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A Ucrânia anunciou, nesta segunda-feira (14), avanços no leste e sul do país, pequenos progressos em sua contraofensiva lançada há dois meses para liberar os territórios ocupados pela Rússia.

No leste, a batalha por Bakhmut continua ativa após um ano. Os russos, que, em maio, tomaram a devastada e simbólica cidade após meses de combates sangrentos, estão agora na defensiva.

"Na região de Bakhmut, 3 km2 foram liberados na semana passada. No total, 40 km2 foram liberados no flanco sul do setor de Bakhmut", anunciou Ganna Maliar, vice-ministra ucraniana de Defesa.

Na frente sul, onde as forças ucranianas buscam os pontos fracos das defesas russas, formadas por campos de minas, trincheiras e armadilhas antitanque, Maliar não deu detalhes, mas indicou progresso.

Na região de Kherson (sul), a vice-ministra mencionou "ações" de "unidades" ucranianas na margem leste do Dnieper, onde o Exército russo se retirou em novembro de 2022, transformando o rio em linha de frente.

"Não podemos dar detalhes, mas estas ações foram realizadas. Para consolidá-las, devemos expulsar o inimigo e liberar o território", afirmou.

- Necessidade de armas -

Apoiada por uma importante ajuda militar ocidental, a Ucrânia lançou em junho uma grande contraofensiva para expulsar o Exército russo dos territórios que ocupa. Kiev passou meses preparando a operação, enquanto os russos reforçaram suas defesas, o que dificultou o avanço ucraniano, ainda modesto.

Os dirigentes ucranianos afirmam que o combates são difíceis, mas que os primeiros resultados já são vistos e que necessitam de mais armas, especialmente de longo alcance, para atacar a retaguarda russa e reconquistar o território.

"Contamos com que nossos aliados compreendam a situação e que é inadiável" o envio de armas de longo alcance e de defesas antiaéreas, disse o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, após receber o ministro alemão de Finanças, Christian Lindner, nesta segunda-feira.

A Rússia insiste que a contraofensiva falhou.

Moscou lançou sua própria ofensiva no nordeste, ameaçando a cidade de Kupiansk, liberada por Kiev em setembro, e obrigando as autoridades ucranianas a evacuar dezenas de cidades na região de Kharkiv.

Nesta segunda, o Ministério da Defesa russo afirmou que "os sistemas russos de defesa antiaérea detectaram e destruíram drones" atribuídos a Kiev "sobre o território da região de Belgorod".

"Não houve vítimas nem danos", segundo Moscou.

- Tensão no Mar Negro -

Os bombardeios russos destroem diariamente restaurantes, hotéis e residências, deixando mortos e feridos.

Está previsto para esta segunda-feira o enterro de uma criança de oito anos que morreu em um bombardeio com um míssil hipersônico Kinzhal, segundo Kiev, na região de Ivano-Frankivsk (oeste), a centenas de quilômetros do front e raramente bombardeada.

O importante porto ucraniano de Odessa, no Mar Negro, foi atacado na noite de domingo para segunda-feira por quinze drones e oito mísseis, segundo o comando ucraniano.

Atingido pela defesa antiaérea, seus destroços danificaram um supermercado, deixando três feridos, segundo a mesma fonte. Outros edifícios e veículos também foram danificados, segundo o governo local.

Também no Mar Negro, a Ucrânia denunciou nesta segunda disparos de alerta na véspera contra uma cargueiro que seguia para o porto de Izmail, uma das principais saídas de produtos agrícolas ucranianos desde que Moscou encerrou o acordo de exportações de grãos no fim de julho.

"Estas ações demonstram a política deliberada da Rússia de ameaçar a liberdade de navegação e a segurança da marinha mercante no Mar Negro", comunicou o Ministério de Relações Exteriores ucraniano.

A Ucrânia admitiu, neste domingo (16), que está em uma posição defensiva na frente de batalha no leste do país diante das tropas de Moscou, enquanto o presidente russo Vladimir Putin afirmou que a contraofensiva de Kiev "não teve sucesso".

"Durante dois dias seguidos, o inimigo atacou ativamente a área de Kupiansk, na província de Kharkiv. Estamos nos defendendo", disse a vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar.

Ela citou "batalhas violentas" e indicou que as posições "mudam várias vezes ao dia".

Kiev já havia reconhecido que a contraofensiva enfrenta dificuldades e pediu aos aliados ocidentais que forneçam mais armas de longo alcance.

A vice-ministra da Defesa, no entanto, insistiu que as forças ucranianas "avançam gradualmente na região de Bakhmut", uma cidade capturada em maio pela Rússia.

- Putin elogia resistência russa -

Bakhmut tinha mais de 70.000 habitantes antes da ofensiva russa e foi destruída na batalha mais longa e violenta desde o início da invasão, em fevereiro de 2022.

"Em Bakhmut, bombardeamos o inimigo e o inimigo nos bombardeia", afirmou Hanna Maliar.

Ao mesmo tempo, Putin afirmou que a contraofensiva do Exército ucraniano, que tem o objetivo de recuperar os territórios ocupados por Moscou no leste e no sul do país, não tem sucesso.

"Todas as tentativas do inimigo de romper nossas defesas [...] não tiveram sucesso desde que a ofensiva começou. O inimigo não teve sucesso", declarou Putin em uma entrevista ao canal Rossiya-1 exibida neste domingo.

O chefe de Estado também considerou que situação é "positiva" para as forças russas.

"Nossas tropas estão atuando de forma heroica. E, de maneira inesperada para o adversário, elas estão inclusive passando à ofensiva em certos setores e capturando posições mais vantajosas", disse.

A Ucrânia iniciou sua aguardada contraofensiva no mês passado, depois de acumular armas fornecidas pelo Ocidente e reforçar suas capacidades de ataque.

A contraofensiva de Kiev avança de maneira lenta diante de tropas russas que tiveram tempo de estabelecer defesas sólidas, incluindo campos repletos de minas, e que ainda possuem um poder de fogo significativo para atacar as forças ucranianas.

Neste domingo, o Estado-Maior ucraniano anunciou operações de ataque em curso na direção de Melitopol e Berdiansk, duas cidades ocupadas pela Rússia no sul da Ucrânia.

Durante a semana, o Ministério da Defesa russo anunciou que as tropas do país conseguiram avançar 1,5 quilômetro em um setor da frente de batalha próximo de Lyman, na província de Donetsk, leste da Ucrânia.

- Incerteza no acordo sobre grãos -

O acordo sobre a exportação de grãos ucranianos pelo Mar Negro expira à meia-noite de segunda-feira no horário de Istambul (18h00 de Brasília).

Assinado em julho de 2022 na cidade turca, com mediação de Ancara e da ONU, e prorrogado diversas vezes desde então, o acordo permitiu a exportação de quase 33 milhões de toneladas de cereais nos últimos 12 meses, apesar do conflito.

Na sexta-feira, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, mediador entre Kiev e Moscou, afirmou que Putin "concordava" com uma nova extensão do acordo, fundamental para garantir o abastecimento de cereais ao redor do mundo.

Mas o Kremlin não confirmou a declaração.

Em uma conversa telefônica no sábado com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, Putin disse que "as obrigações estabelecidas no memorando entre Rússia e ONU sobre a retirada dos obstáculos para a exportação de alimentos e fertilizantes russos ainda não foram cumpridas", informou o Kremlin.

