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O presidente e um dos fundadores do bloco afro Olodum, João Jorge Rodrigues, foi anunciado nesta quinta-feira (22) como o próximo presidente da Fundação Cultural Palmares, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O convite partiu da cantora Margareth Menezes, futura ministra da Cultura da nova gestão 

"Convidei, e ele já aceitou, o João Jorge, presidente do bloco Olodum, um dos fundadores do bloco Olodum, para fazer o resgate da Fundação Palmares", afirmou Menezes a jornalistas na sede do governo de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. A futura ministra criticou a gestão da autarquia federal ao longo dos últimos anos. "A Fundação Palmares foi completamente depredada, fisicamente e também na sua estrutura interna", acrescentou.

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Fundada em 1988, com inspiração na própria Constituição Federal, a Fundação Cultural Palmares foi o primeiro órgão federal criado para promover, preservar e disseminar a cultura afro-brasileira. Por mais de três décadas, esteve vinculada ao Ministério da Cultura, mas com a extinção da pasta, em 2019, passou a estar subordinada ao Ministério do Turismo. Com a recriação do Ministério da Cultura, a Palmares volta à sua vinculação institucional original. 

Além de produtor cultural, João Jorge é advogado e mestre em Direito pela Universidade de Brasília (UnB). Ele também foi integrante do Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), até 2016, quando o colegiado foi extinto.

Nos últimos anos, a Fundação Palmares foi alvo de polêmicas porque o seu então presidente, o jornalista Sérgio Camargo, que ficou no cargo até o início deste ano, era crítico do próprio Zumbi dos Palmares, herói nacional que dá nome à instituição, além de ter proferido declarações contra o movimento negro e contra o Dia da Consciência Negra. 

O cantor gospel e vereador em Salvador (BA), Irmão Lázaro, como era conhecido, morreu na noite da última sexta-feira (19), de parada cardiorrespiratória decorrente da Covid-19. O cantor estava internado na UTI do hospital Hospital São Mateus, em Feira de Santana, desde o dia 25 de fevereiro.

O falecimento foi comunicado em seu perfil no Instagram, que conta com 1,5 milhão de seguidores.

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“A luta do Irmão Lázaro passou, ele agora descansa nos braços de Deus, e a nossa oração agora é para que Deus conforte os nossos corações e seguimos com a esperança que essa Luta vai passar”, disse a publicação.

Lázaro começou sua carreira na música no grupo de axé Olodum, mas ficou bastante conhecido após se converter à religião evangélica e lançar diversas músicas de sucesso dentro do meio gospel. Em novembro de 2020 foi eleito vereador de Salvador.

Uma das filhas do Irmão Lázaro, Marta Silva, publicou na madrugada de hoje uma mensagem sobre a morte do pai.

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Nas redes sociais, diversas pessoas comentaram com muito pesar o falecimento do cantor, assim como famosos no meio gospel como André Valadão e políticos como o prefeito de Salvador, Bruno Reis. No twitter, o nome “Lázaro” ficou no 1º lugar entre os assuntos mais comentados do momento.

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Nem só de ‘aê aê aê’ e ‘ôooo ôooo’ vive a música baiana. Apesar de ter sido consagrado como ritmo para ‘tirar o pé do chão’ e ‘correr atrás do trio’, alguns hits do axé são recheados de mensagens sociais, conscientização e até protesto. O LeiaJá deu uma garimpada e fez uma seleção de músicas do gênero que trazem em suas letras densidade e conteúdo bem ‘cabeça’, dignos das playlists mais sérias, mas é claro, sem deixar a alegria e animação de lado. 

Protesto do Olodum 

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Esse clássico da música baiana traz o protesto logo em seu título. A canção do grupo Olodum chama atenção para a prostituição no bairro do Pelourinho, o aumento da Aids no país e o abandono da região Nordeste por parte dos governantes brasileiros. A música ganhou tamanha importância no cenário baiano que foi regravada por diversos artistas.  

Devastação 

A música lançada por Margareth Menezes em 1988 não poderia soar mais atual. Naquela época, a baiana já clamava pela necessidade da preservação da natureza do país. A letra ainda passa pela pobreza e pela importância da atuação dos que “têm poder” para garantir o futuro da nação. 

Atual Realidade

O pai do axé também já cantou em favor da natureza. Nessa canção, Luiz Caldas diz que desmatar é uma “burrice” e também envereda pelo lado da política dizendo que “eleger um cara que só dá mancada”, também não “tá com nada”. 

Xibom Bombom

O grupo As Meninas fez um grande sucesso, no final dos anos 1990, com o refrão chiclete de Xibom Bombom. A música, no entanto, trazia uma reflexão sobre a desigualdade social no país “onde o rico cada vez fica mais rico e o pobre cada vez fica mais pobre”. Uma forma descontraída de denunciar a exploração do trabalho e a luta de classes no no Brasil. 

