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Um Projeto de Lei (PL) protocolado pelo deputado do PSL, Júnior Bozzella, está causaudo revolta nos gamers brasileiros. O parlamentar, filiado ao mesmo partido do presidente eleito Jair Bolsonaro, quer criminalizar os jogos violentos no país.

No site da Câmara é possível conferir a PL 1577/2019 e suas diretrizes, que pretende coibir o desenvolvimento, a importação, venda, cessão, o empréstimo, a disponibilização ou o aluguel de aplicativos ou jogos eletrônicos com conteúdos que incitem comportamentos violentos.

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Para o deputado, a causa dos recentes massacres envolvendo jovens, como o caso da escola de Suzano, teria relação direta com os jogos eletrônicos. “Ao menos em parte, essa banalização da vida e da violência pela população jovem é advinda pelo convívio constante com jogos eletrônicos violentos”, informa trecho da PL.

A pena para quem infringisse a Lei, caso aprovada, seria de detenção de três a seis meses ou multa. Caso fosse praticado na internet ou em outros meios de comunicação de massa, a penalidade seria triplicada.

Estudos provam o contrário

No último mês de março uma pesquisa feita pelo Oxford Internet Institute chegou à conclusão que os comportamentos agressivos dos jovens não estão associados ao tempo que eles dedicam a jogos classificados como violentos. A pesquisa, que foi publicada na Royal Society Open Science, coletou dados de jovens britânicos que consumiam esse tipo de game.

Na internet

Nas redes sociais a proposta do deputado não está sendo bem aceita pelos usuários. Diversas pessoas acessaram a página do Facebook do parlamentar para demonstrar sua insatisfação com a medida. A primeira publicação do perfil, que não tem relação com a proposta, já consta com mais de 800 comentários, quase todos contrários ao Projeto de Lei.

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O deputado eleito Júnior Bozzella (PSL) lançou seu nome para concorrer à presidência da Câmara na próxima legislatura. "Estou lançando meu nome junto à bancada do PSL para a disputa por entender que temos força para tal cargo", disse Bozzella à reportagem.

"Além do meu nome, acredito que existam outros bons nomes que também podem se colocar à disposição", afirmou. Se a candidatura de Bozzella for oficializada, ele deverá concorrer com adversários de peso como o atual presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), o vice Fábio Ramalho (MDB-MG) e João Campos (PSB-PE).

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A candidatura de Bozzella ainda deve ser discutida pelo partido de Jair Bolsonaro. O presidente da legenda, Luciano Bivar (PSL-PE), disse que não chegou a conversar com Bozzella sobre o assunto, mas que acredita que ele fará "o que é melhor para o partido".

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