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Otimismo moderado, cauteloso, ou cautelosamente otimista, foram as expressões usadas pelos varejistas para definir as expectativas para o segundo semestre de 2022. Em geral, as empresas evitaram fazer grandes promessas, mas mostram estar com estoques preparados para uma segunda metade do ano melhor que a primeira.

Em geral, o fim do ano é melhor em vendas do que o início, já que há mais dinheiro circulando na economia e mais datas comerciais, como Black Friday e Natal. Neste 2022, porém, o Auxílio Brasil aumentado, a Copa do Mundo e a chegada da tecnologia 5G da telefonia celular são alavancas positivas a mais na conta. A moderação na empolgação fica por conta do cenário de juros ainda altos, que atrapalha quem quer parcelar uma televisão nova para assistir os jogos do Catar, a inflação acumulada ainda alta e o endividamento das famílias.

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O presidente do Magazine Luiza, Frederico Trajano, se recusou a dar projeções de alta de vendas para o segundo semestre, mas disse que a empresa está em condições de ganhar mercado. "Prometo trabalhar duro. Temos tudo para conseguir voltar a ganhar mercado. Mesmo se o ‘bolo não crescer’, o que é improvável, temos como ganhar mercado", disse o executivo.

Como no fim de 2021, a empresa ficou com estoque muito mais alto do que o desejado e teve de liquidar boa parte dele. Na divulgação de resultados do segundo trimestre de 2022, a posição de estoques da varejista foi uma questão para os investidores durante a teleconferência da companhia. Trajano, porém, disse não considerar que o estoque da companhia esteja alto. "A perspectiva de venda é melhor no segundo semestre. É preciso avaliar o estoque de acordo com a perspectiva", disse.

IMPACTO

Ao Estadão/Broadcast, o presidente da Via (dona das Casas Bahia e do Ponto), Roberto Fulcherberguer, disse que a empresa está preparada para as vendas do fim do ano. "Estamos bem programados", afirmou. Ele acredita que o pagamento do Auxílio Brasil aumentado deve ter impacto maior no quarto trimestre para empresas como a Via, já que, a exemplo do que se viu com o Auxílio Emergencial, as primeiras parcelas devem ir para o pagamento de dívidas e consumo básico.

Márcio Cruz, responsável pela plataforma digital da Americanas, afirmou aos investidores que a vendas de julho continuam tendo um crescimento consistente e que a companhia segue confiante para o segundo semestre, com os eventos sazonais, como Dia das Crianças, Black Friday e Natal, além do impacto positivo que a Copa do Mundo deve trazer.

TRIMESTRE FRACO

Essas perspectivas vêm depois de um trimestre de vendas fracas para a maior parte de varejistas do setor. O diretor de operações da consultoria Gouvêa Ecossystem, Eduardo Yamashita, explica que, com a atual conjuntura econômica - alta de inflação, juros altos, massa salarial sem crescimento e baixa confiança do consumidor -, era mesmo esperado que os balanços das empresas de varejo de bens duráveis apresentassem uma retração na comparação com os anos anteriores.

"Diferentemente da pandemia, estamos vivendo um cenário de retração econômica ‘clássico’ e, nesse contexto, o varejo de itens de valor mais alto e dependentes de crédito sofrem mais, pois o consumidor posterga as compras nessas categorias", avalia. (Colaborou Camila Vech)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2021, de um avanço de 4,8% para 4,5%. Para 2022, a projeção diminuiu de uma elevação de 1,8% para 1,1%. As estimativas anteriores foram divulgadas em setembro.

"A redução da previsão para este ano levou em conta os indicadores de atividade econômica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) do terceiro trimestre e de outubro, que vieram abaixo do esperado", justificou o Ipea em nota de divulgação da Visão Geral da Conjuntura, análise trimestral da economia brasileira publicada nesta quarta-feira, 22.

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O instituto estima que tenha havido melhora na atividade econômica em novembro, o que atenuaria os efeitos negativos do desempenho de outubro no agregado do último trimestre de 2021.

O Ipea estima que a produção industrial tenha crescido 0,6% em novembro ante outubro, e o volume de serviços prestados tenha avançado 0,4%. As vendas do comércio varejista teriam alta de 0,3%, embora, no varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, a expectativa seja de queda de 0,7%. Como resultado, o Monitor do PIB, apurado pela Fundação Getulio Vargas com a mesma metodologia de cálculo das Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, teria uma expansão de 0,4% em novembro ante outubro, após a queda de 0,7% registrada no mês anterior.

