Tópicos | Insper

O ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e diretor vice-presidente do Insper, Marcos Lisboa, defendeu em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, que, para retomar a confiança dos agentes na economia brasileira, o próximo governo, independente de quem seja o presidente, terá de resgatar os fundamentos internos. Segundo ele, "a falta de confiança reflete os fundamentos econômicos que têm sido fragilizados desde a crise de 2008/2009".

O economista afirmou que o Brasil sofreu mais que outros países com a crise financeira mundial. "A crise reduziu (a capacidade de crescimento) dos emergentes, mas o Brasil sofreu muito mais", disse, destacando que, desde a crise, o Brasil está mais volátil e mais frágil em relação ao ambiente externo. De acordo com o vice-presidente do Insper, o mundo e a América Latina cresciam 4%, em média, antes da crise e, hoje, avançam 3%, enquanto o Brasil, que crescia 4%, atualmente sobe menos de 2%, em média.

##RECOMENDA##

Lisboa destacou também a importância de se recuperar a credibilidade da política monetária, que, na avaliação dele, foi "desgastada" ao longo da campanha eleitoral deste ano. "Eu tenho afirmado que há problemas fáceis de resolver, difíceis e muito difíceis. Política monetária é um dos fáceis", disse. De qualquer forma, a avaliação dele é de que o governo atual, se reeleito, terá uma vida mais difícil, por ter fragilizado a política monetária.

Uma das receitas para resolver o problema da credibilidade, apontou, é retomar uma política fiscal crível, sem "mascarar" os números. Segundo destacou o economista, o superávit primário necessário para estabilizar a relação dívida pública/PIB seria de 2,5% a 3,5%. "O problema verdadeiro agora é resgatar um superávit primário consistente", ressaltou.

Bancos públicos

O vice-presidente do Insper criticou ainda a política do governo federal de expandir o papel dos bancos públicos no financiamento de empresas. A presidente Dilma Rousseff reiterou que não vai incorporar "algumas coisas" no seu programa "nem que a vaca tussa" e citou como exemplo a redução da participação dessas instituições no crédito. "O Governo fez uma aposta de 2008 para cá, estimulando a demanda com crédito, para reativar a economia, mas infelizmente deu errado", afirmou.

Ele ponderou que, apesar de os bancos públicos terem aumentado a participação no crédito, os investimentos não cresceram. Sobre o diferencial entre a taxa de juros nominal (Selic) e a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), Lisboa afirmou que a distorção é sempre prejudicial para a economia. Hoje, a Selic está no patamar de 11% ao ano e a TJLP, em 5%. Todavia, de acordo com o economista, diante da quantidade de crédito subsidiado, com taxas de até 4%, "a TJLP perdeu a relevância".

Na próxima terça (13) serão encerradas as inscrições para o vestibular tradicional 2015 do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). São oferecidas 150 vagas para os cursos de administração e 75 para ciências econômicas. Os candidatos precisam fazer as inscrições no endereço eletrônico da instituição e o valor da taxa é de R$ 200,00.

A instituição, que é independente e sem fins lucrativos, contará com o ingresso de alunos por meio do Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM). As inscrições para esse processo seletivo vão até o dia 19 de dezembro e não há taxa de inscrição. Para esse semestre, 20 vagas para Administração e 10 para Ciências Econômicas serão destinadas aos  candidatos  que alcançarem a média acima de 700 pontos e no mínimo 650 pontos em cada área do ENEM.

##RECOMENDA##

Candidatos que desejarem obter bolsas de estudos, integral ou parcial, terão até o dia 17 de novembro para enviar toda a documentação, por meio do e-mail ou pelos correios aos cuidados da Coordenação de Bolsas de Estudos. As fichas de inscrições estão disponíveis no website. A prova acontecerá na sede do Insper, localizado na Rua Quatá, nº 300, Vila Olímpia, em São Paulo.

Estão abertas as inscrições para o MBA Executivo e o MBA Executivo em Finanças do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), para turma de outubro. As cargas horárias variam de 640 e 672 aula/horas.