Esta é uma exigência apresentada de maneira reiterada por Moscou como contrapartida à exportação de grãos dos portos ucranianos através de um corredor seguro no Mar Negro.

"O principal objetivo do acordo, a entrega de grãos aos países em necessidade, em particular no continente africano, não foi alcançado", acrescentou Putin, segundo o comunicado divulgado pela presidência russa.

Com a meta de conter a inflação e a insegurança alimentar em países vulneráveis, o acordo beneficiou 45 países importadores, com a China em primeiro lugar (7,75 milhões de toneladas), seguida por Espanha (5,6 Mt) e Turquia (3,1 Mt), informou o centro de coordenação dos quatro signatários do pacto, com sede em Istambul.

As forças russas reivindicaram nesta sexta-feira (7) suas primeiras conquistas no leste da Ucrânia após uma série de derrotas em várias frentes, mas Kiev parecia manter suas posições e pediu aos soldados russos que se rendam.

O ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, em uma demonstração de confiança após uma série de sucessos alcançados durante sua contraofensiva, prometeu garantir "a vida, a segurança e a justiça" dos militares russos que optarem por se render.

"Eles ainda podem salvar a Rússia da tragédia e o exército russo da humilhação", ou então "permanecerem na memória como ladrões, estupradores e assassinos", lançou, depois que várias derrotas no front pressionaram o presidente russo, Vladimir Putin, a mobilizar centenas de milhares de reservistas.

Por sua vez, Moscou anunciou que conquistou três cidades no leste da Ucrânia depois de ter perdido milhares de quilômetros quadrados em várias frentes nas últimas semanas.

Separatistas pró-russos que lutam ao lado das forças de Moscou na Ucrânia disseram ter tomado as cidades de Otradivka, Vesela Dolina e Zaitseve.

O Ministério da Defesa russo já havia anunciado a captura de Zaitseve no dia anterior, em seu relatório diário.

Os três municípios estão localizados ao sul da cidade de Bakhmut, controlada pelas forças ucranianas e que o exército russo tenta conquistar há meses, sem sucesso.

- "Combates nas ruas" -

Nesta sexta-feira, em Bakhmut, jornalistas da AFP ouviram disparos de artilharia pesada e múltiplos lançadores de foguetes no centro da cidade, que tinha cerca de 70 mil habitantes antes da guerra.

Rajadas de metralhadoras também eram ouvidas de tempos em tempos. Um voluntário civil do grupo humanitário Vostok SOS, Eduard Skorik, 29 anos, disse à AFP que "combates de rua" ocorreram perto de sua casa.

Ao sul da cidade, indo em direção às cidades capturadas pelos russos, podia-se ver uma fumaça preta causada por projéteis.

As forças ucranianas também relataram vitórias territoriais nesta sexta-feira, como a cidade de Grekivka, na região de Luhansk (leste), segundo o governador Sergei Gaidai.

Na região ocupada de Kherson, no sul, pelo menos cinco civis morreram e outros cinco ficaram feridos em um bombardeio ucraniano que atingiu um ônibus que atravessava uma ponte com civis a caminho do trabalho, disse o oficial pró-russo Kirill Stremousov.

As forças ucranianas atacaram as pontes naquela região várias vezes para impedir o abastecimento logístico das forças russas.

A Presidência ucraniana também relatou um novo bombardeio russo na região de Zaporizhzhia (sul), pelo segundo dia consecutivo, que causou um ferido.

"Infraestruturas foram destruídas em dois distritos. O ocupante usou drones pela primeira vez", disse a fonte.

No dia anterior, 11 pessoas morreram em bombardeios russos em Zaporizhzhia, de acordo com os serviços de resgate ucranianos.

- Risco de "Armagedom" nuclear -

O chefe dos separatistas pró-russos na região de Donetsk (leste), Denis Pushilin, disse que a situação "mais difícil" acontecia perto de Lyman, um importante centro ferroviário, onde as tropas russas escaparam por pouco de serem cercadas por forças ucranianas.

Segundo ele, o exército russo está consolidando uma nova linha de defesa perto de Kreminna, mais ao leste, que as forças ucranianas "testam dia e noite".

"Acho que temos a chance de reunir forças e começar a libertar territórios com novas reservas", acrescentou, anunciando o envio de reforços.

A Rússia reivindicou na semana passada a anexação de quatro regiões que controla pelo menos parcialmente na Ucrânia, após "referendos" denunciados pela ONU, o governo ucraniano e seus aliados ocidentais.

Quanto à ameaça nuclear, não para de crescer.

Após as ameaças de Vladimir Putin de recorrer a armas nucleares para defender territórios que o Kremlin considera russos, seu homólogo ucraniano Volodimir Zelensky mencionou na quinta-feira ataques "preventivos" contra a Rússia.

A Presidência ucraniana rapidamente recuou e afirmou que Zelensky estava se referindo a "sanções" preventivas e não a bombardeios, mas autoridades russas expressaram sua indignação.

O Kremlin denunciou um "chamado para iniciar uma nova guerra mundial" e o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, considerou que essas declarações justificavam a invasão russa.

O presidente dos EUA, Joe Biden, alertou para o risco de um "Armagedom" nuclear pela primeira vez desde a Guerra Fria.

Um soldado escapa ileso dos estilhaços de um foguete em seu veículo ou uma idosa que foi salva da explosão por uma parede de sua casa enquanto dormia.

Estes são dois exemplos de que, no leste da Ucrânia, a sobrevivência é muitas vezes uma questão de sorte.

O Donbass se tornou o epicentro dos combates desde que as tropas russas se retiraram da região de Kiev no final de março, depois de não conseguirem tomar a capital ucraniana.

Nessa região, o conflito começou de fato em 2014, quando separatistas pró-russos apoiados militar e financeiramente pelo Kremlin tomaram parte das duas regiões que o compõem, Donetsk e Lugansk, incluindo suas capitais.

Desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro, as tropas de Moscou e seus apoiadores separatistas ganharam terreno, mas a resistência dos soldados ucranianos, experientes por oito anos de conflito, é tenaz.

Ambos os lados estão entrincheirados, com os combates diários reduzidos cada vez mais a uma guerra de artilharia, na qual as armas usadas, particularmente os antigos sistemas de artilharia soviéticos, são no mínimo imprecisas.

"Ficamos sentados nas trincheiras, o inimigo nos bombardeia e não conseguimos nem tirar a cabeça", diz Bogdan, um soldado ucraniano de 26 anos em Bakhmut, cidade contra a qual o exército russo está atualmente concentrando sua ofensiva.

"Não há mais tiroteios como antes. Hoje é uma batalha de artilharia. Então você pula em sua trincheira e espera", conta.

Não muito tempo atrás, um fragmento de um foguete que acabara de explodir perfurou a cabine do veículo de Bogdan.

A mão do jovem soldado ainda treme. Na parte de trás do veículo, mostra o pedaço de metal que quase o matou.

Kostiantinivka, uma grande cidade industrial mais ao norte e teoricamente distante da linha de frente, foi bombardeada há uma semana.

Sete pessoas ficaram feridas, de acordo com a administração militar regional, e um prédio de quatro andares foi destruído na explosão.

