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A Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos prendeu 30 pessoas tentando entrar ilegalmente nos país através de um túnel de contrabando que atravessa a fronteira com o México, ao sul de San Diego.

Os agentes da fronteira encontraram o túnel após a prisão dos migrantes, dos quais 23 eram da China, perto de uma linha de cerca não muito longe da passagem da fronteira de Otay Mesa, neste sábado, 26.

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Embora os túneis subterrâneos sejam uma descoberta relativamente rotineira - os agentes encontraram mais de 200 cruzamentos desse tipo desde 1990 - a maioria é usada para o tráfico de drogas.

A abertura do túnel um buraco não muito extenso feito no chão com uma escada dentro. Segundo a Patrulha da Fronteira, os investigadores acreditam que o túnel pode ser uma extensão de uma passagem inacabada descoberta e apreendida pelas autoridades mexicanas.

A descoberta de sábado sugere que contrabandistas humanos e aspirantes a imigrantes estão mudando suas táticas para tentar levar as pessoas à fronteira.

Contrabandistas também foram capturados recentemente escondendo migrantes na carroceria de um caminhão no Texas. Em julho, 10 migrantes morreram na carroceria. Oito foram encontrados mortos no local e mais dois morreram mais tarde.

Outro ponto que chamou atenção foi a origem dos migrantes presos ontem. Historicamente, a maioria dos entrantes ilegais era composta por mexicanos, embora nos últimos anos o número de centro-americanos capturados atravessando a fronteira ultrapassasse os do México. E nos últimos anos, migrantes de todo o mundo vêm aparecendo na fronteira dos EUA em números crescentes.

Durante o ano de 2015, os agentes da Patrulha da Fronteira detiveram mais de 8 mil pessoas da Índia, China, Romênia, Bangladesh e Nepal. A China e a Índia estão entre os 10 países com mais cidadãos presos pelas autoridades norte-americanas na fronteira nos últimos anos.

O presidente Donald Trump fez da segurança da fronteira e da repressão à imigração ilegal uma prioridade de sua administração. As prisões de pessoas que tentavam atravessar ilegalmente a fronteira caiu nos meses imediatamente após Trump assumir o cargo em janeiro, e ele determinou a contratação de 5 mil novos agentes da fronteira e a construção de um muro ao longo da fronteira mexicana.

Os críticos dos planos de Trump argumentam que um muro de fronteira seria um desperdício de dinheiro e os contrabandistas simplesmente passarão pela barreira.

O túnel encontrado no sábado correu sob dois conjuntos de cercas que existem há mais de uma década, com a abertura feita logo atrás desta linha de separação das fronteiras, de acordo com a Patrulha. Fonte: Dow Jones Newswires.

“Eu amo o meu país, amo ser nordestina, mas não me adapto mais ao Brasil. Os problemas me afastam cada vez mais do meu país”. Esse é o sentimento de Tamiris Mendonça, de 27 anos, recifense que vive há 12 anos na Alemanha. Assim como ela, a vontade de ir embora e construir uma vida no exterior faz parte do desejo de mais de 39% dos brasileiros, conforme uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa UNINASSAU.

Dois motivos que têm afastado os brasileiros da sua nação são a corrupção e a insegurança, representadas por 32,1% e 17,7%, conforme indica a pesquisa. Os políticos aparecem como terceiro quesito, com 14,9% das opiniões.

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Esses dados são retratados no depoimento de quem já não vive mais no país. “Eu ia para o Brasil com a intenção de ficar, mas a falta de segurança não fazia mais parte do meu cotidiano. Aqui se anda pelas ruas a qualquer hora sem problemas, ando com o celular no bolso sem medo de ser roubada”, detalha Tamiris. Ela ainda explica que, “a corrupção é algo que se passa através de gerações e, sendo assim, a tendência é piorar. Não se tem educação, as pessoas não pensam umas nas outras e acabam prejudicando a vida dos outros”, conta desesperançosa. 

Esta visão também é tida por quem ainda está no Brasil, mas possuem o desejo de irem em busca de novas experiências. Movido pela curiosidade de ser mais que um turista em terras estrangeiras, o desenvolvedor de software, Luca Bezerra, detalha um dos principais motivos para querer viver em outro país. “A situação atual do Brasil que faz com que você pense que teria uma qualidade de vida muito melhor em outro lugar, por mais que existam dificuldades. A falta de segurança e de confiança na política e o que isso traz são justamente o que causam a sensação de insegurança. Não há investimento, a gente trabalha muito para ter muito do nosso salário tomado pelo governo, mas não se tem o retorno em forma de serviços e benefícios”. 

Tamiris ratifica a idea de melhor qualidade de vida fora do país, na Alemanha, assim como almeja Luca conquistar no Canadá. “Aqui o cidadão pode ter tudo sem precisar ser rico. As coisas que eu posso ter aqui, eu não conseguiria ter no Brasil. Por exemplo, o meu carro custa 30 mil euros, o equivalente a 120 mil reais. Eu não poderia nunca ter um automóvel desse valor morando e trabalhando no Brasil”, explica. 