Os técnicos do órgão lembram que o setor manufatureiro, particularmente a indústria de transformação, segue enfrentando restrições pelo lado da oferta. A desorganização mundial das cadeias produtivas ainda provoca escassez e encarecimento de insumos, enquanto a crise hídrica permanece pressionando os preços da energia elétrica.

"O consumo de bens, por sua vez, tem sido afetado negativamente pelo aumento da inflação, que segue pressionando o orçamento das famílias. Refletindo esse quadro, a confiança dos agentes diminuiu nos últimos meses. Além da queda generalizada entre os empresários, a confiança das famílias também sofreu deterioração. Nossas previsões sugerem, no entanto, com base nos indicadores disponíveis até o momento, que o nível de atividade em novembro deve apresentar crescimento, com exceção do comércio varejista ampliado", avalia o Ipea, na Visão Geral da Conjuntura.

O instituto prevê uma alta de 0,1% no PIB quarto trimestre deste ano ante o terceiro trimestre.

"Pesa sobre o cenário do quarto trimestre a inflação mais alta do que o esperado anteriormente, o que afeta o poder de compra e as expectativas dos consumidores. O consequente ciclo de aperto monetário mais rigoroso terá efeitos que perdurarão pelos trimestres subsequentes, dada a defasagem dos mecanismos de transmissão da política monetária para a atividade econômica", justificou o órgão.

Para o fechamento de 2021, a maior revisão ocorreu na projeção para a agropecuária, que fechará 2021 com queda de 1,2%, ante uma previsão anterior de crescimento de 1,2%. A diferença é explicada pelos problemas climáticos que afetaram a safra, pelo pior desempenho na produção de bovinos e pela revisão do crescimento do setor em 2020 nas Contas Nacionais do IBGE, que aumentou fortemente a base de comparação para o crescimento deste ano.

A projeção para o PIB da indústria passou de alta de 5,4% para 4,9%, enquanto a do setor de serviços foi revista de 4,7% para 4,5%. Em 2022, a agropecuária cresceria 2,8%, a indústria ficaria estagnada (0,0%), e os serviços teriam avanço de 1,3%.

Sob a ótica da demanda, o Ipea prevê alta de 3,4% no consumo das famílias em 2021, seguido de avanço de 1,3% em 2022. O consumo do governo aumentaria 1,9% este ano, para depois crescer 1,7% ano que vem. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) teria elevação de 17,6% em 2021, mas ficaria praticamente estável ano que vem (0,1%). As exportações cresceriam em 2021 (6,8%) e 2022 (1,9%), assim como as importações (12,3% em 2021 e 2,4% em 2022).

Segundo o Ipea, a piora nas expectativas para o PIB de 2022 é decorrente do impacto negativo da elevação da inflação sobre o poder de compra das famílias e da necessidade de elevação mais acentuada da taxa de juros, que já encarece o crédito.

"Por outro lado, o Auxílio Brasil e o aumento da população ocupada podem influenciar positivamente a demanda, que também poderá ser estimulada pelo esperado aumento dos investimentos em infraestrutura", ponderou o instituto em nota.

As previsões para a inflação no Brasil também foram revistas em relação às últimas projeções, divulgadas em novembro. A expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021 passou de 9,8% para 10,0%, enquanto que para o Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) subiu de 10,1% para 10,2%. Para 2022, as projeções para o IPCA e o INPC foram mantidas em 4,9% e 4,6%, respectivamente.

"A manutenção das taxas é baseada na estimativa de acomodação dos preços do petróleo e das demais commodities, combinada à menor probabilidade de efeitos climáticos intensos e à projeção de um aumento da safra brasileira, que devem resultar em pressão menor sobre combustíveis, energia elétrica e alimentos. De certa forma, a descompressão inflacionária já é percebida em algumas categorias no final de 2021, como o anúncio feito pela Petrobras de redução no preço das refinarias. Porém, há riscos que seguem associados, externamente, à possibilidade de novos aumentos de preços de commodities e, internamente, à percepção de fragilidades na política fiscal, além do processo eleitoral, com efeitos que podem desencadear maior volatilidade no mercado cambial", alertaram os pesquisadores do Ipea.

O Ipea estima que a taxa básica de juros, a Selic, suba de 9,25% ao ano ao fim de 2021 para 11,75% ao ano ao fim de 2022. A projeção para a taxa de câmbio é que se mantenha em R$ 5,71 tanto ao término de 2021 quanto de 2022.

