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Uma pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), buscou entender o que motiva os jovens paraibanos no primeiro emprego. O levantamento foi publicado em um artigo no periódico acadêmico uruguaio 'Psicología, Conocimiento y Sociedad', no mês passado.

O intuito do trabalho foi determinar uma comparação entre a motivação inicial de jovens aprendizes ao começarem suas primeiras experiências de trabalho e a motivação para continuar nas atividades, segundo a pesquisadora responsável pelo estudo, Amanda Dourado, de acordo com a assessoria da UFPB. A pesquisa foi realizada por meio de dois questionários, em 2017, entrevistando 30 jovens na faixa etária entre 18 e 23 anos que estavam, há no máximo seis meses, trabalhando como assistente administrativo enquanto jovem aprendiz em instituições da cidade de João Pessoa (PB).

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O resultado observado foi que a motivação do jovem para ir em busca do primeiro emprego tinha alta influência salarial e familiar. “Tratando-se de jovens em vulnerabilidade social, eles precisam trabalhar para suprir necessidades e ajudar com as despesas da casa, então o salário foi fonte de motivação”, afirmou Dourado, segundo a assessoria da UFPB. Enquanto entre os assistentes administrativos, a motivação dos jovens para continuar no trabalho tinha mais a ver com a necessidade de reconhecimento. “Eles falaram muito sobre sentir orgulho, de serem vistos como bons naquilo que fazem. Depois de uma necessidade básica ser alcançada – ter salário e ajudar em casa –, surge outra necessidade, a de buscar essa realização pessoal, que é característico do ser humano”, assegura Amanda.

Hoje (5) comemora-se o Dia Nacional da Língua Portuguesa, em homenagem ao nascimento do escritor brasileiro Ruy Barbosa (1849-1923), que era conhecido pelos seus estudos e aprofundamentos do idioma.

A data foi instituída pela lei nº 11.310, em 2006 que definia a celebração em todo território nacional. O idioma também é comemorado em 10 de junho pelos portugueses, em homenagem ao aniversário de morte do poeta Luís de Camões (1524-1580), de acordo com a definição do órgão legislativo do Estado Português em 1981.

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Outra comemoração ocorre em 5 de maio, com o intuito de celebrar o idioma mais falado no hemisfério sul, terceiro mais falado no hemisfério ocidental e quinto mais falado no mundo. A celebração foi instituída em 2009 pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O português é o idioma oficial de 9 países: Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. A língua também é uma ferramenta de trabalho responsável por impactar de maneira positiva a trajetória de diversos profissionais.

Neusa Bastos, professora do curso de Letras e coordenadora do Núcleo de Estudos Lusófonos da Universidade Presbiteriana Mackenzie, optou pelos estudos da língua portuguesa no bacharelado e na licenciatura, mas o idioma é presente em sua vida desde 1968.

“Sempre fui dedicada ao estudo da língua portuguesa, da história do idioma que me diz muito respeito, e por sempre ter estudado eu sei o tipo de modalidade que devo usar, seja na oralidade ou na escrita. Isso é muito rico e é isso que eu procuro transmitir aos meus alunos”, declara Neusa.

Mercado de trabalho

Apaixonados pelo idioma, estudantes do ensino superior optam pelo curso de letras e buscam transformar a língua portuguesa em uma aliada no mercado de trabalho. É o caso de Marcelo Dalpino, aluno do doutorado em Letras da Universidade Mackenzie. Ele conta que escolheu o curso de graduação devido ao seu amor pela literatura brasileira. Durante os estudos Dalpino descobriu a linguística, modalidade responsável por compreender o sujeito por meio do que é dito, como é dito, como é feita a escolha da fala e como pode ser interpretada as relações sociais.

Marcelo Dalpino: amor pela literatura e pela linguística o levou ao doutorado em Letras. Foto: arquivo pessoal

“No doutorado eu estudo discurso e análise do discurso, dentro do campo pedagógico. Minha expectativa é me torna um professor universitário na área das letras e lecionar língua portuguesa nos cursos de graduação, contribuir na formação dos alunos”, almeja o estudante.

Mônica Penalber, que também faz doutorado em Letras pela Mackenzie, sempre demonstrou curiosidade pelos assuntos de linguagem que abordam interação e comunicação. “Hoje como pesquisadora, entender a língua em seu contexto sócio-histórico é meu maior vício”, declara Mônica, que já lecionou no ensino médio e em cursos de graduação.

Aprender para ensinar: Mônica Penalber se tornou pesquisadora e professora de Letras. Foto: arquivo pessoal

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