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A greve dos bancários caminha para ser uma das mais extensas da história do sistema financeiro. Os bancos estão mais duros na negociação, prevendo que os lucros tendem a encolher pela primeira vez em décadas, reflexo da crise que elevou os calotes e exigiu aumentos nas provisões para devedores duvidosos. O impacto da paralisação nos resultados, porém, é cada vez menor, por causa da digitalização das transações, via computadores e do celulares.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) destacou, em nota ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o uso de canais alternativos às agências bancárias para fazer operações, especialmente os meios eletrônicos, têm sido eficazes para minimizar os efeitos da greve. Juntos, internet banking (pelo computador) e mobile banking (via celulares e tablets) respondem por mais da metade das transações bancárias (54%).

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"O internet banking foi o canal responsável pelo maior número de transações em 2015, com 33% do total, o equivalente a 17,7 bilhões de operações bancárias. As contas com internet banking saltaram de 56 milhões, em 2014, para 62 milhões no ano passado", diz a Febraban.

O executivo de um grande banco, que não quer ser identificado, confirma que a tecnologia alivia cada vez mais o impacto da greve. "Essa greve gerou menos impacto por conta da utilização de canais digitais, que está muito forte. Depósito em cheque basicamente acabou. Todo mundo hoje tem um smartphone e a utilização dos canais digitais tem crescido geometricamente em todos os bancos."

No ano passado, as transações bancárias pelo mobile banking cresceram 138% ante 2014, totalizando 11,2 bilhões de operações, segundo a Febraban. Conseguiu, com isso, ser o segundo canal mais usado, atrás apenas do internet banking. Em algumas instituições, conforme fontes, o mobile já galgou a liderança nos meios utilizados para transações bancárias.

Após cinco rodadas de negociações e sem consenso entre bancários e banqueiros, a paralisação completou 18 dias ontem. Na próxima segunda-feira, passará a ter a mesma duração da mobilização no ano passado, de 21 dias. Pode se tonar a mais longa dos últimos anos, superando a de 2013, quando os trabalhadores do sistema cruzaram os braços por 24 dias, segundo contabilizou o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

O sindicato estima a participação de 60 mil trabalhadores. No total, 16 centros administrativos e 780 agências foram fechadas ontem. Apesar do eventual recorde, os bancos, conforme fontes, tendem a não oferecer um reajuste maior do que o concedido em 2015. No ano passado, a categoria reivindicou 16%, mas o reajuste ficou em 10%, com correção de 14% no vale-refeição e alimentação.

Neste ano, a diferença está ainda maior. Os bancos oferecem 7% (o que leva a 2,39% de perda salarial) e um abono de R$ 3,3 mil. Os bancários pedem o dobro, aumento de 14,78% (ganho real de 5%, considerando a inflação). A contraproposta, porém, foi rejeitada e nas duas últimas reuniões realizadas, nos dias 13 e 15 de setembro, não houve mudanças.

"Claramente, os bancos estão mais duros este ano e a diferença entre os pedidos é alta. O sindicato vai ter de ceder, mas a categoria vai testar ao máximo", avalia um analista que acompanha o setor bancário.

Do lado dos bancos, não há a expectativa de que o acordo salarial eleve os custos. Na avaliação de um executivo, ainda que o aumento fique acima do orçado pelas instituições, será possível compensar com corte de custos, o que inclui até corte de funcionários. Os bancos têm sido rigorosas no controle de gastos. O Bradesco revisou para baixo a sua projeção de despesas operacionais - de 4,5% a 8,5% passou para o intervalo de 4% a 8%. O Itaú Unibanco também refez seus cálculos. As despesas não decorrentes de juros da instituição devem crescer de 2,0% a 5,0% em 2016.

Mais da metade dos internautas brasileiros (54%) acredita que os pagamentos realizados de forma offline são mais confiáveis do que online, aponta uma pesquisa feita pela Kaspersky Lab. Apesar do medo, a maioria das pessoas realizam transações financeiras na internet, mas muitas falham em tomar medidas básicas de segurança e, assim, colocam seu dinheiro e a reputação dos bancos em risco.

A pesquisa mostra que 49% dos usuários se sentem vulneráveis ao realizar transações financeiras online. Além disso, 46% dos entrevistados concordaram que as tradicionais “bocas de caixa” dos bancos são mais seguras do que suas plataformas digitais.

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Ainda que sintam receio, 79% dos usuários realizam pagamentos online, 52% usam seus tablets e 45% usam seus smartphones. Além disso, 12% dos proprietários de Smart TVs admitiram já ter usado suas televisões para tais operações. 20% dos entrevistados, no entanto, não fazem nada para proteger seus dados financeiros online.

De acordo com o diretor global da Divisão de Prevenção de Fraudes da Kaspersky Lab, Ross Hogan, a desconfiança dos clientes em relação às transações online obriga os bancos a investirem mais de seus recursos em outras plataformas. “É por isso que, hoje em dia, é vital que os bancos invistam em tecnologia para garantir um ambiente online seguro para seus clientes. Isto encorajará os clientes mais tradicionais a adotarem os meios digitais e reduzirá o risco para os clientes descuidados", avalia.

