Tópicos | Madre Teresa de Calcutá

O juiz federal Sérgio Moro está sendo homenageado nesta segunda-feira, 2, pela Universidade Notre Dame, com a mesma honraria recebida por madre Teresa de Calcutá. Segundo a instituição americana, o Prêmio Notre Dame é "entregue periodicamente para homens e mulheres cujas vida e obra demonstram dedicação exemplar aos ideais pelos quais a Universidade preza" desde 1992.

Sérgio Moro é alvo da deferência em almoço em São Paulo.

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Moro é o magistrado símbolo da Operação Lava Jato. Há mais de três anos e meio, o juiz da 13.ª Vara Federal, de Curitiba, autoriza os avanços da maior investigação contra a corrupção já aberta no País.

A universidade definiu Sérgio Moro como alguém "comprometido em nada mais que a preservação da integridade de sua nação através de sua aplicação firme e imparcial da lei".

"Ao abordar os problemas perniciosos da corrupção pública de forma judiciosa, porém diligente, o Dr. Moro fez uma acentuada diferença para todos os brasileiros, e para a humanidade em geral, no que se refere a nossa sede universal de Justiça. A Universidade também reconhece e elogia o serviço público do Dr. Moro como o 'juiz dos velhinhos', cujas decisões refletiram empatia e compreensão aos idosos", afirma a Notre Dame.

Além de madre Teresa de Calcutá, já foram premiados os humanitários Jimmy e Rosalyn Carter, dos Estados Unidos, o historiador e ativista Andrea Riccardi, da Itália, e o membro parlamentar Helen Suzman, da África do Sul.

"Os homenageados previamente com o Prêmio Notre Dame, cada um à sua maneira, atuaram como pilares de consciência e integridade, suas ações beneficiando seus compatriotas e, através de seus exemplos, o mundo inteiro, quando se comprometeram com a fé, a justiça, a paz, a verdade e a solidariedade com os mais vulneráveis", informa a Universidade.

Homenageados anteriores:

Jimmy e Rosalyn Carter, humanitários, Estados Unidos

Madre Teresa de Calcutá, missionária e santa, Índia

Jean Vanter, humanitário, Canadá

Helen Suzman, membro parlamentar, África do Sul

John Hume, membro parlamentar, Irlanda do Norte

Irmão Roger, Prior, comunidade religiosa de Taize, Suíça

Vinko Cardinal Puljic, arcebispo de Sarajevo, Bósnia e Hersegovina

Leon Sullivan, líder de direitos civis, Estados Unidos

Andrea Riccardi, historiador e ativista da paz, Itália

A madre Teresa, que será canonizada no domingo (4) no Vaticano, era o "anjo dos pobres" para alguns, mas outros consideram que defendia métodos arcaicos, que agravavam o sofrimento de muitos. A cerimônia na Praça de São Pedro de Roma será uma celebração para milhões de católicos de todo o mundo, mas para Gautam Lewis este dia será especial pelo afeto que tem pela nova santa.

Aos dois anos, este órfão de Calcutá contraiu poliomielite e foi acolhido pela religiosa. Ele a considera "sua segunda mãe". "A madre Teresa me levava à igreja todos os domingos e supervisionava pessoalmente todo o meu tratamento quando tinham que me operar e a reabilitação da pólio", contou à AFP Lewis, que agora vive em Londres.

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"Lembro-me que me sentia muito protegido com sua presença", afirmou o motorista de 39 anos, que viajará a Calcutá, no leste da Índia, para celebrar a canonização. Por sua vez, o arcebispo da cidade, Thomas D'Souza, espera que a cerimônia ajude a manter a obra da madre Teresa.

"Estimamos que a elevação da madre Teresa ao status de Santa será um novo impulso para sua obra de caridade", disse. Mesmo antes de sua morte, em 1997, a religiosa vestida com seu tradicional sari branco bordado em azul era considerada uma santa.

Mas foi depois que o Vaticano lhe atribuiu um segundo milagre - a cura em 2008 de um brasileiro que sofria de múltiplos tumores cerebrais - que os requisitos para uma canonização se cumpriram.