Apertheid da Alegria

Luiz Caldas também questionou a comercialização do Carnaval em outra de suas canções. Apertheid da Alegria critica a indústria que se apoderou da folia baiana com camarotes e abadás. Para o artista, a "chuva de grana" da festa causa separatismo, atingindo a espontaneidade do Carnaval. 

Conversa Fiada

Em 1991 a Banda Mel já dava o recado: “consciência anda faltando”. Em Conversa Fiada, a banda já dizia que não acreditava no papo de que o Brasil é o país do futuro e que cantar seria uma das formas de mostrar a indignação do povo. 

Respeito é bom e eu gosto

Mais uma do pai do axé, ícone do gênero. Nesta música, ele fala contra intolerância e até contra a polarização que toma conta do país atualmente. Aqui, Luiz Caldas relembra  a importância do respeito entre as pessoas, independente de sua orientação política, sexual e religiosa. Um verdadeiro hino contra o preconceito. 

Proibido o Carnaval

No início de 2019, Daniela Mercury lançou, em parceria com Caetano Veloso, esse axé que fala sobre censura, liberdade sexual e citou até a ministra de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. A música ‘brinca’ com uma possível proibição da maior festa popular do Brasil, curiosamente, meses mais tarde no mesmo ano de 2019, a Câmara Municipal de Salvador aprovou um projeto que proíbe a realização de festas na Quarta-Feira de Cinzas, derradeiro dia da folia. 

Crianças Desabrigadas

Aqui, o Araketu denuncia o sofrimento de crianças em situação e rua e abandono, que acabam levadas ao vício de drogas e situações de violência. A mensagem da canção é sobre a necessidade de ajudar esses pequenos.  

Cansei de esperar

Mais uma do Olodum, grupo que, além de ter em seu repertório diversas canções com mensagens de conscientização, exerce há 40 anos um trabalho de valorização da cultura afro-brasileira e enfrentamento ao racismo. Em Cansei de Esperar, a banda fala sobre a luta pela liberdade e igualdade racial. 

O bloco afro Olodum completou nesta terça-feira (25) 38 anos de fundação. O aniversário foi marcado pela assinatura de termo de compromisso com o governo da Bahia para criação do acervo digital do Centro de Documentação e Memória do Olodum. A partir da digitalização, imagens, áudios e documentos do bloco estarão disponíveis online em um portal na internet.

No total, 234 mil peças devem compor o acervo digital do Olodum, como adereços, abadás, livros, documentos, fitas cassete e vídeos que narram a trajetória do bloco, além de discos de ouro, troféus, medalhas e homenagens recebidas em vários países.

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O termo foi assinado pela secretária de Promoção da Igualdade Racial da Bahia, Fábia Reys, e pelo presidente do Olodum, João Jorge Rodrigues.

“É uma ação extremamente importante, que resgata toda a história da transformação do Olodum, de todos os trabalhos sociais que ele tem feito. Isso reforça o papel dele [Olodum] no processo educacional, ao reconhecer todo esse processo voltado para a formação de jovens entre15 e 19 anos, de percussão, de dança afro, da memória do povo negro da Bahia. A gente parabeniza a história do Olodum, que é o nosso grande patrimônio da Bahia”, disse a secretária.

O Olodum desenvolve atividades de combate ao racismo e de incentivo à cultura entre jovens negros.

“Estamos devolvendo à nossa cidade e ao nosso estado um pouco do que a gente acumulou, agora em forma de documentos digitais, que terão uma visão mais ampla das fantasias, dos momentos, dos memoriais, das músicas e dos fatos históricos que nós vivemos. Recebemos aqui Nelson Mandela, Paul Simon, Michael Jackson, e isso foi fundamental para abrir a Bahia para o mundo. Cabe ao Olodum repercutir esse conhecimento e devolvê-lo à Bahia e ao mundo de uma forma mais moderna e digital”, disse o presidente do bloco, que destacou o aproveitamento do portal para a educação formal.

“Vai ser importante para educação escolar, em conhecimentos como o de Madagascar, do Egito, da Etiópia. Os estudantes poderão aprender por uma plataforma que cabe na mão. A oferta de conteúdo vai ajudar um pouco na formação dessas pessoas”, acrescentou João Jorge.

A bateria e os carros alegóricos da Nenê de Vila Matilde vão ganhar um ritmo especial na noite deste sábado: a participação do Olodum. Logo após o desfile, membros da escola paulistana embarcam para Salvador, onde vão participar no domingo da abertura do carnaval no Pelourinho a convite do bloco baiano.

Esta é a segunda vez que a agremiação paulistana vai a Salvador. "O convite do Olodum é muito especial e estamos muito felizes de irmos a Salvador", disse o mestre de bateria da Nenê, Renato Sudário. O Olodum vai participar no terceiro carro alegórico da escola, o "Baticum do Olodum no Pelourinho", e da bateria da Nenê, que tem 233 integrantes.