Assim como eles, 92,6% dos entrevistados apontam que o país tem muitos problemas, mas, apesar da visão negativa, 66,8% acreditam que o país tem jeito. “Creio que tudo se resolve, mas precisa de muita vontade política e, especialmente, muita mobilização popular para poder cobrar desses governantes. Têm como melhorar muitas coisas, talvez levasse uns 30 anos pra chegar a patamar de Europa, mas é preciso mais gente honesta trabalhando pra representar a gente e, não somente, os próprios bolsos”, ressalta Luca.

Apesar da expectativa de ir embora, o amor pelo país continua sendo estampado a partir da esperança que se tem de melhoria em alguns aspectos, afinal, conforme o estudo, 69% dos entrevistados têm orgulho de serem brasileiros. 

Cresce uma vez mais o número de brasileiros barrados nos aeroportos europeus, sob a suspeita de estarem tentando migrar de forma irregular. Dados publicados nesta semana pela Agência de Fronteiras da Europa (Frontex) revelam que, entre janeiro e março, o volume aumentou em 9,5% em comparação com o mesmo período de 2016.

A crise econômica no Brasil e o desemprego foram os motivos citados pelos especialistas como motivo para um fluxo maior de brasileiros registrados nas fronteiras europeias. Sem conseguir mostrar que são meros turistas ou muitas vezes até com passaportes falsos, brasileiros são barrados nos pontos de entrada da Europa, principalmente em Portugal, na Espanha, na Inglaterra e na França.

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No total, foram 923 brasileiros que foram obrigados a voltar ao País, contra 843 no mesmo período de 2016. Com esses números, o Brasil é hoje o país sem fronteira direta com o continente da Europa com o maior número de pessoas barradas, superando a China e todos os demais países latino-americanos.

Os números brasileiros ajudaram a taxa de latino-americanos barrados pela Europa a voltar a preocupar as agências de fronteira do bloco. Somando o Brasil e seus vizinhos, a alta no número de recusas de entrada na Europa é de 40% em comparação a 2016.

"A maioria dessas recusas foi emitida para cidadãos do Brasil, da Colômbia e da Venezuela", afirmou a Frontex. A onda de brasileiros recusados nos aeroportos começou a ganhar força no ano passado. Entre o segundo trimestre de 2015 e 2016, o volume aumentou em 60%.

"O número de recusas de entradas emitido para latino-americanos atingiu o maior nível em quatro anos", alertou a Frontex no informe trimestral aos governos, no final de 2016. O ano passado, portanto, terminou com 3,7 mil brasileiros barrados.

Os índices de brasileiros recusados nas fronteiras europeias de fato atingem o mais alto nível desde 2011 e registravam, já no primeiro trimestre de 2016, um dos mais elevados aumentos entre todas as nacionalidades de estrangeiros.

Além dos barrados, mais de 5 mil brasileiros que já viviam na Europa foram ordenados a deixar o bloco em 2016 por estarem vivendo de forma irregular nos diversos países. O número de brasileiros nessa situação já supera o contingente de expulsões de cidadãos da Tunísia ou da Somália.

A liderança entre as nacionalidades mais expulsas é a de afegãos, com 34 mil casos no ano passado, seguidos por 28 mil iraquianos. Os brasileiros aparecem na 12ª posição, superando os russos e sendo o único país latino-americano entre os principais alvos de expulsões.

A Itália ordenou a apreensão de uma embarcação usada por uma ONG para o resgate de pessoas no Mediterrâneo, por suspeita de favorecer a migração clandestina, uma medida para frear a onda de imigrantes em situação ilegal que fogem da fome e das guerras.

O barco, de nome Iuventa e que costuma ser usado pela ONG alemã Jugend Rettet para o resgate de migrantes na costa da Líbia, foi apreendido a pedido da Procuradoria de Trapani.

Em comunicado, a polícia italiana afirmou que a investigação judicial foi aberta em outubro de 2016 sob a acusação de "favorecer a imigração clandestina". A embarcação alemã foi retida no mar na noite de terça-feira pela Guarda Costeira italiana e acompanhado até o porto siciliano de Lampedusa.

A decisão da Procuradoria de apreender o barco foi tomada após quase um ano de investigações realizadas graças a uma "sofisticada tecnologia", afirma a nota divulgada pela polícia.

"O barco se dedica normalmente ao resgate de migrantes perto da costa da Líbia e sua transferência para outras embarcações sempre ocorre em águas internacionais, permanecendo habitualmente no mar da Líbia, próximo das águas territoriais", explica o comunicado.

Segundo o jornal La Reppublica, uma equipe especializada da polícia recolheu indícios técnicos por várias horas dentro do barco e interrogou os membros da tripulação, de cerca de 16 pessoas.

"Durante o interrogatório nos informaram que o barco seria apreendido e, por isso, pedimos um advogado", contou ao jornal Tommaso Gandini, ativista que se encontrava no barco Iuventa. "Nos interrogaram, nos perguntaram sobre a última missão e sobre as outras, e nos informaram que a investigação foi aberta contra desconhecidos", acrescentou.

A ONG alemã, assim como a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), rechaçaram na segunda-feira aderir ao "código de conduta" para resgatar migrantes no Mediterrâneo proposto pelas autoridades italianas.

O Parlamento italiano aprovou nesta quarta-feira (2) uma missão naval em águas territoriais líbias para dar apoio técnico à Guarda Costeira da Líbia na luta contra os traficantes de pessoas no Mediterrâneo.