- Glorificação da dor? -

Mas também há opositores que denunciam as deploráveis condições de higiene dos centros de acolhida fundados pela missionária, as negligências médicas e a conversão forçada dos moribundos. "Seu objetivo final era divulgar sua religião a qualquer preço", declarou à AFP Aroub Chatterjee, um médico bengalês que publicou em 2003 um livro no qual critica a religiosa.

"Converter um moribundo, que está inconsciente, é um comportamento muito baixo, é especialmente repugnante", disse, ressaltando que a madre Teresa o reproduzia "em escala industrial".

Um dos principais opositores da religiosa, o jornalista de origem britânica Christopher Hitchens, já morto, sustentava que ela agravava os sofrimentos dos pobres por sua oposição inflexível à contracepção e ao aborto.

Hitchens, que realizou o documentário "O anjo do inferno", afirmava que a madre Teresa negava aos pacientes cuidados básicos, já que estimava que o sofrimento os aproximava de Deus.

- Sofrimento e pobreza -

Muitos ex-voluntários disseram que nestes centros de acolhida o sofrimento e a pobreza eram glorificados. Os locais também foram acusados de não fornecer cuidados mínimos, apesar dos milhares de dólares recebidos em doações.

Depois de ter sido voluntária há oito anos nas missões fundadas pela madre Teresa, a americana Hemley Gonzalez fundou sua própria ONG em Calcutá, por suas divergências com a organização. Diz ter visto as freiras lavando as seringas com água da torneira para reutilizá-las ou ter sido criticada por cortar o cabelo dos moribundos, já que, de qualquer forma, eles tinham pouco tempo de vida.

Desde a morte de sua fundadora, a rede das Missionárias da Caridade, criada em Calcutá em 1950, cresceu fortemente. Agora administra um total de 758 centros em 139 países, com cerca de 5.000 religiosas trabalhando.

Mas a falta de transparência de seu financiamento e da gestão do dinheiro que recebem de doações também foram questionados pelos opositores deste grupo. Para sua porta voz, Sunita Kumar, estas acusações são estúpidas. "O objetivo da madre Teresa não era construir hotéis cinco estrelas, era ajudar os pobres", indicou.

Religiosa que dedicou a vida aos pobres e deserdados, madre Teresa de Calcutá será canonizada neste domingo (4) em cerimônia solene pelo Papa Francisco, que a considera um exemplo de solidariedade e entrega, assim como de tenacidade e pragmatismo.

Sempre com um sári de algodão branco com um bordado azul, a madre Teresa foi, durante a segunda metade do século XX, o símbolo da defensa incansável dos pobres. Vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 1979, ela será declarada santa 19 anos após sua morte.

A canonização, possível graças a um segundo milagre, registrado no Brasil - uma cura inexplicável -, acontece justamente no ano dedicado pelo pontífice à misericórdia, com um jubileu extraordinário.

Nascida em 26 de agosto de 1910 em uma família albanesa em Skopje, capital da atual república da Macedônia, que na época pertencia à Albânia, Gonxhe Agnes Bojaxhiu entrou em 1928 para a ordem religiosa Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, que tem sede na Irlanda, e passou a usar o nome Teresa em homenagem a Santa Teresa de Lisieux.

Enviada a Calcutá, na Índia, foi professora durante muitos anos em uma escola para meninas de classe alta, antes de receber o "chamado dos chamados", ou seja, a vocação de servir a Deus através dos pobres.

O arcebispo de Calcutá na época, Fernando Periers, se negava a permitir que saísse de sua ordem, alegando que ela era muito jovem para o trabalho, apesar dos 37 anos, e a chamava de "novata incapaz de iluminar corretamente uma vela".

Mas ela conseguiu o apoio dos superiores e inclusive do papa Pio XII. No início de 1948 se mudou para os bairros pobres de Calcutá, onde suas ex-alunas se tornaram, a seu lado, as primeiras Missionárias da Caridade.

Em 1952, ao observar uma mulher agonizante, abandonada na rua e com os pés atacados por ratos, ela sentiu uma profunda comoção e decidiu assumir uma nova tarefa: ajudar os mais pobres entre os pobres.