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Chuva

Com o samba-enredo em homenagem à igualdade, o mestre de bateria da Nenê mostrou-se entusiasmado com o desfile apesar do mau tempo. "A chuva atrapalha a bateria, mas nós colocamos plástico para proteger a afinação dos instrumentos", explicou Sudário.

O grupo Olodum, conhecido internacionalmente pelo som vibrante dos seus tambores, foi convidado para ser o embaixador da cidade de Salvador para a Copa do Mundo de 2014. O convite partiu do prefeito João Henrique, e a cerimônia de entrega do título será na próxima quarta-feira (15), no Hotel Othon, no bairro de Ondina.

São esperadas cerca de 250 pessoas no evento, entre autoridades municipais e estaduais, setores da imprensa, do turismo e da produção cultural local. O prefeito de Salvador e o governador da Bahia estão entre os convidados.



A banda Olodum executará o hino nacional e na sequência, o Prefeito fará um breve pronunciamento e entregará a cada um dos homenageados um troféu personalizado alusivo à copa do mundo. O Olodum, em outras edições da Copa, sempre marcou presença nas comemorações dos jogos do Brasil no Pelourinho.

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A comunidade quilombola Rio dos Macacos, localizada entre o bairro de Paripe (Salvador) e o município de Simões Filho, permanece na resistência na disputa de suas terras com a Marinha do Brasil. A campanha Somos Quilombo Rio dos Macacos toma proporções nacionais entre artistas, políticos e setores do movimento social. Desta vez, para chamar a atenção da sociedade para as violações sofridas pela comunidade, o Bando de Teatro Olodum realizará, neste domingo (8), às 10h, nas imediações da comunidade, uma leitura dramática do espetáculo Candaces, a Reconstrução do Fogo, montagem premiada do diretor Márcio Meirelles, encenada pela Companhia Comuns, do Rio de Janeiro.

O espetáculo exalta a força da mulher negra, ressaltando mitos e símbolos da ancestralidade africana no Brasil. A história de resistência das guerreiras Candaces, rainhas da África Oriental, pode ser associada à luta da comunidade quilombola pela dignidade e em defesa do seu território.

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A comunidade, que habita o território há aproximadamente 200 anos, é composta por cerca de 60 famílias, que sofrem constantemente pela ameaça de despejo por parte da Marinha do Brasil, que ganhou o território como doação da prefeitura de Salvador na década de 1960. A comunidade e a Marinha disputam judicialmente as terras há três anos.

São diversos os relatos de agressão, ameaças, impedimento de circulação e invasão de domicílios. “O Artigo 68 da Constituição de 1988 e o Decreto 4887/2003, garantem os direitos da ocupação secular da Comunidade”, explica a socióloga e Presidente do Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra na Bahia, Vilma Reis. “A Marinha do Brasil não pode tomar o Território de Rio dos Macacos porque ela, como instituição Brasileira, não está acima das demais instituições nacionais. Vivemos sob a vigência do estado democrático de direito”, afirma a socióloga, destacando as diversas leis e programas federais em defesa dos direitos das comunidades remanescentes de quilombos. 

O Bando de Teatro Olodum

No dia 6 de fevereiro, O Bando e o Teatro Vila Velha receberam representantes da comunidade e lideranças sociais em um Ato de Apoio à Comunidade Quilombola Rio dos Macacos. As lideranças do quilombo presentes ao evento fizeram relatos da violência com que são tratados pela Marinha do Brasil, que atinge crianças, adultos e idosos, inclusive pessoas com mais de 100 anos que nasceram e sempre viveram naquelas terras. Os quilombolas relataram que não têm acesso à água, energia elétrica, aos serviços de saúde e educação.  “O Bando de Teatro Olodum se associa à luta desses brasileiros que estão sendo ameaçados por aqueles que deveriam garantir sua segurança. A sociedade brasileira precisa ter conhecimento e tomar partido desta situação. Estamos expressando a nossa indignação por meio da nossa arte”, afirma o diretor Márcio Meirelles.

Uma das maiores Cias de teatro da Bahia, o Bando de Teatro Olodum, apresenta gratuitamente o espetáculo "Áfricas", sucesso de bilheteria ao longo de 5 anos. A apresentação será nesta terça-feira, 20, na Senzala do Barro Preto, sede do Bloco Ilê Aiyê, no tradicional bairro da Liberdade.

A peça aborda o universo mágico e lúdico das lendas e contos africanos, que ultrapassaram séculos e continuam vivos no imaginário e nos registros da riqueza cultural dos povos africanos.

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A diretora e fundadora do Bando, Chica Carelli, diz que a intenção do grupo é proporcionar um encantamento com a África, sua história e cultura e despertar a curiosidade de todos em conhecer mais sobre este imenso continente tão importante para o Brasil e para Bahia.

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