O MBA Executivo terá início  previsto para os dias 6 e 10 de outubro. Já o início para o MBA Executivo em Finanças é dia 6 de outubro. O programa é direcionado aos gerentes, empreendedores, consultores e especialistas com formação em diferentes áreas e setores econômicos e bem como executivos que buscam o aprimoramento. Inscrições até 27 de setembro.

##RECOMENDA##

A partir das habilidades desenvolvidas durante o curso, o profissional poderá pensar estrategicamente a organização, analisar a empresa e suas questões financeiras de forma crítica, resolver problemas e tomar decisões, liderar, conduzir e viabilizar a execução de estratégias, operar no mercado financeiro e no de capitais, assim como atuar em finanças corporativas com foco em resultados.

instituto fica na Rua Quatá, 300, Vila Olímpia, São Paulo. Mais informações pelo site da Insper ou pelo telefone (11) 4504-2400.

O Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) de São Paulo vai passar a usar a nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como forma de ingresso nas turmas de 2015. O Insper é uma instituição privada sem fins lucrativos, que oferece, na graduação, cursos de administração e economia.

Segundo o coordenador executivo de processos seletivos, Tadeu da Ponte, a intenção é abrir possibilidade para candidatos que não têm condições de ir a São Paulo  fazer o vestibular da instituição. "O Insper pretende ser uma faculdade que atraia potenciais intelectuais independente da renda ou do local onde a pessoa vive", diz Ponte.

##RECOMENDA##

Desde 2009 a instituição discute a utilização do Enem. O debate tornou-se mais intenso nos últimos três anos. Com base nas notas obtidas no exame pelos alunos que se classificaram no vestibular da instituição e fizeram também o Enem, o Insper chegou a uma nota mínima exigida. O estudante tem que tirar pelo menos 650 pontos em cada uma das cinco áreas do Enem e ter uma média em todas de 700 pontos.

Ponte diz que o exame, usado para o ingresso em diversas instituições públicas e privadas, tem o rigor necessário para selecionar os alunos. "Fizemos várias análises para chegar nessa nota de corte, que se equipara à dificuldade do nosso vestibular", diz. Ambos os cursos oferecidos pela instituição tem nota 4 nas avaliações do Ministério da Educação - a nota máxima é 5.

Os estudantes que se inscrevem pelo Enem não pagam taxa. O vestibular custa R$ 200. O candidato pode se inscrever nos dois processos seletivos. O Insper oferece 450 vagas por ano. Destas, 45 vagas (10%) serão para os candidatos do Enem. A instituição também oferece bolsas integrais e parciais de acordo com a nota obtida e a renda. Mais informações podem ser obtidas no site do Insper.

Outra instituição que adotará Enem é a Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo. Serão dois os cursos que aceitarão a nota no exame: administração de empresas, 15 das 200 vagas serão para o Enem; e administração pública, que reservará cinco das 50 vagas para o exame. Na FGV do Rio de Janeiro, o exame é aceito em seis cursos, com reserva de 20% das vagas. Mais informações no site da FGV.

Para Fortes, a utilização do Enem por instituições privadas é uma tendência. "Muitos alunos estão se preparando para o Enem no Brasil todo. É uma tendência tornar essa mais uma porta de acesso". O Enem 2014 será nos dias 8 e 9 de novembro. Mais de 8,7 milhões se inscreveram para as provas.

O Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) está com inscrições abertas para o vestibular 2015, do primeiro semestre, que contará também com o ingresso de estudantes através da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O prazo de inscrições para o vestibular tradicional vai até 13 de outubro e o valor da taxa é de R$ 200. Para o processo seletivo via Enem, a candidatura poderá ser efetuada até o dia 19 de dezembro de 2014 e não há taxa de inscrição.

Para esse semestre, a escola oferecerá um total de 225 vagas, sendo 150 para o curso de administração e 75 para ciências econômicas (75). Os estudantes que prestarem o Enem podem também realizar o vestibular da instituição.

