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Uma guitarra destruída no palco pelo conturbado ídolo do rock Kurt Cobain, líder do grupo Nirvana, foi vendida por quase 600.000 dólares, (2,99 milhões de reais na cotação atual) dez vezes mais que o valor estimado, informou no sábado (20) uma casa de leilões.

A guitarra, uma Fender Stratocaster, foi remontada, porém não pode ser usada, segundo Kody Frederick, da casa de leilões Julien's Auctions, no início do mês.

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A casa de leilões disse que esperava que o artefato musical alcançasse a faixa dos 60.000 dólares (quase 300 mil reais na cotação atual) no leilão público realizado no Hard Rock Cafe de Nova York. Porém, foi vendida por 595.000 dólares, informou Julien's em um comunicado.

"Kurt Cobain, quando estava no palco, quando tocava, era uma máquina", disse Frederick.

Entre os sucessos do Nirvana, muitos deles escritos por Cobain, estão "Come As You Are", "Lithium" e "Smells Like Teen Spirit", que virou um hino para muitos adolescentes.

O astro do rock se suicidou em abril de 1994, aos 27 anos.

O leilão de três dias, que termina neste domingo, também inclui objetos das carreiras de Eddie Van Halen, Elvis Presley, Freddie Mercury, Bill Wyman e Janet Jackson.

O novo filme do Batman é muito aguardado pelos fãs. Com uma ambientação mais sombria e aterrorizante, "The Batman" é sempre o centro das atenções ao ser divulgado alguma nova informação. O diretor, Matt Reeves disse que a inspiração para o novo Bruce Wayne do filme foi Kurt Cobain, vocalista da banda Nirvana.

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Na última segunda-feira (5), a empresa Over the Brigde publicou uma música "inédita" da banda Nirvana. Mas os músicos não gravaram nada. É que na verdade, a desenvolvedora usou um software de inteligencia artificial e, com base em 24 músicas do conjunto, usou algoritmos para compor uma nova canção. A faixa ganhou o título de "Drowned in the Sun" e é uma homemagem ao vocalista do grupo, Kurt Cobain, que morreu em 5 de abril de 1994, aos 27 anos.

A nova música tem melodia feita com acordes de guitarra e baixo, que a banda costumava usar. Músicas como "Smells Like Teen Spirit" e "Come As You Are" podem ser identificadas no decorrer da canção. A faixa tem a participação de Eric Hogan, vocalista da banda tributo ao Nirvana. Veja o resultado:

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A empresa envolvida com a inteligência artificial incluiu a canção no projeto Lost Tapes Of The 27 Club, que conta com outras melodias criadas em homenagem a artistas que morreram aos 27 anos. Além da homenagem a Cobain, a iniciativa tem três outras músicas criadas a partir do software.

Entre os homenageados do Lost Tapes Of The 27 Club está Amy Winehouse (1983-2011), com a música "Man, I Know", Jim Morrison (1943-1971), com "The Roads Are Alive", e Jimi Hendrix (1942-1970), que ganhou a canção "You’re Gonna Kill Me".

O violão usado por Kurt Cobain (1967-1994) na gravação do “Acústico MTV” da banda Nirvana, em 1993, foi vendido por US$ 6 milhões (cerca de R$ 32 milhões) durante um leilão da Julien’s no último sábado, em Londres.

De acordo com a revista Rolling Stones, o valor representa um recorde na venda de um instrumento do tipo. O lance inicial para a aquisição do item era de US$1 milhão, porém o modelo Martin D-18E, que foi produzido em 1959 e conta com apenas 300 exemplares no mundo, foi arrematado em um lance de US$5 milhões (cerca de R$26 milhões).

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O comprador foi o magnata australiano Peter Freedman, que revelou ter planos de uma turnê de exibição com o violão de Cobain para arrecadar fundos para grupos de apoio à classe artística.

"Quando soube que essa peça icônica estava em leilão, eu soube que era uma oportunidade única”, comentou Freedman em um comunicado.