De uma janela, um homem abaixa uma máquina de costura com a ajuda de uma corda. Os habitantes tentam recuperar o que podem.

No topo da escada empoeirada repleta de detritos e metal retorcido, Yevgenia Yefimenko, de 82 anos, explica que cochilava quando as duas explosões ocorreram.

Uma destruiu o apartamento do vizinho, parando o despertador no momento da explosão: 00:24.

"Já houve explosões, mas muito longe, então eu me acostumei", explica com lágrimas nos olhos.

As que destruíram o prédio "me jogaram lá", diz ela, apontando para a parede que a salvou: "Não sei como furar parar lá".

Agora sem-teto, a aposentada pensa mais no destino que a espera do que na sorte: "Não tenho ninguém, estou sozinha, sozinha", diz, sem conter as lágrimas.

Em Soledar, uma pequena cidade na estrada para Bakhmut que está sendo fortemente bombardeada, o soldado Oleg Yashchuk relata quase com indiferença seu próprio milagre.

"Estava voltando da frente e tinha 3 ou 4 dias de folga, então fomos descansar no lago: churrasco, cerveja, boa companhia", começa.

"De repente, um tanque começou a atirar. Atirou na água, onde havia muitos soldados. Nós milagrosamente sobrevivemos, todos os estilhaços ficaram contidos na água, por isso ainda estamos vivos", sorri.

Ao longe, ressoam os sons de novos bombardeios; outros não terão a mesma sorte.

O exército russo prossegue nesta segunda-feira (4) com os bombardeios no leste da Ucrânia e avança com o plano de conquistar toda a região do Donbass após a queda cidade estratégica de Lysychansk, no momento em que começa uma conferência internacional na Suíça para traçar um roteiro para a reconstrução da Ucrânia.

O Estado-Maior das Forças Armadas ucranianas anunciou no domingo à noite a retirada de Lysychansk, cenário de combates violentos nas últimas semanas, e reconheceu a "superioridade" das tropas russas nesta região de Lugansk, leste da Ucrânia.

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Após a tomada de Lysychansk, peça central do plano de conquista desta bacia industrial do Donbass, majoritariamente russófona e controlada parcialmente pelos separatistas pró-Rússia desde 2014, o exército russo parece concentrar agora os esforços em Sloviansk e Kramatorsk, duas importantes cidades situadas mais ao oeste, que foram atingidas sem trégua desde domingo.

Em um discurso no domingo à noite, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tentou manter as aparências e citou outras frentes de batalha na região de Kharkiv (nordeste) ou Kherson (sul), onde afirmou que o país conseguiu "progressos".

"Chegará o dia em que falaremos o mesmo sobre o Donbass", declarou Zelenski.

Em Sloviansk, cidade que tinha quase 100.000 habitantes antes da guerra, seis pessoas morreram, incluindo uma menina de nove anos, em bombardeios russos. "O nome dela era Eva. Ela completaria 10 anos em agosto", disse Zelensky em seu discurso.

As autoridades ucranianas pediram à população que abandone esta região. A linha de frente fica a poucos quilômetros de Sloviansk.

Em Siversk, quase 20 km ao oeste de Lysychansk, as tropas ucranianas desejam estabelecer uma linha de defesa entre esta cidade e Bakhmut para proteger Sloviansk e Kramatorsk, que têm um elevado valor simbólico.

Os moradores contaram à AFP que os bombardeios em Siversk ficaram mais intensos nos últimos dias.

"O inimigo intensificou os bombardeios contra nossas posições na direção de Bakhmut", confirmou o Estado-Maior do exército ucraniano em um boletim.

Na Ucrânia, ninguém ousa prever o tempo de duração da guerra.

"No início, os analistas diziam que a guerra terminaria rapidamente. Depois afirmaram que terminaria no Dia da Constituição (28 de junho), depois no Dia da Independência (24 de agosto) e agora não falam nada", declarou à AFP Lyudmila Yashchuk, uma moradora de Kiev de 55 anos.

- Reconstrução -

Na cidade de Bucha, alvo de ataques extremamente violentos no início da guerra, alguns moradores começaram a plantar flores ao pé dos prédios ou a reconstruir seus jardins. Mas a maioria dos habitantes não se atreve a pensar na reconstrução da localidade, quando o resultado dos combates permanece tão incerto.

Na cidade, o estigma dos combates permanece visível em todos os cantos: janelas quebradas, marcas de tiros, paredes com buracos.

"Nós deitamos sem saber se vamos acordar amanhã", conta Vera Semeniuk, de 65 anos. "Todos voltaram e estão começando a reparar as casas, muitos estão colocando janelas novas. Seria terrível se voltasse a acontecer e tivéssemos que deixar tudo de novo".

Enquanto o resultado da guerra permanece incerto, a Conferência de Lugano, que já estava programada para acontecer antes de a Rússia invadir a Ucrânia no fim de fevereiro, tentará nesta segunda-feira e na terça-feira traçar as linhas da futura reconstrução da Ucrânia.

O primeiro-ministro ucraniano, Denys Schmigal, e o presidente do Parlamento, Ruslan Stefanchuk, chegaram a Lugano no domingo.

Eles devem ter uma reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para estabelecer as bases do "Plano Marshall" para a Ucrânia, apesar da impossibilidade de vislumbrar o fim da guerra e dos cálculos para a reconstrução do país que oscilam de dezenas e centenas de bilhões de dólares.

Robert Mardini, diretor geral do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, disse que embora a verdadeira reconstrução tenha que esperar até o fim dos combates, é vital dar "uma perspectiva positiva aos civis".

A ministra das Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, apresentará um grande plano para ajudar a Ucrânia a longo prazo, com a participação na reconstrução do país assim que a guerra com a Rússia terminar.

Por sua vez, o Comitê Olímpico Internacional triplicará sua ajuda financeira direta aos atletas ucranianos visando os Jogos de Paris de 2024 e depois os Jogos de Inverno de 2026, anunciou o presidente do COI, Thomas Bach.

Em visita a Kiev no domingo, Bach, que discursou ao lado do presidente ucraniano, também indicou que "não chegou a hora" de modificar a posição do COI, que recomendou a exclusão de atletas russos e bielorrussos de todos os eventos esportivos internacionais.

As tropas russas bombardeiam em larga escala e "destroem tudo" em Lysychansk, uma cidade estratégica na região leste do Donbass, denunciou o governo de Kiev, na véspera de uma reunião de cúpula que pode conceder à Ucrânia o status oficial de candidata a integrar a União Europeia (UE).

"O exército russo bombardeia em larga escala Lysychansk, com canhões, mísseis, bombas aéreas, lança-mísseis... Destroem tudo", declarou Serguei Gaiday, governador da região de Lugansk, que está no centro dos combates.

Localizada na bacia de mineração do Donbass, objetivo prioritário de Moscou atualmente, Lysychansk está na mira do exército russo, que já ocupa grande parte da cidade vizinha de Severodonetsk.

Severodonetsk, disse o governador, vive "um inferno". "Durante quatro meses, todas as nossas posições estiveram sob fogo cruzado - e quero enfatizar isto - de todas as armas que o exército russo tem", completou.

As duas cidades, separadas pelo rio Donets, constituem o principal reduto de resistência ucraniana na região de Lugansk. As tropas russas tentam cercá-las há várias semanas e assumiram o controle de localidades próximas.

