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Em uma briga judicial pelo comando do Pros, o grupo do atual presidente, Marcus Holanda, teria alcançado a sentença favorável no Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) por meio de influência política e pagamentos em dinheiro. O nome do senador Flávio Bolsonaro (PL) e da advogada da família, Karina Kufa, são citados em mensagens e áudios publicados pela Folha de S. Paulo. 

As conversas ocorreram no ano passado, quando Holanda tentava tirar Eurípedes Jr. da presidência do Pros através do reconhecimento de uma convenção extraordinária entre os dissidentes. No mesmo período, a família Bolsonaro negociava a filiação com um novo partido após a criação do Aliança pelo Brasil ser frustrada. 

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De acordo com as mensagens, Holanda sabia que não conseguiria a vitória na Justiça e teria se encontrado com o filho mais velho do presidente e a advogada para ajustar um contrato. 

"A Karina Kufa me levou na reunião e sentou eu, ela e o Flávio Bolsonaro, então eles têm interesse [...] Além disso, tem um contrato que assinei lá, absurdo lá, com ela. Então vão ganhar dinheiro e vão ganhar força política e espaço político. Então eles têm interesse, total. Por isso, eles estão com a gente senão não estariam. E ainda tem a desembargadora federal, muita gente", disse Marcus, conforme a reportagem. 

O atual presidente da legenda também menciona a advogada Renata Gerusa, filha da juíza federal do TRF-1 Maria do Carmo Cardoso, amiga de Flávio, e lembra que ela é casada com o deputado Kassyo Ramos. A advogada defendeu Holanda na primeira etapa do caso e seria uma espécie de representante de Kufa, como sugeriu o secretário-geral do Pros, Edmílson Boa Morte. 

Boa Morte indicou que Gerusa atuou formalmente para "não dar na cara" e que a advogada "representa a Karina Kufa, todo mundo". Em outra mensagem, ele relata que Holanda estava em reunião "com a turma do Bolsonaro e os advogados e os desembargadores". 

 “A turma do Bolsonaro estava trabalhando na segunda instância, você lembra? Com o desembargador Mario-Zam - ex-relator do caso relativo ao litígio do Pros -, que teve a reunião na casa da desembargadora”, apontou. Flávio não se manifestou sobre o envolvimento na compra de sentenças. Karina Kufa confirmou que esteve na reunião com o senador e o presidente do Pros, mas que a proposta de filiação não evoluiu e que não houve contrato assinado.  

 "Desconheço qualquer negociação. Não tenho qualquer vínculo com o Pros, aliás, nunca tive. Em 2020 e 2021 falei com diversos partidos, mas todas as conversas foram dentro da normalidade", disse. 

Boa Morte afirmou à reportagem que não conhece Kufa nem Flávio, e que seus próprios áudios se tratam de falácia. O presidente do Pros, Marcus Holanda, que nega a negociação para compra de sentença e não se pronunciou sobre os áudios. O desembargador Mario-Zam Bellmiro, cujas decisões foram contrárias a Marcus Holanda e seus aliados, não se manifestou. 

Morreu no último sábado (10) Eduardo Kufa, aos 66 anos, vítima da Covid-19. O aposentado estava internado há mais de uma semana em um hospital da rede particular de Brasília, no Distrito Federal. Após sofrer um AVC, a morte foi confirmada pela equipe médica. Kufa era o pai de Karina Kufa, a advogada que substituiu Bebianno em várias das ações judiciais enfrentadas pela família Bolsonaro, incluindo a que envolve a saída do PSL.

Eduardo foi infectado pelo novo vírus na capital federal, para onde tinha se mudado com a mulher para ajudar a cuidar dos netos, segundo amigos da advogada. Isolado, saía para atividades básicas do cotidiano e a família acredita que ele tenha sido contaminado dessa forma, em uma ida ao supermercado.

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Utilizando as redes sociais para atualizar amigos próximos, Karina diz-se muito abalada e agradece o carinho das mensagens que tem recebido, grande parte delas de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Na noite de sábado, ela escreveu uma homenagem ao pai, publicando fotos junto a Kufa, seus filhos e netos.