Até então, a guitarra mais cara a ser leiloada havia sido uma Fender Stratocaster usada por David Gilmour, do Pink Floyd. O instrumento foi negociado por US$ 4 milhões (algo em torno de R$ 21,3 milhões, em valores atuais) durante um leilão realizado no ano passado com renda revertida para instituições de caridade.

O violão usado por Kurt Cobain na gravação do "MTV Unplugged" do Nirvana, em 1993, foi vendido no sábado em um leilão organizado pela casa Julien's por seis milhões de dólares, um recorde para o instrumento.

O comprador é o empresário australiano Peter Freedman, fundador da empresa Røde Microphones, informou a Julien's em um comunicado.

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O empresário afirmou que pretende exibir o instrumento em várias cidades do mundo, com a renda revertida para mundo da cultura.

O preço, de 5 milhões de dólares e que subiu a 6,01 milhões após as taxas e comissões, superou amplamente a estimativa inicial da Julien's, que fixou o ponto de partida do leilão em US$ 1 milhão.

Até o momento, a guitarra mais cara da história era uma Fender Stratocaster, batizada "Black Strat", usada pelo guitarrista do grupo britânico Pink Floyd, David Gilmour.

O instrumento foi vendido pelo músico por 3,975 milhões de dólares, em um leilão organizado em junho de 2019 pela Christie's com renda destinada a obras de caridade.

O violão de Kurt Cobain vendido no sábado é um modelo raro, o D-18E fabricado pela americana Martin e do qual existem apenas 302 exemplares.

A apresentação acústica do Nirvana durante a gravação da popular série "MTV Unplugged" em 18 de novembro de 1993 se tornou o que é considerado um dos maiores álbuns ao vivo da história.

A performance aconteceu menos de seis meses antes do suicídio, em 5 de abril de 1994, de Kurt Cobain.

O violão foi vendido com seu estojo, personalizado por Cobain.

A guitarra que Kurt Cobain usou durante a gravação do famoso show de 1993 do Nirvana "Unplugged" será leiloada nos dias 19 e 20 de junho em Los Angeles, com um preço inicial estimado em US$ 1 milhão.

A guitarra semi-acústico que será colocada à venda pela Julien's é um modelo raro, o D-18E, fabricado pelo luthier americano Martin, que fez apenas 302 cópias, esta de Cobain em 1959.

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A guitarra cumpria as regras do programa "Unplugged" no canal americano MTV, que queria que os artistas convidados usassem apenas instrumentos acústicos ou semiacústicos.

O show "Unplugged", gravado em Nova York em 18 de novembro de 1993, aconteceu no auge do Nirvana, a banda de rock mais emblemática dos anos 90, que cristalizou em torno deles um movimento musical, o grunge.

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Sábado (13 de julho) é o Dia Mundial do Rock, data que é uma referência para os fãs brasileiros do gênero. A comemoração virou tradição a partir de 1985 e traz à memória dos roqueiros lembranças dos grandes nomes que representam o segmento.

Por isso, o LeiaJá relembra a história de cinco personagens que, apesar de terem morrido antes dos 30 anos, marcaram para sempre seus nomes entre os maiores do gênero.

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1 - Sid Vicious (1957-1979)

Foto: Wikimedia/Chicago Art Department/L. Schorr

Mesmo não sendo considerado um músico brilhante, o inglês Sid Vicious marcou época nas bandas The Flowers Of Romance e Sex Pistols. Além de ser dependente químico, o baixista tinha um relacionamento problemático com a namorada Nancy Spungen, que foi morta por uma facada atribuída a Vicious. O músico, preso e liberado algumas vezes pelo crime misterioso, em uma dessas idas e vindas trancou-se em um banheiro durante uma festa, em Nova York, e morreu de overdose após consumir heroína.

