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Dois ex-ministros da Fazenda, Antonio Delfim Netto e Maílson da Nóbrega, rechaçaram nesta terça-feira, 14, a hipótese de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que vem sendo defendida por algumas alas da oposição. As declarações foram dadas durante o painel "Economia Brasil", no 26º Congresso Brasileiro do Aço, em São Paulo.

Segundo Delfim, não se deve antecipar a troca de governo simplesmente porque não se gosta de Dilma. "Vamos respeitar as instituições e agir de acordo com aquilo que for provado, não com o que achamos que aconteceu", afirmou o ex-ministro, acrescentando que não há nenhuma alternativa razoável para o atual momento de ajuste pelo qual passa a economia brasileira.

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Nóbrega foi na mesma linha. "Temos de abandonar a ideia de que o impeachment é antídoto contra um mau governo. Só é antídoto contra quem comete irresponsabilidades, confronta a Constituição", disse. Para ele, o melhor para o Brasil é Dilma levar seu mandato até o fim. "O grande julgamento dos governos do PT será nas urnas em 2018", acrescentou.

O ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega afirmou nesta segunda-feira, 30, que a economia do Brasil dificilmente voltará a crescer entre 1% e 2% no segundo governo Dilma Rousseff. As razões para tal previsão devem-se, segundo ele, ao erros cometidos pela administração da presidente em seu primeiro mandato (2011-2014), disse durante palestra na 3ª Conferência do Agronegócio, promovida pelo BESI Brasil, em São Paulo.

Maílson disse, ainda, que "dificilmente" deve ocorrer um processo de impeachment contra Dilma e que isso (o afastamento) não é o ideal para o País em virtude das instabilidades que provocaria. Por fim, destacou que os problemas enfrentados hoje pelo Brasil devem "infligir uma grande derrota ao PT" nas eleições presidenciais de 2018.

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Superávit primário

O ex-ministro afirmou também que a situação fiscal do Brasil é delicada e que é provável que o superávit primário não alcance a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015, como projetado pelo atual chefe da pasta, Joaquim Levy. Citando previsão da Tendências, consultoria da qual é sócio, ele comentou que esse porcentual deve ficar em 0,8%. "Acho que ninguém está esperando 1,2% depois do resultado ano passado", disse a jornalistas.

O ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega disse, na manhã desta segunda-feira (30), que o atual chefe da pasta, Joaquim Levy, tem papel importante no ajuste da economia brasileira e que seu trabalho de austeridade fiscal é necessário para que o País não perca o grau de investimento.

"Levy é um 'ministro-fusível': se tirar, desliga o sistema", disse, referindo-se às consequências de um eventual afastamento de Levy. Maílson participa neste momento do 3ª Conferência do Agronegócio do BESI Brasil, em São Paulo.

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Conforme o ex-ministro, a recessão esperada para 2015 é a "conta dos erros" cometidos pelo primeiro governo da presidente Dilma Rousseff. O aumento do desemprego e a inflação acima do teto da meta fazem parte dessa "conta", que pode ficar ainda mais negativa com os desdobramentos da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, e com um eventual racionamento de energia, disse. Em razão disso, a "presidente Dilma está em processo de desgaste que parece irreversível", acrescentou o ex-ministro.

Maílson da Nóbrega citou, ainda, as projeções da Tendências, consultoria da qual é sócio, que apontam para retração de 1,2% no PIB do Brasil em 2015 e inflação de 7,9%. A taxa básica de juros (Selic) deve ficar em 13% e o desemprego deve variar de 6,3% a 7,6% neste ano, complementou. Por fim, destacou que o dólar deve fechar 2015 em R$ 3,10 e o balanço de pagamentos deve ficar negativo em US$ 90 bilhões.

O ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega considerou nesta quinta-feira, 18, que a vitória de Marina Silva nas eleições de outubro seria "o cenário mais favorável para o País". Ele chegou a sugerir o nome de Armínio Fraga, que hoje participa da campanha do PSDB, para o Ministério da Fazenda da candidata. Maílson defendeu que a eleição de Marina levaria ao "retorno da gestão macroeconômica responsável".