Depois de procurar com insistência as autoridades da cidade, conseguiu a concessão de uma antigo edifício para dar abrigo às pessoas que sofriam de tuberculose, disenteria e tétano, ou seja, as pessoas que nem os hospitais queriam atender.

Dezenas de milhares de necessitados passaram pelo "hospício" e muitos encontraram uma morte digna, sempre em respeito a sua própria religião, e outros se recuperaram graças aos cuidados das freiras.

Em Calcutá, Madre Teresa abriu também um orfanato, Sishu Bhavan, e um centro para leprosos, o Shantinagar, onde atualmente são produzidos os sáris brancos com bordado azul utilizados pelas 4.500 Missionárias da Caridade espalhadas em mais de 100 países.

- Vida austera -

Na sede da congregação, em Calcutá, em uma avenida da megalópole indiana, Madre Teresa, famosa e premiada em todo o planeta por seu trabalho, levou uma vida austera e trabalhou sem descanso.

Ela faleceu no local em 5 de setembro de 1997, aos 87 anos, e seu túmulo está sempre coberto de pétalas de flores como forma de homenagem. Uma vez ela perguntou ao papa João XXIII se as riquezas do Vaticano poderiam ser utilizadas para os pobres.

O papa então doou um Rolls Royce, que ela vendeu rapidamente por um bom preço em um leilão. Durante o papado de Paulo VI, a congregação se espalhou pelo mundo e chegou a fundar casas na América Latina.

O papa João Paulo II reconheceu publicamente sua admiração pela freira. Na década de 1980, abençoou a pedra fundamental da casa que ela abriu em Roma para abrigar moradores de rua. O papa Francisco, que a conheceu em 1994, admitiu que ficou impressionado com seu caráter forte, que teria provocado "medo" se fosse o seu superior.

A madre Teresa afirmava que sua contribuição era apenas uma "gota em um oceano de sofrimentos, mas que, se não existisse, esta gota faria falta ao mar". Os críticos a acusavam de receber presentes sem questionar a procedência e de ter sido uma opositora fervorosa do aborto e da pílula anticoncepcional, assim como de utilizar seu prestígio para denunciar em todo o mundo tais práticas.

Durante o processo de beatificação, foi descoberto que ela sofria crises religiosas e chegava a questionar a existência de Deus. "Nunca vi uma porta ser fechada para mim. Acredito que isso acontece porque veem que não vou pedir, e sim dar. Hoje em dia está na moda falar dos pobres. Infelizmente não está na moda falar aos pobres", afirmou uma vez.

Após sua morte, o governo indiano organizou um funeral de Estado e o caixão foi transportado por grande parte da cidade na mesma carruagem que transportou o caixão de Mahatma Gandhi.

O Papa canonizará neste domingo (4), durante uma cerimônia no Vaticano, a madre Teresa de Calcutá, símbolo de caridade e dedicação aos pobres, que se converte, assim, em modelo para os católicos de todo o mundo. A cerimônia será celebrada na Praça de São Pedro diante de milhares de pessoas, religiosos e autoridades de todos os continentes, entre eles a Rainha Sofia da Espanha.

"O papa Francisco quer chamar a atenção do mundo para que seja encontrada uma razão para viver e esperar. Um apelo à misericórdia ante um mundo tão fraturado", explicou o número dois do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado.

A "incansável benfeitora da humanidade", como foi chamada pelo papa João Paulo II, será canonizada um dia antes dos 19 anos de sua morte em Calcutá, em 5 de setembro de 1997, aos 87 anos. A famosa freira, que dedicou suas vida aos pobres e doentes, alcançará a glória dos altares durante o ano santo extraordinário da misericórdia proclamado pelo Papa argentino.

"A mensagem da madre Teresa é muito atual, porque nos convida a superar a indiferença", lembrou Parolin. O anúncio da canonização foi feito em março passado depois que o Papa reconheceu que a madre Teresa intercedeu em um segundo milagre em 2008 para a cura inexplicável de um brasileiro que estava em fase terminal por problemas cerebrais.