A presença de unidades navais italianas em águas territoriais líbias deveria reduzir o fluxo de imigrantes que zarpam das costas da Líbia.

A Câmara dos Deputados aprovou a missão com 328 votos a favor, 113 contra e 22 abstenções.

A Itália enviará em um primeiro momento um "navio logístico" (para administração e manutenção) e uma "patrulha", explicou a ministra da Defesa, Roberta Pinotti.

Em caso de ataque, a missão militar italiana poderá responder com força, mas de maneira "limitada", ressalta a resolução.

"A Itália não tem nenhuma intenção de realizar um bloqueio naval, o que seria considerado um ato hostil", afirmou a ministra, antes de ressaltar que esta é uma resposta à "solicitação de apoio e assistência da Guarda Costeira da Líbia".

A área de ação será definida de maneira conjunta com as autoridades líbias.

O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos (EUA) lançou hoje (6) uma campanha para combater os possíveis casos de fraude nos vistos concedidos aos trabalhadores estrangeiros.

A campanha provém da ordem executiva assinada em abril pelo presidente Donald Trump, que instrui os órgãos do governo a punir fraudes nas emissões de visto, especialmente, do tipo H-1B, código de permissão de contrato temporário de estrangeiros para postos de alta qualificação.

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De acordo com o secretário do Trabalho, Alexander Acosta, a investigação sobre as fraudes será intensificada. "As entidades que se envolvem em fraudes e abusos do programa de vistos estão violando a lei e prejudicando os trabalhadores, o que diminui a capacidade dos americanos de manter suas famílias. Vamos implementar vigorosamente a lei, por meio de um maior uso da jurisdição criminal para potenciais violadores. Iremos recorrer a todas as medidas legais para combater os abusos".

O Departamento de Segurança Nacional anunciou em abril que os esforços seriam aumentados para prevenir irregularidades no H-B1. “As empresas substituem facilmente trabalhadores americanos por outros que ganham menos”, afirmou o departamento em nota oficial.

O programa H-B1 beneficia trabalhadores estrangeiros, especificamente, dos setores da ciências, engenharia e tecnologia.

A prefeitura de Manaus vai comunicar o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário ainda hoje (8) sobre o decreto municipail de emergência social devido ao intenso processo migratório de venezuelanos na cidade e espera receber ajuda federal.

O decreto foi publicado na última quinta-feira (4) no Diário Oficial do município e determina, entre outras coisas, que a Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos (Semmasdh) priorize ações emergenciais humanitárias e solicita que todos os órgãos e entidades do município fiquem em alerta para atender às ações e atividades requeridas ou solicitadas pela pasta.

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“O que nós queremos verdadeiramente é a inclusão do governo federal e do governo do Amazonas nas ações que tem como objetivo dar uma solução a curto prazo para o drama dos venezuelanos indígenas warao que estão em Manaus desde o início de dezembro do ano passado. Quando eles aqui chegaram eram um grupo de 35 pessoas. Hoje nós já temos mais de 350. A situação é verdadeiramente de emergência”, disse o secretário da Semmasdh, Elias Emanuel.

Esmolas

A maioria dos indígenas venezuelanos que migraram para Manaus está acampada em condições precárias debaixo de um viaduto e na rodoviária da capital amazonense. Durante o dia, eles se espalham pela cidade, principalmente em semáforos, para pedir esmola. “A informação que nós temos é que os warao, assim como todos dos indígenas, são exímios artesãos. Eles vão para as ruas para vender o artesanato e quando acaba, partem para a mendicância. E as crianças são o chamariz do público aqui na cidade”, disse Emanuel.

Uma das maiores preocupações, segundo o secretário, é com a disseminação de doenças, principalmente entre os próprios indígenas, que são mais vulneráveis. “A gente já identificou alguns casos aqui de tuberculose e de catapora. Há uma preocupação com várias doenças que podem vir junto com esse grupo para a cidade. A saúde municipal está acompanhando muito de perto esse assunto.”

Atualmente, as secretarias municipal e estadual de Saúde, de Assistência Social e Direitos Humanos estão oferecendo atendimento médico e vacinação aos imigrantes. De acordo com o secretário, a prefeitura vai pedir à Polícia Federal que providencie a regularização de permanência dos venezuelanos em Manaus, tendo em vista que muitos não têm sequer documento de identidade.

A Pastoral do Migrante e o Ministério Público Federal no Amazonas também acompanham a situação dos indígenas warao em Manaus.

Crise

A Venezuela vive uma crise política e econômica que tem levado a população do país a buscar melhores condições de vida no Brasil. A principal porta de entrada é o município de Pacaraima, em Roraima, que faz fronteira com o município venezuelano de Santa Elena do Uiarén.

“Um chamariz para esse grupo é a supervalorização do real frente ao bolívar venezuelano. Com um real é possível trocar por mil bolívares na fronteira. Portanto, qualquer arrecadação feita aqui, eles são capazes de potencializar financeiramente no retorno à Venezuela. Nós já observamos que dos 351 que chegaram aqui, 60 foram à Venezuela e já voltaram pra Manaus”, disse o secretário municipal.

