Tópicos | LIVROS PARA ENEM

Em meio a quarentena, recomendada para evitar a proliferação de casos pelo coronavírus, os estudos para o Exame Nacional do Ensino Médio não podem parar. Neste ano a prova conta com duas edições, sendo o Enem digital e Enem presencial. 

Atualmente, o Enem não faz indicação de obras para serem lidas, permanecendo em aberto as opções de livros a serem utilizados.

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Partindo de títulos famosos a outros menos conhecidos que são cobrados durante as provas de linguagem, o professor de linguagens, Diogo Xavier,  explica que “na verdade a abordagem que eles fazem [Enem] é principalmente voltada para interpretação [de texto]”. O professor ainda reforça que é necessário realizar “a leitura de algumas obras específicas que ajudaram a entender um pouco mais determinadas épocas literárias, determinados autores que são recorrentes” na prova do Enem. 

Pensando em formas de aproveitar o período da quarentena, o LeiaJá preparou uma lista com cinco livros indispensáveis que tendem a cair no Enem. As indicações foram realizadas pelo professor de linguagens, Diogo Xavier.

Confira:

O Cortiço

Escritor: Aluísio Azevedo

A obra marca o início da corrente literária do naturalismo no Brasil. Publicado em 1890, a história explora, com detalhamento, assuntos como pobreza, sexo, prostituição, e demais conflitos sociais. Ainda tece uma crítica ao comportamento do homem que age de acordo com seus instintos, em razão das péssimas condições de vida apresentadas na época. A principal característica de obras naturalistas são, o foco na pobreza e no ser humano representado como “animal”. 

Dom Casmurro

Escritor: Machado de Assis

Nesta obra mostra outro lado, que faz parte da corrente literário do realismo. Publicado em 1900, a obra trata de temas como relações sociais, além de expor as falências de instituições sociais, como o casamento,  ainda mostra as hipocrisias existentes entre as personagens. Dom Casmurro, uma das obras mais conhecidas e debatidas em razão do dilema se ‘Capitu, traiu ou não Bentinho?’, tem o narrador- personagem que conta ao leitor os acontecimentos do seu ponto de vista. Além de despertar o discussões acerca das críticas sobre o casamento, a obra tem como foco o comportamento da burguesia, que surge depois dos períodos coloniais.

A Hora da Estrela 

Escritora: Clarice de Lispector

Lançado em 1977, pouco antes da morte da escritora, a obra narra a história de Macabea, datilógrafa alagoana, que migra para o Rio de Janeiro. A narrativa tem como marca principal o estilo de Clarice Lispector, que carrega em sua escrita uma forma intimista de retratar as personagens, além de trazer à tona filosofias existenciais, com profundidade psicológica, narrando também a pobreza quanto a vida de Macabea. Na construção da obra é possível notar influências de Machado de Assis, através das ironias e crítica ácida, sendo até mesmo comparado com o conto “A Cartomante” que é apresentada na parte final da história narrada por Lispector.

O Quinze

Escritora: Rachel de Queiroz

Já nesta obra, publicado em 1930, mostra a fase modernista focada no Nordeste, fazendo um recorte mais regionalista. A narrativa trata da grande seca em duas perspectivas diferentes, apoiadas nas trajetórias de uma família e de uma moça que gosta de ler livros progressistas. Apesar dos livros de Graciliano Ramos, como Vidas Secas, e que também são cobrados pelo Enem, o livro ‘O Quinze’ trás uma ótica que impulsiona volta o olhar para o modernismo dentro das regiões nordestinas. 

A Cinza das Horas

Escritor: Manuel Bandeira

Em sua primeira publicação, em 1917, o escritor deixa em suas poesias a marca pela melancolia de sua vivência, além da íntima relação com a morte. Manuel Bandeira, desde muito jovem, foi diagnosticado com tuberculose, que na época não tinha cura, devido a tal desventura seus escritos sempre tinham marcas da amargura da vida, com lamentações da vida que poderia ter sido e que não foi, devido a doença. O escritor, ironicamente, faleceu em decorrência de outros complicadores da saúde e conviveu com a tuberculose por mais de 80 anos.

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