 

2 - Jimi Hendrix (1942-1970)

 

Foto: Wikimedia/Marjut Valakivi

Um dos maiores guitarristas da história, o inovador Jimi Hendrix é o responsável pelo uso da pedaleira "wah-wah" no rock popular. Além disso, foi um dos primeiros a usar a microfonia como melodia em suas apresentações. A morte do artista é um mistério, entretanto sabe-se que Hendrix morreu em Londres e é provável que tenha sido vítima de asfixia por seu próprio vômito após ingerir bebidas alcoólicas e soníferos.

 

3 - Janis Joplin (1943-1970)

Foto: Wikimedia/Albert B. Grossman

Influenciada pelo jazz e pelo blues norte-americano, a mulher com a voz mais marcante do rock 'n' roll é considerada um ícone da cena nos anos 1960. Em decorrência de sua dependência química, Janis morreu em 4 de outubro de 1970 após uma overdose de heroína. Mesmo com o falecimento da cantora, seus fãs a consagraram como a eterna rainha do rock 'n' roll.

 

4 - Jim Morrison (1943-1971)

Foto: Wikimedia/Elektra Records

Líder da banda The Doors e considerado um dos maiores vocalistas de todos os tempos, Jim Morrison também se envolveu com álcool e drogas durante a carreira de sucesso da banda nos anos 1960. A causa mais provável de sua morte, em 3 de julho de 1971 na cidade de Paris, capital da França, é uma overdose de heroína, porém como não houve autorização para a realização da autopsia, o caso nunca foi elucidado.

 

5 - Kurt Cobain (1967-1994)

Foto: Wikimedia/Bill Donald Bailey

Fundador e vocalista do Nirvana, uma das bandas de grande referência nos anos 1990, Kurt Cobain é lembrado pela potência vocal, por seu talento como guitarrista e por obras inesquecíveis da banda norte-americana. A exposição na mídia lhe causou depressão e dependência química, razões pelas quais acredita-se que o músico tenha cometido suicídio em seu apartamento, no dia 5 de abril de 1994.

Décadas depois da voz de Kurt Cobain ser ouvida pela primeira vez nas ondas do rádio, o líder do Nirvana continua encantando pessoas que não eram nascidas quando ele morreu.

Vinte e cinco anos após o suicídio do símbolo da contracultura da década de 1990, seu ex-empresário Danny Goldberg afirma que finalmente está pronto para refletir publicamente sobre o legado do artista.

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No livro "Serving the Servant: Remembering Kurt Cobain" - lançado esta semana para marcar o aniversário, na sexta-feira, da morte aos 27 anos do cantor nascido em Seattle - Goldberg recorda um Cobain que estava à frente de sua época e como sua genialidade e humanidade brilharam através de sua personalidade melancólica e sombria.

"Sua imagem na imprensa ficou um pouco distorcida e se concentrou de maneira desproporcional em sua morte, não tanto em sua vida e sua arte", opina Goldberg.

"Foi um cantor incrivelmente comovente, sua voz transmitia uma vulnerabilidade e uma intimidade rara", completa.

Goldberg considera que Cobain "sintonizou com algo que ajudava as pessoas a sentir que eram menos 'estranhas', menos sozinhas".

Justamente por isto sua obra continua sendo relevante, inclusive para adolescentes que vivem em um mundo diferente da angustiante costa noroeste do Pacífico onde nasceu Cobain.

"Integra um grupo de artistas com uma arte que transcende seu tempo", explica o empresário.

- O culto a Kurt -

O depressivo mas singular artista que cresceu em uma região a duas horas da cidade de Seattle se tornou um 'deus' do rock subitamente quando "Nevermind", o segundo dos três álbuns de estúdio do Nirvana, catapultou a banda de rock alternativo a uma fama estratosférica e iniciou o culto a Kurt.

Goldberg conheceu o guitarrista Cobain em 1990, quando o Nirvana ainda não era muito famoso e esperava ter mais sucesso com sua mescla única de punk, metal e melodias inspiradas nos Beatles.

