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O Ministério Público de Contas do Distrito Federal (MPC) recomendou a suspensão de um concurso anunciado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal devido ao parecer do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). O documento apontou indícios de irregularidades no contrato com a Fundação Carlos Chagas (FCC), banca organizadora do concurso. 

Além disso, o tribunal também afirma que há indícios que apontam para a possibilidade de existir relação entre a divulgação deste concurso e as prisões realizadas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Panoptes, que prendeu uma quadrilha que fraudava concursos públicos.  Um voto de apreciação será elaborado para apreciação do plenário do tribunal e, enquanto não há uma decisão, o órgão recomenda que o Tribunal de Contas da União “determine à CLDF que suspenda a execução do Contrato CLDF nº 14/2017, celebrado com a Fundação Carlos Chagas – FCC, até que esta Casa de Contas, se pronuncie quanto às manifestações a serem apresentadas pelas interessadas”. Ainda não há um prazo fixado para a tomada de uma decisão sobre o caso. 

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O Ministério da Educação (MEC) confirmou, no final da tarde desta quarta-feira (2), que o procurador da República Oscar Costa Filho pediu a suspensão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A prova está programa para ser realizada no próximo sábado (5) e no domingo (6).

De acordo com informações do G1 Ceará, como mais de 191 mil candidatos tiveram o Exame adiado para dezembro, por causa dos locais de prova ocupados, o procurador do Ministério Público Federal do Ceará defende que, a realização da avaliação em datas diferentes, fere a isonomia da seleção. A 8ª Vara da Justiça Federal deverá julgar a ação.

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O julgamento deve ocorrer até a próxima sexta-feira (4), uma vez que o primeiro dia de prova está marcado para sábado. A tendência, caso a Justiça aceite o pedido do procurador, é que o Enem seja suspenso em todo o País.

Em nota, o MEC informou que, juntamente com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) – responsável pela organização do Enem -, solicitou à Advocacia Geral da União uma defesa. Segundo o Ministério, os argumentos do procurador são equivocados. Confira a nota na íntegra:    

Em relação à Ação do Ministério Público do Ceará, divulgada nesta quarta feira (2) pedindo a suspensão da aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos dias 5 e 6 de novembro, o Ministério da Educação (Mec) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informam que solicitaram à Advocacia Geral da União que apresente para a Justiça Federal os fatos que demonstram o grave equívoco na argumentação apresentada pelo Procurador da República Oscar Costa Filho, do Ceará. Todo ano, o ENEM realiza dois tipos de prova e, consequentemente, duas redações. As provas do ENEM têm o mesmo princípio da equivalência garantindo igualdade de condições a todos os inscritos. É lamentável qualquer tentativa que venha gerar insegurança e tumultuar um Exame que afeta a vida de 8,6 milhões de estudantes e seus familiares.

Várias ocupações estão sendo realizadas em unidades de ensino, como forma de protesto contra a PEC do teto. Estudantes temem que hajam cortes de recursos financeiros para a educação. Diante da situação, o MEC preferiu cancelar as provas do Enem nos locais ocupados, colocando mais de 191 mil candidatos para responderem o Exame nos dias 3 e 4 de dezembro.

Só em Pernambuco, mais de 13 mil estudantes tiveram a prova adiada. De acordo com o MEC, mais de 8 milhões de pessoas se inscreveram para edição 2016 do Enem.  

Mesmo depois de a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal determinar isonomia no tratamento da população carcerária, os condenados no processo do mensalão voltaram nesta sexta-feira, 29, a usufruir do privilégio de receber pessoas fora do horário regular de visitas no Complexo Penitenciário da Papuda. Confrontado com a medida, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) decidiu pedir que o direito de visitas às sextas-feiras seja estendido a todos os presos do sistema prisional da região.

O tratamento conferido aos condenados do mensalão causou revolta em familiares dos demais presos, que passam horas na fila para visitar seus familiares e se submetem a invasivos procedimentos de revista. Os dias regulares de visitas na Papuda são quartas e quintas-feiras.

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A Promotoria de Justiça de Execução Penal do MPDFT entrou em contato com o vice-diretor do Centro de Internamento e Reeducação (CIR), Adelmo Rodrigues da Conceição Júnior, após a informação de que o ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas receberam visitas ontem.

O Estado não obteve resposta, até a noite desta sexta-feira, do advogado José Luís de Oliveira, que defende José Dirceu. O advogado de Lamas, Délio Lins e Silva, não confirmou se o cliente recebeu visitas da mulher e de um padre. "Não sei", disse Délio ao Estado.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal negou que haja tratamento diferenciado aos condenados no mensalão e se recusou a informar os visitantes de cada preso. "Há vários presos que tem direito à visita nas sextas-feiras, alguns inclusive estão lotados em outras alas", informou a secretaria. O governo do DF é administrado pelo petista Agnelo Queiroz, que já foi "averiguar" in loco as instalações dos condenados.

