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A morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia, nesta quinta-feira (2), causou comoção entre os políticos de partidos aliados ou não ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Dona Marisa, como era chamada, teve morte cerebral após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no último dia 24.

Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) disse que a esposa de Lula “era uma mulher de força incrível e de uma discrição invejável” e “teve um papel fundamental na construção de um país mais justo e mais solidário”. Além disso, ele também destacou que “sem dúvida nenhuma” Marisa foi “vítima, também, de uma caçada política implacável, de uma perseguição midiática sem precedentes, que lhe provocou uma profunda tristeza e precipitou problemas de saúde em decorrência de um estado emocional extremamente abalado”.

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O também petista José Guimarães (CE) elogiou a postura singela e acolhedora da ex-primeira-dama. “Era uma figura que deixa um legado, não só como primeira-dama, mas como uma mulher guerreira, lutadora, que veio lá de baixo, dos movimentos sociais. Dona Marisa estará presente sempre nas nossas lutas, nas nossas vidas e na história da esquerda brasileira”, disse. “Uma mulher que dividiu com o Lula tantas responsabilidades. Uma mulher de origem humilde e ainda hoje era, mas que deixa uma colaboração enorme para a história deste país”, ressaltou.

Para a deputada federal Jandira Fegali (PCdoB) “diante das tempestades, injustiças e dos ataques da mídia, dona Marisa lutou com altivez. Uma mulher corajosa, presente e autêntica. Nunca esmoreceu, assim como nosso povo. Era o ombro afetuoso e a sabedoria das horas difíceis para seu companheiro de sonhos e realizações. Agora se vai, de repente. Que sua família receba nosso abraço afetuoso e sincero, do tamanho de nosso país e da grandeza de nossa gente”.

A deputada Luiza Erundina (PSol-SP) desejou que "Deus conforte o coração do ex-presidente Lula e da família nesse difícil momento de perda e de dor".

Eleito presidente do Senado nessa quarta (1°), Eunício Oliveira (PMDB-CE) desejou a Lula e sua família um “profundo pesar”. “A partida da ex-primeira-dama Dona Marisa abre profundo vazio para a família e para o companheiro de quase toda a vida, o ex-presidente Lula. Dona Marisa nos deixa sua dignidade e sua simplicidade como legado. Foi uma mulher forte, atuou na militância política com doçura e firmeza, mas foi sobretudo mãe e esposa extremamente dedicada aos seus entes queridos”, disse. 

Repúdio ao ódio político

Lembrando as declarações de “ódio político” e “alegria pela dor de Lula” vistas nas redes sociais nos últimos dias, o deputado Jean Wyllys (PSOL) pontuou que estava “muito triste não só pelo falecimento dessa grande mulher, mas também pelas manifestações de ódio, rancor e falta de empatia (e eu diria até de humanidade, mas, infelizmente, a humanidade é desumana, como cantava Renato Russo) que vi nos últimos dias”. 

“Gente que, motivada por um ódio político cego que beira a psicopatia, manifestava sua alegria pela dor de Lula, pelo grave estado de saúde de sua companheira. Esse tipo de gente merece meu desprezo. Fico triste, também, pela forma sensacionalista e odiosa com que a família do ex-presidente foi tratada nos últimos tempos por parte da mídia, que usou de forma vergonhosa factoides como o caso do "pedalinho". Os últimos tempos da vida de Dona Marisa foram difíceis também por isso”, criticou.

Ao proferir seu voto a favor da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi vaiado por parlamentares aliados ao governo. “Que Deus tenha misericórdia da nação, meu voto é sim”, justificou o peemedebista. Logo após, iniciou um coro de “fora Cunha, fora Cunha, fora Cunha...”.

A idoneidade do peemedebista tem sido questionada pela maioria dos deputados que votam contra o pedido.  Colegas de bancada estadual, os deputados Glauber Braga (PSOL) e Jandira Fegali (PCdoB) criticaram Eduardo Cunha ao votar. “Eduardo Cunha você é um gangster. O que dá sustentação a esta sua cadeira cheira a enxofre”, disse Braga. “Minha indignação por vê-lo ainda sentado nesta cadeira”, corroborou Jandira. Os dois votaram após Cunha.

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Nos primeiros 300 votos, 224 (76%) se posicionaram a favor e 72 (24%) contra. Até agora são três abstenções. 

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