Segundo as normas do Vaticano, é necessário demonstrar que o candidato intercedeu em dois milagres para que seja proclamado santo. Para muitos católicos, a canonização da madre Teresa deveria ser realizada em Calcutá, a cidade da Índia onde viveu quase toda a sua vida e onde nasceu seu desejo de aliviar a miséria, a pobreza e o abandono que muitos de seus habitantes sofriam.

Apesar disso, as autoridades eclesiásticas a programaram em São Pedro para homenageá-la no maior templo do cristianismo como exemplo para os católicos de todos os continentes. A religiosa (1910-1997), nascida em uma família albanesa da Macedônia, fundadora de sua própria congregação em 1950, as Missionárias da Caridade, por mais de 40 anos consagrou sua vida aos pobres e doentes, obtendo em 1979 o Prêmio Nobel da Paz.

A mulher, uma das mais conhecidas e populares do cristianismo moderno, foi beatificada pelo papa João Paulo II em 19 de outubro de 2003 em uma cerimônia em Roma que contou com a presença de 300.000 fiéis.

Em 2002, o Vaticano havia reconhecido um primeiro milagre, a cura de uma mulher bengalesa de 30 anos, Monika Besra, que sofria de um tumor abdominal. O papa Francisco contou ter conhecido em Roma a religiosa, que sempre vestia um sari branco bordado de azul, durante um sínodo de bispos em 1994: "Provocava temor", confessou.

- Trabalhar pelos pobres sem lutar contra a pobreza -

A nova santa, que teve no início uma vida difícil ainda dentro da própria igreja, que nem sempre viu com bons olhos sua congregação, obteve fama mundial após anos de trabalho, convertendo-se na benfeitora dos pobres e inspirando muitos filmes e livros.

A americana Mary Johnson, que por 20 anos pertenceu à congregação Missionárias da Caridade, autora do controverso livro "Uma Sede Insaciável", descreveu madre Teresa como um ser humano ambicioso, mais que como uma santa.

"Ela era uma pessoa que realmente podia ter realizado mudanças muito, mas muito importantes. Inclusive contou com muito dinheiro para alcançar isso, mas não a interessava. Para mim, desperdiçou esta oportunidade", afirmou Johnson em uma entrevista por telefone à AFP.

"Ela queria ser santa, isso estava claro, esta era sua grande ambição, razão pela qual foi sempre uma pessoa obediente", acrescentou.

Na década de 90, a associação deste ícone da caridade com a princesa Diana de Gales deu a ela muito reconhecimento e popularidade, mas também críticas por sua defesa do sofrimento sem lutar contra a condição de miséria e por não fazer nada para reverter a situação.

"Parte da doutrina social da igreja é eliminar as causas do sofrimento, as estruturas. Ela dizia que outros tinham esta tarefa, sua missão era aliviar o sofrimento", explicou à AFP-TV o padre Brian Kolodiejchuk, postulador da causa de canonização de Madre Teresa.

O Papa Francisco assinou nesta terça-feira (15) o decreto de canonização da Madre Teresa de Calcutá, ícone mundial da caridade, que será declarada santa no dia 4 de setembro, anunciou o Vaticano. A decisão foi tomada durante um consistório encarregado de examinar a causa da religiosa, que faleceu em 1997 e foi beatificada em 2003.

O serviço de imprensa do Vaticano não confirmou o local da celebração. A Igreja da Índia insistiu para que o pontífice argentino se dirija a Calcutá para esta celebração. Mas várias fontes do Vaticano afirmam que uma viagem como esta não está prevista e que a canonização será realizada em Roma.

Madre Teresa de Calcutá, a religiosa que dedicou a vida a serviço dos pobres, será canonizada em 2016 pelo papa Francisco, que a considera um exemplo de solidariedade e de entrega, mas também de tenacidade e pragmatismo.

Sempre trajando seu sári de algodão branco com bordado azul, Madre Teresa foi, durante a segunda metade do século XX, o símbolo da defesa incansável dos pobres. Agraciada com o Prêmio Nobel da Paz em 1979, Madre Teresa será declarada santa 19 anos após sua morte, em 1997. A canonização, obtida graças a um segundo milagre registrado no Brasil - uma cura inexplicável -, será celebrada justamente no ano dedicado à Misericórdia pelo papa argentino, com um Jubileu Extraordinário.