"Nevermind" conseguiu exatamente isso e se tornou um dos álbuns de maior sucesso de todos os tempos, superando o falecido astro pop Michael Jackson no topo das paradas americanas e desviando o rumo da cultura pop: o Nirvana inspirou não apenas a música, mas também a moda e o comportamento dos jovens.

Nos três anos e meio que trabalhou com Cobain, Goldberg foi testemunha do salto do Nirvana à fama, da selvagem mas carinhosa relação do artista com a cantora Courtney Love, assim como das tentativas de intervenção para que abandonasse o vício em heroína.

"Não tenho ideia do que provocou as últimas semanas de desespero de Kurt", escreve Goldberg no livro. "Talvez tenha sido uma intensa cristalização das depressões que o atormentavam por muito tempo".

"É melhor queimar do que desaparecer", escreveu Cobain em uma carta encontrada ao lado de seu corpo, uma citação a uma música de Neil Young.

- "Gênio musical" -

Mas o ex-manager de Nirvana, que Cobain considerava um segundo pai, enfatiza que por trás do consumo de drogas e da depressão havia "um gênio musical".

Também era um 'bobo' romântico, lembra Goldberg, ao mencionar que o cantor e compositor tinha quatro cópias de "The Chipmunks Sing the Beatles Hits", álbum em que os personagens do desenho "Alvin e os Esquilos" cantavam as canções dos Fab Four.

O cabelo loiro e desgrenhado de Cobain, os olhos claros e o famoso casaco marrom esfarrapado davam um ar preguiçoso ao artista, mas Goldberg assegura que isto escondia um "intelecto altamente sofisticado".

"Sempre soube que havia uma profundidade na energia e nos sentimentos que usava, era mais profundo que apenas um grande refrão, embora tenha escrito grandes refrões.

O empresário dá crédito a Cobain pela defesa das mulheres e por ajudar a "redefinir a masculinidade" no mundo da música.

"Podia ser muito poderosos e convincente e, ao mesmo tempo, sensível e carinhoso. Isto quebrava a ortodoxia do rock da época", opina Goldberg, que recorda um show na Argentina no qual Cobain ficou enfurecido com as vaias à banda de abertura Calamity Jane, formada apenas por mulheres. A vingança do líder do Nirvana foi não tocar o hit "Smells Like Teen Spirit".

"O público não merecia", disse o cantor.

"Ele estava comprometido com um ideal feminino e o respeito por todos, uma espécie de ethos antimachista", recorda Goldberg, que também destaca o compromisso de Cobain com a defesa dos direitos dos homossexuais.

"Tinha uma versão verdadeiramente alternativa do que significava ser uma estrela de rock", completa.

O Nirvana acabou com a morte de Cobain, mas ecos de sua breve vida persistem e o colocam em uma lista de grandes ícones musicais como Bruce Springsteen, o falecido John Lennon ou Bob Dylan, segundo Goldberg.

O empresário e autor não deseja especular sobre o que Kurt Cobain estaria fazendo se estivesse vivo, mas afirma que certamente seria algo inovador, pois "sempre estava evoluindo, não apenas copiando a si mesmo".

 Nesta segunda-feira (20), se estivesse vivo, o cantor que fez parte da banda Nirvana, Kurt Cobain, completaria 50 anos. Nascido em uma região litorânea dos Estados Unidos, em 1967, o cantor faleceu no dia 5 de abril de 1995, em decorrência de um suicídio, mas até hoje é considerado ícone de várias gerações do rock, sobretudo grunge,  e serve como referência para novos gêneros.

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As letras de Cobain, compostas com angústias e incertezas de sua geração, misturadas à ira nos palcos, eram um dos fatores que também concentrava olhares do mundo para o cantor. A banda foi fundada em 1987, mas só veio a estourar com sucessos em 1991. Com apenas três álbuns em estúdio, "Bleach", "Nevermind" e "In Utero"; e um disco ao vivo, "MTV Unplugged", a popularidade de Kurt contribui até hoje para compilações, reedições e até materiais inéditos, a exemplo de "Incesticide", um álbum na versão remasterizada com raridades.