O ex-prefeito do Recife João Paulo, que chegou a concorrer o segundo turno com o prefeito Geraldo Julio (PSB) no pleito eleitoral de 2016 e que atualmente encontra-se mais ausente do cenário político, concedeu entrevista ao LeiaJá. Ele declarou que aguarda a “conjuntura” se definir no país para ver o rumo que irá tomar futuramente. “Vamos deixar a conjuntura se definir mais no país para ver o que eu vou fazer”, declarou. 

João Paulo contou que está de dedicando aos estudos. “Olha, eu estou em um mestrado de inovação e desenvolvimento e estou estudando ingles. Estou em um momento assim, eu diria, mais sabático”. 

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O ex-prefeito disse que não tem pressa, nem o Partido dos Trabalhadores (PT). “Eu estou participando de algumas atividades no partido, mas eu acho que o PT agora não está pensando no processo de eleição nem de candidaturas”. 

Ele ainda falou sua opinião sobre o presidente Michel Temer (PMDB) que chegou a dizer, na semana passada, que “nada nos destruirá. Nem a mim e nem aos nossos ministros”. “Acho que nada o destrói não porque ele mesmo se destruiu a partir da história dele, do que ele fez  politicamente em suas intervenções no governo e em suas negociações. Eu acho que é isso que está destroindo ele. Nada não destrói ninguém”, ironizou. 

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou ao Broadcast que terá uma reunião com o presidente Michel Temer, em São Paulo, sobre "avaliação de conjuntura". Perguntado se os temas relativos a PEC dos gastos também serão objeto do encontro, o ministro respondeu: "também faz parte da conjuntura".

Padilha afirmou que a reunião com Temer marcada para a amanhã desta sexta-feira, 16, deverá contar também com a presença do secretário-executivo do Programa de Parceira em Investimentos (PPI), Moreira Franco. O encontro ocorre no escritório pessoal de Temer, no Itaim Bibi, bairro da zona sul da capital paulista.

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A coligação do PPS com o PSB em Pernambuco irá interferir diretamente nas eleições de duas importantes cidades em 2016: Recife e Jaboatão dos Guararapes. Ambas possuem os maiores colégios eleitorais do Estado. Nos dois municípios, os pós-comunistas irão abrir mão de lançar postulantes devido à conjuntura política, no entanto, a decisão não configura, de imediato, um apoio oficial à reeleição do prefeito Geraldo Julio (PSB).

Segundo a presidente estadual do PPS-PE, Débora Albuquerque, diferente do que vem sendo ventilado no meio político, o partido não anunciou apoio a Geraldo Julio. “O PPS não definiu apoio a ninguém, até porque isso é feito após várias conversas internas no Recife. O que eu disse é que hoje, a única candidatura posta é a do prefeito Geraldo Julio, ou seja, a candidatura do nosso campo político, onde estamos coligados”, explicou em entrevista ao Portal LeiaJá, lembrando que o até as eleições as configurações políticas podem sofrer mudanças. “Para o ano que vem tem muitas águas para rolar, não sou eu, Débora, que resolvo as coisas, mas não vai ter candidatura a prefeito no Recife já que estamos no Campo do PSB”, abdicou.

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Albuquerque reforçou que a decisão de apoio, ou quem sabe, uma neutralidade à reeleição ao prefeito socialista só deverá ser definida em consenso com demais líderes do partido. “O alinhamento não é automático, isso é fruto de muita discussão juntamente com a direção municipal e de pessoas como Vera Lopes e o presidente do PPS no Recife. Estamos em discussão”, completou. 

Questionada sobre as articulações do PPS para outras cidades, a presidente estadual revelou ter retomados os trabalhos políticos, desde que a fusão com o PSB foi cancelada. “A gente retomou depois que o projeto não teve êxito. Estamos fazendo os projetos partidários para trazer lideranças e estamos organizando uma grande reunião com a presença do presidente nacional, Roberto Freire, e diretórios municipais para lançarmos uma campanha de filiação massiva”, contou. 

Apesar de o encontro ainda não ter data marcada, Débora Albuquerque revelou que o partido tem sido bastante procurado por simpatizantes e lideranças políticas. “Estamos sendo muito procurados em todos os municípios, e a gente continua firme e forte trabalhando com esse projeto de oxigenar o partito e trazer pessoas”, pontuou, contabilizando os postulantes que pretende lançar em 2016. “Temos uma meta ambiciosa e estamos trabalhando arduamente para lançarmos cerca de 500 candidatos a vereador e 20 prefeitos em todo o Estado, além disso, o partido já está organizado em 80 municípios”, ressaltou

A presidente estadual do PPS-PE reforçou o desejo de disputar uma vaga à vereadora na cidade de Jaboatão dos Guararapes, cidade onde também não será lançado postulante a prefeito, e reforçou a parceria com o PSB. “Temos que respeitar a conjuntura que a gente tem e ter responsabilidade, mas estamos procurando trabalhar em municípios com muita responsabilidade e daqui para o começo de outubro muitas coisas podem acontecer”, destacou Albuquerque.   