##RECOMENDA##

A prova do vestibular tradicional será aplicada na sede do Insper, localizada no bairro da Vila Olímpia em São Paulo, no dia 2 de novembro, em duas etapas. Das 8h às 12h, os candidatos devem elaborar duas redações e responder a 30 questões objetivas de língua portuguesa. Já no período da tarde, os exames serão realizados das 14h às 17h e os candidatos irão responder 35 perguntas objetivas de análise quantitativa e lógica. A lista de aprovados será publicada a partir de 12 de dezembro.

Para obter mais informações sobre o processo seletivo, os interessados podem ser consultar por meio do edital e as inscrições devem ser realizadas exclusivamente via internet, através do site da Insper

A moeda brasileira é uma das mais sensíveis às mudanças no mercado financeiro global. A conclusão é de um estudo inédito feito pelo Insper, que analisou o comportamento de 27 moedas de países emergentes e desenvolvidos entre 2001 e 2013.

O estudo conduzido pelo professor e pesquisador do Insper José Luiz Rossi Júnior mostrou, por exemplo, que o real é a moeda mais afetada quando há alteração na política monetária dos Estados Unidos. Para chegar a tal conclusão, Rossi analisou os impactos da mudanças nos títulos de dez anos do governo americano na cotação das moedas.

##RECOMENDA##

De acordo com a pesquisa, usando outros parâmetros, a moeda brasileira também é mais afetada quando há alteração no humor dos investidores por apetite ao risco, e a segunda mais prejudicada nos casos de mudanças de volatilidade nos mercados globais - nesse caso, fica atrás somente da Turquia. "Do ponto de vista de curto prazo, de influência global na taxa de câmbio, o Brasil é um dos países que mais sentem as mudanças dessas variáveis. É possível perceber claramente a fuga do investidor", afirma o professor do Insper. De acordo com ele, os países escolhidos para compor a pesquisa são considerados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como tendo regime de taxa de câmbio flexível.

Desde a recente crise financeira internacional, iniciada em 2008, fundamentos macroeconômicos, como inflação e crescimento, por exemplo, se tonaram insuficientes para explicar a variação das moedas. Por isso, a necessidade de entender qual a sensibilidade das moedas diante de alterações nas finanças mundiais.

Nos últimos 12 meses, com a normalização da política econômica dos Estados Unidos, o real deu mostras de como é sensível aos movimentos da economia global. A moeda brasileira acumula desvalorização de 18,16% no período até sexta-feira.

O mercado tem se mostrado mais desconfiado da condução da economia brasileira, sobretudo na área fiscal. Recentemente, o Brasil foi colocado no grupo dos chamados "Cinco Frágeis", ao lado da África do Sul, Índia, Indonésia e Turquia. O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) também apontou o Brasil como um dos emergentes mais vulneráveis atualmente. No documento enviado ao Congresso americano, o "índice de vulnerabilidade" colocou o País na segunda posição de um total de 15 países. Nesse caso, a economia brasileira também ficou atrás novamente da Turquia.

Lado oposto

O levantamento do Insper também mostra que, do lado oposto do Brasil, estão o franco suíço e o iene (do Japão), o que mostra que nem sempre é possível explicar a variação da moeda brasileira com base apenas na liquidez atribuída ao real. "O franco suíço e o iene também são moedas líquidas e, na tabela, estão do lado oposto do real", afirma Rossi.

Segundo o professor do Insper, o que de fato ajuda a deixar o Brasil mais sensível está em algum fundamento da economia brasileira. "O investidor vê o Brasil como um país arriscado. A gente tem de entender qual é o motivo. É preciso olhar qual fundamento pesa nessa decisão do investidor de colocar o Brasil como o mais vulnerável", diz Rossi. Na avaliação dele, os fatores que pesam para essa forte sensibilidade da moeda brasileira são uma economia fechada e os desequilíbrio que estão aparecendo na área fiscal. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Estão disponíveis as inscrições para turmas do curso de Pós-graduação lato sensu em marketing, do Insper Instituto de Ensino e Pesquisa. As aulas iniciarão no mês de janeiro do próximo ano.

A qualificação é direcionada para profissionais com até três anos de experiência na área, bem como de segmentos afins. Os interessados em participar do curso devem se inscrever por meio do endereço virtual do Insper, até o dia 21 de janeiro.

