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A Unicamp e o Insper anunciaram nesta quinta-feira, 12, a suspensão das atividades por causa da pandemia com o Covid-19. Na Unicamp, a atividade ficará suspensa até 29 de março. No Insper, as aulas de graduação estão canceladas nesta quinta e sexta-feira (13/03).

Segundo comunicado da universidade estadual localizada em Campinas, no interior paulista, serão mantidas até o fim do mês apenas as atividades essenciais, a ser definidas e informadas à comunidade pelo comitê de crise criado pela Reitoria. Essas atividades ainda serão definidas pela equipe da área de saúde da universidade.

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Os diferentes órgãos da administração central da universidade deverá definir e submeter seu plano de contingência ao comitê de crise ainda nesta quinta-feira. A universidade também cancelou todas as viagens de funcionários e docentes, assim como a recepção de visitantes.

No Insper, escola superior privada da capital paulista, as viagens de avião de professores e colaboradores também estão canceladas. Eventos para mais de 150 pessoas também serão obrigatoriamente remarcados. "Estamos nos preparando para todos os desdobramentos possíveis. (...) Acompanhando o movimento de diversas instituições nacionais e internacionais, o Insper adotou uma série de medidas preventivas", diz nota da instituição.

O cientista político Carlos Melo, professor do Insper, avalia que a Operação Guinhol, deflagrada na manhã desta terça-feira, 15, pela Polícia Federal (PF) e que tem como alvo o deputado federal e presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), só "aumenta a confusão" entre o partido e o presidente Jair Bolsonaro.

"Não diria que a operação fortalece o presidente. Ele está brigando com o Luciano Bivar, mas ainda é o partido dele. O partido trabalhou para que ele fosse eleito. Não se sabe ainda, tem que avaliar, se não tem nenhum respingo na campanha dele Bolsonaro."

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O cientista político ressalta que ainda não está claro como Bivar vai encarar a operação da PF, "se como uma investigação normal ou como uma retaliação". "Não sabemos também se haverá retaliação do próprio Bivar em relação a isso", disse Melo. "Toda ação tem uma reação, a gente tem que ver os desdobramentos", acrescentou. A defesa de Luciano Bivar se manifestou nesta manhã e afirmou que vê o mandato de busca e apreensão deflagrado pela Polícia Federal como "situação fora de contexto."

A Operação Guinhol apura supostas fraudes na aplicação de recursos destinados a candidaturas femininas em Pernambuco. De acordo com a PF, há indícios de que os recursos destinados às candidaturas de mulheres foram usados "de forma fictícia" e "desviados para livre aplicação do partido e de seus gestores".

Ministro do Turismo

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, também é investigado por suposto desvio de recursos por meio de candidaturas femininas laranjas nas eleições de 2018, quando era presidente do PSL em Minais Gerais. Para Carlos Melo, o fato de o presidente Jair Bolsonaro ainda o manter no cargo mostra "dois pesos e duas medidas".

"O rigor que Bolsonaro e o bolsonarismo sempre tiveram em relação aos adversários, parece não haver em relação aos seus próximos", afirma o cientista político. "Imagina se esse tipo de acontecimento, se esses personagens estivessem em um partido adversário, no PT, PSDB ou MDB, como o Bolsonaro e o bolsonarismo reagiriam?", questionou.

Brigas internas

A crise entre o presidente e o PSL ficou evidente na terça-feira passada, 8, quando Bolsonaro recomendou, na porta do Palácio do Alvorada, a um apoiador que "esquecesse" o partido e afirmou que Luciano Bivar "está queimado para caramba". Ontem, o porta-voz da Presidência, o general Otávio do Rêgo Barros, disse que "qualquer casamento é passível de divórcio", ao ser questionado sobre a possível saída de Bolsonaro da legenda.

Ainda na semana passada, o presidente pediu uma auditoria nas contas do PSL dos últimos cinco anos para avaliar como os recursos do Fundo Partidário foram usados. Já o comando do partido sinalizou que irá pedir uma auditoria nas contas da campanha presidencial do ano passado.

Para Carlos Melo, o partido enfrenta uma disputa de poder vinculada às verbas do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário e ao controle de diretórios regionais, como os de São Paulo e do Rio de Janeiro. O cientista político avalia que mesmo um enfraquecimento de Luciano Bivar devido à operação da PF não deve acalmar os ânimos. "Essa disputa não tende a se resolver rapidamente. As disputas de poder internas tendem a ter um grau de emoção e de contundência até maior do que as disputas para fora."

Já sobre a articulação do governo no Congresso, Melo acredita que nada muda. "Já é uma articulação muito ruim, certamente ela não melhora. Mas para a coordenação do governo, o PSL não tem sido muito importante", afirma o cientista político, para quem a agenda do Legislativo tem dependido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). "O que tem acontecido no Congresso ultimamente é que ele tem autonomia própria. O Congresso hoje vota a despeito do governo. E essa situação só deixa o governo mais vulnerável."