A presidente estadual do Partido dos Trabalhadores em Pernambuco (PT-PE), deputada Teresa Leitão, confirmou sua participação na reunião com líderes da legenda e o ex-presidente Lula, na próxima segunda-feira (30). Durante entrevista ao Portal LeiaJá, a parlamentar também garantiu realizar um congresso no Estado no mês de maio com previsão de ser no dia 24 ou 31.

Segundo Leitão, o encontro previsto para debater a conjuntura do país e reforçar a integração do PT em favor ao governo da presidenta Dilma Rousseff (PT) também tratará de outros assuntos. “É uma reunião para discutir as tarefas do PT em relação ao Brasil”, revelou, afirmando levar informações locais para a pauta. “A gente fez uma discussão sobre o momento que estamos vivendo e vou levar uma síntese dessa discussão”, adiantou.

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O PT também organizará no encontro, os atos previstos para serem realizados por lideranças do partido, possivelmente nos dias 2 e 7 de abril, onde Teresa Leitão já sinalizou apoio. “Vamos sim participar. Nós estamos organizando uma grande plenária, principalmente para o dia 7, e nós vamos participar de todas as mobilizações do PT nacional. Já estamos em discussão”, ressaltou a deputada, sem revelar o local do ato no Recife.

Teresa Leitão lembrou ainda da sugestão do PT de que até o Congresso Nacional do partido, marcado para os dias 11, 12 e 13 de junho em Salvador, os diretórios estaduais e municipais também devem promover encontros. “A Direção Nacional determina que até 31 de maio os diretórios se organizem neste período, e nós vamos cumprir nosso calendário. O PT tem um calendário para a realização das etapas dos encontros municipais e estaduais. Aqui ainda estamos fechando os detalhes, mas possivelmente deverá ser dia 24 ou 31 de maio”, revelou a petista. 

 

Integrante da chapa da presidente Dilma Rousseff (PT) e considerado como fiel da balança para a composição de uma maioria no Congresso, o PMDB já sinaliza para uma composição na Câmara com o PSDB, num eventual governo do candidato Aécio Neves. "Não vejo dificuldade nenhuma de se posicionar em apoio a um futuro governo Aécio", afirmou ao Estado o líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), reeleito no último dia 5 de outubro.

O primeiro sinal nesse sentido será dado nesta segunda-feira (13), quando a bancada deve se reunir em Brasília para discutir se tomará alguma posição oficial neste segundo turno da corrida presidencial, entre Aécio e a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT).

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Ao contrário da direção nacional da legenda, presidida por Michel Temer, vice da petista, a opção que deve prevalecer é a da neutralidade. "A bancada está literalmente dividida e por isso não tenho que me posicionar. Eu almejo continuar como líder e, se eu quero isso, tenho que satisfazer a bancada", ressaltou o deputado. Segundo ele, a divisão da bancada reflete a divisão do PMDB nacional.

Cotado para a disputa pela presidência da Câmara em 2015, posto cuja posição do presidente eleito no dia 26 deverá ser determinante, Cunha evita se posicionar individualmente sobre a corrida presidencial. Porém, ele afirma que Aécio representa mais o desejo de mudança da população.

"O que vai decidir é que existe um desejo de mudança e esse desejo tem sido expressado pelos números do Aécio, que representa a rejeição a ela. Tem que levar em conta que quem é Dilma, já votou na Dilma, ou seja, ela agrega muito pouco para o segundo turno. Agora, qualquer mudança se dará no debate".

Segundo Cunha, se Dilma for reeleita, a posição do partido terá de ser avaliada. "Não deixamos de integrar a base do governo, mas optamos pela independência. Tanto que não indicamos nomes para substituir ministros. Essa nossa postura vai ter que ser conversada porque é uma decisão inclusive de quem vota na Dilma", ressaltou.