##RECOMENDA##

Segundo a instituição de ensino, os encontros ocorrerão no horário das 19h 15 às 22h15, as terças e quintas-feiras. Também haverá aulas aos sábados, das 9h às 12h e das 13h às 16h. O Insper fica na Rua Quatá, 300, na Vila Olímpia, em São Paulo. Outras informações podem ser conseguidas pelo telefone (11) 4504-2400.

 

 

A queda do Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN) no Brasil, de 71 pontos no terceiro trimestre deste ano para 70,1 pontos no quarto, baixa de 1,3%, veio em linha com a tendência de arrefecimento do avanço da economia brasileira no segundo semestre, de acordo com Adriana Dupita, economista do Banco Santander, citando que a atividade deve encerrar o ano em alta de aproximadamente 2% pela expectativa do mercado.

O recuo da confiança foi observado em cinco das seis áreas apuradas pela pesquisa: economia, faturamento, lucro, empregados e investimento - apenas o item ramo de atividade registrou alta. O destaque de baixa foi o quesito investimento, segundo a sondagem, ao cair de 68,1 pontos para 65,6 pontos entre os dois períodos.

##RECOMENDA##

Para o professor e pesquisador do Insper, José Luiz Rossi, a baixa da confiança de pequenos e médios empresários no investimento reflete um crescimento da economia brasileira em um ritmo menor no segundo semestre ante o primeiro. Contribuem ainda para a queda da confiança, segundo Rossi, "o maior endividamento da população, o aumento dos juros - que representa alta de custos -, o processo inflacionário e a incerteza quanto ao câmbio".

O diretor de Segmentos do Santander, José Roberto Machado, também citou a incerteza como o principal fator para o recuo da confiança nos investimentos. "É mais incerteza do que dificuldade de obtenção de crédito", afirmou.

O IC-PMN foi lançado em novembro de 2008 e tem frequência trimestral. O indicador, apurado pelo Insper em parceria com o Santander, mede a confiança dos empresários de pequenos e médios negócios e reflete suas perspectivas em relação ao futuro da economia, do seu setor e do seu próprio negócio. A pesquisa mais recente ouviu 1.403 empresários de todo o Brasil e de todos os setores da economia. Os dados foram coletados nos meses de agosto e setembro.

O Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios no Brasil (IC-PMN) caiu de 71 pontos no terceiro trimestre deste ano para 70,1 pontos no quarto, baixa de 1,3%, de acordo com pesquisa do Insper realizada em parceria com o Banco Santander. O resultado também é inferior ao registrado no quarto trimestre de 2012 (74,6 pontos).

"A pesquisa mostra que os empresários encontram-se menos otimistas em relação à economia brasileira, principalmente devido ao cenário macroeconômico de incertezas e de baixo crescimento", de acordo com o professor e pesquisador do Insper, José Luiz Rossi.

##RECOMENDA##

A queda na confiança pode ser observada em cinco das seis áreas apuradas pela pesquisa: economia, faturamento, lucro, empregados e investimento. O único que teve alta foi ramo de atividade, de 74,7 pontos no terceiro trimestre para 75,0 pontos no quarto. O destaque de baixa foi o quesito investimento, segundo a sondagem, ao cair de 68,1 pontos para 65,6 pontos entre os dois períodos.

Por ramo de atividade, a maior queda na confiança foi verificada entre os empresários da indústria, ao passar de 71,8 pontos para 69,1 pontos. O setor de comércio recuou de 70,7 pontos para 69,9 e o de serviços manteve a confiança estável em 71,2.

Segundo o levantamento, os empresários das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste se mostraram menos otimistas com a economia nacional. Na região Centro-Oeste, por exemplo, a queda da confiança foi de 5,2%. Já os empresários das regiões Norte e Sul se encontram mais otimistas. A região Sul apresentou o aumento mais significativo da confiança, de 1,8%.

O IC-PMN foi lançado em novembro de 2008 e tem frequência trimestral. O indicador mede a confiança dos empresários de pequenos e médios negócios e reflete suas perspectivas em relação ao futuro da economia, do seu setor e do seu próprio negócio. A pesquisa mais recente ouviu 1.403 empresários de todo o Brasil e de todos os setores da economia. Os dados foram coletados nos meses de agosto e setembro.