Em Lysychansk, um ataque russo deixou um enorme buraco em uma delegacia e danificou um bloco de apartamentos próximo. As autoridades informaram que 20 policiais ficaram feridos.

Na terça-feira à noite, em seu discurso diário, o presidente Volodymyr Zelensky também acusou a Rússia por um bombardeio "brutal e cínico" na região nordeste de Kharkiv, que matou 15 pessoas, segundo o governador local.

"O exército russo é surdo à razão. Simplesmente destrói, simplesmente mata", afirmou.

- "Ataques indiscriminados" -

A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) denunciou nesta quarta-feira o "nível chocante" do sofrimento que a violência da guerra na Ucrânia provoca nos civis, vítimas de "ataques indiscriminados constantes".

Entre as centenas de pacientes retirados de trem pela MSF, mais de 40% dos feridos eram idosos e crianças.

A Rússia afirmou que um ataque com drone pode ter sido a causa de um incêndio que afetou a refinaria de petróleo de Novoshakhtinsk, na região de Rostov, na fronteira com a Ucrânia.

Ao mesmo tempo, um navio de carga turco zarpou nesta quarta-feira do porto ucraniano de Mariupol, após negociações entre Ancara e Moscou sobre os cereais bloqueados devido à ofensiva russa.

Kiev afirma que milhões de toneladas de grãos estão acumulados nos portos ucranianos em consequência do bloqueio da frota russa no Mar Negro.

O conflito está provocando tensões entre a UE e a Rússia, que alertou para consequências "graves" para a Lituânia, país membro do bloco, devido às restrições impostas ao tráfego ferroviário com Kaliningrado.

Este território fica a 1.600 quilômetros de Moscou, entre Lituânia, Polônia e o Mar Báltico.

A Lituânia, ex-república soviética agora integrada à UE e Otan, afirma que cumpre as sanções europeias contra a Rússia ao bloquear os produtos enviados para o enclave.

Mas a Rússia denunciou uma "escalada" das tensões e convocou o embaixador da UE na Rússia.

O governo dos Estados Unidos expressou apoio à Lituânia.

O Departamento de Estado confirmou que um segundo americano morreu lutando ao lado do exército ucraniano. E outros dois americanos foram capturados na semana passada no leste da Ucrânia por tropas russas.

- "Consenso total" da UE -

Os chanceleres dos 27 países da UE expressaram na terça-feira "consenso total" sobre a concessão do status para Ucrânia e Moldávia.

A decisão oficial deve ser tomada em uma reunião de cúpula dos líderes europeus esta semana. "Vou fazer tudo para que a decisão histórica da União Europeia seja aprovada", declarou Zelensky.

O presidente ucraniano também insiste em pedir armas às potências ocidentais que permitam a suas tropas reduzir a teórica vantagem militar do exército russo.

"Tão ativamente quanto lutamos por uma decisão positiva da União Europeia sobre a candidatura da Ucrânia, lutamos diariamente para obter envios de armas modernas", disse.

O Exército ucraniano anunciou, neste domingo (19), que conseguiu frear os ataques russos perto da cidade de Severodonetsk, no leste do país, palco de intensos combates durante semanas nesta guerra que, de acordo com a segundo a Otan, poderá durar "anos".

"Nossas unidades conseguiram frear o assalto na região de Toshkyvka", declarou o Exército ucraniano no Facebook.

"O inimigo se retirou", acrescentou a corporação.

Serguii Gaidai, governador de Lugansk, região onde fica Severodonetsk, classificou como "mentiras" as declarações, segundo as quais a Rússia controla toda localidade.

"É verdade que eles controlam a maior parte da cidade, mas não completamente", frisou.

Em Severodonetsk, há mais de 500 civis, incluindo 38 crianças, entrincheirados em uma fábrica de produtos químicos para se protegher dos bombardeios, relatou Gaidai, acrescentando que a planta voltou a ser atingida por ataques aéreos nas últimas horas.

Há vários dias, tenta-se estabelecer um corredor humanitário para sua retirada, sem sucesso. Russos e ucranianos acusam um e outro por sua instalação ainda não ter sido possível.

De Moscou, o Ministério russo da Defesa afirmou, neste domingo, que "a ofensiva contra Severodonetsk está sendo realizada com sucesso".

"Unidades da milícia popular da República Popular de Lugansk, apoiadas pelas Forças Armadas russas, libertaram a cidade de Metolkin", a sudeste de Severodonetsk, relatou o ministério à imprensa.

- "Não há lugar seguro" -

Depois de fracassar em sua tentativa de tomar Kiev no início da ofensiva, em 24 de fevereiro passado, o objetivo da Rússia agora parece ser assumir o controle total da bacia de mineira do Donbass, composta pelas regiões de Lugansk e Donetsk. Desde 2014, esta região já é parcialmente controlada por separatistas pró-Rússia apoiados por Moscou.

"Não há lugar seguro", admitiu o governador em uma entrevista à AFP, de Lysychansk, na região de Lugansk. Os russos "bombardeiam nossas posições 24 horas por dia", descreveu.

"Tem um ditado que diz: você tem que se preparar para o pior, e o melhor virá", diz Gaidai. "Claro que temos que nos preparar", reitera o funcionário, que teme que os russos cerquem a cidade e bloqueiem as estradas que garantem o abastecimento.

Com uma população de cerca de 100.000 habitantes antes da guerra, apenas 10% permanecem em Lysychansk.

E, na cidade, tudo e todos parecem estar se preparando para combates nas ruas: os soldados cavam buracos e colocam arame farpado; a polícia coloca carros incendiados para parar o trânsito; e muitos moradores que ainda estavam lá decidem, enfim, ir embora.

"Largamos tudo e vamos embora. Ninguém pode sobreviver a um ataque desses", lamenta a professora de história Alla Bor.

- "Não vamos dar o sul para ninguém" -

Neste domingo, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, manifestou sua determinação de continuar resistindo no sul, após uma visita às cidades de Mykolaiv e Odessa no sábado.

"Não daremos o sul para ninguém. Vamos recuperar tudo. O mar será ucraniano e será seguro", prometeu, em um vídeo publicado no Telegram, após retornar para a capital do país, Kiev.

"Estão confiantes e, olhando nos olhos deles, é óbvio que não duvidam de sua vitória", acrescentou Zelensky, referindo-se às suas tropas.

Seu otimismo diverge, no entanto, do panorama sombrio apresentado pelo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg. Em entrevista publicada neste domingo pelo jornal alemão Bild, ele avalia que a guerra pode durar "anos" e, por isso, os países ocidentais devem se preparar para um apoio duradouro à Ucrânia.

"Temos de estar preparados para que isso dure anos", afirmou Stoltenberg.

"Não devemos esmorecer em nosso apoio à Ucrânia, mesmo que os custos sejam altos, não apenas em termos de apoio militar, mas também no aumento dos preços da energia e dos alimentos", completou.

"As perdas são importantes, muitas casas foram destruídas, a logística civil foi afetada, e há muitos problemas sociais", admitiu Zelensky.

"Pedi que as pessoas que perderam seus entes queridos recebam uma maior assistência. Vamos reconstruir tudo o que foi destruído. Os mísseis russos são menores do que a vontade de viver do nosso povo", declarou.