Entre os vários países que o cantor visitou, o Brasil também foi contemplado, em 1993, em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas o registro histórico foi marcado por uma apresentação considerada um fiasco, com o pior show ao longo da carreira da banda.

A banda já reúne várias obras que relatam sua personalidade. Entre as que mais se destaqcam, encontra-se o filme 'Montage of Heck', que detalha os problemas de Kurt e sua relação familiar. Ainda existem fãs que acreditam que o cantor esteja vivo, inclusive as conspirações que volta e meio circundam as redes sociais. Mas o certo mesmo é que, por meio de "Come as you are", “Negative Creep”, “About a girl”, “Lithium” e outros grandes sucessos é que Kurt Cobain será eternizado. Confira um dos sucessos.

Kurt Cobain foi um dos maiores e mais polêmicos astros do rock da década de 1990. Sua história é permeada de fatos conturbados misturados ao sucesso meteórico da banda Nirvana, da qual era líder, e finalizada com o seu suicídio aos 27 anos, em 1994. Agora, um documentário oficial, com a particiapção de familiares e imagens de arquivo pessoal promete contar mais detalhes da vida de Cobain. Montage of Heck estreia apenas no início de maio na HBO americana mas o trailer oficial do filme já pode ser visto no YouTube.

Montage of Heck é o primeiro documentário autorizado sobre a vida de Kurt. O filme estreou no Festival de Cinema de Sundance, nos Estados Unidos, em janeiro de 2015. Com uma pegada mais intimista, o filme conta com depoimentos de amigos e familiares do músico, inclusive da viúva, Courtney Love.

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Também foram usados imagens do arquivo pessoal da família Cobain que mostram parte da trajetória do roqueiro desde sua infância. Quem assina a direção do filme é a filha de Kurt, Frances Bean Cobain.

A placa na entrada da cidade diz: "Welcome to Aberdeen. Come As You Are." (Bem-vindo a Aberdeen, Venha como você é). A referência ao título de uma das músicas mais famosas do Nirvana recebe os fãs de todo o mundo que desejam homenagear Kurt Cobain.

Vinte anos depois do suicídio do vocalista do Nirvana, a cidade decadente em Washington, a duas horas de Seattle, tenta garantir que o legado de seu filho mais famoso permaneça vivo. O prefeito Bill Simpson rebate as críticas dos que dizem que é errado celebrar a vida de um viciado em drogas, que cometeu suicídio quando a filha ainda era um bebê.

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"Muitos dizem 'Ah, Kurt era um drogado, Kurt era um homem desagradável'. Mas, quer saber, quanto mais eu leio, quanto mais eu estudo sobre ele, percebo que era um cara pé no chão, muito carinhoso, um indivíduo muito amoroso", declarou Simpson à AFP.

Cobain morreu aos 27 anos, quando o Nirvana estava no auge da fama, com hits como "Smells Like Teen Spirit" e "Come as You Are", que inspiraram várias bandas a seguir o movimento grunge, que mistura elementos do punk e do heavy metal. Ele conquistou tudo em poucos anos: das ruas sombrias de Aberdeen até a fortuna e fama internacional, com direito a uma casa luxuosa no bairro Denny-Blaine de Seattle.

E foi nesta casa que seu corpo foi encontrado no dia 8 de abril de 1994. Cobain deu um tiro na cabeça. Os legistas detectaram uma grande quantidade de heroína no corpo e estimaram que a morte deve ter acontecido no dia 5 de abril. Cobain entrou então para o chamado "Clube dos 27" - o grupo de músicos que morreu aos 27 anos vítima do uso abusivo de drogas ou álcool e que inclui Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Brian Jones e, mais recentemente, Amy Winehouse.