“Papai, descanse em paz! Você será sempre o meu herói. Saiba que só me tornei uma mulher forte e determinada para ser o seu orgulho, nada me dava mais satisfação na vida do que ouvir vc falar de mim com admiração. Sei que estará olhando por nós! Mamãe, Dudu, Thiago, Amanda, Talita e as crianças terão só boas lembranças da sua passagem na terra. Cumpriu bem o seu papel aqui, construiu uma família linda e unida pelo amor. Deus esteja com o senhor. Te amo!”, compartilhou a advogada em seu perfil pessoal no Instagram.

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Após se livrar do processo de impeachment e assumir, nesta terça-feira (28), o governo de Santa Catarina, a advogada e produtora rural Daniela Reinehr (sem partido), de 43 anos, fez questão de mostrar que o presidente Jair Bolsonaro reconquistou um espaço político que havia perdido desde que deixou o PSL para tentar criar o Aliança pelo Brasil, no ano passado. "Sou 100% Bolsonaro. Sou cria dele", disse Daniela ao Estadão.

Quando o presidente da República deixou o PSL, em novembro, o governador catarinense, Carlos Moisés, optou por ficar no partido e rompeu com o Planalto. Já Daniela permaneceu fiel a Bolsonaro e abraçou o movimento de criação da nova sigla, que ainda não saiu do papel. A defesa dela no processo de impeachment, inclusive, foi liderada por Karina Kufa, advogada do presidente e uma das coordenadoras do Aliança. Daniela está, agora, articulando uma agenda pública com o presidente para semana que vem.

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Assim como Moisés, Daniela foi acusada pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) de crime de responsabilidade em aumento salarial dado a procuradores do Estado em 2019. O Tribunal Especial de julgamento, formado por cinco desembargadores e cinco deputados estaduais decidiu, na madrugada do sábado passado, afastar Moisés, por 6 votos a 4, e manter Daniela no cargo - a votação ficou em 5 a 5 e foi desempatada pelo presidente do Tribunal de Justiça (TJ), desembargador Ricardo José Roesler.

Eleito em 2018 com 75% dos votos em Santa Catarina no segundo turno, Bolsonaro acompanhou de perto o processo e conversou diversas vezes com Daniela por telefone, segundo interlocutores. Karina trabalhou com a advogada Ana Cristina Blasi, ex-desembargadora do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), e Salomão Antonio Ribas Júnior, que já foi deputado estadual e tem bom trânsito na Alesc, e presidiu do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SC).

A primeira medida foi separar a defesa da vice da de Moisés. Karina classificou a posse de Daniela como uma vitória política de Bolsonaro. "Sem dúvida é importante ter vários Estados alinhados com o governo federal. Daniela sempre foi apoiadora do presidente e vai fazer um governo conservador e de direita", afirmou.

Holocausto

Na coletiva de imprensa que deu após assumir, a governadora interina foi questionada pelo fato de seu pai, o historiador Altair Reinehr, ter escrito textos relativizando o nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. Ontem, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a Associação Israelita Catarinense (AIC) divulgaram nota afirmando que a governadora "deve, de forma veemente, manifestar sua repulsa ao negacionismo da tragédia que foi o Holocausto".

Ao Estadão, Daniela afirmou que não pode responder pelas ideias do pai. "Não vou admitir que me julguem por pensamentos com os quais eu não coaduno. Não posso responder pelo pensamento de outras pessoas, ainda que seja meu pai. Ele vai responder pelo que pensa e eu, pelo que penso. Tenho muitos amigos judeus e fui a Israel", disse.

Natural de Maravilha, no oeste do Estado, Daniela entrou na política em 2018 quando filiou-se ao PSL, seu primeiro e único partido. Ela chamou atenção devido à militância no movimento em defesa das pessoas com deficiência. "Tenho um filho com deficiência e isso me levou ao ativismo. Não me imaginava em um cargo eletivo, mas essa onda Bolsonaro trouxe muita gente para a política", afirmou.