Mykolaiv tinha meio milhão de habitantes antes da guerra e segue sob controle ucraniano, mas fica perto de Kherson, uma região praticamente ocupada pelos russos.

Além disso, está localizada na estrada para Odessa, o maior porto da Ucrânia. Esta última também está sob controle ucraniano e no centro das negociações, pois há milhões de toneladas de grãos ucranianos bloqueados ali. A Rússia, que controla esta zona do mar Negro, argumenta que as águas estão minadas.

burs-bl/es/mb/tt

A histórica onda antecipada de calor na Europa, que castiga particularmente França e Espanha desde a última quinta-feira (16), começou a arrefecer no domingo (19) no sudoeste e no oeste do continente, deslocando as altas temperaturas para o leste, onde o termômetro pode chegar aos 38°C.

Depois de registrar temperaturas acima de 40°C e de bater vários recordes de calor no sábado no oeste da França, o clima de tempestade esperado para hoje ajudará a "diminuir gradualmente" a onda de calor, de acordo com a agência Météo France.

Enquanto as temperaturas caem na costa atlântica, a onda de calor persiste nas regiões do nordeste, onde o serviço meteorológico prevê até 38°C, ou mesmo um pouco mais na planície da Alsácia.

Hoje de manhã, a Météo France suspendeu o alerta vermelho no sudoeste do país, enquanto 50 departamentos nas regiões centro e noreste foram postas em alerta laranja, e 32 permanecem em alerta amarelo, informou o órgão em seu boletim matinal.

Ontem, o serviço meteorológico da França registrou "picos próximos aos 42°C/43°C" no sudoeste, com recordes em Biarritz (42,9°C), no País Basco; em Cap-Ferret (41,9°C), na Baía de Arcachon; ou em Biscarrosse, nas Landes (41°C, recorde igual ao de 1968).

A barreira simbólica dos 40°C também foi alcançada em várias regiões no oeste do país. Em Paris, o termômetro parou nos 37°C, e seus habitantes se voltaram para as fontes da cidade, ante a proibição de tomar banho no rio Sena. E em Bordeaux, uma cidade do sudoeste onde os termômetros atingiram os 40ºC, nos museus, mais frescos, o acesso era gratuito.

"Esta é a onda de calor mais antecipada já registrada na França" desde 1947, declarou o climatologista Matthieu Sorel, da Météo-France, ressaltando que se trata de um "marcador da mudança climática".

No sul da França, o disparo de um projétil de artilharia em um local de treinamento militar no departamento de Var - onde fica Saint-Tropez - provocou um incêndio que queimou 600 hectares, informaram as autoridades. Outros dois incêndios foram registrados no território.

- Incêndios ativos na Espanha -

No norte da Espanha, região atingida por uma onda de calor que está chegando ao fim, os bombeiros continuavam neste domingo sua luta contra vários incêndios.

O mais perigoso deles começou na quarta-feira (15), em plena onda de calor, e ainda avançava hoje na Sierra de la Culebra, um maciço montanhoso na região de Castilla y León, perto da fronteira com Portugal. Suas chamas já devoraram mais de 25.000 hectares, conforme o governo regional.

Os bombeiros afirmam que as noites cada vez mais frescas estão ajudando nas operações de controle do fogo. Moradores de cerca de 20 povoados retirados de suas casas foram autorizados a voltar na manhã deste domingo, relataram as autoridades locais.

Com a melhora da situação, várias estradas foram reabertas, incluindo a rodovia que liga Madri a Galícia, no noroeste, bloqueada no sábado, devido às chamas.

Em outras regiões do país, os serviços de emergência combatiam incêndios de menor envergadura, como na Catalunha (nordeste) e em Navarra (norte), uma das poucas áreas onde as temperaturas permaneciam muito altas neste domingo.

O governo regional de Navarra pediu à população que evite deslocamentos desnecessários, de modo que as estradas fiquem livres para os bombeiros.

"Temos horas muito difíceis pela frente. Temos rajadas de ar muito fortes, acima de 30 km por hora, e vento de sul", disse a diretora-geral de Interior do governo de Navarra, Amparo López Antelo, à imprensa.

"Temos muitos focos ativos", alertou.

Ao longo desta semana, muitas cidades espanholas registraram temperaturas acima de 40ºC, algo incomum para um mês de junho. Neste domingo, porém, os termômetros começaram a cair em grande parte do território. Na capital, Madri, a previsão é de termômetros em torno 29 ºC e, na província de Zamora, onde se localiza a Sierra de Culebra, de cerca de 25ºC.

A Espanha, que registrou o mês de maio mais quente desde o início do século, sofreu quatro episódios de temperaturas extremas nos últimos dez meses, incluindo a atual onda de calor, iniciada há quase uma semana.

- 'Desastre humano' -

Na Alemanha, a onda de calor começou na sexta-feira (17) e, no sábado, as temperaturas alcançaram um recorde de 36,4ºC em Waghäusel-Kirrlach, no sudoeste do país, divulgou o Instituto alemão de Meteorologia (DWD).

O país também sofre com os incêndios. um deles em Brandemburgo, região ao redor de Berlim, que destruiu 60 hectares.

Já o Reino Unido teve na sexta-feira seu dia mais quente do ano, com temperaturas acima de 30ºC no início da tarde, conforme meteorologistas.

No norte da Itália, várias cidades anunciaram o racionamento de água. Além disso, a região da Lombardia poderá declarar estado de emergência, já que uma seca recorde ameaça as colheitas.

"É hora de agir, cada ação conta", declarou o secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas para Combater a Desertificação (UNCCD, na sigla em inglês), Ibrahim Thiaw, em uma conferência em Madri.

Na sexta-feira, a ONU pediu "ação imediata" contra a seca e a desertificação, para evitar "desastres humanos".

burs-cpy-alc/me/pc/tt/mvv

Forças ucranianas e russas travavam "combates intensos" nesta terça-feira (7) nas ruas de Severodonetsk, uma cidade estratégica na região leste do Donbass, onde a situação muda a cada hora, segundo as autoridades de Kiev.

"Nossos heróis mantêm suas posições em Severodonetsk. Os combates intensos nas ruas continuam", disse o presidente Volodymyr Zelensky na segunda-feira à noite, poucas horas depois de alertar que as unidades russas eram "mais numerosas e mais poderosas".

O prefeito de Severodonetsk, Oleksandr Striuk, declarou que a "situação muda a cada hora", com "os combates urbanos intensos" na cidade, a mais importante que Kiev mantém sob seu controle na região de Lugansk.

Esta cidade industrial é "o coração do objetivo do inimigo", afirmou o Estado-Maior ucraniano no primeiro boletim de terça-feira, que também indica ataques com aviões e helicópteros na região vizinha de Donetsk.

As duas regiões do leste da Ucrânia formam a bacia de mineração do Donbass, controlada parcialmente por separatistas pró-Rússia desde 2014 e objetivo prioritário de Moscou desde que renunciou à conquista de Kiev.

"Os principais esforços do inimigo se concentram em uma tentativa de controlar totalmente Severodonetsk e 'bloquear' as tropas de Kiev na cidade vizinha de Lysychansk", afirmou o exército ucraniano.

"Nossos soldados mantêm o controle de Severodonetsk, os combates continuam na zona leste", acrescentou o comunicado militar.