Ainda mais famoso após a morte

Como aconteceu com os outros músicos, a morte, ironicamente, elevou ainda mais o status de celebridade de Cobain. "É como com James Dean: ele era um ator reconhecido e, então, morreu em um acidente trágico que o transformou em ícone", afirma Gillian Gaar, jornalista de Seattle e autora de "Entertain Us: the Rise of Nirvana."

Gaar compara Cobain a artistas como Neil Young, Carlos Santana e Bob Dylan – todos tiveram uma grande fama no início, mas depois conseguiram reconquistar o sucesso mais tarde. "A grande da tragédia da morte de Cobain é o sentimento de potencial não realizado", completa.

Cobain criou o Nirvana em 1987 com o baixista Krist Novoselic, ainda na escola em Aberdeen. O baterista Dave Grohl entrou para a banda mais tarde, depois que vários músicos passaram pelo grupo. A história do Nirvana e da música começou a mudar quando o grupo foi contratado pela gravadora Sub Pop em 1988.

Mas eles chamaram pouca atenção quando a Sub Pop organizou uma apresentação no 'Central Saloon' de Seattle em 10 de abril de 1988. "Nós não ficamos muito impressionados. Os show não foi muito bom, as músicas não eram tão boas", afirmou o cofundador da Sup Pop Bruce Pavitt à AFP.

"Mas Kurt Cobain tinha uma voz incrível e então apostamos no fato de que Kurt tinha uma voz incrível". O grupo lançou o primeiro álbum, "Bleach", pela Sub Pop em 1989. Mas foi com "Nevermind", de 1991 e lançado pela Geffen Records, que o Nirvana conquistou o planeta. O terceiro álbum, "In Utero", de 1993, também foi aclamado.

O sucesso do Nirvana foi acompanhado por mudanças na vida pessoal de Cobain - ele casou com a cantora Courtney Love em 1992 e os dois tiveram uma filha, Frances, em agosto do mesmo ano. Mas a pressão da fama claramente incomodava o cantor e compositor, que lutava contra a depressão. Uma overdose em março de 1994 na cidade de Roma foi descrita por Love como a primeira tentativa de suicídio.

Perda e luto

Quando a morte foi anunciada, a notícia provocou uma onda de choque em Seattle e no mundo da música. "A cidade inteira ficou de luto", disse Pavitt. "Mas como ele havia tentado cometer suicídio em Roma um mês antes, eu não fiquei tão surpreso", completou. Os fãs se reunem no Parque Viretta, perto da última residência de Cobain - onde muitas pessoas podem retornar neste sábado para escrever novas mensagens em um banco já repleto de frases em homenagem ao artista.

Mas de um modo estranho, enquanto o museu EMP de Seattle recebe uma mostra sobre o Nirvana, o banco no parque é o que a cidade tem de mais parecido com um memorial ao líder do Nirvana. "Apesar da imprensa aqui, com certeza, estar orgulhosa, e da indústria da música estar orgulhosa, eu ainda sinto uma ambivalência subjacente das autoridades da cidade", disse Gaar.

Em Aberdeen - onde existe uma estátua de Cobain no museu da cidade e um parque inspirado no artista perto de uma ponte na qual ele escreveu algumas de suas músicas mais famosas -, o prefeito demonstra um pouco de ceticismo com a reação de Seattle. "Ele não era de Seattle. É incrível para mim. Ele era de Aberdeen, ficou famoso e Seattle o adotou", recorda Simpson. "E então ele se matou, ou foi morto por causa das drogas e das armas e tudo mais, e de repente Seattle diz 'Oh não, ele era de Aberdeen'", completa.

É, o prefeito é uma das pessoas que acreditam em uma conspiração. "Eu acredito que alguém o matou, eu realmente acredito nisso", afirma. Para Simpsom, Cobain teria muita dificuldade de atirar na própria cabeça com um rifle. Mas Gaar, sentada no banco perto da última casa de Cobain, rejeita a ideia. "Eu nunca tive qualquer dúvida de que foi um suicídio".