Ao afirmar que "tudo indica que o ciclo do PT no poder está chegando ao fim", Mailson foi aplaudido por uma plateia de cerca de 4 mil comerciantes, na 54ª Convenção Nacional do Comércio Lojista, que está sendo realizado na Costa do Sauípe, no município de Mata de São João (BA).

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Ele argumentou que, na democracia, dificilmente um grupo fica no poder por um longo período. "O PT sairá do poder por processo natural de desgastes. Se não sair agora, sairá em 2018", disse, acrescentando que o eleitor do tucano Aécio Neves tende a apoiar Marina Silva no segundo turno.

Questionado por que foi aplaudido por um público que atua no varejo - setor que está melhor que a indústria, por exemplo -, o ex-ministro argumentou que existe uma percepção generalizada de que a continuidade do atual governo significará a preservação de um clima de estagnação e intervenção excessiva. "Eu diria que a demanda por alternância de poder é muito forte no empresariado, como eu nunca vi.", disse.

Maílson fez duras críticas à política econômica da presidente Dilma Rousseff, depois de dizer que este "é um ano perdido para o Brasil". Ele negou a versão do governo federal de que a crise internacional é a principal causa para o baixo crescimento da economia brasileira. "Basta olhar para os vizinhos. São países que tem características parecidas com nossas (exportadores de commodities) e eles estão crescendo", disse. "O Brasil é o patinho feio da América Latina."

Para ele, um dos principais erros de política econômica do atual governo é a ideia equivocada de que basta estimular o consumo para o País crescer. "Tem até sentido, mas desde que a ação seja conjugada com estímulo para o empresário investir e aumentar oferta."

O economista citou que o crédito vinha crescendo a dois dígitos e este ano subirá apenas 3% ou 4%. Ele acrescentou que consumidores e empresários estão perdendo a confiança na economia, devido à corrosão da renda e alto endividamento das famílias. Maílson também criticou o déficit em conta corrente e disse que o Brasil hoje depende de capital especulativo, que pode "fugir" a qualquer momento, diante do agravamento de incertezas.

Inflação

O ex-ministro defendeu, ainda, que a inflação está "teimosamente acima da meta" e disse que o governo dá sinais de que a meta real é de 6,5% ao ano (o teto da meta), e não de 4,5% ao ano (centro da meta). "6,5% não é cumprir meta", disse. "Uma das más heranças do governo Dilma é uma certa tolerância a um nível mais alto de inflação. Isso criou persistência inflacionária que não se via desde a hiperinflação", disse.

Maílson acredita que, se reeleita, Dilma terá dificuldade de recrutar um nome de respeito para o Banco Central, que precisa de credibilidade para coordenar as expectativas inflacionárias. "Essa declaração dela, de que independência faz com que banqueiro mande no Banco Central, indica que ela vai mandar no Banco Central, se reeleita", apontou. "A percepção geral é que o BC da Dilma perdeu muito da autonomia que gozou no período FHC e Lula".

O economista não deixou de fora das críticas o Ministério da Fazenda e o Tesouro Nacional, que, segundo ele, dão sinal de que "não acreditam muito nas questões fiscais" e, por isso, usam da chamada contabilidade criativa. "Quando pensa que acabou eles inventam mais uma, como é o o caso da pedalada", disse.

Mailson afirmou que a taxa de câmbio tende a mudar no próximo governo. Se a oposição ganhar, segundo ele, deve ficar em R$ 2,10 e R$ 2,15. Se a situação ganhar, provavelmente ficara entre R$ 2,40 e R$ 2,45, de acordo com o especialista.

Eleição

Marina surfa três ondas, segundo Mailson: a rejeição à classe política, o sentimento contra o PT no País e a emoção ligada à tragédia que levou à morte de Eduardo Campos. Num cenário de vitória dela, segundo ele, haverá retorno à gestão macroeconômica responsável e o Banco Central "volta a ter autonomia". Ele ponderou que existem dois cenários com Marina: um que envolve governo minoritário e outro, majoritário. Maílson aposta em uma coalizão. "Não é difícil fazer coalizão. Ficar fora do governo pode ser a morte e a insignificância para alguns partidos. O PMDB já está na fila.", disse, arrancando risadas da plateia.