- Chantagem do trigo -

A invasão determinada pelo presidente russo Vladimir Putin em 24 de fevereiro, ao lado das dificuldades persistentes nas cadeias abastecimento provocadas pela covid-19, provocam o temor de uma escassez global de alimentos.

Os dois países em guerra produziam antes do conflito 30% das exportações mundiais de trigo. Mas o bloqueio russo dos portos do Mar Negro provoca a paralisação de até 25 milhões de toneladas de cereais, advertiu Zelensky.

"No outono (hemisfério norte, primavera no Brasil), o número pode alcançar 70-75 milhões de toneladas", acrescentou o presidente.

Além do bloqueio, autoridades ucranianas denunciaram que a Rússia está roubando suas reservas de cereais para vendê-las em seu próprio benefício, acusações que a diplomacia dos Estados Unidos considerou "confiáveis".

Além disso, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, acusou Putin de tentar uma "chantagem" contra as potências ocidentais para que concluam as sanções contra Moscou.

"Um bloqueio naval russo no Mar Negro impede que a colheita ucraniana siga para seus destinos normais", disse Blinken. "Tudo isto é deliberado".

Kiev anunciou que discute a criação de corredores marítimos com Turquia e Reino Unido e a exportação de quantidades menores por via terrestre com a Polônia ou os Estados bálticos.

Além disso, Kiev anunciou que suas Forças Armadas provocaram o recuo da frota russa em mais de 100 quilômetros da costa.

burs-dth/ob/dbh/es/fp

Um forte terremoto atingiu o leste da Turquia neste sábado (9). Até a publicação desta matéria, não havia registro de vítimas ou danos graves, segundo informações do serviço de desastres do país. O terremoto de magnitude 5,2 atingiu a cidade de Pütürge, na província de Malatya, às 17h02, hora local, informou o Diretório de Gestão de Desastres e Emergências da Turquia (AFAD, na sigla em inglês). O tremor foi registrado a uma profundidade de 6,7 quilômetros.

"Não recebemos nenhum relatório negativo até agora. Nossas equipes continuam suas atividades de varredura em campo", disse o governador de Malatya, Aydin Barus, à agência estatal Anadolu. O ministro do Meio Ambiente e Urbanização, Murat Kurum, escreveu em sua conta em uma rede social que o governo turco estava acompanhando a situação de perto.

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A Turquia fica sobre uma grande falha geológica, por isso terremotos são frequentes no país. Um terremoto de magnitude 6,7 atingiu a província vizinha de Elazig em janeiro de 2020, matando 41 pessoas e ferindo mais de 1.600. Em 1999, pelo menos 17 mil pessoas morreram em um forte terremoto no noroeste da Turquia. Fonte: Associated Press.

A Rússia decidiu mudar seu plano de guerra na Ucrânia, após afirmar, na última sexta-feira (25), que estava chegando ao fim da primeira fase de sua operação militar. O chefe do principal departamento operacional do Estado-Maior russo, Sergei Rudskoy, afirmou que os militares agora concentram recursos para controlar totalmente Donbas, região que abrange a fronteira entre os dois países.

O porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, disse neste sábado que as forças do país estão lutando para tomar duas aldeias ao redor de Donetsk, uma grande cidade controlada por separatistas apoiados pela Rússia desde 2014. Segundo militares da Ucrânia, durante a noite, forças russas também estavam se reagrupando para uma possível nova ofensiva na área contestada que se estende de Luhansk, ao longo da fronteira sul da Rússia com a Ucrânia, ao oeste da cidade portuária de Mariupol.

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O foco intensificado de Moscou no Leste da Ucrânia ocorre em resposta à recuperação por forças ucranianas de uma área dominada pela Rússia no início da ofensiva. Segundo um alto funcionário da defesa dos EUA, as tropas da Ucrânia estão agora lutando contra os russos em Kherson, a única capital regional ocupada pela Rússia.

Ontem, Moscou mais que dobrou sua contagem de soldados mortos desde o início dos combates e atingiu 1.351 baixas. O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, em sua primeira aparição pública em cerca de duas semanas, se reuniu com oficiais de defesa para discutir o reabastecimento de armas. "É necessário manter o ritmo estabelecido para o fornecimento de armas avançadas às tropas", disse neste sábado em um vídeo divulgado pelo ministério. Fonte: Dow Jones Newswires.

O embaixador da Itália em Kinshasa morreu nesta segunda-feira (22) depois de ser atingido por tiros em um ataque contra o comboio do Programa Mundial de Alimentos (PMA), durante uma visita à região de Goma, leste da República Democrática do Congo (RDC), informaram fontes diplomáticas.

O embaixador Luca Attanasio "morreu em consequência dos ferimentos", declarou à AFP uma fonte diplomática de primeiro escalão em Kinshasa. A Itália confirmou a morte de Attanasio, 43 anos, e que estava no posto desde o início de 2018.

Outras duas pessoas morreram no ataque, informou à AFP o major Guillaume Djike, porta-voz do exército na região de Kivu do Norte, sem revelar as identidades das vítimas. Estas vítimas seriam o motorista e o segurança do embaixador, de acordo com várias fontes.

Gravemente "ferido por um tiro no abdômen", o embaixador foi levado para um hospital de Goma "em estado crítico", disse a fonte diplomática à AFP. "As Forças Armadas congolesas estão na região para encontrar os criminosos", anunciou o exército.

O ataque contra o comboio do PMA aconteceu ao norte de Goma, a cidade mais importante da província de Kivu do Norte, cenário de atos de violência de grupos armados há mais de 25 anos.

A região abriga o parque nacional de Virginia, joia turística ameaçada, que também é cenário de conflitos entre os grupos armados que disputam o controle de suas riquezas naturais.

Os chanceleres de 13 Estados-membros da União Europeia pediram ajuda nesta quarta-feira (6), em Bruxelas, para seus vizinhos do leste na vacinação contra o coronavírus.

Os ministros das Relações Exteriores de Bulgária, Croácia, República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Finlândia, Hungria, Letônia, Lituânia, Polônia, Romênia, Eslováquia e Suécia fizeram o apelo em uma carta conjunta enviada para a Comissão Europeia, à qual a AFP teve acesso.

"Acreditamos que nossas fronteiras não estarão seguras se não oferecermos nosso apoio aos nossos vizinhos imediatos", escreveram os ministros.

"Nossos parceiros do Leste expressaram em várias ocasiões seu agradecimento pela ajuda da UE relacionada à Covid-19 e pediram que se facilite o acesso à vacina", acrescentaram na nota.

O apelo ocorre em um momento em que as autoridades da UE enfrentam críticas pela lenta implementação das vacinas nos países do bloco.

Até o momento, Bruxelas aprovou uma vacina da Pfizer/BioNTech, e a Agência Europeia de Medicamentos autorizou uma segunda vacina, do laboratório Moderna.

A Comissão se esforça para conseguir mais doses das vacinas aprovadas, mas lamentou os problemas na capacidade de produção.

A UE já oferece ajuda aos países dos Bálcãs e, em dezembro, adotou um pacote de 70 milhões de euros (em torno de 86 milhões de dólares) para ajudar a cobrir o custo da vacina.