A governadora interina disse, ainda, que o projeto de criação do Aliança pelo Brasil "é um sonho que prossegue". Sobre a denúncia de aumento de salário aos procuradores, Daniela disse que não vai emitir "nenhuma opinião" e "aguarda as decisões".

A advogada Karina Kufa, que representa o presidente Jair Bolsonaro nas ações eleitorais que pedem a cassação da chapa eleita em 2018, diz que se houve disparo irregular de mensagens em massa pelo WhatsApp durante a campanha, o chefe do Executivo não pode ser responsabilizado. "Imagina (o presidente) ter que controlar o que mais de 57 milhões de eleitores que votaram nele fazem", afirmou ela em entrevista ao Estadão.

Um dia após o Ministério Público Eleitoral se manifestar a favor do compartilhamento de provas do inquérito das fake news, do Supremo Tribunal Federal, Kufa afirma que a única preocupação é o uso político da investigação, que em sua visão, deu "superpoderes" ao relator do caso, ministro Alexandre de Moraes.

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Veja a entrevista na íntegra:

As ações eleitorais apuram disparo de WhatsApp em massa supostamente financiados por empresários alvos da investigação do STF. É possível garantir que não houve irregularidade?

Dos empresários investigados, até onde eu sei são dois. O Edgar Corona, dono da SmartFit é uma pessoa que o presidente nunca teve contato. Se houve algum impulsionamento ou ilegalidade por parte desse empresário não temos como saber nem como adivinhar porque não tem como o presidente ser responsabilizado por fatos praticados por seus eleitores. Imagina ele ter que controlar o que mais de 57 milhões de pessoas que votaram nele fazem.

O presidente é próximo do empresário Luciano Hang, dono da Havan.

Durante a eleição eu liguei pra o Luciano, perguntando se ele tinha contratado alguma empresa de disparo. Disse que se tivesse feito ainda havia como corrigir a prestação de contas, incluindo a doação de forma legal, e apresentaria para a Justiça eleitoral que houve um erro detectado produzido por um eleitor. O Luciano afirmou que não fez e nos deu total condição de não inserir disparo de WhatsApp na prestação de contas.

É possível garantir que também não houve a participação dos filhos do presidente?

Temos total controle do que foi feito na campanha, inclusive sobre os filhos. Não há nenhuma preocupação sobre isso em qualquer ação.

Há preocupação sobre o uso de provas do inquérito das fake news, do STF, nas ações no TSE que podem levar à cassação do presidente?

Tem um total desvio esse inquérito e acabou dando superpoderes para um único ministro (Alexandre de Moraes, relator do caso), que está na qualidade de vítima, de investigador e de juiz.

O Supremo Tribunal Federal começou ontem (10) a julgar a validade do inquérito das fake news. Qual a sua expectativa?

Não tenho grandes esperanças de que ele seja julgado ilegal e inconstitucional apesar de não ter dúvidas que é, mas tudo isso traz uma total insegurança jurídica para a defesa que não sabe do que se está tratando. Se há mesmo uma investigação para ofensas, ataques e ameaças de mortes aos ministros, ou se já houve uma alargamento e estão investigando as eleições de 2018.

A sra. reconhece o risco de cassação do presidente Bolsonaro?

Se forem seguidos todos os procedimentos legais e respeitados os princípios constitucionais, a legislação e a jurisprudência, a cassação é impossível. É impossível cassar um presidente da República baseado supostas alegações, mesmo que haja um eleitor no meio de 57 milhões de eleitores que tenha contratado empresas para disparo de mensagem de WhatsApp.

O presidente vai ceder a pressão de seus apoiadores que querem uma reação mais dura ao ministro Celso de Mello, após o decano ter comparado o Brasil à Alemanha de Hitler?

O presidente tem falado que não tem a intenção de tensionar as relações com os outros poderes. Ele decidiu não entrar com pedido de suspeição contra Celso de Mello, mesmo havendo um descompasso da postura do ministro. O decano do STF tem que manter a postura de não comentar processos nos quais ele está julgando, não fazer crítica ao presidente da República do aspecto político.

Mas o presidente tem criticado decisões do Supremo.

