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O recém-nomeado ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD), usou uma sequência de publicações em sua conta no Twitter para esclarecer a sua mudança de posição de já ter votado no PT, mas agora assumir o comando de uma pasta na gestão de Jair Bolsonaro. O mais novo integrante do governo começa informando que votou em Bolsonaro na eleição presidencial de 2018 "por estar insatisfeito com partidos que polarizaram e comandaram o país" até aquele ano.

Ele reforça estar comprometido com as pautas do presidente da República e diz ter apoiado, em seus mandatos como deputado federal, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto de Gastos, a reforma trabalhista e a Reforma da Previdência.

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Faria admite ter votado no PT "no passado", mas logo em seguida acrescenta ter apoiado o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e diz ser "o maior adversário" do governo de Fátima Bezerra (PT) no Rio Grande do Norte, Estado pelo qual foi eleito à Câmara dos Deputados.

"Demorei, mas entendi a ameaça que um estado aparelhado representa para a sociedade", escreveu, na quinta-feira (11), à noite, o genro do apresentador Silvio Santos em sua conta no Twitter. "Devo essa evolução à Internet, que ampliou o universo político, antes dominado e limitado a duas esferas não necessariamente antagônicas."

O agora chefe do ministério desmembrado da pasta da Ciência, Tecnologia e Inovações encerra agradecendo a confiança de Bolsonaro e promete trabalhar "para modernizar e unificar nossa comunicação dentro e fora do país, integrando-a às exigências que os novos tempos demandam".

Ex-aliados do presidente Jair Bolsonaro criticaram a recriação do Ministério das Comunicações e a indicação do deputado Fábio Faria (PSD-RN) para encabeçar a pasta. Pelas redes sociais, antigos apoiadores do presidente - como Janaína Paschoal (PSL-SP) e o ex-ministro Sérgio Moro - viram contradição de Bolsonaro com suas promessas de campanha. A escolha de Faria para o cargo foi interpretada como mais um gesto de aproximação do presidente com o Centrão.

"Foi para isso que eu apoiei esse presidente? Foi para isso que fomos às ruas para derrubar Dilma?", escreveu a deputada estadual por São Paulo Janaína Paschoal (PSL) em seu Twitter. "Bolsonaro se ilude, pensando que esse pessoal do Centrão vai blindá-lo. Melhor seria ficar fiel aos princípios que defendeu na campanha eleitoral! Dilma chegou a ter mais de 30 ministérios. Fosse fiel ao que prometeu, estaria muito mais forte. É triste!"

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Sem comentar a escolha do nome para comandar a pasta, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro criticou a criação de mais um ministério. O ex-juiz federal chamou a pasta das Comunicações de "Ministério da Propaganda". "Recriado o Ministério da Propaganda. Quais serão os próximos?", escreveu.

O deputado federal Júnior Bozzella (PSL-SP) lembrou a promessa de campanha do presidente de reduzir o número de pastas do Executivo federal. "Mais um dos tantos atos que comprovam que Jair Bolsonaro se utilizou de um discurso em campanha. Na prática é o oposto. Recria ministérios e loteia cargos. Nunca foi um reformista. Nem um homem de palavra", escreveu em seu Twitter.

Rompida com o governo e alvo constante de críticas do presidente e de seus filhos, Joice Hasselmann (PSL-SP) também criticou o presidente e a escolha do novo ministro. Em uma série de tuítes, a deputada disse que Bolsonaro faz "aparelhamento" emissoras de televisão simpáticas ao seu governo.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), elogiou ontem a escolha de Fábio Faria (PSD-RN) para o novo Ministério das Comunicações e disse que é preciso "aplaudir" o fato de o presidente Bolsonaro ter começado a "fazer política".

"Faria é uma boa escolha. É um político que tem uma boa relação", disse Maia em entrevista ao site Jota. Para ele, no entanto, o "formato" da escolha não foi o melhor. "Poderia ter feito uma reunião com os presidentes desses partidos", disse.