A carta enviada nesta quarta-feira pede ao bloco para oferecer agora uma assistência semelhante às nações em seu programa de Parceria Oriental da União Europeia: Armênia, Azerbaijão, Belarus, Geórgia, Moldávia e Ucrânia.

"Achamos que a UE precisa ir mais além das iniciativas atuais e prestar uma atenção e um apoio semelhantes aos outros vizinhos da UE, aos países da Parceria Oriental da UE", apontaram os diplomatas.

Um porta-voz da Comissão confirmou que o bloco recebeu a carta e acrescentou que Bruxelas mantém negociações com países sócios, mas não deu detalhes sobre o assunto.

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O Brasil é um país marcado por disparidade social. Alguns têm muito, outros quase nada. Em pleno Réveillon do Recife, mais precisamente em Boa Viagem, zona sul da capital, a personificação de dois mundos: daqueles que ostentam e agradecem por tudo aquilo que conquistou em 2018, outros que só agradecem pela vida – mesmo que pobre -.

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Enquanto na beira mar há festa, pirotecnia, fogos de artifícios e uma massa vestida de branco pulando as setes ondinhas e fazendo todos vários tipos de ritos, embaixo das pontes que levam os carros até a praia estão centenas de pessoas que, sequer, têm um teto para chamar de seu.

Na ponte da Avenida Agamenon Magalhães, área central do Recife, Fernando Vitor de Melo passará o seu 46º Réveillon sem ter direito ao que comer. Pai de uma pequena menina de 5 anos, casado com uma, também, moradora de rua, ele não esmorece e acredita que a sua vitória vai chegar.

“Eu espero que este ano novo traga tudo de bom para a gente, principalmente para a minha filha. Eu não posso ficar triste, porque assim eu não ganho nada”, revela Fernando.

O morador de rua, que depende da boa vontade das pessoas para conseguir sustentar sua família, ainda divide o espaço onde mora com outras pessoas que passam pela mesma necessidade que ele. Como é o caso de Dona Josefa Gomes Santos, 80 anos. Ela, que ainda trabalha como catadora de recicláveis e sobrevive de uma pensão que o marido deixou, encontra na rua e na boa vontade do próximo o seu sustento pleno e o da sua filha, que tem condições especiais.

Nesse caso, dona Josefa tem casa, mas vive embaixo das pontes para conseguir angariar alimentos que são distribuídos nas noites recifenses para levar para sua residência, um pequeno barraco dentro da favela do Xié, Zona Leste da capital.

Na outra ponta, em Boa Viagem, milhares de pessoas esperando a contagem regressiva para a virada do ano. Com mesa posta na beira mar com bastante fartura, a família Lira Cavalcante se despede de 2018.

Essa família, diferente da de Fernando, tem casa e comida. Por isso e pela saúde, agradecem o ano que se foi. “Pelo Grupo de WhatsApp reunimos a família, montamos uma comissão que ficou responsável pelas comidas e agora estamos aqui nessa confraternização”, aponta Nelma Lira.

No mesmo espaço, nossa equipe de reportagem encontrou a família Cruz. São 20 pessoas reunidas para agradecer e pedir. “Sempre importante reunir a família e os amigos para confraternizar. Ano passado ficamos em Porto de Galinhas, o ano retrasado (2016) no Rio de Janeiro e este ano resolvemos passar a virada aqui em Boa Viagem. Mesmo sendo moradores daqui, nunca tínhamos nos reunido para a virada em Recife. Só temos a agradecer”, diz Agnaldo Arantes Cruz.

Mostramos um pouco a realidade em que vivem as pessoas. Umas têm muito o que agradecer, outras nem tanto, mas mesmo assim parecem não perder a fé e a esperança de que um dia o direito à moradia, uma mesa farta e a barriga cheia sejam algo para todos, e não uma exceção.

Com os seus altos e baixos, 2018 se vai e abre espaço para um novo ano em que as pessoas esperam que possa ser melhor do que os outros. Seja de branco ou de preto, embaixo da ponte ou na orla, todas as pessoas agradecem por um único bem comum: a vida.

Levantamento de pessoas em situação de rua

Em último levantamento realizado para saber quantas pessoas estão em situação de rua, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostra que o Brasil tem pouco mais de 100 mil pessoas vivendo nas ruas, sendo os grandes municípios responsáveis pela maior parte dessa população.

No entanto, o que chama a atenção é que esses dados são de 2015, de lá para cá - principalmente com a acentuada crise financeira que o país veio e ainda está enfrentando -, deve ter aumentado esse número, já que milhares de pessoas ficaram desempregadas.

Uma forte tempestade de neve que ronda a região leste dos Estados Unidos há alguns dias deixou, por enquanto, oito mortos em alguns Estados norte-americanos, promovendo um verdadeiro caos, com milhares de voos atrasados e cancelados nos aeroportos e acidentes de trânsito registrados. A precipitação foi tão intensa que até energia elétrica faltou para, pelo menos, 200 mil pessoas, em quatro Estados, segundo o site Poweroutage.

A forte nevasca, que começou na região Centro-Oeste e, nos últimos dois dias, atingiu em cheio a Costa Leste dos EUA, complicou a direção nas ruas e estradas, sendo a causa principal das mortes.

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De acordo com a emissora CNN, uma mulher de 60 anos morreu na última quinta-feira, 15, em Miami County, no Estado de Indiana, depois de perder o controle do veículo por causa da pista lisa e escorregadia.

No Mississippi, um ônibus de turismo sofreu um acidente na quarta-feira, 14, matando duas pessoas e ferindo várias outras. A causa do acidente foi relacionada ao clima.

A Polícia Rodoviária do Arkansas relatou dois incidentes separados em que três pessoas foram mortas após perderam o controle de seus carros nas estradas congeladas. O total de oito mortes se completa, com mais dois registros, em Ohio e, em Maryland.

Pesadelo em NY e Nova Jersey

O pânico por causa da neve acumulada foi traduzido pela espera angustiada de motoristas, que ficaram presos na Ponte George Washington, que liga a parte alta da ilha de Manhattan e o norte de Nova Jersey, cidade vizinha de Nova York. A Polícia Estadual de Nova Jersey respondeu a 555 acidentes automotivos e ajudou mais de mil motoristas, segundo as autoridades.

"Se você não tem que sair, por favor, fique em casa para que as equipes possam cuidar das estradas", dizia um comunicado da polícia. "Se você tiver que sair, por favor, dirija devagar e permita mais tempo para chegar onde você está indo."

Voos

A Newark Liberty International foi a companhia mais afetada, com mais de 470 cancelamentos e 340 atrasos nos voos. No aeroporto de Newark, um dos mais frequentados da região, era possível ver filas nos terminais, com pessoas esperando pelas definições de seus voos e reajustes de horários.

Em Nova York, o clima forçou longas esperas, também, no Terminal Rodoviário de Port Authority, em Manhattan. O local, que fica perto do fervor da Times Square, estava lotado de passageiros frustrados. As viagens de ônibus pela cidade podiam durar até quatro horas por causa do trânsito e a visibilidade das ruas afetada pelo mau tempo.

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse que a força da tempestade de neve pegou a cidade de surpresa e que não deveria ter o impacto que teve. "Estamos conduzindo uma análise completa da preparação e resposta à tempestade. Analisaremos como nos coordenamos com as agências estaduais e comunidades locais, como nos preparamos para as previsões meteorológicas, que mudam rapidamente e, o mais importante de tudo, como manteremos os moradores de Nova Jersey seguros", disse o governador. (Com agências internacionais)

Pelo menos 15 pessoas morreram em um ataque suicida neste domingo no leste do Afeganistão durante o funeral de uma autoridade local. Noor Ahmad Habibi, porta-voz adjunto do governador da província de Nangarhar, disse que o suicida disparou o seu colete de explosivos entre as pessoas reunidas para lamentar a morte de um ex-chefe distrital na capital provincial, Jalalabad. Ele disse que 14 outras pessoas ficaram feridas.

Ninguém reivindicou imediatamente o ataque. O Taleban e um afiliado do Estado Islâmico atuam em Nangarhar e normalmente têm como alvo forças de segurança e oficiais locais.

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Na cidade de Mazar-i-Sharif, no norte do país, uma bomba explodiu no sábado, ferindo 12 pessoas, de acordo com o general Abdul Raziq Qaderi, vice-chefe da polícia provincial. Ninguém reivindicou o ataque. Fonte: Associated Press.

Ativistas sírios afirmaram que pelo menos 17 civis foram mortos em uma série de ataques aéreos quando tentavam cruzar o rio Eufrates no leste da Síria. Omar Abou Leila, do grupo de monitoramento DeirEzzor 24, disse que jatos russos atacaram as balsas que aguardavam para transportar passageiros para o outro lado do rio na cidade de Al Baloul, controlada pelo Estado Islâmico, 27 quilômetros a leste da cidade disputada de Deir el-Zour.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede no Reino Unido, estimou 21 civis mortos. O observatório diz que a força aérea russa foi responsável pelos ataques. Não foi possível confirmar de forma independente a alegação.

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As forças do governo apoiadas pela Rússia e as forças não-governamentais apoiadas pelos Estados Unidos estão em uma corrida para retomar o vale do rio Eufrates das mãos do Estado Islâmico. Fonte: Associated Press.

Ainda não foi desta vez que chegou ao fim a fase de semifinais de conferências na NBA. Na série mais longa, o Miami Heat venceu o Toronto Raptors por 103 a 91 na noite de sexta-feira, em Miami, e forçou a realização do jogo 7, domingo, no Canadá. Quem vencer decide o título do Leste contra o Cleveland Cavaliers.

Independente de quem passar, vai chegar em situação fragilizada para pegar o time de LeBron James. Tanto o Heat quanto o Raptors vêm de uma série de sete jogos na primeira fase dos playoffs. Assim, o vencedor vai chegar à final da conferência com 14 partidas na pós-temporada. O Cavaliers fez só oito, uma vez que varreu o Atlanta Hawks e o Los Angeles Clippers.

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Para atrapalhar ainda mais o Heat, o elenco está reduzido por lesões. Na noite desta sexta, só oito jogadores foram utilizados pelo treinador Erik Spoelstra, que viu Goran Dragic fazer sua melhor partida em playoff, com 30 pontos. Dwyane Wade ajudou com 22.

Pelo Raptors, dois jogadores carregaram o time nas costas: Kyle Lowry, com 36 pontos, e DeMar DeRozan, com 23. Seus companheiros de time titular acertaram só 14 de 34 arremessos de quadra e somaram 32 pontos. Lucas Bebê atuou por seis minutos, pegando um rebote e acertando o único arremesso de dois pontos que tentou. Foi o único jogador do Toronto que, no tempo que ficou em quadra, o time fez mais pontos que levou.

Uma forte nevasca, chamada de Jonas, deve atingir o leste dos Estados Unidos nesta sexta-feira (22), com previsão de cair 61 centímetros de neve em Washington, o que levou ao fechamento de escolas e cancelamentos de vários voos, informou o Serviço Nacional de Meteorologia (SVM). A tempestade pode atingir cerca de 50 milhões de pessoas, o que levou 15 estados a decretarem estado de emergência.

"Esta tempestade tem o potencial para ser uma tempestade extremamente perigosa que pode afetar mais de 50 milhões de pessoas", disse Louis Uccellini, diretor de clima do SVM.

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A tempestade está prevista para atingir uma região que vai das Montanhas Apalaches até a Filadélfia e talvez atinja ainda mais ao norte dessa área dos Estados Unidos. Autoridades alertaram que pode haver problemas com rodovias bloqueadas e falta de energia.

Segundo Uccellini, todos os elementos se uniram para criar uma nevasca com ventos fortes brutais, inundações perigosas no interior e até mesmo a possibilidade de trovões, quando relâmpagos ocorrem através de uma tempestade de neve, algo que é muito raro e normalmente é relacionada à ciclones extratropicais.

A nevasca, que está prevista para cair de sexta-feira até domingo, poderia facilmente causar mais de US$ 1 bilhão em danos e paralisar uma parte do país, disse Uccellini.

A queda de neve mais pesada, entre 2,5 e 7,6 centímetros em uma hora, poderia continuar por mais 24 horas, segundo o SVM. Além de Washington, está prevista tempestade com até 46 centímetros de neve na Filadélfia e de até 30 centímetros em Nova York.

O estado de emergência foi declarado em 15 estados, entre eles, o Tennessee, Carolina do Norte, Virgínia, Maryland, Pensilvânia, Distrito de Columbia, Nova York, Carolina do Sul e Arkansas.

Escolas e escritórios do governo foram fechados, milhares de voos foram cancelados e pessoas estocaram uma grande quantidade de alimentos, o que deixou as prateleiras vazias.

Todo o sistema de metrô de Washington irá encerrar suas atividades na tarde desta sexta-feira e permanecer fechado até domingo. Se as previsões se confirmarem, Jonas pode ser a segunda maior nevasca registrada em Washington desde 1922. Fonte: Associated Press.

Motoristas na área de Washington ficaram horas em congestionamentos, antes de uma grande nevasca que deve chegar à região neste fim de semana, cobrindo a área que vai das Montanhas Apalaches até a Filadélfia e talvez atinja ainda mais ao norte dessa área dos Estados Unidos. Autoridades alertaram que pode haver problemas com rodovias bloqueadas, voos cancelados e falta de energia.

Na manhã desta quinta-feira, o governador da Virgínia, Terry McAuliffe, decretou estado de emergência e disse que as pessoas devem "tratar seriamente a ameaça desta tempestade". Ele advertiu para o risco de problemas em viagens e de falta de energia. McAuliffe disse que há equipes trabalhando em rodovias antes da chegada da nevasca, mas autoridades estaduais do setor de transportes pediram que os motoristas evitem as rodovias até que a nevasca passe.

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No norte da Virgínia, alguns acidentes menos graves geraram congestionamentos. Houve 767 acidentes nas 24 horas anteriores à manhã da quinta-feira, segundo uma funcionário do Departamento de Transportes local.

O Serviço Nacional Meteorológico disse em comunicado na quarta-feira que até 40 centímetros de neve podem cair na região, entre a noite de sexta-feira e a manhã do domingo. Entre as áreas que devem ser atingidas estão Baltimore, Washington e a Filadélfia. Em Washington, a prefeita Muriel Bowser requisitou veículos da Guarda Nacional para chegar às pessoas isoladas, se necessário. Fonte: Associated Press.

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