Pagamentos:
- Antes do vencimento – caixa eletrônico, banco 24 horas, internet banking, aplicativos de celular e tablets, telefone, correspondente bancário em lotéricas, agências dos Correios e supermercados, DDA (Débito Direto Autorizado) ou débito automático;
- Depois do vencimento – correspondente bancário em lotéricas, agências dos Correios e supermercados;

Saques: ficam limitados a R$ 1.000 ao dia em caixa eletrônico, banco 24 horas, correspondentes bancários em lotéricas, agências dos Correios e supermercados. Aos correspondentes bancários também são limitados os saques em três transações por dia;

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Consulta saldo/extrato: caixa eletrônico, banco 24 horas, internet banking, aplicativo de celular e tablets, telefone, correspondente bancário/lotéricas/agências dos Correios;

Outras consultas – lançamentos futuros, extrato de compras com cartões de débito e crédito, informe de rendimentos, de investimento, de poupança: internet banking, aplicativo de celular e tablets;

Talão de cheque: caixa eletrônico, internet banking (impressão);

Depósito: caixa eletrônico, correspondente bancário/lotéricas/agências dos Correios, limitado a R$ 1.000 ou a três transações por dia;

Transferências:
- Documento de Crédito (DOC), valor inferior a R$ 5.000: caixa eletrônico, banco 24 horas, internet banking, aplicativo de celular e tablets, telefone;
- Transferências Eletrônicas Disponíveis (TED), valor igual ou superior a R$ 3.000: caixa eletrônico, banco 24 horas, internet banking, aplicativo de celular e tablets, telefone;

Bloqueio/Desbloqueio de cartões: caixa eletrônico, internet banking, aplicativo de celular e tablets, telefone;

Recarga de celular: caixa eletrônico, banco 24 horas, internet banking, aplicativo de celular e tablets, telefone, correspondente bancário/lotéricas/agências dos Correios/farmácias/supermercados;

Resgate automático de investimentos: caixa eletrônico, internet banking;

Administração de aplicações e transações agendadas: internet banking;

Declaração Anual de Isento (Imposto de Renda): correspondente bancário/lotéricas/agências dos Correios;

Recebimento de benefícios (INSS, PIS, Pasep, abono): caixa eletrônico, correspondente bancário/lotéricas/agências dos Correios;

Empréstimos/Crédito Direto ao Consumidor (CDC): caixa eletrônico;

Empréstimo consignado a aposentados, pensionistas do INSS, empregados de empresas conveniadas: correspondente bancário;

Exclusão de cadastros/Serasa e SPC: negociação com as entidades;

Com a greve ficam suspensos os seguintes serviços:

- Outros empréstimos com valores mais altos;
- Financiamentos (para compra de imóveis e automóveis);
- Criação ou modificação de senhas ou
- Resgate de cheque sem fundo.

*Fonte: Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Banco Central, Sistema de Proteção ao Consumidor (SPC), Serasa.

Uma pesquisa feita pela  agência de relações públicas Edelman mostrou quais são as principais preocupações do internauta brasileiro em relação a seus dados, ao realizar compras  ou utilizar serviços pela internet.

Entre os dados, chama a atenção o medo do internet banking. Apesar de contar com um dos sistemas mais desenvolvidos do mundo, mais de um quarto (27,3%) dos entrevistados afirma não acessar suas contas online. É mais do que o dobro da média mundial, de 13,4%.

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No País, 60,2% dos consumidores considera a privacidade e a segurança na hora de adquirir produtos. A média global é de 38,2%, e estamos bem à frente dos Estados Unidos, segundo colocado com 41%.  Ao contrário de outros mercados, o Brasil enxerga nas companhias de segurança a principal fonte para orientações sobre segurança online e privacidade, seguidas por organizações de defesa de consumidores e amigos/família.

Em caso de quebra de privacidade do usuário, os pesquisados apontaram que a tendência seria deixar de usar produtos ou serviços da companhia ou ir para a concorrente. No setor bancário, 80,6% dos brasileiros afirmam que provavelmente ou muito provavelmente trocariam de instituição caso isto acontecesse, alinhados com a média global de 79,5%. No caso do varejo online, o brasileiro também é o mais propenso a abandonar as compras online com 80,2%, enquanto o índice global atingiu 75,1%.

Aproximadamente 35,5% dos brasileiros que usam a web estão significativamente mais preocupados hoje do que há cinco anos com segurança e privacidade de seus dados na rede. O Brasil ocupa a 3ª posição e fica acima da média global de 28,1% nesta categoria.

A pesquisa foi feita em mais seis países, sendo eles Alemanha, Coreia do Sul, China, Estados Unidos, Índia e Reino Unido, e reuniu 4.050 depoimentos com pessoas com mais de 18 anos. Para mais informações, basta acessar http://datasecurity.edelman.com.

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