Fernando Schüler, cientista político e professor do Insper, fez uma análise da relação entre o presidente Jair Bolsonaro e o vice-presidente Hamilton Mourão. O especialista respondeu a uma série de perguntas. Confira:

O envolvimento dos filhos do presidente em questões federais voltou à tona com as críticas ao vice Hamilton Mourão por Carlos Bolsonaro. Políticos e especialistas já criticaram tal atuação. Isso tem sido prejudicial?

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Os filhos de Bolsonaro são agentes políticos. Um deles é senador (Flávio), outro é o deputado federal mais votado do País (Eduardo). Eles são líderes do partido do governo e da coalizão que está no governo. Logo, eles necessariamente terão influência no governo, goste-se ou não. Caso Ciro Gomes tivesse sido eleito, é presumível que Cid Gomes seria um ator político influente no governo. O caso de Carlos Bolsonaro é diferente.

Parece claro que, tanto no caso da demissão do ministro Bebianno, como agora, no ataque ao general Mourão, ele cumpre o papel de porta-voz informal do presidente. Como o comportamento se repete, é claro que não se trata de uma casualidade, mas de um método. Bolsonaro opta por criar uma espécie de espetáculo público para repreender seu vice-presidente e resolver assuntos que deveriam ser tratados a portas fechadas.

Como avalia a postura do vice-presidente nesse episódio?

Em relação a Mourão, o erro vem da montagem do governo. O vice deveria ter uma função definida e não ficar vagando por aí, claramente insatisfeito com o tratamento que recebe no governo, buscando alguma mídia e a imagem de "contraponto razoável" ao presidente. Há, na minha visão, um grande erro estratégico aí.

Qual é a sua avaliação a respeito dos primeiros cem dias?

Bolsonaro representa um governo de ruptura, como foram Collor, em 1990, e Lula, em 2003.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A leitura dos tuítes de Jair Bolsonaro ordenados a partir de um "índice de controvérsia" evidencia os limites da estratégia do presidente de estabelecer comunicação direta com os cidadãos por meio de redes sociais. As publicações nas quais o presidente é mais ideológico galvanizam sua base de apoio, mas são em geral contestadas por outros setores.

Uma lei não escrita das redes sociais indica que os piores tuítes de alguém são os que têm maior proporção de respostas e comentários em relação à soma de retuítes e "likes". É o que se chama de "ratio", no jargão dos usuários e especialistas. Aplicada às postagens do presidente, essa metodologia indica que as maiores reações negativas ocorrem quando ele publica algo inserido no contexto de "guerra cultural" contra o que considera ideológico ou imoral.

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No topo do ranking dos tuítes negativos ou controversos de Bolsonaro está o que ele publicou no Carnaval, com o vídeo obsceno de integrantes de um bloco de rua em São Paulo e o seguinte texto (mantidos os erros do original): "Não me sinto confortável em mostrar, mas temos que expor a verdade para a população ter conhecimento e sempre tomar suas prioridades. É isto que tem virado muitos blocos de rua no carnaval brasileiro. Comentem e tirem suas conclusões".

A postagem na qual Bolsonaro atacou uma repórter do Estado, atribuindo a ela falsas declarações, aparece no quarto lugar do ranking. O pai da repórter, que também é jornalista, foi alvo no mesmo tuíte: "Constança Rezende, do 'O Estado de SP' diz querer arruinar a vida de Flávio Bolsonaro e buscar o Impeachment do Presidente Jair Bolsonaro. Ela é filha de Chico Otavio, profissional do 'O Globo'. Querem derrubar o Governo, com chantagens, desinformações e vazamentos."

Outros ataques à imprensa também estão na lista de postagens que provocaram maior reação negativa, segundo o cálculo de "ratio". Por outro lado, há pouca controvérsia quando Bolsonaro faz anúncios ou comentários relacionados a medidas adotadas pelo governo - ou seja, ele é mais bem recebido pelas redes quando atua de forma mais "presidencial".

O cientista político Guilherme Casarões, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que acompanha o impacto das redes sociais na política, diz que a estratégia de comunicação de Bolsonaro é própria de um "campo de batalha" pelo domínio da opinião pública. As consequências, segundo ele, estão desentendimentos entre membros do governo escancarados ao público, crises diplomáticas e a constante quebra de protocolos.

Para Casarões, se por um lado Bolsonaro tem "capilaridade" na opinião pública, com milhões de seguidores no Twitter, por outro se torna constantemente exposto ao risco de incompreensão e a reações negativas da base que o elegeu.

O modo como o presidente da República usa a rede social foi alvo de críticas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nos últimos dias. Para o parlamentar, Bolsonaro deveria dedicar mais tempo à articulação pela reforma da Previdência e menos ao Twitter. "Ninguém consegue emprego, vaga na escola, creche, hospital por causa do Twitter", disse Maia em entrevista ao Estado publicada ontem.

O governo e o Congresso vivem um embate justamente porque Bolsonaro, apegado à ala mais ideológica de sua base, se nega a articular com mais afinco pela reforma no Legislativo.