São criticas totalmente democráticas. Mesmo que tenha que cumprir as decisões do STF, que infelizmente é a última instância, ele não tem como aceitar decisões que entende como ilegais.

E em relação ao Alexandre de Moraes?

Há recursos em relação às suas decisões e esperamos que elas sejam encaminhadas com brevidade e garantir que seja feito na Constituição para que não haja interferência nos poderes. O exagero das decisões do STF de querer intervir nas competências exclusivas do Executivo nos preocupa.

As tensões com os demais poderes podem criar uma ruptura institucional?

Não vejo nenhuma intenção do presidente de cometer nenhuma ruptura. O que me preocupa são os exageros do Legislativo e do Judiciário de não cumprirem seus papéis e tentarem intervir no Executivo.

De todas as ações, qual mais causa preocupação ao presidente Bolsonaro e sua defesa?

Se for respeitado o direito, nenhuma, porque são narrativas falsas.

Tesoureira do Aliança pelo Brasil, a advogada Karina Kufa disse nesta sexta-feira (13) ao jornal O Estado de S.Paulo que o resultado do seu exame mostrou que ela contraiu o coronavírus. Kufa é a segunda pessoa do entorno do presidente Jair Bolsonaro com a confirmação de que foi infectada pelo vírus, depois do secretário de Comunicação Social da Presidência, Fabio Wajngarten.

"Estou bem, com sintomas leves. Estou em confinamento desde ontem (12), em repouso e isolamento total", disse Kufa à reportagem, por celular, de Brasília.

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Kufa é tesoureira do Aliança pelo Brasil, partido lançado pelo presidente Jair Bolsonaro que está coletando assinaturas para sair do papel. Ela acompanhou a viagem do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos na semana passada.

No final da manhã, Bolsonaro postou em redes sociais que o seu teste para a doença deu negativo.

Os ministros da Defesa, Fernando Azevedo, de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, também tiveram o resultado do exame negativo para o coronavírus.

A advogada do presidente Jair Bolsonaro e tesoureira do Aliança Pelo Brasil, Karina Kufa, defendeu nesta terça-feira (26), em entrevista à Rádio Eldorado, que o PSL expulse os deputados aliados de Bolsonaro da sigla - entre eles, Eduardo Bolsonaro, que enfrentará ainda hoje um processo na comissão de ética do partido. "Se expulsarem o Eduardo, é um favor que fazem, liberam ele para trocar de sigla", disse.

Segundo Karina, o PSL tem adotado uma tática de abrir vários processos de expulsão contra os parlamentares aliados de Bolsonaro, para causar "medo e terror" nos deputados. "Estão fazendo isso para vir com penalidades que só visam criar um processo vexatório, não um processo democrático. Se não está satisfeito com o parlamentar, expulse e deixe ele viver a vida em outro partido", afirmou a advogada.

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Na esteira do rompimento entre Bolsonaro e o presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), deputados da ala bolsonarista passaram a ser isolados e ameaçados de expulsão. Eles colaboram com a criação da Aliança Pelo Brasil, mas não podem deixar o PSL antes do período de janela partidária - que dura 30 dias e ocorre antes das eleições federais - sob pena de perda de mandato.

"Acho que o interesse do PSL é sangrar esses parlamentares, mas manter no quadro do partido para segurar o fundo partidário", avalia Karina. Os recursos públicos que financiam as siglas e as campanhas são distribuídos com base no número de deputados eleitos pelos partidos no último pleito - o PSL tem a segunda maior bancada eleita da Câmara dos Deputados, com 52 parlamentares.

A advogada também saiu em defesa de Eduardo Bolsonaro no processo que enfrenta na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados por causa da defesa que fez do AI-5 em uma entrevista. "Pega a frase que ele usou e substitua 'AI-5' por qualquer outra coisa, como 'tomar medidas para defender o Brasil'. Você vê que não há problema", argumentou Karina.

Em entrevista à jornalista Leda Nagle no mês passado, o deputado disse que "se a esquerda radicalizar a esse ponto, vamos precisar dar uma resposta. E essa resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada via plebiscito, como ocorreu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada."

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