Os sete primeiros dias de Liliane Pataquiva, de 38 anos, no Brasil foram vividos à base de água e arroz, nada mais. Nos quatro meses seguintes, teve de aceitar um emprego informal, a recusa de uma escola em matricular o filho caçula, Angelo, de 14 anos, e a burocracia exigida por locatários para conseguir moradia. "Muitas vezes aceitamos o que não devíamos porque não sabíamos se era um direito", diz a colombiana, que está há dois anos e meio no País. Ela será atingida pela nova Lei de Migração.

Dentre as garantias da nova legislação está a possibilidade de estrangeiros serem atendidos na rede pública de educação e de saúde e de tirarem carteira de trabalho, para conseguirem uma vaga na economia formal. A lei também facilita a obtenção de documentos e a regularização da situação sem a necessidade de sair do País. E coíbe a xenofobia e o racismo. Há ainda pontos considerados polêmicos, como a anistia aos imigrantes que já estão no Brasil, a proibição de deportação imediata e a permissão para que integrem partidos políticos e sindicatos.

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O direito à "acolhida humanitária" poderia ter evitado as dificuldades burocráticas enfrentadas por Liliane, que só conseguiu alugar uma casa porque um "anjo" aceitou. "Meu contrato é de confiança."

Um ano depois, Liliane voltou a trabalhar atrás de um fogão, como nos 12 anos em que manteve um restaurante em Bogotá, com o marido Cesar Giovanni, de 36 anos. Com uma foodbike, lançou a Arepas Urbanika, especializada em arepas, espécie de pão de farinha de milho recheado, típico da Colômbia. Por ter um visto temporário, mesmo há dois anos no País, não conseguiu comprar um veículo para transportar a bicicleta. "Fui em tudo que é concessionária. Diziam que o Brasil tinha feito um favor em nos aceitar. Não imaginava que seria tão difícil."

Por isso, chegou a acumular mais de três meses de contas de água, eletricidade e internet, que foram quitadas quando colocou uma banca culinária em um galpão na Vila Madalena, na zona oeste, e o marido foi atrás de outro emprego em um restaurante.

"Dizem que essa nova lei vai nos dar os mesmos direitos que os dos brasileiros. O que queremos é ficar aqui, trabalhar, construir uma vida, nada mais. As pessoas gostam da minha comida, por que então não poderia ficar?", indaga a colombiana, que também é mãe de Daniel, de 22 anos, que se mudou para o País após receber ameaças por se recusar a pagar propina a organizações criminosas.

Emprego de ‘imigrante’. Mohamad Alsaheb, de 35 anos, era designer gráfico e de animações em vídeo em Damasco, na Síria. Refugiado, ficou "por acaso" no Brasil, após ter a entrada negada na Europa. "Aqui é fácil chegar, mas, também, depois que a gente entra, tem de se virar totalmente sozinho", diz ele, que relata dificuldades de encontrar emprego em sua área e hoje trabalha como professor de árabe e inglês e designer de tatuagem de henna.

"Eu gosto de ensinar línguas, comecei como voluntário, mas vejo que as pessoas não conseguem entender que a gente sabe fazer outras coisas, não acreditam quando conto qual era a minha profissão", afirma ele, que está no País há dois anos.

Aprovada pela Câmara e pelo Senado, a Lei da Migração foi enviada anteontem para o Palácio do Planalto. O texto será analisado pela Casa Civil e pelos ministérios envolvidos e, segundo o Estado apurou, deve ser sancionada pelo presidente Michel Temer com poucos vetos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Senado enviou oficialmente para o Palácio do Planalto o projeto da nova Lei de Migração. A proposta foi aprovada no dia 18. Agora, o texto deve ser analisado pela Casa Civil e pelos ministérios envolvidos com o tema nos próximos dias. A lei deve sofrer poucos vetos.

Um dos trechos que pode ser vetado é o que revoga todas as expulsões de estrangeiros feitas até 5 de outubro de 1988, data da Constituição Brasileira. O motivo, segundo apurou o Estado, é que o governo teme um grande movimento de estrangeiros em busca de indenizações. Para evitar esse problema, o tema deve ser regulamentado por decreto, limitando os estrangeiros que teriam esse benefício aos que não cometeram nenhum crime, por exemplo.

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Uma das principais novidades da lei é o estabelecimento de incentivos ao retorno de brasileiros que vivem no exterior. Eles terão direito a trazer bens novos e usados sem pagar taxas aduaneiras e direitos de importação. A vantagem abrange bens de uso pessoal e profissional, tais como equipamentos e instrumentos musicais, por exemplo.

Ataques

Ainda nessa quinta-feira (5), o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, disse que o protesto de grupos contrários à sanção da Lei de Migração é absurdo e chocante. Alvo de ataques nas redes sociais pela autoria do projeto, o ministro diz que essas críticas partem de fascistas e de pessoas contaminadas por uma propaganda islamofóbica, que assimila os imigrantes a ações terroristas. "Ataque de fascista para mim é elogio", afirmou.

"Infelizmente, fascismo também existe no Brasil. São grupos turbulentos, embora extremamente minoritários. Claro que há pessoas iludidas por caricaturas que esses indivíduos fazem da lei."

O ministro ressaltou que os imigrantes que estão no Brasil vieram para trabalhar e buscam os mesmos direitos pelos quais os brasileiros lutam no exterior, como acesso a serviços sociais, documentação e escolas para os filhos. O ministro disse ainda que a regularização dos imigrantes é uma forma de combater a exploração de mão de obra barata, submetida a condições de trabalho degradantes. Segundo o ministro, há hoje no Brasil um contingente de cerca de 700 mil imigrantes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Senado aprovou ontem (18) a lei que revoga o Estatuto do Estrangeiro, criado durante a ditadura. A Lei de Migração foi elaborada para atender melhor às normas do Estatuto dos Direitos Humanos e desburocratizar o processo de regularização da situação de refugiados. Entre as principais garantias estão o direito de estrangeiros de participar de protestos e constituir sindicatos, além da garantia de acesso a serviços de educação e saúde.

“A aprovação de hoje é um passo decisivo para colocar o Brasil em uma posição de referência e vanguarda no debate global sobre migrações. O Estatuto do Estrangeiro não é apenas anacrônico, mas também discriminatório”, disse Camila Asano, coordenadora de Política Externa da Conectas Direitos Humanos. Na semana passada, mais de 80 entidades assinaram um documento pedindo a aprovação da lei, alegando que o projeto é fruto de intensos debates e que garantiria um melhor amparo humanitário nos casos de pessoas oriundas de zonas de guerra.

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A nova lei também acaba com a criminalização por motivos migratórios, ou seja, pessoas em situação irregular não poderão ser presas por essa razão. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), relator do projeto, alterou o texto para ampliar o acesso dos migrantes à Justiça e aumentou o número de artigos em que a expulsão do migrante é proibida. A lei segue agora para sanção do presidente Michel Temer.

Donald Trump retomou nesta segunda-feira sua ofensiva em termos de imigração e segurança interna com a assinatura de um novo decreto contra viajantes de seis dos sete países muçulmanos inicialmente atingidos, mas isentando estrangeiros com visto e 'green card'.

O presidente americano assinou o documento longe das câmeras, no Salão Oval da Casa Branca, após ter passado o final de semana acusando seu predecessor, Barack Obama, de ordenar escutas telefônicas contra a Trump Tower durante a campanha eleitoral.

"Este decreto se insere nos nossos esforços para limitar as vulnerabilidades exploradas pelos terroristas islâmicos radicais para fins destrutivos", declarou o chefe da diplomacia americana, Rex Tillerson, durante uma declaração à imprensa com seus colegas da Justiça e da Segurança interna.

O Iraque não faz mais parte dos países cujos cidadãos foram proibidos de entrar nos Estados Unidos, e seu governo já comemorou. O decreto entra em vigor em 16 de março, por 90 dias, segundo documentos publicados nesta segunda-feira pelo departamento de Segurança interna.

A suspensão da entrada de refugiados por 120 dias também passará a valer, mas aqueles com viagem aos Estados Unidos já programada poderão entrar no país.

O assunto é quente e corresponde às promessas de campanha do republicano, que está comprometido com a implementação de uma política de "verificação extrema" nas fronteiras para evitar a entrada de extremistas.

Seu primeiro decreto, assinado uma semana depois de chegar ao poder, havia provocado um clamor global, sendo Donald Trump acusado de discriminação contra os muçulmanos, potencialmente inconstitucional.

A nova versão deve alcançar o mesmo propósito, mas contornando a obstrução da justiça, que suspendeu a aplicação do texto original.

Ele tentou fechar a porta aos cidadãos de sete países de maioria muçulmana por 90 dias, incluindo os titulares de vistos válidos e, a princípio, aos residentes permanentes, criando confusão nos aeroportos dos Estados Unidos e no exterior.

"A Constituição e o Congresso deram o poder ao executivo de emitir julgamento de segurança nacional e de aplicar nossas leis migratórias a fim de proteger os americanos", declarou o secretário de Justiça, Jeff Sessions. "Este decreto é um exercício apropriado deste poder".

Fim do 'caos'

Os outros seis países que continuam visados são Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria, Iêmen. Mas desta vez, os detentores de "green cards" e vistos serão explicitamente protegidos. E os iraquianos deixaram de fazer parte das nacionalidades proibidas de entrar em território americano, após o governo aceitar fornecer informações suplementares sobre seus cidadãos requerentes de visas, segundo Washington.

"Recebemos a garantia do governo iraquiano que poderemos realizar as verificações necessárias", declarou uma autoridade americana. Os casos de ex-interprétes iraquianos do exército americano detidos nos aeroportos chocaram até mesmo o campo político do presidente.

As precauções adotadas nesta versão buscam evitar a confusão reinante após o primeiro decreto. "Não haverá caos nos aeroportos", explicou uma autoridade. "O período de aplicação será sereno", garantiu. Pessoas com green card ou visto de todas as idades - estudantes, engenheiros ou médicos - foram detidos ou expulsos.

"Se você tiver um visto válido, não terá problema", assegurou um funcionário do departamento de Estado.

Refugiados sob investigação

Outra mudança diz respeito aos refugiados. Inicialmente, a entrada de todos os refugiados estava suspenso durante 120 dias, mas no caso de refugiados sírios, a suspensão era indefinida. Agora, os sírios não serão tratados de forma diferente de outros refugiados.

Para Washington, as novas medidas são necessárias em nome da segurança nacional. As autoridades revelaram que cerca de 300 refugiados presentes nos Estados Unidos eram investigados pelo FBI por terrorismo.

"Não é uma medida contra os muçulmanos", declarou uma fonte do governo. "Trata-se de uma suspensão temporária da admissão de cidadãos de seis países que têm falhas ou que apoiam o terrorismo, e sobre os quais não podemos fazer as verificações necessárias.

Um juiz federal de Seattle havia suspendido em 3 de fevereiro a aplicação do primeiro texto - uma decisão confirmada em recurso - com a justiça estimando que o governo não havia provado a iminência de graves riscos para a segurança nacional.

A mudança de terreno é bem-vinda para a Casa Branca, que passou o fim de semana a se defender das acusações de Donald Trump contra Barack Obama. O presidente acusou o seu antecessor de ter ordenado escutas telefônicas contra a Trump Tower, onde vive e trabalha em Nova York.

Trump não apresentou qualquer prova para apoiar suas graves alegações, prontamente rejeitadas pela comitiva do ex-presidente democrata e pelo ex-diretor da inteligência, James Clapper.

Ao menos três comissões do Senado e da Câmara de Representantes já iniciaram investigações sobre a ingerência da Rússia na campanha eleitoral, cujo fim teria sido favorecer a vitória de Trump frente a democrata Hillary Clinton.

Uma parte da investigação incide sobre o possível conluio entre pessoas próximas ao candidato Trump e funcionários russos, o que o inquilino da Casa Branca nega.

Vinte e dois imigrantes, a maioria da Somália, que fugiram dos Estados Unidos em plena tempestade de neve e sob um frio polar, chegaram no fim de semana ao Canadá, onde pediram asilo, anunciou a Polícia nesta terça-feira.

Todos cruzaram a pé a fronteira próxima ao povoado de Emerson, 120 km ao sul de Winnipeg (Manitoba, centro), após várias horas de caminhada na neve.

Eles se aventuraram neste périplo até o Canadá depois que o presidente americano, Donald Trump, proibiu temporariamente a entrada no país de pessoas procedentes de sete países de maioria muçulmana (Iraque, Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen) e de todos os refugiados.

A aplicação do decreto foi suspensa pela Justiça americana e a Casa Branca apelou da sentença. Uma corte federal de apelações examinará o recurso nesta terça-feira por volta das 21h00 de Brasília.

Os imigrantes foram recolhidos pela polícia federal canadense e alojados por algumas horas na sala municipal de Emerson antes de darem entrada aos trâmites de pedido de refúgio político.

O documentário "Fogo no Mar", de Gianfranco Rosi, sobre o drama dos migrantes que arriscam a vida atravessando o Mediterrâneo para chegar à Europa, foi escolhido nesta segunda-feira como representante da Itália para o Oscar, anunciou a Associação Nacional da Indústria Cinematográfica (Anica).

O longa-metragem tentará assim uma indicação na categoria de melhor filme em língua estrangeira.

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O documentário, que venceu em fevereiro o Urso de Ouro de melhor filme do Festival de Berlim, mostra como os habitantes de Lampedusa, o ponto mais meridional da Itália, se transformou desde que a ilha se tornou um ponto de desembarque de milhares de imigrantes sem documentos procedentes do continente africano.

O diretor, que venceu o Leão de Ouro de Veneza em 2013 com "Sacro GRA", mostra, sem narração ou comentários, a vida cotidiana de uma criança, um médico e de migrantes que chegam em embarcações precárias, arriscando a vida, em muitos casos com resultados fatais.

Rosi doou a estatueta do Urso de Ouro aos moradores da ilha. O médico Pietro Bartolo, que já salvou milhares de imigrantes e é um dos protagonistas do filme, representou a população.

Os serviços da Guarda Costeira italiana que coordenam as operações de socorro no Mar Mediterrâneo anunciaram, nesta segunda-feira, que foram recuperados do mar 15 corpos de migrantes afogados sendo que 2.700 fora resgatados ao longo do dia.

Uma grande onda de migrantes chegou à Itália no final de agosto e 14.000 pessoas foram socorridas em apenas cinco dias. Segundo as estatísticas do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), no total 117.590 migrantes chegaram à Itália desde o começo deste ano até 1° de setembro, ou seja, uma cifra mais ou menos similar ao mesmo período do ano passado.

Em uma rápida e esvaziada sessão, o Congresso Nacional promulgou nesta quinta-feira (18) a emenda constitucional que abre uma janela de 30 dias para a migração de detentores de cargos eletivos sem correr o risco de perder o mandato. Os parlamentares poderão mudar de partido de hoje até 19 de março, o que pela atual legislação é proibido.

A expectativa, conforme reportagem do Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, de janeiro, é que um grupo de até 35 deputados federais, principalmente da base aliada, mude de partido. Líderes afirmam que a transferência dos deputados deve ocorrer principalmente dentro da base aliada, numa espécie de "trampolim" para as eleições municipais deste ano e gerais em 2018.

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Parlamentares e dirigentes partidários, tanto da base quanto da oposição, admitem que essa movimentação não vai interferir na correlação de forças no andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A avaliação é que, neste início do ano, um eventual afastamento da petista perdeu força na Câmara.

