãos da União. "Os empresários trabalham com um conceito de aeroshopping. Mas, isso pode ser perigoso porque deixa em posição secundária as operações de aviação", explicou.

O presidente do sindicato lembra que apenas 15% dos aeroportos do mundo são privatizados e que 98% dos acidentes acontecem durante as manobras de pouso ou decolagem. "A paralisação é para alertar a sociedade dos riscos de entregar à iniciativa privada a atividade fim dos aeroportos", disse. Ao final do protesto, a categoria pretende se reunir novamente para decidir se prorrogam a greve.

Inicialmente, a greve vai mobilizar apenas os três aeroportos - Guarulhos, Brasília e Campinas - que já estão no cronograma de privatização do governo. A expectativa é de que os leilões aconteçam até o início de 2012. Juntos, os aeroportos têm 3 mil funcionários. Mas, Lemos acredita que a paralisação possa mobilizar também trabalhadores de outros aeroportos. Ao todo, a Infraero tem 15 mil funcionários.

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