Nascida em 26 de agosto de 1910 em uma família albanesa em Skopje, capital da atual república da Macedônia, que pertencia à então Albânia, Gonxhe Agnes Bojaxhiu entrou em 1928 para a ordem Irmãs da Nossa Senhora de Loreto, com sede na Irlanda, e tomou o nome de Teresa em homenagem à Santa Teresa de Lisieux. Enviada a Calcutá, na Índia, lecionou ali durante vários anos em uma escola para meninas da classe alta, antes de receber o "chamado dos chamados", ou seja, a vocação de servir a Deus por intermédio dos pobres.

O arcebispo de Calcutá neste momento, Fernando Periers, recusava-se a deixá-la sair de sua ordem. Afirmava que ela era jovem demais para este trabalho, apesar de ter 37 anos, tachando-a de "novata incapaz de acender corretamente uma vela". Mas ela conseguiu o apoio de seus superiores e, inclusive, do papa Pio XII. No começo de 1948, foi viver nos bairros pobres de Calcutá, onde suas ex-alunas se tornaram, ao lado dela, as primeiras Missionárias da Caridade.

Em 1952, após ter de assistir a uma mulher que agonizava abandonada na rua, com os pés roídos por ratos, algo que a tocou profundamente, decidiu se dedicar completamente a uma nova tarefa: ajudar os mais pobres entre os pobres. Após insistir com as autoridades da cidade, conseguiu que lhe cedessem um antigo prédio para cuidar dos doentes de tuberculose, disenteria e tétano, ou seja, aqueles que nem os hospitais queriam atender.

Dezenas de milhares de necessitados passaram por este local: muitos encontraram uma morte digna, sempre com respeito à sua religião, outros se recuperaram graças aos cuidados das freiras. Em Calcutá, Madre Teresa também abriu um orfanato, o Sishu Bhavan, e um leprosário, o Shantinagar, onde atualmente são tecidos os sáris brancos com bordado azul usado pelas 4.500 Missionárias da Caridade em mais de 100 países.

Vida austera

Na sede da congregação, em Calcutá, situada em uma avenida da megalópole indiana, a Madre Teresa, famosa e premiada em todo o mundo por seu trabalho, sempre levou uma vida austera, compartilhada com noviças e candidatas, trabalhando sem descanso. Ali morreu em 5 de setembro de 1997, aos 87 anos, e seu túmulo costuma estar coberto de pétalas de flores, em homenagem à sua figura.

Com tino para os negócios, em uma ocasião perguntou ao papa João XXIII se as riquezas do Vaticano poderiam ser usadas para ajudar os pobres. O papa, então, doou a ela um Rolls Royce, o qual vendeu rapidamente a um bom preço em um leilão. Durante o pontificado de Paulo VI, a congregação se espalhou pelo mundo e chegou a fundar casas na América Latina, particularmente na Venezuela.

João Paulo II reconheceu publicamente sua admiração por esta pequena e firme mulher e, em meados dos anos 1980, abençoou a pedra fundamental da casa aberta pela freira em Roma para acolher moradores de rua.

O papa Francisco, que a conheceu em 1994, reconheceu ter ficado impressionado com seu caráter forte, que lhe teria despertado medo se fosse sua superior. Madre Teresa costumava dizer que sua contribuição era apenas uma "gota em um oceano de sofrimentos", mas que "se não existisse, essa gota faltaria no mar".

Seus críticos acusavam-na de receber presentes sem perguntar de onde vinham e de ter sido uma opositora fervorosa ao aborto e à pílula, bem como de usar seu prestígio para denunciar essas práticas em todo o mundo. Durante o processo para sua beatificação, descobriu-se que ela sofria de crises religiosas e que chegou até a questionar a existência de Deus.

"Nunca vi que me fechassem uma porta. Acho que isto acontece porque veem que não vou pedir, mas dar. Hoje em dia, está na moda falar dos pobres. Infelizmente, não falar com eles", afirmou em uma ocasião. Ao morrer, o governo indiano lhe concedeu um funeral de Estado e seu caixão foi levado por grande parte da cidade na mesma carruagem em que foram levados os restos de Mahatma Gandhi.

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