As profissões das áreas exatas e técnicas estão com a demanda em alta no Brasil, segundo estudo baseado nos Censos de 2000 e 2010, realizado pelo economista Naercio Menezes Filho, do Centro de Políticas Públicas do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e Universidade de São Paulo (USP).

Por outro lado, o aumento da oferta de profissionais acima da demanda do mercado fez com que os salários caíssem entre 2000 e 2010 em profissões não ligadas à área técnica, como Administração, Comunicação e Jornalismo, e Marketing e Publicidade, com quedas de respectivamente 17,8%, 14,1% e 7,4%.

##RECOMENDA##

No topo da remuneração entre todas as formações universitárias em 2010, estavam profissões como Medicina, graduados em academias militares, Engenharia Civil e Odontologia, com salários mensais médios de respectivamente R$ 6.952, R$ 6.359, R$ 4.855 e R$ 4.854. "Há mais demanda na área de exatas, mas a oferta está crescendo mais rápido na área de humanas", comenta Menezes.

O detalhadíssimo trabalho leva em conta um amplo conjunto de informações sobre os 10,6 milhões de brasileiros de 18 a 60 anos que detinham diploma universitário em 2010 (e os 5,4 milhões na mesma situação em 2000). O estudo foi feito por encomenda da BRAiN Brasil, uma associação de bancos, BM&F, Federação dos Bancos Brasileiros (Febraban) e outras entidades, que tem como objetivo transformar o Brasil num polo internacional de investimentos e negócios.

A pesquisa partiu de um aparente paradoxo. Apesar de se constatar no Brasil um apagão de mão de obra qualificada, o salário real médio de quem tem o ensino médio completo caiu de R$ 1.378 em 2000 para R$ 1.317 em 2010. Da mesma forma, os diplomados no curso superior viram seu rendimento médio cair de R$ 4.317 em 2000 para R$ 4.060 em 2010. Se o ganho de quem tem o ensino médio ou grau universitário caiu, é um sinal de que a demanda por qualificação recuou - o que aparentemente contradiz a o fenômeno do apagão de mão de obra.

O estudo detalhado de mais de 40 tipos de formação universitária, porém, explica a contradição. Na verdade, há algumas profissões de grau universitário extremamente demandadas, nas quais a oferta de mão obra cresceu insuficientemente de 2000 a 2010. "São as profissões que o país está pedindo", diz Menezes Filho.

Proporção. É o caso, por exemplo, da Engenharia Civil. Havia 141,8 mil engenheiros civis no Brasil em 2000, número que cresceu para apenas 146,7 mil em 2010. Dessa forma, a proporção de engenheiros civis no total da população com diploma universitário caiu de 2,76% para 1,45% no período. A alta da demanda fica claro na evolução salarial da categoria no período, com elevação de 20,6%. Em 2010, na média, um engenheiro civil ganhava 211% a mais do que os trabalhadores apenas com ensino médio completo. Em 2010, essa vantagem subiu para 266%.

Um fenômeno muito parecido ocorreu com a Medicina, que está no topo de rendimento, e também tem a menor taxa de desemprego entre as profissões (excetuando-se os militares), de apenas 0,62% em 2010. O número de médicos cresceu pouco no Brasil entre 2000 e 2010, saindo de 207 mil para 225 mil. Com isso, sua proporção no total da população diplomada caiu de 4,04% para 2,23%. Já o salário deu um salto de 18,13%.

Algumas profissões fora da área técnica, porém, tiveram aumento de oferta com queda de salário - isto significa que o sistema universitário produziu mais profissionais desse tipo do que o País estava demandando. Em Administração, por exemplo, houve um salto de 594 mil para 1,473 milhão. A profissão passou de 11,6% do total dos diplomados para 14,6% entre 2000 e 2010. A oferta tornou-se excessiva, como fica claro pelo recuo de 17,8% na remuneração.

Em hotelaria, alimentação e turismo, o contingente diplomado quase quintuplicou, fazendo com que a remuneração caísse 22,6%, para R$ 2.585, em 2010. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando