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Durante uma operação do Ministério Público do Paraná (MP-PR), realizada nesta quarta-feira (19), o ex-deputado federal Emerson Miguel Petriv (PROS-PR), conhecido como Boca Aberta, foi preso em flagrante na cidade de Londrina. A prisão aconteceu devido a posse ilícita de arma de fogo.

A operação também contou com o apoio do Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

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Conforme o MP, Boca Aberta é investigado por concussão e desvio de verba pública, crime conhecido como “rachadinha”, que consiste no desvio de dinheiro de assessores.

Após pagar fiança, Emerson Miguel Petriv foi solto, porém a Justiça determinou que ele seja monitorado por tornozeleira eletrônica. Além disso, a ação apreendeu celulares, computadores e uma arma localizada com ele.

A investigação apura supostas investidas ilegais feitas pelo ex-parlamentar contra ex-assessores e testemunhas da ação que investiga as supostas rachadinhas, que teriam acontecido quando Boca Aberta cumpria seu mandato.

Também há relatos feitos por testemunhas e vítimas que dizem que Emerson teria usado as redes sociais para atacá-las, buscando desacreditá-las para atrapalhar o processo.

O agente penal federal Jorge Guaranho se tornou réu, nesta quarta-feira (20), pelo assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu. O juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3.ª Vara Criminal da cidade, aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual, no Paraná (MP-PR), feita nesta terça (19), de homicídio duplamente qualificado e citou que o crime foi cometido em razão de "preferências político-partidárias antagônicas". Guaranho é bolsonarista.

Em uma das qualificadoras do assassinato, a Promotoria considerou motivo fútil e não torpe como constava no inquérito policial, concluído no dia 15 deste mês, cinco dias após a morte de Arruda. O petista foi morto durante seu aniversário, que ocorria em um clube da cidade, e tinha como tema o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT. A segunda qualificadora foi a de colocar em risco mais pessoas que estavam na celebração. A troca da qualificadora não altera a pena do agente penal que pode variar de 12 a 30 anos de cadeia.

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"O crime de Guaranho foi um homicídio gravíssimo, duplamente qualificado, notoriamente praticado por divergências político-partidárias, o que o torna motivo fútil e que colocou em risco a vida de outras pessoas", disse o promotor Tiago Lisboa, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). No mesmo dia em que Guaranho se tornou réu, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se encontrou com um dos irmãos de Arruda.

No inquérito apresentado pela Polícia Civil, os momentos em que o agente penal chega ao à festa de aniversário, é repelido, depois volta e atira no petista são divididos. Segundo o inquérito policial, depois de ir até o local com seu carro em que estavam a mulher e o filho de três meses para provocar as pessoas com uma música que fazia alusão a Bolsonaro, ele foi atingido por terra atirada por Arruda. O atirador só retornou, disse a polícia, por ter se sentido "humilhado".

Na denúncia, o MP-PR entende que há uma só dinâmica e que o crime foi cometido em razão de "motivação política externada pelo agressor (Guaranho)". Segundo a Promotoria, o depoimento de uma testemunha, que fazia a vigilância do local e disse ter escutado o agente penal gritar "aqui é Bolsonaro" antes de efetuar o primeiro disparo contra Arruda, foi fundamental para a conclusão da denúncia. O advogado da família de Arruda concordou com o teor da denúncia do MP.

"Entendemos que foi fundamental pelo Ministério Público de que a motivação política nesse caso do primeiro momento e segundo, quando Guaranho retorna ao final da festa e efetua os disparos é a mesma", avaliou o advogado Ian Vargas, que pretende atuar como assistente de acusação durante o julgamento do agente penal, que pode ir a júri popular.

A defesa de Guaranho não havia se manifestado até a publicação deste texto.

Qualificadora

Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, o motivo torpe que consta no inquérito da Polícia Civil está relacionado à desqualificação vil e cruel da vítima, que desmerece o sujeito. Já a fútil implica uma desproporcionalidade da reação. "Acredito que a mudança ocorreu porque na visão da acusação, matar por preferências político-partidárias antagônicas (ou ódio político), é algo desproporcional, insignificante, mesquinho", disse o advogado criminal mestre e doutor em direito penal pela USP, Cristiano Maronna.

Professor da FGV-RJ e conselheiro do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), Thiago Bottino corrobora a tese. Para ele, o MP muda o entendimento por entender que seria mais fácil enquadrar a motivação política como uma futilidade. "Dentro da estratégia, ele (MP) acha que é mais fácil acusar por motivo fútil", disse.

Novas diligências

Na segunda-feira, a Promotoria pediu para que a Justiça autorizasse a devolução do inquérito à Polícia Civil. Promotores querem que os investigadores ouçam de novo uma testemunha, que tem acesso às câmeras do clube onde havia a festa e mostrou as imagens do evento, pelo celular, ao agente penal.

O presidente da Câmara de Vereadores do município de Cidade Gaúcha, localizado no noroeste do Paraná, Ovídio Alves Teixeira, conhecido como Amaral, foi preso na madrugada desta sexta (28) após agredir a esposa, segundo a Polícia Militar (PM).

De acordo com a polícia, enquanto o casal discutia, o vereador começou a agredir a companheira. A vítima revelou que recebeu chutes e socos do marido, antes de conseguir fugir para casa de um vizinho e pedir socorro. "Um vizinho fez uma ligação e informou que uma mulher tinha sido espancada. A equipe deslocou-se até o local e encontramos a vítima ensanguentada", afirmou o comandante da PM Sargento Machado.

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Além da lesão corporal, também foi apreendido um revólver, sem registro, com cinco munições, por isso, Amaral foi preso em flagrante e está na Delegacia de Polícia Civil de Cidade Gaúcha. Devido a gravidade dos ferimentos, a esposa do vereador foi levada ao hospital local, mas já recebeu a liberação.

Amaral já era alvo de uma ação proposta pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por improbidade administrativa. Segundo a promotoria, o presidente da Câmara e o primeiro secretário não atenderam a uma recomendação administrativa, emitida em outubro, que pedia o controle de gastos com diárias. 

Em 2017, o Legislativo de Cidade Gaúcha gastou R$ 184.870 com viagens. Mesmo com os parlamentares apresentando os certificados dos cursos que fizeram, o MP classifica a quantia como "exorbitante".

 

A 4.ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba determinou liminarmente o bloqueio de bens do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB/2011-2018), atendendo pedido do Ministério Público do Paraná em ação civil pública que requer a restituição de R$ 19,89 milhões (em valores atualizados) gastos com propaganda supostamente irregular em 2007 e no primeiro semestre de 2008, quando o tucano exercia o cargo de prefeito da capital e pretendia concorrer às eleições.

As informações foram divulgadas pelo Ministério Público do Paraná. De acordo com a ação, os gastos referem-se a "todas as propagandas em que a expressão Cidade da Gente apareceu grafada abaixo do brasão do município, bem como as propagandas em que foram utilizados os slogans Curitiba, a Cidade da Gente e Curitiba Melhor Pra Você", que "foram feitas de modo a beneficiar o então prefeito, que concorreu à reeleição".

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O Ministério Público alega que Richa "utilizou material de publicidade institucional para inserir símbolos e slogans de sua campanha política, para sua autopromoção perante os eleitores", caracterizando ato de improbidade administrativa, por quebra dos princípios da moralidade e da impessoalidade e por causar prejuízo ao erário.

Richa chegou a ser multado três vezes pelo Tribunal Regional Eleitoral por causa da propaganda irregular, considerada "propaganda eleitoral extemporânea".

Segundo o Ministério Público do Paraná, houve enriquecimento ilícito do político, uma vez que ele "deixou de dispor de numerário particular para a confecção de material publicitário para campanha eleitoral, custo este totalmente suportado pelo órgão público".

Embora o ato de improbidade já tenha prescrito, a restituição ao erário dos valores gastos irregularmente pode ser exigida, destaca o Ministério Público.

Defesa

Em nota, a defesa de Beto Richa informa que "a questão já foi resolvida na Justiça Eleitoral, inclusive mediante o pagamento de multa. Não obstante, a Procuradoria Geral do MP, no ano de 2011, instaurou procedimento para apurar o suposto ilícito praticado. Desde então, o feito dormitou no MP, o que ensejou, inclusive, a prescrição para o ajuizamento de ação de improbidade. Em todo o período decorrido, o MP limitou-se a propor a realização de acordo, no valor de R$ 30 mil, a título de ressarcimento, o que não foi aceito pelo investigado, diante da plena regularidade de suas ações. Em abril deste ano, referido valor, inexplicavelmente, transformou-se em R$ 300 mil. Na data de 29/11/18, ao ser ajuizada ação de ressarcimento, o valor até então levantado pelo próprio MP, de forma absolutamente extraordinária, passou a ser de R$ 20 milhões. De modo a esclarecer as circunstâncias que se apresentam, basta ter acesso à íntegra do procedimento administrativo, que tramitou na PGJ e, a partir de abril deste ano, na promotoria do patrimônio público do MP. E diante disso, se defenderá na Justiça."

A Justiça de Ponta Grossa, no Paraná, ajuizou ação de execução para que o Facebook pague multa no valor de R$ 2,78 milhões. O motivo é o descumprimento de decisão judicial que obriga os gestores da rede social a fornecerem informações sobre duas pessoas investigadas criminalmente pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), em caso de corrupção ativa e passiva.

A promotoria informou que durante a investigação requereu que o Facebook informasse se os investigados ainda mantêm entre si amizade virtual e se trocaram mensagens inbox no período de outubro de 2015 até fevereiro de 2017.

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Mas os representantes do Facebook alegaram que poderiam fornecer apenas informações básicas dos usuários, sendo que o conteúdo de comunicações deveria ser requerido diretamente aos operadores da rede no exterior (EUA e Irlanda), via carta rogatória.

O MP-PR pediu, então, a fixação de multa diária de R$ 50 mil pelo descumprimento da decisão judicial. Mesmo assim, segundo a promotoria, o Facebook continuou a negar-se a repassar os dados, o que levou o MP-PR a ajuizar a primeira ação de execução de obrigação de pagar, na época, 22 de maio de 2017, com valor de R$ 600 mil.

Os representantes da rede social informaram, então, que poderiam fornecer as informações, mas para isso necessitariam da identificação ou dos endereços completos de URL referentes aos perfis das pessoas investigadas. De acordo com a promotoria, o pedido foi atendido, mas o Facebook novamente não prestou as informações solicitadas.

Diante do ocorrido, em 11 de julho, foi restabelecida a multa diária de R$ 50 mil ao Facebook, pelo descumprimento da decisão judicial. Em 23 de agosto, o MP-PR aumentou a multa diária para R$ 70 mil. Não houve, porém, mais nenhuma manifestação dos representantes do Facebook, conforme a promotoria.

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