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No final de 1999, o Brasil dançava ao som da música Xibom Bombom. A banda baiana As Meninas, liderada na época pela cantora Carla Cristina, chegou a vender quase 500 mil cópias com o primeiro disco. Embora o sucesso do grupo tenha sido notório lá atrás, a vida financeira das integrantes não seguia pelo mesmo caminho.

Em entrevista para o canal Lisa, Leve e Solta, no YouTube, Carla revelou que ganhava pouco pelo trabalho. "Só o empresário ganhou dinheiro. [...] Na época de As Meninas, ficava meu pai e mãe pagando as contas. Ganhava por show uns R$ 500 e as meninas ganhavam bem menos, uns R$ 100", disse.

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"Isso me incomodava muito. Elas estavam com a cara no projeto, na televisão e não tinham condições de comprar um carro para se locomover. Gastavam dinheiro de transporte, de táxi, era bem delicado", completou. A artista contou que cada show era vendido por cerca de R$ 80 mil.

Antes da cantora Anitta subir ao palco do réveillon na Praia do Janga, na cidade de Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR), a auto denominada girl band do brega, ‘As Meninas’, agitou o público no primeiro dia do ano de 2020. 

A expectativa estava toda sobre a apresentação de Anitta, mas o grupo animou o público com grandes clássicos do brega e colocou a plateia para dançar. 

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“Muito bom ver ‘As Meninas’ aqui né? Elas são daqui. É nossa cultura”, disse Camila Maria de 25 anos. Camila estava na companhia do namorado e de alguns primos. 

“Nós viemos para ver os dois: As Meninas e Anita. É a nossa primeira vez”, completou. 

Antes de deixarem o palco, o trio aproveitou para aumentar a expectativa e avisar que a Anitta, tratada como “Dona do Brasil”, já se fazia presente no local.

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Nem só de ‘aê aê aê’ e ‘ôooo ôooo’ vive a música baiana. Apesar de ter sido consagrado como ritmo para ‘tirar o pé do chão’ e ‘correr atrás do trio’, alguns hits do axé são recheados de mensagens sociais, conscientização e até protesto. O LeiaJá deu uma garimpada e fez uma seleção de músicas do gênero que trazem em suas letras densidade e conteúdo bem ‘cabeça’, dignos das playlists mais sérias, mas é claro, sem deixar a alegria e animação de lado. 

Protesto do Olodum 

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Esse clássico da música baiana traz o protesto logo em seu título. A canção do grupo Olodum chama atenção para a prostituição no bairro do Pelourinho, o aumento da Aids no país e o abandono da região Nordeste por parte dos governantes brasileiros. A música ganhou tamanha importância no cenário baiano que foi regravada por diversos artistas.  

Devastação 

A música lançada por Margareth Menezes em 1988 não poderia soar mais atual. Naquela época, a baiana já clamava pela necessidade da preservação da natureza do país. A letra ainda passa pela pobreza e pela importância da atuação dos que “têm poder” para garantir o futuro da nação. 

Atual Realidade

O pai do axé também já cantou em favor da natureza. Nessa canção, Luiz Caldas diz que desmatar é uma “burrice” e também envereda pelo lado da política dizendo que “eleger um cara que só dá mancada”, também não “tá com nada”. 

Xibom Bombom

O grupo As Meninas fez um grande sucesso, no final dos anos 1990, com o refrão chiclete de Xibom Bombom. A música, no entanto, trazia uma reflexão sobre a desigualdade social no país “onde o rico cada vez fica mais rico e o pobre cada vez fica mais pobre”. Uma forma descontraída de denunciar a exploração do trabalho e a luta de classes no no Brasil. 

Apertheid da Alegria

Luiz Caldas também questionou a comercialização do Carnaval em outra de suas canções. Apertheid da Alegria critica a indústria que se apoderou da folia baiana com camarotes e abadás. Para o artista, a "chuva de grana" da festa causa separatismo, atingindo a espontaneidade do Carnaval. 

Conversa Fiada

Em 1991 a Banda Mel já dava o recado: “consciência anda faltando”. Em Conversa Fiada, a banda já dizia que não acreditava no papo de que o Brasil é o país do futuro e que cantar seria uma das formas de mostrar a indignação do povo. 

Respeito é bom e eu gosto

Mais uma do pai do axé, ícone do gênero. Nesta música, ele fala contra intolerância e até contra a polarização que toma conta do país atualmente. Aqui, Luiz Caldas relembra  a importância do respeito entre as pessoas, independente de sua orientação política, sexual e religiosa. Um verdadeiro hino contra o preconceito. 

Proibido o Carnaval

No início de 2019, Daniela Mercury lançou, em parceria com Caetano Veloso, esse axé que fala sobre censura, liberdade sexual e citou até a ministra de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. A música ‘brinca’ com uma possível proibição da maior festa popular do Brasil, curiosamente, meses mais tarde no mesmo ano de 2019, a Câmara Municipal de Salvador aprovou um projeto que proíbe a realização de festas na Quarta-Feira de Cinzas, derradeiro dia da folia. 

Crianças Desabrigadas

Aqui, o Araketu denuncia o sofrimento de crianças em situação e rua e abandono, que acabam levadas ao vício de drogas e situações de violência. A mensagem da canção é sobre a necessidade de ajudar esses pequenos.  

Cansei de esperar

Mais uma do Olodum, grupo que, além de ter em seu repertório diversas canções com mensagens de conscientização, exerce há 40 anos um trabalho de valorização da cultura afro-brasileira e enfrentamento ao racismo. Em Cansei de Esperar, a banda fala sobre a luta pela liberdade e igualdade racial. 

Conhecido pelo humor nas redes sociais, Padre Fabio de Melo é um dos artistas que mais interage com os seus seguidores. Publicando conselhos religiosos e frases engraçadas, o músico católico usou o Twitter nesta sexta-feira (26) para ironizar uma canção de axé music.

No Twitter, o padre desenterrou a música "Xibom bombom" do grupo baiano As Meninas, sucesso no fianl da década de 1990, e disse que o refrão não sai mais da sua cabeça.

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"A minha memória, num gesto de total desprezo por mim, resgatou do passado o refrão da música 'bom xibom xibombom' e agora eu tô precisando conviver com esse martelo", disse. Alguns usuários do microblog concordaram com a publicação. "E você acha justo espalhar esse martelo?", brincou uma seguidora. "Eu só quis dividir o sofrimento", respondeu o pároco.

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