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Ao recriar o Ministério das Comunicações, o presidente Jair Bolsonaro tinha um objetivo: resolver o que ele considera ser um "gargalo" em seu governo, a comunicação social. Mais do que atuar nas políticas para o setor de radiodifusão, atribuição de um ministro dessa área, o presidente quer que o deputado federal Fábio Faria (PSD-RN) ajude a melhorar a imagem do governo e a impor uma narrativa favorável a ele no momento em que o discurso pró-impeachment começa a se impor.

O Ministério das Comunicações sempre foi considerado estratégico pelos governos. Desde o período militar, quando o setor de telecomunicações cresceu muito, a pasta já foi comandada por nomes poderosos da República como coronel Euclides Quandt de Oliveira, no governo Ernesto Geisel, e Antonio Carlos Magalhães e Sérgio Mota, nas gestões de José Sarney e Fernando Henrique Cardoso.

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Muito além de responder pela mídia institucional do governo, a área que foi ministério até o final da gestão de Michel Temer foi marcada por ser uma simbiose entre o Planalto, o Congresso e o setor privado de radiodifusão. Entre as atribuições que a empoderam está a de distribuir concessões, outorgas e regulação do setor.

Tradicionalmente, o responsável pela comunicação social é o chefe da secretaria de comunicação (Secom), e não o ministro das Comunicações. Até agora, Bolsonaro teve dois secretários, mas ambos atuavam sob a sombra do "gabinete do ódio" e dos generais que ocupam a maioria dos cargos no Palácio do Planalto e tentavam controlar essa área também, que tem como missão divulgar os feitos do governo.

A queda de braço fez com que a comunicação do governo ficasse limitada à atuação do "gabinete do ódio" nas redes sociais. O grupo comandado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, age de forma a atacar ferozmente qualquer adversário do governo, deixando em segundo plano a divulgação sobre as ações dos ministérios.

A mudança, no entanto, não deve mexer com a estrutura do grupo que é ligado diretamente ao gabinete presidencial. Nem mesmo representa uma derrota para o time de Carlos, atualmente alvejado por um inquérito do Supremo Tribunal Federal e pela CPI das Fake News. O movimento foi mesmo um baque para a ala militar. A Secom era subordinada ao general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo.

A troca ocorreu após o chefe da Secom e secretário executivo da nova pasta, Fábio Wajgarten, ser "esvaziado" pelo ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto, que montou uma estrutura de comunicação paralela, com militares na função de produzir vídeos, divulgar releases e coordenar entrevistas principalmente sobre o enfrentamento do coronavírus, mas também de outras ações do governo.

Com o rearrajno, pelos menos dois generais deverão perder seus postos: o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, e o presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), também general Luiz Carlos Pereira Gomes.

Relação

Ainda de madrugada, Bolsonaro explicou a mudança: "Ele (Fabio Faria) não é profissional do setor, mas tem conhecimento até pela vida que tem junto a família do Silvio Santos. A intenção é botar o ministério pra funcionar nessa área que estamos devendo há muito tempo uma melhor informação." Faria é casado com Patrícia Abravanel, filha do empresário Silvio Santos, dono do SBT. Ele também já foi dono de uma rádio no Rio Grande do Norte, mas se afastou ainda em 2013.

O ex-ministro da Justiça Sérgio Moro apelidou a nova pasta de "Ministério da Propaganda". "Recriado o Ministério da Propaganda. Quais serão os próximos?", perguntou ele no Twitter.

Durante a campanha, Bolsonaro dizia que queria ter um governo com 15 ministérios. Ao recriar o seu 23.º ministério, disse que "exagerou" ao fazer essa promessa. "Algumas coisas nós exageramos até na questão dos ministérios", disse observando que 15 pastas é pouco para um país continental.

A entrada de Faria no governo leva o Centrão a assumir seu primeiro ministério. O PSD comandava a pasta das Comunicações no governo Michel Temer com Gilberto Kassab. O grupo nega que a indicação signifique a entrada no primeiro escalão do governo. "Nós não temos nada, pessoal está atacando, Centrão.

Eu nem lembro qual o partido dele. É um deputado federal. Não teve acordo com ninguém. A aceitação foi excepcional, uma pessoa que sabe se relacionar e acho que vai dar conta do recado", elogiou o presidente.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após recriar o Ministério das Comunicações, o presidente Jair Bolsonaro disse, na madrugada desta quinta-feira (11), que entregou a pasta ao deputado federal Fábio Faria (PSD-RN) pela relação com Silvio Santos, dono do SBT. O novo ministro é casado com a filha do empresário, a apresentadora Patrícia Abravanel. O presidente negou que a nomeação seja fruto de sua aproximação com o Centrão.

"Vamos ter alguém que, ele não é profissional do setor, mas tem conhecimento até pela vida que ele tem junto à família do Silvio Santos. A intenção é essa, é utilizar e botar o ministério pra funcionar nessa área que estamos devendo há muito tempo uma melhor informação", disse o presidente.

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Bolsonaro afirmou que a escolha foi pessoal e não é uma entrega de cargo aos partidos de Centrão, com os quais têm buscando aproximação em busca de um base parlamentar no Congresso.

"Nós não temos nada, pessoal tá atacando, "centrão". Eu nem lembro qual o partido dele. É um deputado federal. Que tem um bom relacionamento com todos. Ele entrou em contato ali com várias lideranças partidárias, foi decidido agora, tanto é que ninguém ficou sabendo. Não teve acordo com ninguém. A aceitação foi excepcional, uma pessoa que sabe se relacionar e acho que vai dar conta do recado", elogiou.

A medida provisória que dividiu o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, comandado pelo ministro-astronauta Marcos Pontes, foi publicada no final da noite de quarta-feira, 10. Pontes segue à frente da Ciência e Tecnologia, mas sua saída é dada como certa com o esvaziamento da pasta.

Bolsonaro disse que a mudança não acarretará em aumento de despesa. "Nenhum cargo foi criado, exceto o próprio ministro. E por ser deputado ele faz opção de salário de deputado ou de ministro, então custo zero, nada mais foi acrescido", disse ao chegar no Palácio da Alvorada.

Com a mudança, a Secretaria Especial de Comunicação, então subordinada à Secretaria de Governo, é extinta e foi incorporada pela novo ministério. Fábio Wajngarten, então chefe da Secom, foi nomeado secretário-executivo das Comunicações. O órgão era alvo de críticas até mesmo de apoiadores do presidente.

A pasta, que ficará sob o controle do genro de Silvio Santos, terá a distribuição de controle a verba de propaganda do governo. Fábio Faria também vai assumir a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), estatal que reúne emissoras de televisão, rádios e agência de notícias. O presidente voltou a falar que o objetivo é privatizar a empresa.

"Ele (Fábio Faria) entra a todo vapor na segunda-feira (15), trabalhando já com a equipe própria. Vai aproveitar a maioria do pessoal comissionado que estava ali nesses outros órgãos. E o objetivo é, logicamente, colocar a EBC, que nós temos, pra funcionar. Também devemos privatizar a EBC num primeiro momento, assim que for possível também", disse, afirmando que, antes, objetivo é investir em programação e tirar a emissora do "traço" na audiência.

Questionado se vai recriar agora o Ministério da Segurança Pública, Bolsonaro disse que ainda é um "estudo muito remoto", mas não descartou. Ele voltou a citar a autonomia do Banco Central também e a devolver à Secretaria da Pesca, comandada por Jorge Seif Jr, um espaço no primeiro escalão.

Durante a campanha, ele dizia que queria ter um governo com 15 ministérios. Ao recriar o seu 23º ministério, disse que "exagerou" ao fazer essa promessa. "Algumas coisas nós exageramos até na questão dos ministérios. Um país continental como esse, a gente queria quinze ministérios, botamos um número. Depois chegou a vinte e dois. E o ministério em si não tem muita despesa a mais, sendo criado um ou mais ministérios", disse.

AI-5

Bolsonaro disse que não entende por que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ficam preocupados com o AI-5, uma das principais medidas da repressão adotadas pela ditadura militar (1964-1985). O presidente afirmou que "raramente" os manifestantes carregam faixas pedindo a volta do AI-5.

"É falar em boitatá, bicho-papão, mula-sem-cabeça. AI-5 é a mesma coisa. É o direito das pessoas se manifestar, levam faixa do que bem entender. Ou outros pedindo ali o fechamento do Supremo. Parece que vai fechar o Supremo, e daí? Quem vai fechar? Se fechar, você rompeu", disse.

O Ato Institucional 5 foi assinado em 1968 e é considerado uma das principais medidas de repressão da ditadura. Entre as consequências dele estão o fechamento do Congresso Nacional E a retirada de direitos e garantias constitucionais dos cidadãos.

Bolsonaro disse que em novembro vai indicar "uma pessoa lá afinada com os princípios" dele ao STF. Até o fim do atual mandato presidencial, em 2022, dois ministros se aposentarão por idade: Celso de Mello e Marco Aurélio Mello."Os outros foram pra lá mais indicados com os princípios de quem os indicou. A gente vai mudando, ano que vem tem mais uma vaga, em 23 tem duas vagas. E vai se acertando", afirmou.

Dubiedade

Bolsonaro também comentou a fala do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, que disse que a "dubiedade" do presidente "assusta" a sociedade e a comunidade internacional. Primeiro, Bolsonaro disse que "é direito dele" se manifestar nesse sentido e que respeitava a opinião de Toffoli. Em seguida, porém, disse que ele está "completamente equivocado" e que vai talvez ligue para ele neste sábado, 11.

"É o direito dele se manifestar nesse sentido. Não vou entrar em polêmica com ele. Eu tenho conversado uma ou duas vezes por mês com ele sem problema. E de vez em quando você fala alguma coisa, não é por isso que eu vou agora reagir, brigar com o Dias Toffoli publicamente. Ele falou a opinião dele, eu respeito", afirmou o presidente.

Em seguida, no entanto, disse: "Ele está completamente equivocado, se ele realmente falou isso daí. Aí não vai mudar em nada os contatos que eu tenho com ele, pra basicamente discutir questões nacionais".

Witzel

Bolsonaro não respondeu se vai atender o pedido do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), de ter uma audiência com o presidente. "Você sabe da história, ele se elegeu em cima dos palanques do Flávio Bolsonaro. Eu estava no hospital ou em casa. Sequer tirei uma foto com ele. Não gravei nada pra ele. E tão logo ele resolveu brigar conosco porque subiu a cabeça que ele seria o candidato ideal em 22 (ano de eleição presidencial)", disse.

Nesta quarta-feira, 10, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu, por unanimidade em votação, abrir o processo de impeachment contra o governador.

A canetada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que recriou o Ministério das Comunicações e o entregou ao genro de Silvio Santos, o deputado federal Fábio Faria (PSD), repercutiu negativamente diante da sua posição contra política do "toma lá, dá cá". Nesta quinta-feira (11), a hashtag #Bolsonarotraidor foi um dos assuntos mais comentados do Twitter.

Grande parte dos internautas comparou a reabertura do ministério com o discurso de renovação política adotado pelo presidente durante as eleições e início do mandato. Isso porque em apenas uma nomeação, Bolsonaro atropelou três das principais premissas que o elegeram e oficializou uma nomeação política, cumpriu acordo com o Centrão e criou um ministério.  

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Focado na manutenção do seu governo, ameaçado por protocolos de impeachment, o presidente tomou uma postura que tanto criticava, em troca, foi atacado nas redes sociais. Confira:

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O Ministério da Comunicação (MinC) em parceria com a Universidade do Estado da Bahia (Uneb), oferecem 4.200 vagas para cursos a distância na área de comunicação. As inscrições vão até dia 30 de janeiro e podem ser feitas pelo site da Uneb. O resultado final será publicado no site da universidade e do Ministério a partir do dia 15 de fevereiro.

Para participar o candidato deve ser brasileiro, ter no mínimo 16 anos e cursar ou ter finalizado o ensino médio. As regras do processo seletivo podem ser conferidas no edital. O curso será feito em dois módulos o primeiro entre 2 de março a 15 de abril e o segundo entre 20 de abril a 29 de maio.

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Estão sendo ofertados os cursos de gestão da comunicação, políticas públicas e responsabilidade social, comunicação e linguagens midiáticas, comunicação social e cidadania digital, programador de sistemas, operador de computador, técnico em design de web e gestão em tecnologia da informação. São oferecidas 600 vagas para cada curso com carga horária de 120 horas.

A esperada desoneração fiscal que irá reduzir o preço de smartphones em até 25% pode chegar apenas em 2013. Criada e bastante defendida pelo ministro das Comunicações Paulo Bernardo, o projeto está enfrentando problemas para ser oficializado antes do Natal, como prometeu o ministro. 

Segundo a Exame, o principal desafio do projeto é vencer a burocracia e acelerar o processo no Ministério da Fazenda, que é órgão responsável por inserir o smartphone na Lei do Bem, a mesma que já beneficiou a carga tributária dos computadores. 

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Segundo a Folha de São Paulo, ainda há dúvidas em relação à faixa de preço de smartphone que será deduzida. A expectativa do governo é que aparelhos de até mil reais teriam desconto de aproximadamente 25%. Porém, ainda não há um consenso entre técnicos dos ministérios da Comunicação e da Fazenda em relação ao valor, o que contribui para o atraso do processo.

Empenho 

Para tentar vencer esses problemas e acelerar o processo, Paulo Bernardo pediu nessa semana ajuda à presidenta Dilma Rousseff nesse ponto e também autorização para negociar diretamente com os técnicos da Fazenda. O objetivo logicamente, é acelerar o processo e tentar o implementar antes das festas do fim de ano, como prometido pelo ministro

A desoneração é uma estratégia do governo em duas frentes: reduzir o preço dos aparelhos e também oferecer competitividade à indústria nacional, que anteriormente chegou a exportar aparelhos.

Além disso, segundo Bernardo, a redução de impostos é uma estratégia para a popularização da banda larga, como mostra um estudo realizado em abril, que revela que a disseminação dos smartphones, ajudaria a popularizar ainda mais o serviço. 

Para o ministro das Comunicações, o governo planeja retirar a cobrança de PIS e Cofins, que unidos, somam 25% sobre os aparelhos do tipo que são produzidos no Brasil. 

Já como forma de contrapartida, companhias terão que produzir celulares seguindo alguns requisitos mínimos. Caso pretendam conseguir a isenção, smartphones terão que oferecer suporte à tecnologia 3G, conexão Wi-Fi, permissão a acesso de páginas no padrão HTML e também suporte a serviços como sincronização de contas e correio eletrônico.

O governo federal está estudando medidas para aumentar a velocidade do tráfego de dados da internet no Brasil. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirma que a ideia é criar condições para que esses benefícios sejam estendidos também à internet popular, um dos focos do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).

“Queremos começar a fazer ações visando acelerar a velocidade média da internet. Para isso, podemos inclusive trabalhar a questão da velocidade mínima na internet popular. Queremos melhor preço, melhor qualidade, mais velocidade e achamos que, para isso, são necessários muitos investimentos”, disse Paulo Bernardo hoje (20), no Congresso Brasileiro de Radiodifusão.

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Segundo o ministro, investimentos do tipo já são incentivados pelo governo, com o corte de impostos para construções de redes de telecomunicações e os planos de tirar impostos dos smartphones.

O planejamento do Ministério da Comunicação é o seguinte: a internet popular irá oferecer conexão com velocidade de 1 megabit por segundo (Mbps), com limite de download de 300 megabytes (MB) por mês para internet fixa e de 150 MB para internet móvel. Porém o ministro afirma que ainda haverá problemas na execução do plano. “O problema são os limites de download”, disse Paulo Bernardo. “Pode ser que, em 2014, ninguém mais queira 1 Mbps por R$35. Ou [as empresas] vão ter de baixar o preço ou terão de aumentar a oferta, porque o quadro [a demanda] está aumentando muito rapidamente”, afirmou.

Segundo informações de Paulo Bernardo, a internet móvel de terceira geração (3G) registrou um aumento de 2,12 milhões de conexões. “Isso é um problema porque a 3G está sobrecarregada e precisa de investimentos”. De janeiro de 2011 para cá, acrescentou Paulo Bernardo, o número de conexões de internet mais que dobrou no país. “E queremos chegar a 2014 com 70% dos domicílios conectados”, reiterou.

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