O ranking com 613 tuítes que Bolsonaro publicou desde a posse presidencial foi elaborado por Pedro Burgos, jornalista e professor no curso de pós-graduação em Jornalismo no Insper. Mas qual é a lógica por trás do cálculo de "ratio"? No Twitter, há três possíveis formas de interação: o retuíte (quando um usuário encaminha para seus seguidores o conteúdo publicado por outro), o "like" (quando se clica no ícone do coração para indicar ao autor que se aprova o que ele escreve) e o comentário. As duas primeiras reações são entendidas como positivas. A terceira, em geral, indica o contrário. Quando se mede a proporção entre elas, é possível listar as postagens mais e menos controversas.

Estudo surgiu em 2017

Análise de 613 tuítes publicados por Jair Bolsonaro de 1.º de janeiro a 14 de março, feita pelo jornalista e pesquisador Pedro Burgos (Insper), indica que os textos focados em temas culturais ou ataques à imprensa têm menos apoio do que os que se atém a questões presidenciais, de anúncio de medidas ou projetos do Executivo. Essa conclusão se baseia no conceito de "ratio". Ratio, ou razão, vem de ratioed, uma expressão que surgiu em discussões sobre o Twitter no fim de 2017.

Uma pessoa é "ratioed" ("proporcionada") quando o número de respostas a um tuíte é maior que a soma de likes e retuítes. Um mau ratio vem quando mais gente preferiu reclamar a endossar e compartilhar uma mensagem no Twitter. "Retuíte" não é necessariamente endosso, especialmente após o Twitter adicionar a função "quote", em que é possível acrescentar um comentário a uma mensagem compartilhada. / D.B. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

De cada dez pequenos e médios empresários, quatro acreditam que a reforma trabalhista facilitou o processo de contratação e demissão de trabalhadores. É o que aponta o levantamento realizado pelo Centro de Estudos de Negócios do Insper em parceria com o Banco Santander.

De acordo com a pesquisa, para 38,94% dos empresários a reforma trouxe um impacto positivo ou muito positivo nas contratações e demissões. Já 49,39% dos entrevistados afirmam que não houve qualquer tipo de influência com a reforma, enquanto 11,67% acham que o impacto foi negativo ou muito negativo.

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Na análise por setores, a influência mais positiva da reforma trabalhista foi observada no comércio (41%). Em seguida, estão indústria (40%) e serviços (36%).

A reforma trabalhista, em vigor desde novembro de 2017, alterou diversos pontos da legislação trabalhista. Uma das mudanças é a possibilidade de demissão por comum acordo e a contratação de trabalho esporádico ou intermitente.

O Insper e o Banco Santander realizaram o levantamento por meio de entrevistas telefônicas com 1.320 pequenos e médios empresários de todo o Brasil.

O ex-governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, indicou nesta quinta-feira (17) acreditar que o presidente Michel Temer (MDB) não será candidato este ano.

"Até pode ser", disse o tucano após participar de um evento com estudantes do Insper, na capital paulista, mas ponderou. "Quando você tem presidente eleito e candidato à reeleição, ele é muito favorito. O presidente Temer não foi eleito, é claro que tem mais dificuldade. Tanto é que é o (Henrique) Meirelles que está mais candidato", disse.

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Com baixíssimos níveis de aprovação, Temer tem enfrentado dificuldades em se firmar como candidato e declarou hoje, após uma almoço na casa do deputado Heráclito Fortes (DEM-PI), estar "meditando" sobre a possibilidade de desistir de se lançar no pleito desse ano.

"Por que se tem tanto candidato (nessas eleições)? Primeiro pelo pluripartidarismo, resultado da falta da reforma. Segundo, quando um presidente eleito tenta a reeleição, ele é forte e tem poucos desafiantes. Mas agora é diferente", argumentou Alckmin, para depois emendar: "Se for candidato, claro que vamos respeitar."

Apesar de acreditar que o emedebista não levará adiante sua candidatura, Alckmin não quis comentar se busca uma aliança com seu partido e manteve o discurso de que as definições se darão em julho. "Isso fica mais para frente, não vai ter novidades por enquanto".

Reformas

O ex-governador reafirmou que pretende, caso eleito, aproveitar o primeiro ano de mandato para aprovar quatro projetos difíceis, as reformas política, da Previdência, a tributária e a do Estado.

"O próximo presidente eleito terá quase 60 milhões de votos, tem que aproveitar para fazer essas reformas macro", disse o tucano.

Aos estudantes do Insper, Alckmin criticou o sistema político atual, que é composto não por "35 ideologias, mas pequenas e médias empresas mantidas com dinheiro público". Ele defendeu também um Estado menos empresário e mais regulador e as reformas previdenciária e tributária para ajudar a zerar o déficit público, o que pretende fazer em "até dois anos".

O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles reforçou que mantém sua intenção em ser candidato a presidente da República pelo MDB e não considera a hipótese de ser vice em uma chapa encabeçada por outro presidenciável. Afirmando que um candidato de centro estará no segundo turno, Meirelles avalia que outros nomes do mesmo campo não tem um potencial de crescimento de votos maior do que ele.

