A maratona de filmes promovida pelo Janela Internacional de Cinema do Recife continua com exibições no Cinema São Luiz e no Cinema da Fundação. O domingo foi marcado pela projeção do longa A Noviça Rebelde, dentro do programa "Clássicos do Janela", que exibe cópias restauradas de filmes históricos. Logo mais, ás 20h40, é a vez de Veludo Azul, de David Lynch, lançado em 1982, passar no Cine São Luiz.
O dia contou também com a sessão Janelinha, com quatro curtas dedicados ao públicco infantil, que aconteceu às 10h30. Já no cinema da Fundação, a maior parte da programação deste domingo é dedicada à Competição Internacional de curtas. Ao todo três programas da mostra de curtas internacionais acontecem hoje. Entre elas a intitulada "Nossos pais e mães", com quatro filmes.
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O primeiro foi Chefu, curta romeno dirigido por Adrian Sitaru que faz um recorte da convivência de uma senhora com suas vizinhas e seu filho, que se aproveita de uma viagem da mãe para fazer uma festa em casa. O triste Dag, Tamar van den Dop, da Holanda, narra o velório e enterro de um homem filmados pelo filho dele, ainda uma criança. Na sequência, o tocante Ina Litovski conta a história de uma jovem violinista que convive com uma mãe em profunda depressão. Les Cheveux Courts, Ronde, Petite Taille encerra o programa. Uma tanto monótono, o curta é filmado pelo personagem central, que descobre na vizinha uma grande semelhança física com a mãe, morta recentemente.
Em seguida, aconteceu a primeira sessão do programa especial "20 Anos Vila do Conde". O festival português trouxe uma lista de filmes com curadoria do Vila do Conde para compor a programação desta edição do janela. Reconverssão, de Thom Andersen, foi o primeiro a ser exibido. A programação no Cinema da Fundação é encerrada pelo programa "O que arde, cura", também da Competição Internacional.
Crítica
Uma das atividades do Janela Internacional de Cinema é o curso janela Crítica, direcionado a estudantes universitários. Os participantes exercitam na prática a crítica cinematográfica, produzindo textos sobre os filmes exibidos no festival. Nesta edição, sete jovens foram escolhidos para acompanhar todos os curtas das mostras competitivas e escrever sobre eles. Além de ter os textos publicados no blog do Janela, os alunos também fazem parte do júri especial Janela Crítica, que elge os melhores curtas nacionais e internacionais.
O curso desta edição é ministrado pelo jornalista Luis Fernando Moura. Há quem tenha vindo de longe viver a experiência. A estudante de Audiovisual da USP Mariana Vieira veio mora em São Paulo. "Conheci o Janela Internacional de Cinema por causa do janela Crítica", conta Mariana, completando: "Está sendo uma experiência muito boa".
O gaúcho Luciano Viegas mora há cerca de um ano no Recife e também é um dos alunos do Janela Crítica. Ele explica que os participantes do curso têm que assistir a todos os filmes das mostras competitivas, mas há uma escala para saber para quais cada um deve escrever suas críticas.