De acordo com a secretaria, além dos presos condenados na ação penal 470, cadeirantes também podem receber visitas às sextas.

Igualitário.

A Vara de Execuções Penais determinou anteontem que as autoridades penitenciárias cumpram prescrições regulamentares, legais e constitucionais, especialmente no que se refere ao tratamento igualitário a ser dispensado aos internos e visitantes do sistema penitenciário local.

"A quebra de isonomia encontraria justificativa apenas e tão somente se fosse possível aceitar a existência de dois grupos de seres humanos: um digno de sofrer e passar por todas as agruras do cárcere e outro, o qual deve ser preservado de tais efeitos negativos, o que, evidentemente, não é legítimo admitir", disse a Vara.

A Vara de Execuções Penais também determinou a imediata transferência de Simone Vasconcelos e Kátia Rabello para a Penitenciária Feminina do DF, mas a noite desta sexta-feira, 29, as duas ainda estavam no 19º Batalhão da Polícia Militar, na Papuda.

A Justiça do Distrito Federal determinou que os condenados do mensalão recebam, no presídio da Papuda, o mesmo tratamento dado aos demais presos. Na decisão, os juízes da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal afirmam que o tratamento desigual provoca instabilidades no sistema carcerário. Desde que foram presos, os réus do mensalão puderam receber visitas fora no horário normal de visitações e chegaram, conforme documento do Ministério Público, a receber pizzas encomendadas pela Polícia Federal.

Os juízes da Vara de Execuções determinaram ainda que Simone Vasconcelos, ex-diretora da empresa SMPB, e Kátia Rabelo, ex-presidente do Banco Rural, sejam transferidas para o presídio feminino para cumprirem suas penas. As duas estão presas no 19º Batalhão da Polícia Militar no Complexo da Papuda, área reservada para presos militares.

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O tratamento dispensado aos mensaleiros foi criticado pelos parentes de demais presos, que passam um dia na fila para conseguirem visitar seus parentes. E um documento feito pelo MP, que inspecionou o local em que o ex-presidente do PT José Genoino está preso, mostrou que a PF chegou a pedir pizza "tarde da noite" no dia em que os mensaleiros foram presos.

"Penso que não há qualquer justificativa para que seja dado a um interno/grupo específico tratamento distinto daquele dispensado a todos os demais reclusos, valendo consignar que é justamente a crença dos presos nesta postura isonômica por parte da Justiça do Distrito Federal que mantém a estabilidade do precário sistema carcerário local", decidiu a VEPO.

Os juízes Bruno Andre Silva Ribeiro, Ângelo Pinheiro Fernandes de Oliveira e Mário José de Assis Pegado, que não mencionam expressamente o grupo de condenados por envolvimento no mensalão. O titular da Vara, Ademar Silva de Vasconcelos, não assina a decisão. Suas decisões e postura desagradaram o presidente do STF, Joaquim Barbosa.

O tratamento diferenciado só teria justificativa, dizem os magistrados, se fosse possível admitir a existência de dois grupos de seres humanos: "um digno de sofrer e passar por todas as agruras do cárcere e, outro, o qual deve ser preservado de tais efeitos negativos, o que, evidentemente, não é legítimo admitir".

Os juízes afirmam ainda que é "fato público e notório" que o sistema carcerário brasileiro é deficiente, mas acrescentam que isso não seria justificativa para tratamento diferenciado. Por isso, alegando ser necessário o "restabelecimento da harmonia no sistema prisional", os juízes da VEP determinaram a "estrita observância por parte das autoridades penitenciárias locais das prescrições regulamentares, legais e constitucionais, especialmente no que se refere ao tratamento igualitário a ser dispensado aos internos e visitantes do sistema penitenciário".

Os juízes acrescentam ainda que a VEP estenderá "a todos os presos do sistema prisional local eventuais direitos, garantias ou regalias concedidas por ato administrativo, formal ou não, a determinado sentenciado ou grupo de apenados , especialmente no que se refere a regras de visitação e alimentação".

A decisão da Vara de Execuções Penais decorre de manifestação do Ministério Público do DF, que fez uma inspeção nos dias 25 e 26 de novembro. Nessa inspeção, o MP afirma que foi possível constatar o "clima de instabilidade e insatisfação", constatado nas entrevistas com servidores e internos.

De acordo com documento do MP, uma das razões da vistoria foi a divulgação de notícias de que presos estavam recebendo tratamento diferenciado, especialmente para receber visitas. O MP lembra o horário de visitas é de 9h às 15h, às quartas e quinta-feira. Além disso, os visitantes precisariam se cadastrar previamente e não poderiam adentrar o presídio portando bilhetes, por exemplo.

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