Um eventual apoio do PMDB ampliaria a base parlamentar de Aécio, que vem crescendo com os apoios que tem recebido nos últimos dias. Somando-se a coligação de Aécio com os peemedebistas e os partidos que declararam apoio ao tucano nos últimos dias, como os da coligação presidencial da candidata derrotada Marina Silva (PSB, PPS, PPL, PRP, PHS e PLS), o PV de Eduardo Jorge e o PSC de Pastor Everaldo, ela chegaria a 232 dos 513 deputados. Sua coligação elegeu 138 deputados.I

A menos de uma semana da convenção que vai decidir o posicionamento do PMDB nas eleições de outubro, o vice-presidente da República e presidente licenciado da legenda, Michel Temer, se mostrou tranquilo quanto às divergências internas que existem no partido. Segundo ele, esse tipo de divergência sempre existiu no partido. "Sempre administrei essas divergências e continuarei administrando. Mesmo em Estados em que é absolutamente impossível uma aliança do PMDB com o PT, os companheiros delegados virão à convenção para votar no meu nome. Eles têm a ideia de uma unidade peemedebista na área nacional", minimizou o vice-presidente da República.

Temer, que pretende ser mais uma vez indicado pelo partido para ser companheiro de chapa de Dilma Rousseff, se mostrou otimista sobre o resultado da convenção que, segundo palavras dele, "é soberana". Caso sua proposta saia vitoriosa, o presidente licenciado do PMDB prometeu compreender os dissidentes e afirmou que o partido sairá fortalecido da convenção. "Compreenderei as eventuais dissidências porque não é dissidência em relação ao PMDB nacional, não é dissidência em relação à minha figura, mas é um confronto local".

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Questionado pelo Broadcast Político, serviço da Agência Estado de notícias em tempo real, se a divisão interna poderia atrapalhar o envolvimento do partido na campanha presidencial, Temer minimizou o problema. "Eu acho que vai (dividido para a eleição), mas vai com uma divisão menor do que aquela que existiu em 2010", afirmou.

Comentando a reclamação de correligionários de que o partido é subrepresentado na aliança, Temer ressaltou a importância dos cargos ocupados e citou as presidências da Câmara e do Senado. Por outro lado, defendeu a participação de seu partido. "O PMDB cobra participar das políticas públicas do País e isso vem sendo feito", disse. "Quanto mais o PMDB participar das políticas públicas, melhor será para o governo e para o País".

Sobre o lançamento nesta quinta-feira, no Rio, do acordo "Aezão", em que peemedebistas apoiarão a candidatura presidencial de Aécio Neves (PSDB), Temer preferiu ressaltar que as principais lideranças do Estado, como Eduardo Paes, Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, estarão com Dilma.

O cenário nacional e estadual das eleições 2014 será abordado no Programa Opinião Brasil do LeiaJá, nesta segunda-feira (17). Na exibição, os internautas irão conferir a entrevista do repórter Álvaro Duarte ao cientista político André Régis e ao analista político Maurício Romão.

Os especialistas falam sobre o cenário estadual como a candidatura dos concorrentes ao governo do Estado, Paulo Câmara e o senador Armando Monteiro, entre outras coisas como as alianças partidárias e a decisão do PT ter ou não postulante próprio.

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Outro assunto tratado no programa é à conjuntura nacional e a inserção do governador Eduardo Campos (PSB) na disputa à presidência da República tendo como adversária Dilma Rousseff (PT). 

Segundo turno – A possível situação para o segundo turno a nível presidencial também foi pontuado pelos especialistas. Para eles, não existe possibilidade de Campos apoiar Dilma num cenário entre PT e o senador Aécio Neves (PSDB), inclusive, consideram que esta atitude poderia por fim a vida política do socialista.

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O Recife recebeu o V Seminário de Ciência Política, que teve como tema principal as manifestações realizadas no país entre os meses de junho e julho deste ano. A iniciativa contou com renomadas personalidades da área, como Adriano Oliveira e Maurício Romão, do IPMN, Francisco Guimarães, do Instituto GPP, e João Francisco, do Vox Populi, além de Janguiê Diniz, reitor da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau. A programação ocorreu no auditório Capiba, no bloco C da UNINASSAU.

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Neste vídeo, você confere a explanação do cientista político e professor Adriano Oliveira. Ele detalha o conceito de "Big Data", que vai ajudar ao estrategista a utilizar quatro fontes de informação para tentar entender uma conjuntura política: pesquisas, estratégia, comunicação e imagem.

Para Adriano, um fator em especial precisa ser analisado, que é a utilização de novas ferramentas de pesquisa, entre elas o monitoramento das opiniões nas redes sociais. "Não podemos desprezar um outro espaço que vem surgindo, que são as redes sociais. É preciso considerar dois fatores fundamentais: como a imprensa se manifesta e provoca opiniões, que tem impactos nas redes sociais, além de como as pessoas estão se manifestando nas redes sociais", ressaltou.