A emenda, de número 91, foi promulgada pelo primeiro vice-presidente do Congresso, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), em menos de cinco minutos de sessão. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), um dos articuladores da aprovação da emenda, não participou da sessão, realizada no plenário do Senado e praticamente sem a presença de parlamentares.

A promulgação da emenda constitucional que permite aos políticos a troca de partidos sem a perda do mandato - mais conhecida como “janela partidária”-, nesta quinta-feira (18), vai promover uma intensa migração de sigla entre os políticos detentores de mandatos eletivos em todo o país. Em Pernambuco, visando o pleito eleitoral deste ano alguns deputado estaduais e vereadores já sinalizaram o desembarque das suas atuais legendas e estavam aguardando a validação da nova lei para oficializar a mudança, sem que se enquadre nos casos previstos de infidelidade partidária. 

Na Assembleia Legislativa (Alepe), pelo menos três deputados vão migrar de sigla: Joel da Harpa (PROS), Álvaro Porto e Romário Dias, ambos do PTB. Joel da Harpa deixará o PROS para integrar o PTN e disputar o comando da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR). “Conversamos e o presidente do PROS se mostrou contrário à minha candidatura. Então abri diálogo com o PTN e teremos o apoio do PTB na disputa”, afirmou o parlamentar. Com o embarque no PTN, Harpa deixa a bancada governista na Alepe e integra o grupo de oposição. Ele é o vice-presidente da bancada. 

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Já a bancada do governo na Casa deve ganhar o reforço dos dois petebistas. Álvaro Porto deixa a legenda liderada pelo ministro Armando Monteiro para integrar os quadros do PSD no estado. “Nos identificamos com o projeto do PSD e com a política de crescimento do partido”, disse o parlamentar que, inclusive, encontrou o presidente nacional da legenda social-democrata, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, nessa terça-feira (16). Quem ainda não definiu para onde irá, com a saída do PTB, foi o deputado Romário Dias. O PSL e o PSDB estão na lista de prioridade do parlamentar. 

“Gosto muito de Armando, mas estou como político-partidário com o PTB. A minha saída já é certa. Ainda não defini para que partido eu vou, mas tive conversas com Luciano Bivar e há a possibilidade de assumir à presidência do PSL em Pernambuco. Outra opção é o PSDB, tenho conversado com lideranças do partido desde a semana passada. Então estou neste caminho, só dependo de um ajuste de um município onde eu faço política”, observou. Segundo Dias, até o dia 15 de março ele deve definir em que legenda ingressará. 

Na Câmara Municipal do Recife, a expectativa é de que a dissidente socialista Marília Arraes finalmente oficialize o desembarque do PSB. A prima do ex-governador Eduardo Campos deve escolher um partido da base de oposição e está sendo namorada pelo PSOL, o PT e o PDT. Na semana passada, o líder da bancada Osmar Ricardo (PT) deu como certa a ida de Arraes para os quadros petistas. A vereadora não confirmou a migração. 

Além de Marília, o vereador Erivaldo da Silva (PTC) deve migrar para o PTdoB e Marcos Menezes (DEM) pode seguir para o PMDB. Outros parlamentares também podem protagonizar um troca-troca de legendas na Casa José Mariano e modificar as bases governista e da oposição. 

De acordo com o texto políticos podem mudar de partido sem ter prejuízos até o dia 19 de março. A desfiliação, no entanto, não será considerada para fins de distribuição do dinheiro do Fundo Partidário e do acesso gratuito ao tempo de rádio e televisão. A medida fez parte do texto da reforma política já aprovada pelos deputados. O restante da proposta, que prevê medidas como o fim da reeleição para cargos do Poder Executivo, e ainda vai ser examinada no Senado. 

A análise de bactérias encontradas no estômago de Ötzi, o homem do gelo de 5.300 anos cujo corpo mumificado foi encontrado nos Alpes em 1991, parece confirmar uma grande onda de imigração do Oriente Médio para a Europa, segundo um estudo publicado na semana passada.

Os cientistas ficaram surpresos ao descobrir, através do sequenciamento do genoma da estirpe da bactéria Helicobacter pylori, ou 'H. pylori', que tinha uma ascendência com um tipo muito antigo de bactéria da Índia, afirma o estudo publicado na revista Science. A descoberta vai contra o fato de que a maioria dos europeus modernos têm uma estirpe de H. pylori de origem norte-africana, explicam os especialistas.

Estas bactérias, que podem causar úlceras ou até mesmo câncer, estão presentes no estômago e nos intestinos dos humanos há pelo menos 100.000 anos, razão pela qual diferentes estirpes evoluíram em contato com outros grupos humanos que migraram no planeta, disseram. Atualmente, 50% da população é portadora de H. pylori, que é transmitida pelo contato físico, de modo que a sequência dos diferentes tipos de bactérias pode ser utilizada para estabelecer um mapa histórico da geografia humana.

Os europeus modernos são portadores de um H. pylori que é uma mistura de duas cepas antigas, uma da Eurásia e outra do norte da África. Uma teoria sugere que o cruzamento dessas duas linhagens ocorreu no Oriente Médio antes ou durante a última máxima glaciação, período alcançado a cerca de 20.000 anos atrás.