“Smells like teen spirit”; “Come as you are”; “All apologies”. Mesmo se você nunca foi fã do estilo musical deles, é provável que, ao citar seu nome ou o da banda da qual ele, Krist Novoselic e o atual líder do Foo Fighters, Dave Grohl, fizeram parte nos anos 1980/1990, você reconheceria, nem que fosse para figurar na lista de uma das maiores bandas grunges de todos os tempos. Kurt Cobain, 27 anos, cometeu suicídio no ano de 1994, quando foi encontrado morto em sua casa, em Seattle, nos Estados Unidos, com um tiro na cabeça. Ele tirou sua vida e a esperança de milhares de jovens de permanecerem acompanhando as composições angustiadas desta que continua a ser uma das bandas mais influentes do rock mundial – o Nirvana.

Nascido no ano de 1967 em Washington, nos Estados Unidos, Kurt completaria 45 anos nesta segunda-feira. Pai de Francis Bacon, filha que teve com a polêmica vocalista da banda Hole, Courtney Love, Kurt usou e abusou das drogas o quanto pode e tinha, em seu olhar desconfiado e tímido, o seu grande mérito: a excentricidade com que via o mundo e como ele transcrevia essa percepção para suas letras. Assim como grandes nomes do rock (Janes Joplin, Jim Morrison, Jimmi Hendrix, Brian Jones), ele perpetuou a “sina” dos que morreram aos 27 anos – sina esta recentemente continuada pela cantora Amy Whinehouse, encontrada morta em julho de 2011.

O Nirvana foi um dos expoentes mais importantes do estilo grunge (leia-se, a muito custo, subgênero do rock alternativo que se define pelas letras sarcásticas e angustiadas, aliadas a um estilo de se vestir despojado – geralmente com o uso de uma camisa de flanela xadrez). Assim como ela, Pearl Jam, Mudhoney, Alice In Chains, The Melvins e tantas outras levaram à frente esse estilo musical, que continua na playlist de vários admiradores do rock.

 

Morte precoce – O corpo de Kurt Cobain foi encontrado na manhã de oito de abril de 1994, por um eletricista que faria um serviço em sua casa. Mas, na verdade, o que se diz é que Kurt já havia desejado a morte há muito tempo, em diversos outros momentos, pois sofria de terríveis dores estomacais, além de consumir ferrenhamente drogas pesadas.

Em sua carta suicida, Kurt externou, entre outros assuntos, a angústia sentida e o fato de não conseguir mais continuar a tocar em sua banda.  "Há anos venho me sentindo culpado, e o fato é que não consigo mais enganar nenhum de vocês. O pior crime é enganar", diz um trecho. Em seguida, Kurt cita uma de suas bandas favoritas, o R.E.M (que anunciou seu fim em setembro do ano passado), referindo-se ao fato de admirar o trabalho profissional e criativo da banda. "Deus, eles são os maiores. Eles têm lidado com o sucesso como se fossem santos e continuam fazendo uma ótima música", disse Kurt. Em contrapartida, citando o Nirvana, o líder desabafa. "Empacou. Nós fomos categorizados. Grunge é um termo tão forte quanto New Wave. E você não consegue escapar dele. E (junto com o termo você também) vai sair de moda".

Se estivesse vivo, se acompanhasse a quantas andam o mercado fonográfico e, porque não dizer, se visitasse a menor loja de roupas de rock nos dias de hoje, Kurt se surpreenderia com o fato de não ter, de fato, saído de moda.

Confira a discografia completa do Nirvana:

Bleach: 1989
Nevermind: 1991
Incesticide: 1992
In Utero: 1993
MTV Unplugged in New York: 1994

Póstumos:
From the Muddy Banks of Wishka: 1996
Nirvana: 2002
With the Lights Out (Box): 2004

Assista ao vídeo “The Man Who Sold the World”, cover de David Bowie que a banda gravou em seu MTV Unplugged:


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