O V Seminário de Ciência Política foi realizado na UNINASSAU, Centro Universitário Maurício de Nassau, por meio do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) e em parceria com o Portal LeiaJá, a Contexto, o Sindicato das Agencias de Propaganda do Estado (Sinapro) e a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe).

Já faz quase um mês que os senadores Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro (PTB), e o deputado federal João Paulo (PT), almoçaram juntos no Recife. O assunto, apesar de ter sido realizado no dia 15 de agosto, foi um dos mais criticados por petistas durante lançamento da candidatura de Teresa Leitão, ao Processo de Eleição Direta (PED), nesta sexta-feira (13).

“Estamos vivendo um momento muito difícil aqui no PT e esse partido não pode se resumir onde dois os três se reúnem num jantar e digam o que vão fazer, não é assim. Nós temos que fazer esse debate para unir o PT”, soltou o deputado Fernando Ferro (PT) durante discurso. 

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Outro petista que alfinetou o encontro de Costa foi o vereador do Recife, Osmar Ricardo (PT). “O partido está sofrendo e muito, porque alguns companheiros ficam almoçando com lideranças e não se reúnem no nosso Estado, e não faz um debate interno para seus militantes e para suas filiações”, alfinetou Osmar, que já tinha chamado anteriormente João Paulo de Camaleão.

Apesar das críticas disparadas em quase todo o ev9ento, os petistas defendem uma unidade partidária e acreditam que Leitão conseguirá unificar a legenda com a candidatura do PED em 10 de novembro.

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Além das caravanas do Partido dos Trabalhadores (PT) que iniciaram no último dia 25 de maio, a sigla está articulando em todo o Brasil debates sobre o Processo de Eleição Direta (PED 2013) e a reforma política nacional. Nesta quarta-feira (4), os dois assuntos foram discutidos na sede estadual da legenda no bairro de Santo Amaro, em Recife. Na ocasião, além dos dirigentes estaduais esteve presente também, o Secretário Nacional de Organização do PT, Florisvaldo Souza.

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O representante nacional do partido já passou pelo o Rio Grande do Norte e João Pessoa e visitou hoje o estado de Pernambuco para debater com os secretários de Organização, Formação e Finanças do PED 2013 as eleições que ocorreram em novembro, entre outros assuntos.

Segundo Florisvaldo Souza, a organização do PED ainda está em fase inicial, mas, mobiliza muitos militantes do PT em todo o Brasil. “O PED no PT não é apenas um dia, é um processo. O dia é 10 de novembro, mas até chegar nesse dia 10 de novembro nós passamos por cursos de formações, organizações muitos debates, organizamos muitas atividades partidárias onde a militância se encontra debate temas, debate teses e a partir daí leva a votação do dia 10”, explica.

O petista frisou que a legenda é a única no Brasil que escolhe os dirigentes através de voto direto e comentou a sugestão de reforma política escolhida pelo PT. “O projeto de iniciativa popular pela reforma política foi aprovada no nosso congresso e o Diretório Nacional definiu como principal tarefa em 2013 juntamente com o PED” pontuou.

Para Souza, é preciso uma mudança na política brasileira de forma que democratize o processo eleitoral para todas as pessoas. “É necessária uma reforma política no Brasil porque esse sistema não comporta mais o avanço das democracias. As eleições ficaram muitas caras e está cada vez mais difícil para as pessoas ‘normais’ disputarem uma eleição no Brasil. O alto custo do processo atual está dificultando e nós queremos fazer à reforma para democratizar o processo eleitoral brasileiro. Só acreditamos ser possível com a reforma política e através de financiamento público”, argumenta.

Outro assunto debatido pelos militantes petistas foi a cojuntura política e o processo eleitoral em 2014. 

PED - O Processo de Eleição Direta tem o objetivo de escolher através de votação, os novos dirigentes do PT tanto a nível municipal, quanto estadual e nacional. Para participar do processo ou mesmo se candidatar é necessário apenas que o filiado tenha um ano ou mais de filiação da legenda e esteja com sua contribuição regular. 

Para o ex-ministro da Fazenda e sócio da Tendências Consultoria, Maílson da Nóbrega, o cenário de expansão reduzida do Brasil dificilmente mudará no curto prazo. "O Brasil parece ter entrado em uma manilha de baixo crescimento", disse nesta segunda-feira, durante palestra no Cosan Day, reunião da companhia com analistas e investidores em São Paulo.