Maílson afirmou que o PSDB não poderia ficar fora do governo por mais quatro anos. "Um partido sem expectativa de poder é abandonado, o que aconteceu com PFL e DEM", disse, sugerindo uma aliança do PSDB com Marina. "Para o País, seria interessante essa aliança. O PSDB poderia fornecer alguns de seus melhores quadros", disse. "Nesse caso, o ministro da Fazenda poderia ser Armínio Fraga".

Questionado, após o discurso, se já ouvira falar de Fraga para o cargo ou se era uma sugestão, Mailson afirmou ter conversado com Armínio e que ele "nega de pé junto" a possibilidade. O economista Eduardo Gianetti, que é ligado à campanha de Marina, não tem perfil para o cargo, na avaliação de Maílson. "Ele é mais um estrategista, um formulador. Um homem muito capaz fazer diagnósticos e apontar rumos, mas não faz o perfil do Eduardo a função executiva de liderar, por exemplo, o Ministério da Fazenda. Talvez um assessor especial da presidência", apontou.

Se Dilma for reeleita, segundo Maílson, ela repetirá o primeiro governo. "O impacto negativo é que o Brasil pode perder grau de investimento", disse, acrescentando que um ponto positivo seria a continuidade das concessões de infraestrutura.

Outro lado

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), que esteve presente no evento, afirmou respeitar a opinião do economista, mas disse que discorda da avaliação de que o período do PT no governo acabou. "Eu creio que ainda temos muito espaço para andar. O PT, nesses 12 anos, deu uma contribuição substantiva à democracia e à economia brasileira, como o PSDB também deu", disse.

"Para nós do Nordeste, o processo de transferência de renda e o social potencializaram nossa economia", afirmou o governador, acrescentando que é necessário medir resultados. "E isso está sendo feito pela equipe econômica. A presidenta Dilma tem essa capacidade de reorganizar eventualmente sua equipe. E ainda tem muito a fazer. O foco do PT é do social, sem desprezar a macroeconomia", disse. Ele reconheceu que o PIB está patinando, mas argumentou que a conjuntura internacional não é muito favorável. A repórter viajou a convite da CNDL.

O ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega afirmou nesta quinta-feira (29) que a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 11%, deve se manter inalterada até o fim do ano. No ano que vem, contudo, o Comitê de Política Monetária (Copom) terá de retomar o ciclo de alta porque preços reprimidos pelo governo neste ano deverão gerar pressão inflacionária em 2015, projetou durante o 13º Seminário - Perspectivas para o Agribusiness 2014 e 2015, promovido pela BM&FBovespa, em São Paulo.

Maílson comentou ainda que o desempenho da seleção brasileira na Copa do Mundo, que se inicia no mês que vem, não deve influenciar a campanha da presidente Dilma Rousseff pela reeleição. Ele lembrou que em 2010, mesmo com o insucesso do Brasil na Copa da África do Sul, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu fazer sua sucessora.

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O Brasil vive uma armadilha do baixo crescimento, mas sua evolução não desanda porque tem instituições fortes que inibem a continuidade de políticas populistas e incompetentes, comentou o ex-ministro da Fazenda, Mailson da Nóbrega, nesta terça-feira, 29.

"O País tem uma desastrada política fiscal que esconde os excessos e mina a credibilidade", destacou. "Há uma ação sinistra do ministério da Fazenda e do Tesouro nessa área. Contudo, dificilmente o Brasil vai ter um calote da dívida pública. E não deve gerar insolvência."

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Segundo Mailson da Nóbrega, o grande risco do País não é voltar ao passado de autoritarismo, o que para ele é uma hipótese praticamente afastada. "O risco do Brasil é perder oportunidades. É crescer pouco. Crescendo a 2% ao ano, o PIB do País quadruplicará em 72 anos. Se crescêssemos 6% ao ano, isso poderia ocorrer em uma geração", destacou.