"A minha candidatura é a de presidente. Não estou considerando a hipótese de ser vice-presidente porque não estou convencido de que outros candidatos do que eu chamo do centro democrático têm um potencial de votos realmente maior do que o nosso", declarou o ex-ministro, durante debate promovido pela Insper Jr. Consulting, consultoria gerida por alunos de graduação do Insper,

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Figurando com 1% nas intenções de voto em pesquisas eleitorais, Meirelles repetiu que a crença em seu potencial de crescimento está ancorada em quatro características demandadas por eleitoras que ele julga ter: competência, experiência, seriedade e honestidade.

Para o ex-ministro, a "sensação de bem-estar" com o crescimento da economia vai beneficiar candidatos reformistas e evitar que candidatos "populistas" vençam o pleito.

Ele comentou que a saída do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa (PSB) do cenário muda o quadro eleitoral. Para o ex-ministro, haverá uma dispersão até o período das convenções partidárias, entre final de julho e agosto, e uma dispersão menor até setembro, antes do primeiro turno.

Meirelles disse ainda esperar que o "fracasso" do governo de Dilma Rousseff (PT) tenha sido tão "profundo" que sirva de lição para o eleitor escolher seu candidato.

Enquanto o presidente Michel Temer estabelece conversas com o PSDB, que lançou o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin como pré-candidato, Meirelles disse que não acredita em "acordo de bastidor" e que o critério para definir candidatos em aliança deve ser o potencial eleitoral. "Outros poderão tomar a mesma decisão de desistir, acredito que essa consolidação será natural porque eu não acredito muito em acordo de bastidor", declarou. "Só o potencial eleitoral, de fato, é que vai definir isso."

O presidente do Insper, Marcos Lisboa, afirma que o uso da Caixa para financiar Estados e municípios repete a estratégia equivocada do passado, que faz com que o banco estatal sempre necessite de aportes do Tesouro Nacional.

O governo está retomando o uso dos bancos públicos para financiar Estados e municípios?

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Acho equivocado dar esses empréstimos. Nós já vivemos no Brasil vários momentos de bancos públicos em dificuldade por terem concedido crédito de forma exagerada, inclusive, no passado recente, para os próprios Estados e municípios. Na medida do possível, os Estados devem conseguir recursos no mercado pelas suas próprias pernas. A Caixa já atravessa um momento difícil, teve a sua rentabilidade prejudicada pelas operações estimuladas pela política dos últimos anos. Esse momento já deveria ter passado.

As indicações recentes mostram a repetição de um erro?

Tudo indica que sim. Acho inclusive que temos que começar a discutir se vale a pena ter banco público no Brasil, dado o fracasso que tem sido a utilização deles por parte dos gestores de política pública.

Qual é o risco das operações feitas sem garantia da União?

A gente está assistindo agora. A Caixa concedeu créditos, está com problemas para satisfazer requisitos regulatórios e ela está tendo que ter acesso a recursos da sociedade, nesse caso a proposta, que na minha visão é mais um equívoco, via recursos do FGTS.

Quando tem garantia da União, o Tesouro reembolsa o banco em caso de inadimplência. Sem garantia, é mais difícil?

Mas de qualquer maneira, a União é responsável pela solvência da Caixa. Se a Caixa tem problemas, quem tem que aportar recursos é a União. Isso já aconteceu várias vezes no passado, nos anos 90 a gente já atravessou problemas como esse. Agora mesmo estão usando um subterfúgio, que é um empréstimo do FGTS que é completamente equivocado, não é papel do FGTS emprestar recursos para a Caixa enfrentar dificuldades pela sua política equivocada de crédito.

É uma imprudência neste momento?

Acho que em qualquer momento. Bancos públicos, sobretudo quando é empréstimo para o poder público no Brasil, têm sido fonte de problemas. Acaba dando por razão errada, não porque é uma boa oportunidade, não porque é rentável ou tem boa política para ser executada, e com frequência resulta em problemas para o próprio setor público. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira (28) que considera a candidatura em 2018 do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "mais provável do que não". O petista não conseguirá ser candidato caso seja condenado em segunda instância pela Justiça Federal. Ele foi condenado em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A declaração de Maia foi dada após pergunta sobre sua avaliação para o cenário eleitoral em 2018, em evento sobre renovação política em São Paulo, na sede do Insper. O presidente da Câmara disse ainda que o ex-presidente, caso seja candidato, vai fazer uma campanha mais radical à esquerda. "Ele vai querer criar um polo de radicalização para garantir a ida dele para o segundo turno", afirmou.

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Maia comentou ainda que o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) terá dificuldades em disputar a eleição presidencial do ano que vem, por não ter espaço em partidos políticos com considerável tempo de televisão e não contar com apoio de lideranças políticas regionais. "Ainda acho que nessa eleição a televisão será relevante. E também acho que é importante ter um aeroporto onde aterrissar durante as campanhas, não adianta fazer evento com 3 mil pessoas e não ter ninguém lá para fazer a campanha para você, é um desafio que o Bolsonaro tem nesse processo", analisou.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se disse contrário a que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida sobre o fim das coligações proporcionais. "Não gosto do Supremo decidindo pelo Parlamento. Prefiro que Congresso vote ele mesmo o fim das coligações", declarou o deputado, após provocação feita pelo ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT).

O petista afirmou ser favorável a uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) para que o Supremo julgue a questão, assim como foi feito com a questão do financiamento privado de campanha em 2015. Maia, que participou com Haddad de um evento sobre renovação política no Insper, em São Paulo, lembrou de dois casos considerados "negativos" de decisões tomadas pelo STF nesse âmbito.

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O primeiro foi a decisão de acabou com o fim da cláusula de barreira, em 2006, e o segundo foi a que deu a um partido recém-criado, o PSD, direito a tempo de TV e ao fundo partidário, em 2012.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso defendeu nesta sexta-feira, 18, a limitação do foro privilegiado. "É preciso manter o foro para chefes de Poder e já está de bom tamanho", disse, durante palestra no Insper.

Para Barroso, se ao limitar o foro os ministros do Supremo ficarem sem este benefício, não tem problema. "A questão do foro é uma mudança indispensável", disse ele ao falar do excesso de demanda para o STF, que tem recebido uma média de 70 mil processos por ano, quando, para ele, deveria receber uma fração deste total.

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Há uma reação de pessoas e políticos contra o combate à corrupção porque elas sempre se "supuseram imunes" e, assim, praticaram "quantidade inacreditável de crimes", afirmou Barroso. Essas mesmas pessoas reagem à perspectiva de serem responsabilizadas penalmente. Junto aos que não querem ser responsabilizados pelos crimes, há um lote pior, daqueles que não querem ficar honestos nem a partir de agora, em meio aos reflexos da Operação Lava Jato. "Portanto, querem que o sistema continue como está."

O ministro destacou que, mesmo com a Lava Jato e mesmo após o julgamento do Mensalão, os áudios, os vídeos e as malas de dinheiro continuam aparecendo. "Alguém poderia supor que há uma conspiração geral em um país em que um presidente foi denunciado, dois chefes de Casa Civil foram condenados, diversos ex-governadores estão presos, todos os membros de um tribunal de contas foram presos. O problema são os fatos, os vídeos, as malas."

Um país que ameaça mudar a jurisprudência de acordo com o réu, observou o ministro, não é um estado de direito, mas de compadres. O comentário foi feito quando o ministro falou rapidamente da discussão recente sobre a possibilidade de prisão após a condenação em segundo instância. Esta semana, o juiz federal Sergio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, manifestou preocupação sobre a possibilidade de mudança nesta questão em encontro com a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia.

Para se criar uma cultura de honestidade, disse Barroso hoje, é preciso aplicar a lei, principalmente para os mais ricos. "A lógica de um juiz não é a lógica do amigo ou inimigo. A lógica é o certo e o errado, justo ou injusto, legítimo ou ilegítimo", disse ele, destacando que o judiciário não é para perseguir inimigos e proteger amigos.

Elevar a eficiência da economia para promover a retomada do crescimento foi o tema central de um conjunto de palestras realizado ontem (6) no Insper, instituto de ensino e pesquisa que é referência em economia e negócios. O evento marcou o lançamento oficial do site "Por quê? - Economês em Bom Português", criado para simplificar o entendimento do mundo dos números e das finanças.

Três palestras defenderam que, em paralelo ao ajuste das contas públicas, no curto e no longo prazos, o País precisa implementar uma terceira agenda, dedicada a promover o crescimento. Na avaliação do economista José Alexandre Scheinkman, professor da Columbia University, nos Estados Unidos, um caminho certeiro é elevar a produtividade. Em outras palavras: fazer com que trabalhadores, empresas e governo no Brasil sejam capazes de produzir mais e melhor com o que já dispõem - ou até com menos.

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A produtividade, na maioria dos setores no Brasil, não apenas estagnou, como até andou para trás. Na indústria de transformação e na construção civil, por exemplo, a produtividade piorou 1% ao ano, de 2000 a 2009. "Se não entendermos a produtividade, nada mais vai funcionar", disse Scheinkman. Para recuperar o tempo perdido, ele indica algumas medidas, como aumentar a integração do Brasil à economia global, fomentar a competição e elevar investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

Outra vertente, de longo prazo, é aperfeiçoar a educação. "Precisamos descobrir porque não sabemos educar", disse o economista Ricardo Paes de Barros, um dos mais respeitados estudiosos do tema, que tem feito pesquisas para identificar o que há de errado nas escolas e com os professores.

Como boa parte das medidas depende do poder público, Ana Carla Abrão, secretária da Fazenda do governo de Goiás, reforçou a necessidade de União, Estados e municípios também perseguirem a eficiência, o que não é muito fácil, dada a pesada estrutura dos entes públicos. "Hoje, 75% da receita do Estado de Goiás, gerada por 6,6 milhões de habitantes, é gasta no pagamento do salário de 110 mil servidores: essa excrescência não ocorre apenas em Goiás, mas em todo o País", disse.

Para o economista Marcos Lisboa, presidente do Insper, não haverá como desatar os nós da recessão se o governo não aprimorar a capacidade de implementar ações no tempo certo e da maneira correta: "Você precisa de humildade para implantar políticas públicas: primeiro, deve testá-la, depois, implementá-la com cautela, porque um diagnóstico apressado pode levar ao erro", disse. Exemplo: "De 2011 a 2014, o governo apostou tudo que, gastando mais, faria o País crescer. Pois é: deu errado", disse Lisboa.

Economês

O site Por Quê - Economês em Bom Português foi criado pela Bei Editora. Segundo Marisa Moreira Salles, uma das fundadoras da Bei, a fonte de inspiração do site foi a campanha eleitoral do ano passado, pautada em temas econômicos importantes, mas obscuros para o brasileiro médio. "A maioria dos eleitores não entendeu o debate e, quando isso acontece, as pessoas ficam perdidas num mar de informação, algumas, não raro, mal-intencionadas", disse Marisa.

Pela proposta do site, o público deve interagir, enviando dúvidas e sugestões, até sobre qual é a melhor alternativa para que o tema de sua preferência seja abordado. A equipe do site recorre a várias ferramentas: blog, vídeos e até músicas. Tomas Alvim, também fundador da Bei, explica que a proposta é avançar ainda mais. "O próximo passo será oferecer palestras e cursos, onlines e presenciais", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A liberdade de expressão é tema de seminário promovido na sexta-feira, 28, pelo Insper e pelo Instituto Palavra Aberta, na sede da entidade, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.

O encontro, destinado a estudantes em geral, é dividido em dois painéis: o primeiro foca no papel da imprensa na defesa da democracia e o segundo, nas novas formas de financiamento do jornalismo digital. "Chegamos ao tema a partir da sensação de que precisamos discutir a liberdade de expressão como sustentação da democracia, reforçando cada vez mais ter veículos independentes", afirma Patrícia Blanco, presidente da Palavra Aberta.

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Na primeira parte, o filósofo e cientista político Fernando Schüler, professor do Insper, vai mediar a mesa com os jornalistas Augusto Nunes, da revista Veja; João Gabriel de Lima, diretor de redação da revista Época; e Sérgio Dávila, editor executivo do jornal Folha de S.Paulo.

Em seguida, Patrícia vai moderar mesa formada por Edward Pimenta, diretor de Apoio Editorial da Abril Mídia; Marcel Leonardi, diretor de Políticas Públicas do Google; e Ricardo Gandour, diretor de Conteúdo do Grupo Estado. "Há casos interessantes de novos espaços sendo abertos na imprensa, menos tradicionais, que estão crescendo. Vamos discutir como fazer esses veículos virarem negócios que se paguem, para garantir o livre fluxo de comunicação", disse Patrícia.

O seminário marca as atividades do segundo semestre de cátedra sobre o tema, idealizada pelo Insper e pelo Palavra Aberta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Professores da Fundação Getulio Vargas (FGV), do Insper, da Fipe-USP e da Faap elaboraram um manifesto em apoio às medidas econômicas adotadas no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. O documento circulou pelas universidades paulistas há duas semanas e já foi endossado por 104 economistas.

Na lista dos professores que assinaram o manifesto estão Ernesto Lozardo e Yoshiaki Nakano, ambos da FGV; Marcos Lisboa, do Insper; Carlos Luque, da Fipe-USP; e Luiz Alberto Machado, da Faap.

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No documento batizado de "Manifesto dos economistas em apoio às medidas de ajuste fiscal e econômico do governo federal", os professores afirmam que a economia brasileira enfrenta uma "grave crise fiscal" e que, se o programa de ajuste não for adiante, o Brasil corre risco de perder o grau de investimento, o que resultaria "em um aprofundamento das dificuldades econômicas, financeiras e do emprego."

Para os economistas que apoiaram o documento, as correções nas distorções de políticas públicas e sociais vão permitir ao País "recuperar a credibilidade na política econômica, assegurar a queda das taxas de juros, da inflação e a expansão da oferta."

O texto não cita o nome do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e faz criticas à nova matriz econômica desenvolvida no primeiro mandato da presidente Dilma. O manifesto deverá ser entregue para as principais lideranças do Congresso Nacional e para o vice-presidente, Michel Temer.

Dificuldade

O documento é elaborado num momento no qual o governo tem dificuldade para defender algumas políticas econômicas entre os seus apoiadores. A equipe econômica tem sido criticada por aliados por adotar medidas consideradas ortodoxas, que foram rejeitadas pela petista durante a campanha presidencial do ano passado. Para piora o quadro, o governo tem de defender essas políticas num quadro econômico bastante complicado e sem um sinal claro de recuperação no curto prazo. No último relatório Focus, do Banco Central, a expectativa dos economistas é que o Produto Interno Bruto (PIB) recue 1,35% em 2015 e cresça apenas 0,9% no ano que vem.

"Notamos que houve um movimento político contra as medidas econômicas, ou seja, para que se volte a fazer assistencialismo fiscal", afirma Lozardo. "Alguns economistas estão comparando as medidas adotas no Brasil com as políticas de austeridade adotadas nos países da União Europeia que levaram ao desemprego. Não é nada disso. A União Europeia tem problema de demanda, o que não é o nosso caso. Temos problemas de oferta", diz.

Nos últimos dias, a presidente Dilma teve de ir à público defender a sua nova política econômica. Em entrevista concedida ao Estado, ela disse que Levy não pode ser transformado em "judas". Na abertura 5º Congresso do PT, a presidente voltou a pedir a apoio da legenda para as políticas de ajustes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ainda estão disponíveis as inscrições para o curso de Pós-Graduação em Marketing do Insper. A qualificação tem carga horária de 482 horas e previsão de início para o dia 20 de julho. Ao todo, 30 vagas estão disponíveis.

Voltado para profissionais com até três anos de experiência na área de marketing ou segmentos relacionados, o curso pretende desenvolver competência e habilidades em marketing, a fim de preparar o aluno para que ele possa assumir posições de gestão. Os interessados em cursar a pós-graduação devem se inscrever, até 11 de julho, por meio do endereço eletrônico da instituição de ensino.

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As aulas serão realizadas as segundas e quartas-feiras, das 19h15 às 22h15, bem como aos sábados, nos horários das 9h às 12h e das 13h às 16h. A Insper fica na Rua Quatá, 300, na Vila Olímpica, em São Paulo. Mais informações podem ser conseguidas pelo telefone (11) 4504-2400.

Estão abertas as inscrições para a pós-graduação em direito societário oferecida pela Insper. As aulas serão realizadas aos fins de semana, possibilitando que os alunos que não têm muito tempo disponível possam aproveitar o conteúdo de forma satisfatória. O objetivo é compreender e analisar, de maneira crítica e sob o ponto de vista multidisciplinar, os princípios, regras e práticas de mercado relacionadas ao processo de estruturação e reestruturação de sociedades no Brasil.

O curso terá cara horária de 375 horas/aula, em 18 meses. O inicio das aulas é em 27 de julho. Os interessados têm até o 8 de julho para realizar as inscrições, por meio da internet. Os interessados em tirar dúvidas, visitar as instalações do Insper, conhecer o corpo docente e a grade curricular do curso podem participar do "Encontro com a Coordenação", que acontece no dia 28/05. 

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Serviço

Curso de pós-graduação em direito societário 

Aula inaugural: 24 de julho

Dias e Horários: Quinzenais às sextas das 18h às 22h e aos sábados das 8h às 17h

Endereço: Rua Quatá, 300, Vila Olímpia - São Paulo

Carga Horária: 375 horas.

Inscrições: até 8 de julho

Informações: (11) 4504-2400

A movimentação de quarta-feira (27) no Congresso Nacional comprova o poder individual do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que conseguiu se articular e "dar o troco" na questão que lhe era mais cara: o financiamento privado de campanhas. A avaliação é de Carlos Melo, cientista político do Insper. Para Melo, a votação do distritão, que foi a seu ver precipitadamente avaliada como uma derrota de Cunha, mas era apenas uma forma de o presidente da Câmara "colocar o bode na sala", desviando a atenção e mantendo o foco no financiamento empresarial durante as negociações com os parlamentares.

"O objetivo de Eduardo Cunha era colocar na Constituição o financiamento privado. Sua arrogância e nepotismo na forma em que desmobilizou a comissão da Reforma Política fizeram com que ele perdesse o que mais buscava na votação de terça-feira (26) mas ele conseguiu dar o troco ontem. De alguma forma, o que aconteceu não surpreende, pois foi a reação de um ator político que ainda tem a maior força individual no Congresso Nacional."

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Carlos Melo avalia que Cunha soube ter frieza aliada a uma grande "esperteza regimental", pressionou os partidos pequenos, e conseguiu aprovar na noite de quarta-feira a emenda do líder do PRB, Celso Russomanno (SP). A proposta contornou o financiamento empresarial direto a candidatos, mas liberou a doação de pessoas jurídicas para partidos.

"É uma mudança muito lateral, mas que piora o sistema, pois piora a transparência", disse Melo ao explicar que a medida aumenta o peso do mecanismo de doação via partido, mesmo que esse dinheiro já seja destinado a um candidato específico. "Hoje, você tem a possibilidade de alguma transparência, com essa regra, acaba."

PT

A emenda de Russomanno vai na contramão do que vem defendendo o partido da presidente Dilma Rousseff, que anunciou que não receberia mais doações empresariais nos diretórios mas não havia definido ainda como ficaria a doação para candidatos.

Para Carlos Melo, se a PEC aprovada ontem na Câmara passar no Senado, a tendência é o PT voltar atrás, pois não faz sentido a legenda se "auto-flagelar" quando o sistema escolhido por todos é outro. "Sempre há a possibilidade de o PT morder a língua. O partido pode dizer que defendeu, na reforma política, o fim do financiamento privado e que foi derrotado em manobra do Eduardo Cunha", avalia.