Na avaliação dele, há uma "piora na qualidade da política econômica" do governo Dilma Rousseff. "A presidente tem toda legitimidade para fazer testes, foi eleita para isso. Mas houve uma piora", afirmou. Segundo Maílson, entre os fatores que levam à piora estão: custo Brasil, sistema tributário caótico, legislação trabalhista anacrônica e infraestrutura deteriorada, que causam a queda na produtividade. Com isso, de acordo com ele, a taxa de crescimento no Brasil caiu desde os governos dos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

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Para o sócio da Tendências, a taxa de juros se tornou um componente político e a queda da Selic ocorre "porque a presidente quer". "Felizmente, não há risco de perda no controle da inflação", uma vez que, segundo ele, o Brasil estava preparado e a crise mundial ajudou a segurar a alta dos preços.

Maílson considera também que, apesar de o governo negar, a taxa de câmbio é fixa, com uma banda entre R$ 2,00 e R$ 2,10. "Mas o câmbio fixo precisa de regras. E esse (câmbio fixo) agora é vontade do governo."

Ele afirmou ainda que, diante do cenário traçado, o Banco do Brasil não terá problemas financeiros porque tem uma área de avaliação de risco com padrão internacional. "A dúvida é se a Caixa tem essa avaliação. O custo de inadimplência pode impor uma recapitalização da Caixa pelo Tesouro", disse. Já a Petrobras, na opinião de Maílson, está fragilizada financeiramente por conta dos preços da gasolina congelados.

Por fim, o ex-ministro afirmou que a parte boa é que o Brasil construiu um conjunto de instituições fortalecidas com uma sociedade intolerante à inflação. "Ainda temos a vantagem de que, se as políticas públicas não derem certo, poderemos mudar os governantes. Isso não acontecerá na próxima (eleição), pois acho que a presidente Dilma é candidata e séria favorita à reeleição."

Passados cincos anos, ficou claro que a crise internacional é grave e levará muitos anos para ficar para trás, atingindo países emergentes e trazendo o risco de afetar o crescimento potencial de longo prazo de diversos países, afirmou nesta sexta-feira o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan. "Não era uma 'marolinha'", disse Malan ao fim das palestras da manhã no seminário "Para onde vai a América Latina", organizado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio.

Segundo o economista, o desenrolar da crise internacional também mostrou que os países emergentes não estão imunes e serão afetados. Além disso, o cenário envolve dois riscos para todos os países. O primeiro é mais cíclico, está relacionado ao processo de desalavancagem dos setores público e privado, será superado um dia e pode ser tratado ou mitigado com "políticas fiscal, monetária e creditícia".

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O segundo, de longo prazo, é mais grave e estrutural, segundo Malan. "É o risco de essa crise afetar a própria taxa de crescimento do produto potencial", afirmou. "Esse segundo risco, de efeito sobre a taxa de crescimento sustentável no longo prazo, tanto no mundo desenvolvido quanto no em desenvolvimento, é muito maior, porque envolve questões mais estruturais", afirmou Malan.

Entre os desafios estruturais, o ex-ministro citou questões ligadas à produtividade, ao custo unitário do trabalho, à competitividade internacional, à tecnologia, ao capital físico e humano, aos marcos regulatórios, ao ambiente de negócios propício ao investimento privado e a um setor público minimamente eficiente.

O fato de a crise mais forte agora na Europa exigir, dos países europeus mais problemáticos, ação rápida nesses campos não tira a necessidade de os emergentes também atuarem. "É um desafio que se coloca com muita clareza para nós todos aqui, inclusive o Brasil", completou.

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou nesta segunda-feira que o Brasil atravessa "uma típica desaceleração cíclica" e pela primeira vez em muitos anos o País passa por um ciclo de negócios. A declaração foi dada em uma teleconferência com a imprensa estrangeira.

Tombini voltou a afirmar que o crescimento econômico deve se acelerar na segunda metade deste ano, acrescentando que está confortável com essa visão. "Já existem alguns sinais de crescimento mais forte no segundo semestre", comentou, apontando que já houve "alguma aceleração" nos novos empréstimos em junho.

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Ele argumentou que o mercado de trabalho continuará "muito forte", e que o elevado nível de empregos e salários dá suporte para a economia, elevando a demanda doméstica e favorecendo a indústria local, que já registrou uma redução nos estoques nos últimos meses.

Mas Tombini também apontou para os riscos criados pela crise no exterior, que gera um elevado grau de incerteza e pressiona o crescimento, apesar de indicar desinflação. O presidente do BC disse que a convergência da inflação para a meta de 4,5% ainda é possível este ano, e que a projeção de inflação para 2013, de 5%, não restringe a política monetária, neste momento. "O resultado do IPCA-15 (divulgado na semana passada) é compatível com a meta do Banco Central", comentou.