"O Brasil deu certo, mas precisa enfrentar os desafios da mediocridade. O desafio é como crescer, de forma sustentável e com boa gestão fiscal e combate à inflação", ponderou. Ele fez os comentários na abertura de um seminário realizados pela consultoria Tendências.

O ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega acredita que "a presidente Dilma (Rousseff) se assustou" com o impacto da alta dos índices de preços na sua popularidade." "Dilma devolveu a liberdade para o BC (Banco Central) atacar a inflação. Ela percebeu que a inflação pode minar suas chances de reeleição", declarou na noite desta segunda-feira ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Para Mailson, os comentários do diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Vasconcelos, feitos mais cedo em Belém, "ratificam que a política fiscal não ajuda e o BC está sozinho contra a inflação". Ele ressaltou que há algumas semanas a autoridade monetária adotou um discurso mais forte e isso é positivo para a economia, pois aumenta a percepção de que o Comitê de Política Monetária (Copom) tem autonomia para buscar o equilíbrio dos preços. "Mas não é levar a inflação muito mais baixo do que os 5,84% registrados no ano passado. Talvez o foco para este seria 5,83%", disse.

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A gestão da política fiscal pelo Poder Executivo é ainda uma questão preocupante, destacou o ex-ministro da Fazenda. "A manifestação do governo de excluir desonerações dos cálculos do superávit primário é uma deslavada tolice, nunca antes vista na história do meu País."

Mailson fez os comentários antes de receber o prêmio "Economista do Ano de 2013" concedido pela Ordem dos Economistas do Brasil (OEB) e pelo Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon-SP).

Para o ex-ministro da Fazenda e sócio da Tendências Consultoria, Maílson da Nóbrega, o cenário de expansão reduzida do Brasil dificilmente mudará no curto prazo. "O Brasil parece ter entrado em uma manilha de baixo crescimento", disse nesta segunda-feira, durante palestra no Cosan Day, reunião da companhia com analistas e investidores em São Paulo.

Na avaliação dele, há uma "piora na qualidade da política econômica" do governo Dilma Rousseff. "A presidente tem toda legitimidade para fazer testes, foi eleita para isso. Mas houve uma piora", afirmou. Segundo Maílson, entre os fatores que levam à piora estão: custo Brasil, sistema tributário caótico, legislação trabalhista anacrônica e infraestrutura deteriorada, que causam a queda na produtividade. Com isso, de acordo com ele, a taxa de crescimento no Brasil caiu desde os governos dos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

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Para o sócio da Tendências, a taxa de juros se tornou um componente político e a queda da Selic ocorre "porque a presidente quer". "Felizmente, não há risco de perda no controle da inflação", uma vez que, segundo ele, o Brasil estava preparado e a crise mundial ajudou a segurar a alta dos preços.

Maílson considera também que, apesar de o governo negar, a taxa de câmbio é fixa, com uma banda entre R$ 2,00 e R$ 2,10. "Mas o câmbio fixo precisa de regras. E esse (câmbio fixo) agora é vontade do governo."

Ele afirmou ainda que, diante do cenário traçado, o Banco do Brasil não terá problemas financeiros porque tem uma área de avaliação de risco com padrão internacional. "A dúvida é se a Caixa tem essa avaliação. O custo de inadimplência pode impor uma recapitalização da Caixa pelo Tesouro", disse. Já a Petrobras, na opinião de Maílson, está fragilizada financeiramente por conta dos preços da gasolina congelados.

Por fim, o ex-ministro afirmou que a parte boa é que o Brasil construiu um conjunto de instituições fortalecidas com uma sociedade intolerante à inflação. "Ainda temos a vantagem de que, se as políticas públicas não derem certo, poderemos mudar os governantes. Isso não acontecerá na próxima (eleição), pois acho que a presidente Dilma é candidata e séria favorita à reeleição."

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