Reeleição

Para o cientista política, a aprovação do fim da reeleição na Câmara foi mais uma forma de "fazer barulho", enquanto se aprovava a matéria central para os parlamentares, que era o financiamento privado. Carlos Melo acredita que a medida deve cair quando chegar ao Senado. "Por que o fim da reeleição interessaria agora que a oposição está mais forte, quando PMDB e PSDB têm chances reais de chegarem ao governo em 2018?"

O apagão ocorrido nesta segunda-feira, 19, em alguns Estados do País acende mais uma luz amarela para a gestão da presidente Dilma Rousseff, que enfrenta um ano de crise na economia.

Na avaliação do cientista político Carlos Melo, professor do Insper, numa comparação com o cenário ocorrido na gestão do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, que precisou criar até uma Câmara de Gestão da Crise de Energia, em maio de 2001, o problema hoje é muito maior.

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"Ao contrário do que ocorreu no governo FHC, onde a economia estava em crescimento e ele estava vivendo um clima positivo, hoje a situação é de crise e o momento muito pior", destaca Melo, complementando que o País não está crescendo, mas já está vivendo essa crise no abastecimento de energia.

As críticas do cientista político não se restringem apenas à gestão da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), reeleita em outubro do ano passado, mas também a outros gestores, como o governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em razão da crise hídrica no Estado.

"Essas são questões que não pegam a gente de surpresa, em 2012 já se sabia da crise da água e da crise de energia, em 2013 com as milhares de pessoas que foram protestar nas ruas, num movimento deflagrado pelo Passe Livre, os gestores evitaram o polêmico, mas necessário racionamento de água e de energia. Veio 2014, ano de Copa do Mundo e de eleições, e essas questões foram deixadas de lado por questões políticas. E, agora em 2015, estamos enfrentando todos esses problemas, que poderiam ter sido evitados se houvesse gestão e gerenciamento."

Carlos Melo diz que "infelizmente o Brasil vive um cenário de falta de lideranças", que resulta num quadro de falta de alternativas de saída para todas essas crises.

"Vivemos uma entressafra ruim de lideranças políticas e não vejo nenhum deles enfrentando o problema para resolver de fato as crises hídrica e de energia. É preciso gerenciamento e planejamento, pois nosso País está caminhando mais pela força e teimosia das pessoas do que pela administração dos gestores públicos."

O Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) está com inscrições abertas para seu novo programa de doutorado. Curso tem como foco explorar a interface das áreas de economia e negócios. As inscrições já estão abertas e as aulas estão previstas para dia 3 de agosto. Programa terá duração de quatro anos e envolverá 25 disciplinas.

Aulas terão como base as áreas de estratégia empresarial, finanças e microeconomia aplicada (com ênfase em políticas públicas).  Temáticas são ligadas aos centros de pesquisa existentes no Insper o Centro de Pesquisas em Estratégia (CPE), Centro de Políticas Públicas (CPP) e Centro de Finanças (CeFi).

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Com carga horária integral, as aulas serão ministradas em inglês. Estão previstas em torno de nove vagas com bolsa de pesquisa, que serão custeadas pelo Insper e pelos seus Centros de Pesquisas. O Insper é uma instituição de ensino e pesquisa em Administração e Economia, independente e sem fins lucrativos.

Informações sobre inscrições devem ser conseguidas pelo telefone (11) 4504-2400. O Insper fica na Rua Quatá, 300, Vila Olímpia, em São Paulo. 

O Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) está com inscrições abertas para as turmas de janeiro dos cursos de pós-graduação em gestão de projetos e negócios, administração, finanças e marketing. As aulas tem previsão para iniciar nos dias 26 e 27 de janeiro. As Inscrições encerram no dia 17 do mesmo mês. 

As cargas horárias variam de 482 a 502 horas. Os cursos são denominados de Certificate in Business Project; Certificate in Business Administration; Certificate in Financial Management e orientação para os candidates e esclarecer dúvidas sobre os cursos. 

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O curso de Certificate in Business Project (CBP) tem foco aprimorar as competências para gestão de projetos e processos dentro do negócio e desenvolver aptidões. O Certificate In Business Administration (CBA) o programa visa aperfeiçoar capacidades relacionadas à gestão de equipes, análise de processos organizacionais e identificação de soluções para problemas, com visão multifuncional. 

Já o Certificate in Financial Management (CFM) tem foco no senso crítico em análises financeiras e garante o preparo necessário para propor soluções a problemas financeiros organizacionais. E o Certificate in Marketing Management (CMM) aborda os fundamentos em marketing, como pesquisas da área e comportamento do cliente, até o desdobramento do composto mercadológico, além de explorar temas como comunicação integrada e criação de valor em produtos e serviços.

Informações sobre inscrições devem ser conseguidas pelo telefone (11) 4504-2400. O Insper fica na Rua Quatá, 300, Vila Olímpia, em São Paulo.

 

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