Ele disse ainda que o governo não abandonou a estratégia de acumulação de reservas internacionais, afirmando que esse processo será retomado quando as condições de mercado permitirem. O presidente do BC defendeu o regime de câmbio livre, argumentando que essa é "a primeira linha de defesa" para que o País possa absorver choques globais. Tombini comentou que o real mais fraco já está ajudando a indústria, e acrescentou que o governo só intervém nos mercados de câmbio quando eles estão funcionando mal, e que vai voltar a fazê-lo se necessário.

Tombini afirmou ainda que o País continua sendo um destino muito forte para o investimento estrangeiro direto (IED), que será mais do que suficiente para cobrir o déficit em conta corrente este ano. "Espero que IED continue evoluindo favoravelmente". As informações são da Dow Jones.

A produção industrial brasileira precisa crescer, em média, 1,6% ao mês de junho a dezembro, na comparação com o mês anterior, ou a indústria fechará o ano com taxa negativa, calcula o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Os dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam um recuo de 0,9% na produção em maio ante abril. "Um crescimento médio abaixo disso significaria taxa negativa", disse Leonardo Mello, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea. "Queda anual realmente seria um evento raro", acrescentou.

Embora o cenário descarte uma recuperação tão vigorosa, o Ipea espera um reaquecimento da atividade industrial ao longo dos próximos meses. "A aceleração demorou a acontecer e ainda não há indícios de que começou a acontecer, mas a gente espera que a defasagem das políticas monetária e fiscal ainda tenham algum efeito no segundo semestre", considera Mello.

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As medidas tomadas pela equipe econômica do governo na tentativa de reaquecer a atividade econômica no País são pontuais e servem apenas para apagar incêndios, avaliou Roberto Messenberg, coordenador do Grupo de Análise e Previsões do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo o economista, as políticas de curto prazo não resolvem o principal objetivo para um crescimento sustentado do Brasil, que é a retomada dos investimentos.

O Ipea apresentou nesta terça-feira a 19ª edição do Boletim Conjuntura em Foco, que traz análises sobre a competitividade industrial, investimentos produtivos e retomada do crescimento econômico.

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"Estamos perdendo o foco da política econômica. A política econômica está se transformando num emaranhado de medidas desconexas, pontuais, que não estão atuando no sentido de ganhar tempo para que se encontrem estratégias de longo prazo. As estratégias de longo prazo passaram a ficar de lado", alertou Messenberg.

"Em vez de você largar mão dessas medidas pontuais, de cunho de mais curto prazo, de resolver problemas localizados, isso passou a dominar a lógica da política econômica. Aí não iremos aumentar a taxa de investimento no Brasil", acrescentou.

O pesquisador do Ipea acredita que as medidas de redistribuição de renda e estímulo ao consumo eram apenas paliativas, visando expandir a demanda interna em meio a um cenário internacional complicado. O caminho tomado pelo governo àquela época era justificado, porque era possível ganhar tempo para construir uma política de longo prazo para o crescimento do País.

"A gente estava caminhando nessa direção há um tempo, a gente tinha medidas paliativas pra expandir a demanda diante do cenário internacional, mas que se justificava de forma a ganhar tempo para construir melhor um crescimento da economia. Agora tem um movimento inverso, se afastando da estratégia de longo prazo, porque ela entra em conflito com essas medidas pontuais de curto prazo, de apagar incêndios para manter um nível de atividade relativamente estabilizado", apontou Messenberg.

"Não está sendo mais estratégia de ganhar tempo. Você está abrindo mão dessa estratégia de longo prazo, uma estratégia de crescimento organizado, em função do curto prazo. Isso é perigoso".

Tábua de salvação

Para Messenberg, a economia brasileira chegou a um momento em que o investimento público passou a ser a tábua de salvação para manter a saúde da atividade doméstica.

O atual cenário é de menor rentabilidade das commodities e desaquecimento do consumo causado pelo esgotamento do comprometimento de renda do consumidor. Com isso, houve declínio do investimento privado, já desestimulado pela deterioração do cenário externo. Portanto, cabe como única alternativa ao governo puxar os investimentos na economia.

"O investimento público passa a ser a tábua de salvação na economia, passa a ser o elemento que você deveria privilegiar como instrumento daqui para frente para compensar os investimentos (privados) que desaceleraram", disse Messenberg.

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