Mas, considerando que o H. pylori no estômago de Ötzi está relacionado apenas com a estirpe asiática, o cruzamento entre as linhagens originárias da África presentes nos europeus de hoje deve ter ocorrido mais tarde, durante as migrações do Oriente Médio nos últimos 5.000 anos.

A cepa asiática encontrada poderia ser levada pelos migrantes que inventaram a agricultura no Oriente Médio há 10.000 anos e começaram a exportá-la para a Europa há 8.000 anos - explicou em teleconferência Yoshan Moodley, da Universidade de Venda, na África do Sul, um dos autores estudo.

Ötzi, uma múmia excepcionalmente bem preservada, foi descoberta a 3210 metros de altitude nos Alpes por dois caminhantes alemães. Estudos de seu genoma determinaram que tinha entre 40 e 50 anos e morreu assassinada por uma flecha nas costas, que passou por uma artéria.

Os Estados Unidos vão endurecer os procedimentos de segurança para a entrada no país de visitantes que não precisam de visto, informou a Casa Branca nesta segunda-feira, em resposta aos recentes atentados de Paris.

Além disso, será verificado se os passageiros que chegam nos Estados Unidos sem necessidade de visto estiveram previamente em algum país considerado "refúgio de terroristas". Atualmente, 38 países, incluindo 23 da União Europeia, beneficiam da isenção de visto para entrar nos Estados Unidos.

Agentes federais americanos também vão trabalhar com as autoridades dos países cujos cidadãos não precisam de vistos para coletar dados biométricos. 

E "equipes americanas de combate no exterior" serão implantadas em áreas onde acredita-se que jihadistas procedentes de zonas de guerra poderiam tentar viajar para os Estados Unidos. A Casa Branca pediu ajuda ao Congresso para financiar estas medidas de segurança.

Depois dos ataques em Paris, a Polônia não poderá cumprir com os acordos europeus de realocação de migrantes, afirmou neste sábado Konrad Szymanski, futuro chefe de Assuntos Europeus do governo conservador em fase de formação em Varsóvia.

"As decisões, que temos criticado, do Conselho Europeu sobre a realocação dos refugiados e migrantes a todos os países da UE ainda têm a força do direito europeu. (Mas) após os trágicos acontecimentos em Paris não vemos a possibilidade política de respeitá-las", disse Szymanski no site de direita wPolityce.pl.

Szymanski assumirá a pasta dos Assuntos Europeus no próximo governo conservador da primeira-ministra Beata Szydlo.

O partido eurocético Lei e Justiça (PiS) venceu as eleições legislativas de 25 de outubro, com um programa que denunciava a entrada de migrantes na Polônia.

O plano da Comissão Europeia prevê distribuir 160.000 migrantes que entraram na Europa pela Grécia e Itália entre os 28 Estados membros do bloco.

Este programa encontrou fortes resistências em muitos países do leste europeu.

As escolas particulares poderão perder de 10% a 12% das matrículas em 2016, segundo estimativa da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep). Com a crise econômica, os pais ou responsáveis estão com dificuldades para pagar as mensalidades.

Essa semana a Serasa Experian divulgou que a inadimplência dos alunos de instituições particulares de ensino fundamental, médio e superior no país aumentou 22,6% no primeiro semestre de 2015 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa foi a maior alta, em um primeiro semestre, desde 2012. Considerando apenas as escolas de ensino fundamental e médio, a inadimplência aumentou 27,2% nos primeiros seis meses de 2015 em relação ao mesmo período de 2014.

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"A gente imagina que [a migração] vai pegar as escolas onde estão as classes C e D, que são as escolas que mais cresceram nos últimos anos", disse a diretora da Fenep, Amábile Pacios. Segundo ela, esses alunos deverão trocar o ensino particular pelo público.

As mudanças já começaram este ano. No mês passado uma pesquisa do  Ibope Inteligência para a Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que a crise econômica levou 13% dos entrevistados a trocar os filhos de escola privada para escola pública de junho de 2014 a junho deste ano. A pesquisa foi feita entre os dias 18 e 21 de junho de 2015, com 2.002 pessoas de 16 anos ou mais. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Em relação às mensalidades do ano que vem, Amábile informou que a Fenep não tem uma média nacional das altas. Segundo ela, como as escolas só podem decidir o ajuste uma vez por ano, aumentos no custeio que ocorreram em 2015 deverão ser incorporados, além de reajustes nos salários dos professores previstos para o próximo ano.

"A gente sabe que quem tem alguma gordura (no orçamento), que são poucas escolas, e que podem poupar o aumento, vão poupar, mas a maioria vai fazer o reajuste dentro das planilhas", disse. De acordo com Amábile, a situação das famílias que a escola atende deverão ser consideradas na hora do reajuste.

Quanto aos valores devidos, Amábile diz que cabe aos pais e a direção da escola renegociarem as dívidas, mas que isso varia de escola para escola.  "A inadimplência sempre foi renegociada, mas isso tem que ser individualmente com a família e o gestor da escola. Isso sempre acontece e acontece esse ano também", explicou. 

As escolas particulares concentram 9,1 milhões de matrículas, que equivalem a pouco mais de 18% das 49,8 milhões de matrículas na educação básica, segundo o último Censo Escolar, de 2014, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

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